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TO em oncologia pediatrica e cuidados paliativos

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Camila Catherine 
 
TO em oncologia pediátrica e cuidados paliativos 
 A leucemia é o tipo de câncer mais 
comum que acomete a população infanto-
juvenil. Os canceres infantis são curáveis em 
70% dos casos, mais tem um tratamento 
diferente e mais intensivo exigindo mais 
cuidados. 
 Os efeitos adversos do tratamento do 
câncer deixa a criança mais vulnerável e 
suscetível a outras doenças – diminuição da 
imunidade. 
O câncer é um processo muito delicado 
e impactante para a vida de uma criança ou 
adolescente, este diagnóstico acarreta em 
mudanças significativas na rotina e cotidiano 
da criança, onde ela passa a ter que lidar com 
circunstancias desconfortantes e angustiantes 
para o tratamento da doença, como a 
quimioterapia, medicalização, cirurgia 
internação etc. 
Este processo também é bastante 
doloroso para sua família que vive as mesmas 
situações ao acompanhar o filho em seu 
tratamento. 
 A doença causa rupturas da vida e 
rotina diária da criança e da sua família 
(rotina, alteração de hábitos e papeis sociais, 
ruptura de atividades cotidianas devido ao 
diagnostico do câncer) – é dentro deste 
contexto que o TO tem um papel 
fundamental de retomada e ressignificação 
destas atividades. 
Tendo uma relevância muito 
importante e significativa, que é dar sentido e 
ajudar o paciente a enfrentar este processo 
tão doloroso para ele, através de ações que 
possam promover o bem-estar, saúde e 
engaja-lo no enfrentamento da doença. 
 Em conjunto com a equipe 
multiprofissional e a família = dá um suporte 
mais amplo e favorável de adesão ao 
tratamento pela criança/adolescente. 
 O cotidiano hospitalar é permeado por 
desconforto, medo, angustia incertezas, 
dificuldade de adaptação ao ambiente e 
procedimentos hospitalares, afastamento de 
pessoas, perda de alguns papeis ocupacionais 
e pelo não fazer ou fazer vinculado ao 
cuidado. 
 Assim a atuação do TO em oncologia 
visa: (1) organizar o cotidiano, que envolve 
alcançar equilíbrio no dia a dia. (2) elencar 
prioridades, encontrar atividades 
significativas tanto para a pessoa em situação 
de adoecimento como para a família – 
considerando-se os aspectos culturais e 
auxiliando na relação entre hospital e 
assistência no domicilio, (3) tratamento da 
fadiga e de ouros sintomas reconhecendo-os 
como aspectos que afetam a funcionalidade 
da pessoa. 
O TO contribuir também para 
ressignificar as novas possibilidades neste 
contexto, promover a melhora da autoestima 
e motivação, alívio de sintomas, realizar 
adaptações necessárias, escuta do paciente de 
suas queixas, criar vínculos entre o paciente-
profissionais-familia para a confiança entre 
os mesmos, e melhor adesão ao tratamento, 
orientar e engajar a família para auxiliar no 
processo de cura, pois o suporte da família 
num momento tão vulnerável como este é de 
suma importância. 
Espiritualidade 
A espiritualidade é um coadjuvante 
para o sucesso da adaptação aos desafios na 
vida da criança/adolescente – pois os 
sentimentos de esperança, pertencimento e 
confiança impactam positivamente na 
capacidade de maximizar o seu potencial em 
todos os aspectos da vida. 
O apoio espiritual a criança ou 
adolescente é uma das estratégias eficazes 
.Autores: Walkyria de Almeida Santos, Maria Lúcia Pedroso Cesari Lourenço, Camila Dias Silva e Heloisa Cristina Figueiredo Frizzo 
Cap. 7 – Livro terapia ocupacional em contextos hospitalares e cuidados paliativos 
 
 
Camila Catherine 
 
para o enfrentamento da doença, pois a 
espiritualidade da suporte e sustenta o 
envolvimento nas ocupações pelo sujeito, e 
encorajam a continuar lutando mesmo num 
momento que a vida está em risco, acreditar 
na cura e que ele é capaz de vencer a doença. 
A relação entre o TO-
criança/adolescente baseado na valorização 
da espiritualidade – apoia as mudanças 
terapêuticas em suas vidas, facilitam a 
utilização de recursos físicos, cognitivos, 
emocionais e espirituais na melhora de seu 
desempenho nas atividades e para otimizar a 
participação. 
 Espiritualidade = suporte, autoestima 
e constrói a resiliência na vida cotidiana. 
Sustenta o envolvimento nas ocupações. 
Suporte as crianças assumirem riscos, seguir 
seus sonhos e continuar tentando, mesmo 
diante da doença. 
 Uso de atividades lúdicas que 
envolvam o contexto e sejam significativa a 
criança – criam vínculo e aproximação da 
criança com o profissional – dando abertura 
para a criança participar do tratamento e ter 
uma melhor relação com o ambiente 
hospitalar – podendo expressar suas 
vontades/desejos. 
 Busca de um fazer significativo e 
terapêutico – auxilio no processo de 
enfrentamento e na retomada de projetos de 
vida, tão importantes para a melhoria e 
qualidade de vida de crianças/adolescentes 
em tratamento oncológico. 
Cuidado paliativo pediátrico e 
terapia ocupacional 
 Cuidado ativo e total a criança, no 
contexto de corpo, mente e espirito, bem 
como o suporte oferecido a toda a família. 
Este cuidado deve ser iniciado desde o 
diagnóstico da doença crônica e ser 
concomitante com o tratamento curativo, 
atingindo todos os níveis de cuidado. 
 
 Alivio do sofrimento físico, 
psicológico e social das crianças/adolescentes 
e sua família. Oferece também apoio 
psicológico e espiritual, desde o diagnostico 
até o fim da vida, inclusive no luto. 
 Papel do TO em CP: manutenção das 
atividades significativas, promoção de 
estímulos sensoriais e cognitivos para 
enriquecimento do cotidiano, orientação e 
realização de medidas de conforto e controle 
de outros sintomas; adaptação e treino de 
AVDs para autonomia e independência, 
criação de possibilidades de comunicação, 
expressão e exercício da criatividade; criação 
de espaços de convivência e interação, 
pautado nas potencialidades do sujeito, apoio, 
escutam e orientação ao familiar/cuidador. 
 Dispor atividades que ajudem na 
conservação de energia para realizar as 
AVDs, bem como diminuir os esforços 
físicos por meio de adaptações e órteses 
personalizadas. 
 Acompanhamento pós-óbito – ligações 
telefônicas ou visitas de luto em conjunto 
com outras áreas. 
 Forma de cuidado mais humanizada, 
entendendo a morte como um processo 
normal da vida e fazendo o possivel para que 
o paciente viva e aproveite até o dia de sua 
morte com dignidade.

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