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FICHAMENTO - ARTIGO - NEM BRITÂNICO NEM AMERICANO - Barbosa

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Fichamento de Artigo
BARBOSA, José Roberto Alves. Nem britânico, nem americano: O ensino da pronúncia do inglês como língua
internacional. Revista de Letras, v.30, p.82-92, jan. 2010/dez. 2011.
O objetivo do artigo em questão é principalmente apontar e refletir sobre as práticas docentes no que
tange ao ensino da pronúncia da língua inglesa, apresentando exemplos como a imitação da fala de
uma pessoa nativa por parte do estudante de inglês bem como a repetição e a memorização das
palavras a serem aprendidas, além de expor mecanismos e “regras” que visariam auxiliar o processo
de aquisição da língua.
Dentre os conceitos mais relevantes encontrados no texto, pode-se citar aqueles referentes aos
métodos para o aprendizado e a pronúncia da segunda língua criados ao longo da evolução do ensino
desta. Ainda no 1° tópico, o autor observa e expõe o problema do Método de Gramática-Tradução e
do de Leitura:
"O ensino da língua, dentro dessa perspectiva, voltava-se, prioritariamente, à tradução
de textos escritos de uma língua para outra. Como o domínio da habilidade oral não
era o objetivo central a ser alcançado no aprendizado, a rejeição à pronúncia seria algo
natural." (BARBOSA, 2010/2011, p. 83, l. 51-55)
Além desse, vários outros métodos são abordados no texto , como o Método Direto (fundamentado na
imitação da fala do nativo), o Audiolingual (o qual visaria a oralidade à risca) e o Silencioso, de
Gattegno (1972,1976) (o qual visaria a colocação “correta” do acento fonográfico, do ritmo e outros
“mecanismos” de fala do inglês). A Aprendizagem de Línguas em Comunidade, de Rogers (1951) e
Curran (1976), só se diferencia do Método Direto no que diz respeito à prática, que dependeria mais
do aprendiz: “[...] o ensino da pronúncia ocorreria de forma intuitiva e imitativa, através de um
aparelho de som [...]” (BARBOSA, op. cit., l. 137-139).
A inteligibilidade também é bastante discutida ao longo do artigo, juntamente com seu conceito, que
faria referência à construção de sentido na interação linguística entre os interlocutores. O
comunicativismo, apesar de ter deixado de lado a questão da pronúncia, ainda coloca em pauta a
imitação.
O posicionamento do autor diante do conteúdo apresentado em seu artigo defende a liberdade do
aprendiz para falar inglês sem precisar imitar a fala americana/ britânica, considerada por muitos
como o inglês com a pronúncia perfeita, indo assim contra o audiolingualismo.
Palavras-chave: Pronúncia. “Nativo”. “Não-nativo”. Língua. Método. Comunicativismo.
Audiolingualismo. “Erro”. Falante. Professor. Inglês. Aprendiz. Inteligibilidade. Imitação.
Comentário pessoal: Tendo como base o artigo estudado, o meu posicionamento é semelhante ao do
autor, concordando principalmente com o respeito às diferenças quanto à pronúncia, marcadas pela
identidade de quem o faz. Acredito que desse modo o professor estará motivando a expressão oral do
aluno em outra língua e não fazendo com que este se sinta inseguro ou desabilitado a falar, ou por
medo de estar falando “errado” ou por estar limitado ao papel e à escuta, sem produzir oralmente.

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