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PREDISPOSIÇÃO SUICIDA EM MULHERES COM TRANSTORNO DE PERSONALIDADE BORDERLINE

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FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU
CAMPUS – PARNAIBA/PI
BACHARELADO EM PSICOLOGIA
PREDISPOSIÇÃO SUICIDA EM MULHERES COM TRANSTORNO DE PERSONALIDADE BORDERLINE
PARNAÍBA – PIAUÍ
OUTUBRO/2017
PREDISPOSIÇÃO SUICIDA EM MULHERES COM TRANSTORNO DE PERSONALIDADE BORDERLINE
Ana Lúcia Rodrigues de Araújo1
Brennda Vivianedas Chagas Oliveira2
Janaina Araújo Silva3
Lorrane Maria Silva Nascimento4
Sabrina dos Santos Teles5
 Jaqueline Alves Passos6
RESUMO: O presente artigo tem objetivo de abordar as principais causas e consequências do transtorno de personalidade borderline a fim de esclarecer tanto para os profissionais quanto estudantes da área da saúde. A predisposição suicida em mulheres com transtorno de personalidade borderline apesar de não ser um assunto tão abordado seu estudo é grande importância para acadêmicos do curso de psicologia uma vez que é preciso todo o conhecimento para o auxílio de pessoas que sofrem desse distúrbio. O presente trabalho é uma pesquisa de revisão da bibliografia, não sendo obrigatória a coleta de dados em campo, o levantamento do conhecimento do tema abordado fora feito através de um levantamento de artigos científicos, revistas, dissertações, e produções científicas em geral publicadas nos últimos anos. Os resultados mostraram que fatores genéticos, assim como ambientais e sociais contribuem para o desenvolvimento desse transtorno em mulheres, apresentando predisposição suicida, tendência a regressão e agressividade. Concluímos diante desse estudo a importância da combinação de medicamentos associadas à psicoterapia. Onde a medicação envolve estabilizador de humor que ajuda a impedir essas mudanças e impulsividade junto com antidepressivos que aliviam e ajudam na sensação do vazio crônico e uso de psicóticos. Já a terapia tem como objetivo ajudar a pessoa a entender o transtorno, para que ela consiga mudar o padrão de vida e tenha uma melhor forma de pensar, estando ciente de tudo que acontece ao seu redor. 
PALAVRAS-CHAVE: suicídio; mulheres; transtorno de personalidade borderline
INTRODUÇÃO
O conceito de suicídio foi criado por Desfontaines em 1737 como um ato onde o sujeito busca o refúgio para seu sofrimento através da morte, proporcionado por uma depressão, transtorno bipolar, causas familiares/ sociais ou transtorno mental como, por exemplo, transtorno de personalidade borderline, que na maioria das vezes têm mulheres como vítimas. 
Em 2014, segundo a psicóloga Ana Merzel Kernkraut, coordenadora do serviço de Psicologia do Hospital Israelita Albert Einstein “este transtorno é mais frequente em mulheres devido fatores biológicos (genéticos hormonais); psicológicos (maneira de se enfrentar as situações que tenham impacto negativo na vida); e psicossociais (jornadas duplas de trabalho, incluindo cuidado dos filhos). Entende-se que diante da fala citada anteriormente a mulher, independentemente da idade, pode desenvolver indícios que levam ao transtorno de personalidade borderline, principalmente se passar por um episódio marcante como, porexemplo, o abuso sexual na infância. 
O Transtorno de Personalidade Borderline, também chamado de personalidade limítrofe é uma síndrome que costuma ser confundida com doenças como esquizofrenia ou doença bipolar, mas com duração e intensidade das emoções diferentes. Segundo o DSM-V (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5ª Ed. 2013) é uma condição mental grave e complexa cujos sintomas instáveis e pungentes podem invadir o indivíduo de modo súbito, caótico, avassalador e desenfreado. São características desse transtorno a automutilação, relacionamentos instáveis, sensação de abandono ou ameaças suicidas. 
Podemos entender que o transtorno de personalidade borderline age através da influência do raciocínio radical como, ou é totalmente bom ou é totalmente mal. Levando-nos a um questionamento. De que maneira o transtorno de personalidade 
borderline induz mulheres a cometerem o suicídio?
 (
1
Acadêmica do 4° período do curso de psicologia da Faculdade Maurício de Nassau, UNINASSAU – Unidade PARNAIBA-PI
2
Acad
êmica
 do 4° período do curso de psicologia da Faculdade Maurício de Nassau, UNINASSAU – Unidade PARNAIBA-PI
3
Acadêmica do 4° período do curso de psicologia da Faculdade Maurício de Nassau, UNINASSAU – Unidade PARNAIBA-PI
4
Acadêmica do 4° período do curso de psicologia da Faculdade Maurício de Nassau, UNINASSAU – Unidade PARNAIBA-PI
5
Acadêmica do 4° período do curso de psicologia da Faculdade Maurício de Nassau, UNINASSAU – Unidade PARNAIBA-PI
6
Acadêmica do 4
° período do curso de psicologia 
da Faculdade Maurício de Nassau. UNINASSAU 
– Unidade PARNAIBA-PI
)A partir da pergunta de partida surgiram as seguintes hipóteses: 1) O ambiente onde a mulher encontra-se inserida pode desencadear causas que a leve a um extremo e a partirdisso começar a apresentar sintomas preocupantes quanto ao seu comportamento e emoções; 2) as causas impactantes que resultam deste transtorno levantam fatores como familiares 
decorrentes do abuso sexual infantil ou brigas presenciadas pela mulher que hoje sofre por esta doença. 3)fatores genéticos hormonais que influenciam nas emoções e no desenvolvimento do corpo, fazendo com que desenvolvam um grau de inferioridade em relação aos seus pares. 4) os sintomas que levam a mulher cometer suicídio por meio do transtorno borderline pode ser: instabilidade emocional (ansiedade e angústia), medo de abandono (solidão), impulsividade (alteração de humor rapidamente), compulsões (automutilação) e relacionamentos conturbados (apego e paixões repentinas). 
O objetivo geral desse estudo é analisar o suicídio em mulheres com transtorno de personalidade borderline. Os objetivos específicos são: 1) identificar motivos que levam as mulheres portadoras de transtorno de personalidade borderline possuir um emocional mais frágil; 2) quais fatores contribuem para as constates variações de humor; 3) compreender causas, sintomas e consequências das mulheres com transtorno de personalidade borderline. 4) identificar porque este transtorno leva ao suicídio.
Justifica-se a importância desse estudo tendo em vista a contribuição em informações que o mesmo trás, para que possamos começar a ter um olhar mais empático com mulheres que sofrem deste transtorno. Através desse estudo os conhecimentos são adquiridos a respeito do assunto contribuindo na formação de acadêmicos para que enquanto psicólogos dediquem-se a ter mais prudência quando atenderem mulheres com este caso.
Acadêmicos do curso de psicologia em geral precisam ter profundo conhecimento a respeito dotranstorno de personalidade borderline, em mulheres, pois em sua vida profissional terão que saber diagnosticar, compreender e tratar o cliente com tal transtorno, onde deverão evitar o seu avanço para um estágio maior, como no caso de clientes que possam vir a cometer o suicídio. Para a sociedadeo conhecimento e o estudo deste tema são de suma importância, em umdiagnóstico prévio, tendo em vista que este transtorno está ligado ao equilíbrio emocional, onde afeta a saúde mental, logo todos que estão ao seu redor deverão ter o conhecimento de seus sintomas e como se comporta.
	Tendo em vista os assuntos exibidos no presente artigo, será apresentado posteriormente um marco teórico com as influências e os sintomas que levam as mulheres com o transtorno de personalidade borderline ao seu extremo que é o suicídio, finalizando com a análise, discussões e considerações finais.
MARCO TEÓRICO 
SUICÍDIO 
A palavra suicídio surgiu no século XVII, na Inglaterra, em uma obra do Inglês Sir Thomas Browne, publicado em 1642, e em 1734 Desfrontaines passou a utilizar este termo com a definição de “o assassinato ou a morte de si mesmo”. (LOUZÃ NETO, 2007, p. 475). Deriva do latim e significa: sui=si mesmo e caedes=ação de matar. “Entretanto, essa definição etimológica de “morte de si mesmo”, é ampla demais, não englobando todos os detalhes desse comportamentotão complexo”. (MELEIRO; WANG 1995 apud LOUZÃ NETO, 2007, p.475). Segundo Kaplan e cols (1997), o suicídio é um “Ato consciente de aniquilação auto-induzido, melhor entendido como uma enfermidade multidimensional em um indivíduo carente que define uma questão para a qual o ato é percebido como a melhor solução” ou, simplesmente, a morte intencional auto-infringida. De forma alguma o suicídio é um ato aleatório ou sem finalidade, mas representa a saída para um problema que está causando um intenso sofrimento.
A partir do século XIX o suicídio passou a ser visto também como uma demonstração de loucura, indicando que a pessoa não estava com a “mente sadia”. (Goulart, 1995). Atualmente o suicídio não é visto exclusivamente como um problema moral, mas também como um problema de saúde mental. Muitos peritos no assunto acreditam que a maioria dos suicídios são compulsivos e irracionais. Aqueles que tiram a própria vida estão emocionalmente perturbados e agem compulsivamente ou então a percepção da realidade é tão distorcida pela angústia que a liberdade de escolha praticamente não existe (Goulart, 1995)
Desde seu primórdio o índice de suicídio vem aumentando de forma progressiva. Segundo Luciana Christante de Mello fatores sociais, psicológicos e genéticos são as principais causas que levam pessoas a cometer este ato. A OMS pontua que as mortes por suicídio aumentaram 60 % nos últimos 45 anos estando entre as três principais causas de morte além de ter diminuído a faixa etária dessas pessoas. Em épocas passadas o ato era mais comum em idosos, mas foi modificando-se ao longo do tempo hoje sendo mais comum em pessoas de 15 a 44 anos. 
A revista Brasileira de Psiquiatria publicada em 2005 traz um dado importante sobre o suicídio. Seu aumento foi de dez vezes na mortalidade em jovens de 15 a 24 anos entre 1980 e 2000. Vários fatores socioculturais e econômicos parecem se associar a esses altos índices, assim como a perda do emprego ou um rompimento amoroso (fatores precipitantes). Segundo Berlorte e Fleischmann (2002) a existência de um transtorno mental encontra-se presente na maioria dos casos. Uma revisão de 31 artigos científicos publicados entre 1959 e 2001, englobando 15.629 suicídios ocorridos na população geral, demonstrou que em mais de 90% dos casos caberia um diagnóstico de transtorno mental.
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE BORDERLINE 
De acordo com Bedani (2002) o surgimento dos estudos sobre Borderline origina-se em 1801, tentando ser designado e conceituado, porém somente na década de 40/50 que se consegue aproximar do entendimento atual, que ainda difere entre alguns pesquisadores. Segundo Green, (1986) a terminologia foi abordada primeiramente pela psiquiatria e que após alguns anos foi percebido que não eram psicoses latentes, mas organizações originais, estruturas autônomas e estáveis na medida em que necessariamente não evoluíam para a psicose. Para este autor trata-se também de desorganização de limites no interior do aparelho psíquico e não apenas da relação ego-objeto. 
Segundo Kernberg (1991) Na década de 50, o termo borderline inicialmente era sinônimo de paciente difícil. Estes pacientes apresentavam boa capacidade geral, tinham regressões, transferências e mostravam uma condensação de cujas origens psicogênicas residiam na subfase de reaproximação do estágio separação-individuação, descrito por Margaret Mahler.Conforme Gabbard (1998), Kernberg observou nesses pacientes sintomas obsessivos compulsivos, fobias múltiplas, sexualidade perversa polimorfa e tendências paranoides. Ele acreditava que o diagnóstico se baseava nas manifestações inespecíficas de fragilidade do ego, relações objetais internalizadas patológicas.
Sidnei Schestatsky (2017) observa que a principal dificuldade no tratamento desses pacientes, é "lidar com os sentimentos intensos e desconfortáveis que eles costumam gerar nos profissionais que os atendem". São pessoas que frequentemente descumprem combinações e colocam o terapeuta em xeque. Erlei Sassi Junior (2017) define os borderline justamente como "pacientes de difícil acesso", porque o aspecto mais complicado é acessar o mundo mental deles, que é muito protegido.
Para definir o Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), Hegenberg (2003) sugere que, mesmo se fazendo um entendimento psicodinâmico, se tenha em mente como tais pacientes são descritos na prática. Como base, utiliza-se o DSM-IV e o CID-10. O CID-10 descreve o TPB como fazendo parte dos Transtornos de Personalidade Emocionalmente Instáveis. Os critérios para TPB incluem os sintomas do Transtorno de Personalidade Emocionalmente Instável Impulsivo, acrescido de sintomas próprios do borderline.
Segundo Rangé (2001), autor de orientação teórica Cognitivo-Comportamental, indivíduos com transtorno de personalidade borderline são conhecidos por sua ambivalência, isto é, por apresentarem sentimentos e ações contraditórias entre si, ou que se modificam muito rapidamente. Estes pacientes também teriam dificuldades com a noção de self. Entendendo que esse self seria um estímulo privado que permite a qualquer indivíduo se ver como diferente de seu repertório comportamental e ver-se como constante e contínuo, a despeito das diferentes mudanças de repertório ou mesmo de tipo de controle (externo ou interno) ao qual está respondendo. Tal perspectiva torna-se importante para o self porque é o único elemento presente em todas as afirmações com o “eu”. Afirmações do tipo “eu me sinto vazio” e “eu não sou elas mesmo” são típicas de clientes com transtorno de personalidade borderline. Segundo Kohlenberg (1991, citado por Rangé, 2001), essas sensações descritas pelos clientes podem ser um efeito (ou função) da relativa falta de estímulos discriminativos privados que controlam a experiência do “eu”. Se apenas estímulos externos, inicialmente representados pelos familiares, controlam tal experiência, a pessoa pode perceber um self fora de si, instável ou inseguro. Por fim, sendo esta uma abordagem cognitivo-comportamental, a terapia, neste caso, enfocaria o desenvolvimento e fortalecimento da noção de “eu” do sujeito.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Psicologia (SBP), (2016) acredita-se que o transtorno de personalidade borderline atinja de 1% a 6% da população mundial, sendo bem mais comum em mulheres (estima-se que 90% dos casos) do que em homens. Entre a principal característica desta doença encontra-se a angústia intensa sofrida durante um relacionamento amoroso. De acordo com a psicóloga e professora da Faculdade de Medicina de Petrópolis, Camila Aloisio Alves, (2016) esse distúrbio costuma a dar seus primeiros sinais durante a adolescência, intensificando na idade adulta. “Sua origem é muito relacionada a componentes genéticos, mas experiências traumatizantes durante a infância podem desencadear o quadro clínico”.
Diante disso podemos observar os grandes avanços nos estudos a respeito deste distúrbio e que apesar de ainda não se saber ao certo quais fatores desencadeiam alguns especialistas acreditam que a predisposição genética e as condições ambientais diversas devam ser levadas em consideração. Para o transtorno de personalidade borderline ainda não existe cura, pois o transtorno persiste até o fim da vida. Contudo, o DSM-5 ressalta que o nível de prejuízo social e a chance de suicídio caem conforme a idade avança principalmente se forem aplicadas abordagens terapêuticas. Com isso, entre a terceira e a quinta década de vida já é possível ter uma vida afetiva e profissional mais estabilizada.
MULHERES COM TRANSTORNO DE PERSONALIDADE BORDERLINE:
Segundo a psicanalista Luziane Soprani (2012), Devido fatores genéticos, sociais e psicológicos mulheres são mais afetadas pelo transtorno de personalidade borderline que se caracterizapor medo de abandono, vazio, instabilidade emocional e falta inexplicável e impossível de ser preenchida. Segundo a técnica em administração Luz Martin (2017) que trata o distúrbio há seis anos apesar de ser menos conhecido do que outras condições do mesmo tipo, como esquizofrenia e transtornoanti-social, o borderline é muito mais comum e atinge ao menos 1,6% da população, sendo 75% mulheres.
Este distúrbio acaba por afetar principalmente as relações interpessoais já que pessoas com este transtorno vivem sempre a borda, no limite da psicose e neurose. Segundo a psiquiatra Suzzana Bernardes (2016), da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) a primeira é caracterizada pela perda de contato com a realidade, gerando delírios, já a segunda é o desequilíbrio mental que causa instabilidade emocional, mas não re configura a percepção da realidade. Assim seus relacionamentos são caóticos, com brigas, discussão, ciúmes, podendo a qualquer momento ocorrer episódios de raiva sem que haja estimulo, visto que o próprio pensamento já é capaz de alterar o humor e episódios de alucinações em casos menos frequentes quando entram em crises de nervosismo.
Segundo a psicóloga Rosângela Brandão (2017), usar a dor física em momentos de muito sofrimento emocional ou se envolver em situações perigosas é uma forma de aliviar o que sentem podendo apresentar acesso de raiva e automutilação. Existem grandes possibilidades de essas mulheres desenvolverem também outros transtornos como ansiedade, bipolaridade, distúrbios alimentares, abuso de substâncias e estresse pós-traumático. A associação com essas outras patologias na maioria das vezes são o que levam a busca de atendimento e a junção de ambas tornam o tratamento mais grave de se tratar.
Segundo a médica psiquiatra Luísa Weber Bisol (2017),em casos onde a automutilação começa a ser praticado o risco de suicídio é elevado. Isso se deve à sensação de vazio e solidão, principalmente quando há depressão envolvida. Algumas vezes, a descoberta do quadro ocorre justamente após uma tentativa de acabar com a própria vida. O tratamento pode ser feito através da psicoterapia, medicamentos aliados a uma atenção especial de pessoas que convivem com o paciente sendo um processo longo e melhoras graduais. Os medicamentos na maioria das vezes são antidepressivos e estabilizadores de humor, que ajudam a colocar um freio nos sintomas. A terapia procura ser ajudar na tolerância do abandono e aprender lidar com coisas importantes para os bordelines, como a automutilação e a ideação suicida
METODOLOGIA
O artigo exposto trata-se de uma pesquisa de revisão da bibliografia, não sendo obrigatória a coleta de dados em campo, o levantamento do conhecimento do tema abordado fora feito através de um levantamento de artigos científicos, revistas, dissertações, e produções científicas em geral publicadas nos últimos anos. 
De acordo com a coerência a definição de Lakatos e Marconi (1987), a pesquisa bibliográfica trata-se da investigação e seleção de bibliografia que já tenha sido exposta sobre o tema que está sendo pesquisadas em artigos, livros, revistas científicas, monografias, dissertações, com o objetivo de colocar o pesquisador em contato direto com o material já descrito sobre o mesmo. A pesquisa bibliográfica busca dilucidar uma contrariedade com base em contribuições teóricas publicadas em documentos escritos e comprovados,e não por intermédio de relato de pessoas ou experimentos (TRALDI; DIAS, 2004).
O estudo para o princípio desta pesquisa surgiu a partir dos artigos científicos e dissertação selecionada em plataformas nacionais e internacionais como no banco de dados do SCIELO (Scientific Eletronic Library Online), compreendendo os anos de 2004 a 2011 na língua portuguesa. Há obstáculos e diferenças nos processos de buscas nas bases de dados bibliográficas, por isso, optou-se pela busca, utilizando vocabulário controlado (descritores), tais como: transtorno borderline, transtorno de personalidade limítrofe, mulheres com predisposição suicida, suicídio entre mulheres; a fim de aprimorar a procura e verificar trabalhos publicados dentro dos raciocínios pré-estabelecidos. 
Delinear o avanço da pesquisa teórica e a averiguação sobre a prática da predisposição do suicídio em mulheres que apresentam transtorno de personalidade borderline possibilitou atingir o objetivo proposto deste trabalho, através de uma minuciosa leitura de cada artigo e demais materiais selecionados. Tais objetivos giravam em torno da problemática, na busca da melhoria da convivência empática, estabelecer limites ao comportamento, ajudar a paciente a expressar suas emoções. Para tanto, na seleção dos artigos, utilizou-se como critério de inclusão o ano de publicação e a presença de um dos descritores no título do trabalho, e como preceito de exclusão o fato dos artigos abordarem a temática a partir de outra perspectiva. 
Por se tratar de um artigo de revisão de literatura, de acordo com a resolução de nº 510/2016 não haverá necessidade de submissão do presente estudo ao Comitê de Ética em Pesquisa (BRASIL, 2016).
ANÁLISE DOS RESULTADOS
Inicialmente, foi realizado um levantamento dos trabalhos indexados nas bases de dados escolhidas que contemplavam, amplamente, a temática escolhida. Posteriormente, foram excluídas as publicações classificadas como comentários, resenhas, dissertações e teses, mantendo somente artigos científicos publicados, por contemplarem, especificamente, os descritores primários, secundários e terciários selecionados. Para a seleção das publicações observou-se a temática do estudo, analisando minuciosamente cada título e conjunto de palavras-chave, a fim de confirmar se contemplavam as perguntas norteadoras desta investigação e se atendiam aos critérios de inclusão e exclusão pré-estabelecidos. Os estudos que foram publicados em duplicata, ou encontrados em mais de uma base de dados, serão considerados apenas uma vez. Foi encontrado um total de 9 artigos relacionados à temática da pesquisa, e depois de submetê-los ao crivo de critérios de inclusão e exclusão identificou-se 5 produções concernentes ao foco do estudo. Os artigos selecionados foram organizados e apresentados na sequência dos objetivos dessa pesquisa.
Quadro 1 – Classificação do acervo selecionados de acordo com título, autores, revista, ano e resumo:
	Título
	Autores
	Revista/Ano
	Resumo
	Borderline – no limite entre a loucura e a razão
	Lígia Lorandi Ferreira Carneiro
	 Revista Ciências &Cognição 2004; Vol03
	A personalidade borderline é um grave transtorno mental com um padrão característico de instabilidade na regulação do afeto, no controle de impulsos, nos relacionamentos interpessoais e na imagem de si mesmo. O objetivo é reaver qual o melhor jeito de controlar o transtorno por meio de medicamentos ou não.
	A correlação entre transtorno de personalidade borderline e transtorno bipolar do humor: diferenças e similaridades
	Mariana Grilo; Naima Brito Moreira; Maiara de Jesus Palácios; Mayara Martins Peterle; TaynaraSpagnol; Hyloran Galdino Cabral
	Ambiente Acadêmico, v. 2, n. 2, ano 2016
	As relações entre os dois transtornos citados são bem próximas, mas cada um com suas particularidades e graus. O artigo referido traz com clareza dentro de cada uma, sintomas, causas e tratamentos.
	Boderline, um transtorno de personalidade no limite das emoções.
	
 Roberta Jansen
	 O Globo
Sociedade e saúde, 2012.
	Mulheres que apresentam esse transtorno tendem a ter hiperatividade emocional, ou seja, e muito sentimento e emoção. Geralmente não sabem lidar com qualquer adversidade incluindo rejeição, desaprovação ou abandono. 
	Borderline: doença psicológica de mulheres que amam demais.
	Ana Paula Cardoso
	A Revista Da Mulher, 2016.
	O transtorno de personalidade borderline e mais comum em mulheres.A principal característica desta doença e o medo do abandono e da solidão a angustia intensa sofrida durante um relacionamento amoroso.
	Transtorno de Personalidade Borderline,
Tentativas de suicídio.
	Edilson Pastore
Carolina Saraiva de Macedo Lisboa
	Psicologia 
Argumento.
2014.
	Pacientes com TPB estão mais suscetíveis a cometer suicídio isso ocorre devido a variáveis como genética, traumas infantis,
Taisqual a negligência, abuso sexual e emocional,
Além de outros eventos estressores.
Como demonstra o quadro, os artigosa serem analisado miram responder a pergunta de partida desta pesquisa: de que maneira o transtorno de personalidade borderline induz mulheres a cometerem suicídio? O primeiro a ser analisado foi o “Borderline – no limite entre a loucura e a razão”, da autora Lígia Lorandi Ferreira Carneiro (2004). Para ela, várias causas, como experiências traumáticas na infância, poderiam influenciar na existência desse transtorno, além do componente de maior fator, o genético.
Esse posicionamento de idéia concorda com a segunda hipótese citada, quando se destaca que as causas impactantes levantam fatores como abuso sexual infantil ou brigas presenciadas pela mesma. Como objetivo de tratamento, a autora cita a importância da terapia dialética comportamental, os principais quesitos a serem trabalhados são os de aprimoramento às habilidades comportamentais e a terapia farmacológica e hospitalar, que possuem um resultado significante sobre a diminuição do risco de suicídio (Carneiro, 2004). Na prática, a mesma cita que os clínicos se defrontam com as limitações diante ao ato diagnostico, devido à complexidade dos sintomas específicos para seus pacientes. Muitas vezes as pessoas com esse transtorno de personalidade são rotuladas de maneira errônea por outras que desconhecem a síndrome.
Já o segundo artigo anteriormente mencionado no quadro, “A correlação entre transtorno de personalidade borderline e transtorno bipolar do humor: diferenças e similaridades”, dos autores Mariana Grilo; Naima Brito Moreira; Maiara de Jesus Palácios; Mayara Martins Peterle; TaynaraSpagnol; Hyloran Galdino Cabral (2016), também responde a pergunta de partida, e não tão diferente do primeiro ele também concorda com a segunda hipótese e além dela, confirma ainda mais com a primeira e com a quarta. Com o levantamento dos autores podemos afirmar que o paciente com transtorno borderline pode ser caracterizado com caráter impulsivo e autodestrutivo e além do suicídio supracitado, também podemos destacar promiscuidade sexual e perversões na busca de afeto e, até mesmo, o uso de drogas para chamarem a atenção de si, fugirem do sentimento de abandono ou até mesmo por uma busca pela identidade. 
Situações ambientais ao extremo, como divórcio, abuso sexual, perdas parentais entre outras, segundo Carneiro (2004), levam a um desequilíbrio emocional e impulsividade, fazendo com que o indivíduo comece a ter comportamentos não funcionais, déficits e conflitos psicossociais. Esse desequilíbrio frente a essas situações se dá ao fato de que pessoas que desenvolvem TPB são hipersensíveis, podendo perceber afeições nos outros, segundo estudos realizados nos E.U.A., até quatro vezes mais rápidas. Por outro lado, quando percebem afeições de carinho e afeto, tendem a interpretar de forma equivocada esses comportamentos e se apegar muito a outra pessoa, o que o leva a um ciclo de dependência, sofrimento e baixa auto-estima.
O Terceiro artigo apresentado no quadro, “Boderline, um transtorno de personalidade no limite das emoções”, da autora Roberta Jansen responde e também concorda coma terceira hipótese, que os fatores genéticos hormonais influenciam nas emoções e no desenvolvimento do corpo, fazendo com que desenvolvam um grau de inferioridade em relação aos seus pares. Para a autora todos nós apresentamos momentos de explosões de raiva, tristeza, impulsividade, teimosia, instabilidade de humor, ciúmes intensos, apego afetivo, desespero, descontrole emocional, medo de rejeição, insatisfação pessoal. E, quase sempre, isso gera transtornos e prejuízos para nós mesmos ou para as pessoas ao nosso redor. Porém, quando esses comportamentos se apresentam de forma freqüente, intensa e persistente, eles acabam por produzir um padrão existencial marcado por dificuldades de adaptação do indivíduo ao seu ambiente social.
Pessoas que desenvolvem TPB apresentam hiperatividade emocional, ou seja, é muito sentimento e muita emoção sempre. E costumam lidar muito mal com qualquer tipo de adversidade, especialmente as que envolvem rejeição, desaprovação ou abandono. Quando se deparam com uma situação dessas, desencadeiam uma reação de estresse muito mais intensa e abrangente do que o esperado, pois vivem no limite das emoções.
O quarto artigo, “Boderline: Doença psicológica em mulheres que amam demais”. Da autora Ana Paula Cardoso responde a primeira hipótese estando assim de acordo com os demais artigos já citados. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Psicologia (SBP), acredita-se que o transtorno de personalidade borderline atinja de 1% a 6% da população mundial, sendo bem mais comum em mulheres (estima-se que 90% dos casos) do que em homens. Entre a principal característica desta doença encontra-se a angústia intensa sofrida durante um relacionamento amoroso. Segundo a autora é no relacionamento amoroso que os sintomas do distúrbio costumam ser mais evidentes. Alguns comportamentos são recorrentes entre as mulheres borderline. Entre os quais:
· Apaixonam-se continuamente por homens perturbados, distantes, temperamentais. E sempre justificam as atitudes de seus parceiros como 'normais'.
· Costumam ser obcecadas por homens emocionalmente indisponíveis. Freqüentemente entram em relações com homens casados ou comprometidos com outras mulheres, ou dependentes de drogas.
· Abrem mão dos seus amigos e dos seus próprios interesses para estarem disponíveis ao parceiro na hora que ele demanda.
· Sentem um vazio imenso quando não está com o parceiro, sendo assim incapazes de distraírem-se com qualquer outra atividade.
Já o quinto artigo mencionado no quadro, “Transtorno de Personalidade Boderline, Tentativas de Suicídio”. Dos autores Edilson Pastore e Carolina Saraiva de Macedo Lisboa confirma o que outros autores já haviam dito o transtorno de personalidade consiste em um padrão global, rígido e inflexível com duração de mais de dois anos a partir do final da adolescência ou dos primeiros anos da vida adulta, e que afeta pelo menos duas das seguintes áreas: afeto, cognição, relacionamentos interpessoais e controle dos impulsos.
 Há também outros indicadores que podem auxiliar a caracterizar se uma pessoa é portadora de um transtorno de personalidade. Como, a forma de perceber e de interpretar a si e aos outros, assim como os acontecimentos a sua volta. Um dos critérios mais importantes e também mais preocupantes do TPB diz respeito às ameaças e tentativas de suicídio que acometem esses pacientes (Linehan, 2010; Brodsky et. al., 2006). Muitas dessas tentativas constituem-se em uma forma de chamar atenção para o sofrimento emocional que vivenciam e não chegam a constituir risco real para que cheguem a óbito.
Em um estudo realizado por Brooke e Horn (2010), pacientes com TPB que apresentavam automutilações e tentativas de suicídio também apresentaram baixa auto-estima e visão negativa de si. Observou-se que conseqüências psicológicas de abusos físicos e emocionais foram determinantes ou desencadeantes para as tentativas de suicídio na amostra estudada. Ou seja, nos 5 artigos citados todos os autores concordam que os fatores que desencadeiam o TPB são a biologia/genética, experiências de separação e perda, abuso infantil e ambiente familiar conturbado e caótico, aponta também a separação precoce das figuras parentais e as perdas na infância como componentes importantes na determinação do TPB.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Segundo Silva, (2012) modo geral, as mulheres com Transtorno de personalidade boderline, são preenchidas pelo grande rol de distorções cognitivas, desestabilidade emocional e comportamental. Pacientes “borders” apresentam problemas de regulação emocional, sendo essencial encontrar meios mais adaptativos para lidar com esses sintomas, e a Terapia Comportamental Dialética é a técnica utilizada que mais traz resultados, pois trabalha com três pilares fundamentais: validação, regulação emocional e o desenvolvimento de habilidades. (SILVA, 2012, p.52)
Quando crescemos em um ambiente invalido, podemos ter dificuldades sérias em lidar com o que sentimos ao longo de toda a vida. Sea validação não ocorre, a criança tem pouca dimensão da adequação de suas respostas emocionais e é comum que ela precise ter comportamentos muito intensos para ser ouvida. Isso pode levar essa criança a se tornar um adulto impulsivo e agressivo. Um ambiente invalido associado com experiências de abuso físico e sexual é uma história comum em pessoas que apresentam Transtorno de Personalidade Borderline e comportamentos suicidas na idade adulta. (MarshaLinehan: 1993, no livro Skills Training Manual for TreatingBorderlinePersonalityDisorder).
O que torna algumas pessoas mais bem sucedidas ao lidar com certas circunstâncias é a capacidade de regular as suas emoções. Todos nós temos emoções que podem ser agradáveis como a alegria, o amor ou negativas como medo, raiva, vergonha, culpa e ciúmes. Porém, nem todos conseguem reconhecê-las, nomeá-las e, portanto, lidar com elas de forma efetiva. As emoções desempenham um importante papel nas nossas vidas, comunicando nossas necessidades, nossos direitos, frustrações, o que nos entristece ou nos alegra. Identificar estas emoções é fundamental para que possamos realizar as mudanças necessárias em direção a quem ou ao que nos faz mais felizes. Deste modo, o problema não é sentir medo, ansiedade, raiva e sim reconhecer estas emoções, aceitá-las, usá-las quando possível e continuar a funcionar apesar delas (Leahy, Tirch& Napolitano, 2013).
O TPB (Transtorno de Personalidade Borderline), afeta seriamente a vida da pessoa acometida, causando prejuízos significativos ao indivíduo e às pessoas a sua volta, por isso compreender um pouco mais sobre o funcionamento psíquico daquela, pode ajudar não só os profissionais da área da saúde, mas também pessoas que convivem com ela. O impacto que o TPB tem na vida da paciente é grande, dificultando a compreensão de quem ela é causando disfunções principalmente em atividades diárias e relacionamentos interpessoais.
Portanto,mulheres estão mais propicias a esse transtorno por medo da angústia de separação e dificuldade de construir sua subjetividade. Elas não querem viver na solidão, ficam frustradas consigo mesmo e com as pessoas que elas achariam que deveriam estar cuidando delas. Não tolera a rejeição (pequenas rejeições causam uma tempestade emocional).
Pessoas com esses transtornos tendem a possuir um volume menor de certas partes do cérebro, como a amígdala e o hipocampo, essas duas áreas se relacionam bastante com a regulação das emoções, sendo que o hipocampo é especialmente importante no controle da agressividade e impulsividade. E também já se observou um volume menor de outras partes, como o córtex orbita frontal, essa área se relaciona com a percepção de emoções como empatia, avaliação de conseqüências das próprias ações tanto na aprendizagem quanto no controle de comportamentos socialmente adequados. Como essas partes do cérebro e outras estão fortemente ligadas aos problemas mais comuns que alguém com Borderlaine enfrentam, muitos cientistas que conhece mais sobre a estrutura e o funcionamento do cérebro dessas pessoas vai ser importante para entender melhor como surgiu esse transtorno. (Telles JSS. Psicanálise em debate: transtornos de personalidade. Psiquiatry on-line 2006; 04(11)
A instabilidade de humor é confundida com o transtorno bipolar, pois as oscilações de humor são diferentes no borderlaine podendo acontecer em minutos. Um pequeno acontecimento pode ser o suficiente para que seu humor mude e ela comece a brigar chorar incluindo ataques de irritação e agressão tanto com ela quanto com pessoas próximas. É muito característico no Borderlaine a pessoa ter uma sensação de vazio crônico que parece impedi-la de ser feliz, sentindo-se desvalorizada, com baixa auto-estima apresentando uma distorção da visão sobre eles mesmos. Não tem relacionamentos duradouros e amam intensamente. Eles também têm sintomas psicóticos, sentem-se observadas, perseguidos, acreditam em coisas que não existem. (Revista Ciências & Cognição, 2006).
Presença de comportamentos autodestrutivos, podendo se machucar, se cortar, se queimar chegando na tentativa de suicídio que muitos se envolvem porque preferem a dor física a dor emocional mesmo que temporariamente, na maioria das vezes são mais impulsivas do que planejadas agem no impulso não ficam planejando para praticar o ato suicida.
A solução é fazer uma combinação de medicamentos associadas à psicoterapia, sendo a mesma um dos principais fatores que vão ocasionar uma melhora no paciente, a medicação envolve estabilizador de humor que ajuda a impedir essas mudanças de humor e impulsividade junto com antidepressivos que aliviam e ajudam na sensação do vazio crônico e uso de psicóticos. Na terapia o objetivo é ajudar a pessoa a entender o transtorno, como ele funciona para que ela consiga mudar o padrão de vida dela e tenha uma melhor forma de pensar para que comece a ter um planejamento e agir sem impulsividade. (Revista Ciências & Cognição, 2006). A influência que o suicídio tem na vida das pessoas principalmente das mulheres, é muito grande por todos esses motivos que mencionamos acima, dentre outros certamente não citados ainda por pesquisadores. É um caminho árduo e longo mais é possível adquirir uma melhor qualidade de vida.
Compreender um pouco mais sobre o funcionamento psíquico da mulher com esse transtorno pode ajudar não só os profissionais da área de saúde, mas também pessoas que convivem com ela. O impacto que o borderlaine tem na vida da mulher é grande, dificultando a compreensão de quem ela é , causando disfunções principalmente em atividades diárias e relacionamentos interpessoais. Serão necessários mais estudos para ampliar a visão sobre estes pacientes, em futuros trabalhos, utilizando-se de outras orientações ou em outros referenciais teóricos.
É importante pôr em evidência que a divulgação de informação e seu tratamento são de grande importância para esclarecer a população em geral, sendo necessários mais estudos para ampliar a visão sobre estes pacientes, em futuros trabalhos, utilizando-se outras orientações ou ainda, em outros referenciais teóricos. Além disso, novos estudos podem abranger um número maior de sujeitos entrevistados e de outras categorias profissionais que atendem pessoas com este transtorno.
É relevante ressaltar ainda que este estudo tivesse o interesse apenas de incitar a discussão e levantar reflexões acerca da temática. Desse modo, reconhece-se que este é um tema bastante complexo e que exige mais debates. Assim, sugere-se que outros estudos venham levantar outras discussões e oportunizar mais esclarecimentos.
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