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PROVA - TERAPIA OCUPACIONAL EM CONTEXTOS HOSPITALARES

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE TERAPIA OCUPACIONAL
DISCIPLINA: TERAPIA OCUPACIONAL EM CONTEXTOS HOSPITALARES
PROVA
Nome: Thayla Gabriele Pereira Passoni
1a) Para pensar e implementar medidas de Biossegurança e controle de infecções é
preciso levar em consideração os possíveis agentes etiológicos de contaminação,
também o hospedeiro e o ambiente. Conhecer as formas de transmissão e
contaminação é relevante para entender os papéis e a eficácia destas medidas. As
formas mais comuns de transmissão são por contato direto ou indireto, por meio de
gotículas ou aéreas (aerossóis). As medidas de segurança podem ser divididas em
por contato, por aerossóis ou padrão. Dessa forma, os meios de controle de riscos
são a higienização das mãos, a paramentação de acordo com o uso do
Equipamento de Proteção Individual (EPI) (luva, máscara, avental, óculos e protetor
facial), o uso de Equipamento de Proteção Coletiva (EPC). Também é preciso seguir
as normas da rotina de higienização e desinfecção do ambiente de trabalho. Em
caso de risco por contato, o paciente poderá usar um quarto privativo, diminuindo as
chances de transmissão. Em caso de transmissão por aerossóis, recomenda-se o
uso de máscaras tipo respirador (N95 ou PFF2).
Há também medidas de precaução e redução de acidentes de trabalho, como
seguir as recomendações de biossegurança, e fazer a avaliação destas medidas e
recomendações de maneira periódica, a fim de desvelar, e agir para solucionar,
possíveis falhas de Biossegurança.
1b) I - Os sintomas da doenças herpes zoster disseminado são dores nevrálgicas,
parestesias (formigamento, agulhadas, adormecimento, pressão, etc), ardor e
coceira locais, febre, dor de cabeça e mal-estar. É causada pelo vírus
Varicella-Zoster. Já a úlcera é um tipo de lesão na pele, causada por falta de
irrigação sanguínea causada pela pressão de algum objeto/local, quando infectadas
o paciente pode apresentar dor, hiperemia, e lesões adjacentes à úlcera como sinal
de disseminação das mesmas. A escabiose é uma doença parasitária, causada pelo
agente ácaro Sarcoptes scabiei variedade hominis, a disseminação é através de
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DEPARTAMENTO DE TERAPIA OCUPACIONAL
DISCIPLINA: TERAPIA OCUPACIONAL EM CONTEXTOS HOSPITALARES
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Nome: Thayla Gabriele Pereira Passoni
contato prolongado. O principal sintoma da escabiose é a lesão com intenso prurido
na forma de escoriações.
Para precaução recomenda-se as medidas de biossegurança padrão,
somadas com as medidas de precaução por contato: higienização das mãos,
paramentação com o uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI), com o uso
de máscara N95 ou PFF2, uso de Equipamento de Proteção Coletiva (EPC),
higienização dos equipamento utilizados no paciente, e se possível transferir esse
paciente para um leito privativo. Deve haver, também, a sinalização através de
placas no leito do paciente.
II - A coqueluche é uma doença causada por uma bactéria chamada Bordetella
pertussis, seu principal sintoma é a tosse paroxística, os primeiros sintomas se
assemelham a gripe, por isso é importante observar sua evolução. Já a caxumba é
causada pelo vírus Caxumba, sua transmissão ocorre através do contato direto das
vias aéreas superiores com a saliva ou com gotículas contaminadas, o principal
sintoma é o edema das glândulas salivares, mas pode ocorrer, também, febre,
cefaleia e dores musculares. A rubéola é uma doença viral aguda, causada pelo
agente Rubivirus, os sintomas incluem febre e exantema.
As medidas de biossegurança contam com as recomendações padrão, como
a higienização da mão, uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI) e
Equipamento de Proteção Coletiva (EPC). E, principalmente, são necessárias
medidas de proteção ao contato, dessa forma é preciso fazer o uso de máscara N95
ou PFF2, de equipamento exclusivos para o paciente ou muito bem higienizados e
desinfetados após o uso, também é preciso isolar esse paciente em um leito
privativo, é recomendada a sinalização através de placas no leito do paciente.
III - A síndrome respiratória aguda grave (SARS) é uma doença respiratória,
caracterizada por aumento da frequência respiratória, hipotensão, febre, tosse e
dispneia. Já a tuberculose é uma doença infecciosa causada pelo agente
Mycobacterium tuberculosis, os sintomas principais são tosse prolongada (mais de
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duas semanas), expectoração com sangue, dor no peito e/ou nas costas, fadiga, e
pode estar associada a febre. O sarampo é uma doença viral aguda, extremamente
contagiosa, os sintomas iniciais incluem febre, tosse, corrimento nasal, conjuntivite e
fotofobia.
As medidas de biossegurança para estas doenças incluem as
recomendações padrão: higienização das mãos, uso de Equipamento de Proteção
Individual (EPI) e Equipamento de Proteção Coletiva (EPC). Também são
recomendadas as medidas de proteção ao contato com o paciente, principalmente
com secreções e partículas aéreas, como: o uso de máscara N95 ou PFF2; uso de
equipamento exclusivos para o paciente ou muito bem higienizados e desinfetados
após o uso; isolamento do paciente em um leito privativo; sinalização através de
placas no leito do paciente.
2) A atuação da terapia ocupacional no ambiente hospitalar é permeada de diversos
aspectos e características próprias. Um desses aspectos diz respeito ao trabalho
com a equipe multiprofissional, um importante elo da atenção integral à saúde, que
busca ofertar um cuidado humanizado, que integre os diversos saberes e práticas
das profissões que compõem a equipe, ao paciente. Para que isso ocorra é
necessária uma equipe que trabalhe na direção de contemplar as diversas
necessidades de saúde, não apenas o diagnóstico, o tratamento e a reabilitação,
mas também a promoção de saúde e a prevenção de agravos. Dessa forma, o
trabalho em equipe e a horizontalização do cuidado se constituem enquanto
importantes aspectos do trabalho da terapia ocupacional no contexto hospitalar, por
influenciar diretamente a atuação deste profissional, por exemplo na construção do
plano terapêutico para um determinado paciente, feita em reunião com a equipe.
Outro aspecto envolvido na atuação da terapia ocupacional no contexto
hospitalar diz respeito ao conhecimento dos protocolos hospitalares. Esses
protocolos orientam as ações de cuidado da equipe, também de registro e
acompanhamento do paciente, e são importantes para orientar a atuação da terapia
ocupacional neste contexto. Dessa forma, os protocolos de classificação de risco, de
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segurança do paciente, de biossegurança e controle de infecções hospitalares, os
prontuários clínicos, entre outros, possuem uma importância significativa na atuação,
não só da terapia ocupacional, mas da equipe como um todo.
3) O papel da terapia ocupacional no contexto hospitalar pediátrico é intervir sobre o
impacto da hospitalização, o processo de adoecimento, e na vivência no ambiente
hospitalar. Para isso são pensadas atividades que possam ressignificar esse
ambiente, e as mudanças decorridas a partir do adoecimento e hospitalização.
O perfil do paciente pediátrico, o tempo de internação, e o impacto dela nos
familiares e no desenvolvimento infantil são pontos chave para pensar a atuação da
terapia ocupacional neste contexto. Alguns aspectos são importantes de serem
considerados na avaliação do paciente pediátrico no contexto hospitalar.
Esses aspectos são: a identificação do paciente, a identificação do cuidador
principal,identificação do diagnóstico principal, e se outros diagnósticos se fazem
presentes. A busca por compreender como era a rotina e o cotidiano da criança
antes da internação, o histórico do adoecimento e o impacto dele no cotidiano da
criança; o motivo da internação atual.
Também é avaliado o desempenho ocupacional da criança, em que
observa-se a execução das atividades básicas e instrumentais de vida diária
(ABVDs e AIVDs), quais as atividades lúdicas e de brincar que essa criança
exerce/gosta de fazer, e quais as atividades escolares desempenhadas pela criança.
Outros aspectos são o exame físico, a avaliação de dor e fadiga, se existem
restrições clínicas decorrentes do processo de adoecimento e a avaliação dos
componentes perceptivos e cognitivos. A busca por compreender como se deu/dá o
desenvolvimento neuropsicomotor da criança e se há uso de tecnologia assistiva por
parte da criança.
Ainda, é pertinente observar: a percepção do paciente e da família/cuidadores
sobre a doença e o tratamento, possíveis mudanças e oscilações de
comportamento, se há aderência ao tratamento e qual a rede de suporte que o
paciente dispõe.
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Alguns dos instrumentos comumente utilizados no contexto hospitalar
pediátrico são: a Escala de Visual Analógica (EVA), tem como objetivo aferir a
intensidade da dor sentida pela paciente, a partir de sua própria interpretação,
aplica-se a partir da pergunta do grau de dor sentida pelo paciente em uma escala
de de 0 a 10, em que 0 representa ausência total de dor, e 10 representa o máximo
de dor que o paciente consegue suportar.
A Escala de Faces é semelhante a EVA, entretanto é composta por imagens
com expressões faciais que correspondem ao grau de dor. Seu objetivo é avaliar a
intensidade da dor sentida pelo paciente. A gradação vai desde um cara “feliz” que
representa “sem dor” até uma cara “muito triste” que representa muita dor. A
aplicação é feita pedindo que o paciente mostre qual imagem representa a dor que
sente.
Já o instrumento Denver II é usado para avaliar o desenvolvimento
neuropsicomotor (pessoal-social, área motora fina adaptativa, linguagem e área
motora grossa) de crianças de zero a seis anos de idade. O instrumento é composto
de 55 itens, onde são aplicados os itens da esquerda do teste. A Aplicação é feita
pedido que a criança desenvolva algumas tarefas, e a partir disso é avaliada, pelo
aplicador, a execução dessas tarefas pela criança segundo alguns critérios:
1. A criança realiza a tarefa.
2. A criança não realiza uma tarefa que 90% das crianças de sua idade
realizam.
3. A criança não realiza a tarefa, mas ainda há tempo para fazê-la mais tarde (a
faixa etária é inferior à 90% das crianças de sua idade).
4. A criança, por algum motivo, não colabora. Serão feitas tentativas para avaliar
em uma próxima visita.
4) Os aspectos que compõem a avaliação de adultos no contexto hospitalar são: a
identificação do paciente, a identificação do(a) acompanhante principal, qual o
diagnóstico principal, e se há outros diagnósticos concomitantes. Busca-se
compreender como era a rotina e o cotidiano do paciente antes da hospitalização,
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como era sua rotina de trabalho, o histórico do adoecimento e o impacto dele no
cotidiano do paciente, e o motivo da internação atual.
Também é avaliado o perfil ocupacional do paciente, em que observa-se a
execução das atividades básicas e instrumentais de vida diária (ABVDs e AIVDs),
valores, crenças, interesses e padrões de vida. É feito o exame físico, a avaliação de
dor e fadiga, observação de possíveis restrições clínicas decorrentes do processo de
adoecimento, a avaliação dos componentes perceptivos e cognitivos, se há uso de
tecnologia assistiva por parte do paciente e como se dá a comunicação desse
paciente. Ainda, é pertinente observar: a percepção do paciente e da
família/cuidadores sobre a doença e o tratamento, as possíveis mudanças e
oscilações de comportamento, se há aderência ao tratamento e qual a rede de
suporte que o paciente dispõe.
Alguns instrumentos que podem ser utilizados para a avaliação de adultos
são: a Medida Canadense de Desempenho Ocupacional avalia o impacto das
intervenções na vida do paciente, e também mudanças em seu desempenho
ocupacional, é uma medida de resultados, e tem a capacidade de mensuração, sua
aplicação consiste em uma entrevista semiestruturada.
A Lista de Identificação de Papéis Ocupacionais conta com dez itens que são
papéis ocupacionais definidos separadamente como: estudante, trabalhador,
voluntário, cuidador, serviço doméstico, religioso, amigo, passatempo/amador,
membro de família e participante em organizações, o instrumento se divide em duas
partes, e sua aplicação é feita a partir de uma entrevista semiestruturada.
Já a versão brasileira do Questionário de Qualidade de Vida SF-36, tem como
objetivo avaliar a capacidade funcional, aspectos físicos, dor, estado geral de saúde,
vitalidade, aspectos sociais, aspectos emocionais e saúde mental, é composto de 36
questões, a aplicação é feita pedindo que o paciente responda as questões, e
posteriormente o aplicador avalia as respostas.
5) No caso de Beatrice e sua mãe, a terapia ocupacional foi solicitada para pensar e
atuar sobre o fato da mãe ser adolescente. A gravidez precoce, aquela ocorrida
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entre 10 a 19 anos, é uma questão de saúde pública que pode afetar diversas áreas
e componentes do desenvolvimento tanto da mãe, quanto da criança.
A maternidade é uma experiência que traz novos papéis ocupacionais e
sociais para quem a vive, modificando suas ocupações e atividades cotidianas.
Quando se é adolescente, essa experiência pode compor uma ruptura ainda maior
com os papéis ocupacionais anteriores, entendendo que a adolescência já é um
período de transformações e modificações de papéis ocupacionais e sociais, que se
intensificam com a gravidez e a maternidade.
As novas responsabilidades advindas da necessidade de independência, e de
estabelecer uma nova rotina de cuidados de si e da criança, em conjunto com as
características próprias da adolescência, colocam um desafio para essa mãe, que
pode precisar de novas ferramentas de suporte e de apoio. O hospital pode ser um
dispositivo de cuidado e de suporte para essa mãe, que, além das problemáticas
descritas acima, também experiencia o processo de adoecimento dessa criança.
A equipe multiprofissional de cuidado atua concomitantemente com a criança
hospitalizada, e com o suporte ao cuidador principal e família. O papel da terapia
ocupacional no contexto hospitalar se destaca pela atuação com os cuidadores e as
famílias no resgate de papéis ocupacionais, e de atividade significativas.
Dessa forma, o profissional terapeuta ocupacional pode avaliar as demandas
dessa mãe a partir de uma entrevista semiestruturada, buscando compreender seus
papéis ocupacionais, suas dificuldades com o autocuidado e o cuidado da criança.
Busca-se acolher dúvidas e possíveis angústias acerca do processo de adoecimento
e hospitalização da filha. Para isso, é necessário avaliar suas atividades de vida
diária (AVD), atividades instrumentais de vida diária (AIVD), atividades lúdicas, de
lazer, educacionais, de trabalho, sono, descanso e participação social.A partir disso,
é possível levantar e acolher as demandas dessa mãe.
Algumas hipóteses de demanda que a terapia ocupacionalpoderia trabalhar
são: o processo de adoecimento da filha, dúvidas sobre o tratamento e cuidados em
casa, além de orientar sobre a importância de continuar a vacinação da criança e o
acompanhamento na Unidade de Saúde Básica de referência.
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Nome: Thayla Gabriele Pereira Passoni
Também são demandas a modificação dos papéis ocupacionais dessa mãe, e
os impactos disso nas suas atividades, como frequentar a escola, ter momentos de
lazer e descanso. A orientação sobre o uso de substâncias químicas (tabaco e
maconha) a partir da perspectiva da redução de danos. Pode ser preciso trabalhar a
relação da mãe de Beatrice com o pai da criança, procurando entender qual papel
ele exerce no cuidado, se ele é presente em suas vidas, se há pagamento de
pensão alimentícia, buscando possíveis motivos para encaminhar a mãe para a rede
de Assistência Social. O histórico da mãe traz uma passagem pela medida
socioeducativa, o que aponta para a necessidade de compreender o contexto em
que ela se insere, como é sua relação com a família, e quais são suas redes de
suporte.
Os possíveis objetivos terapêuticos podem ser trabalhar com orientações
sobre o quadro clínico da criança; trabalhar o desempenho ocupacional nas
atividades da mãe, principalmente as de cuidado com a criança; trabalhar com o
fortalecimento das redes de suporte da mãe; encaminhar, se necessário, para os
serviços que compõem a Rede de Assistência Social (CRAS e CREAS). Os
objetivos terapêuticos vão depender das demandas apresentadas pela mãe e do
quadro clínico da criança (possíveis agravamentos ou melhora).
6) No caso do paciente Ricardo é preciso ter conhecimento sobre o diagnóstico de
Esclerose Lateral Amiotrófica, seus comprometimentos e impactos no desempenho
ocupacional do paciente e da sua esposa e cuidadora principal.
A partir de uma avaliação completa do paciente é possível compreender as
demandas de Ricardo, e as de sua esposa. Nessa avaliação é preciso conter a
identificação do paciente; a identificação da acompanhante principal; qual o impacto
do diagnóstico em sua rotina e cotidiano, e também do diagnóstico de Hipertensão
Arterial Sistêmica (HAS); como era a rotina e o cotidiano do paciente antes da
hospitalização; como era sua rotina de trabalho; o histórico do adoecimento.
Também é avaliado o perfil ocupacional do paciente, em que observa-se a
execução das atividades básicas e instrumentais de vida diária (ABVDs e AIVDs),
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valores, crenças, interesses e padrões de vida. Nesse ponto, instrumentos como a
Medida Canadense de Desempenho Ocupacional, e a Lista de Papéis
Ocupacionais, podem ser usados, entre outros instrumentos necessários. Além
disso, é preciso ser feito o exame físico; a avaliação de dor e fadiga; levantar se há
restrições clínicas decorrentes do processo de adoecimento; a avaliação dos
componentes perceptivos e cognitivos; se há necessidade do uso de tecnologia
assistiva por parte do paciente; e como se dá a comunicação desse paciente.
Ainda, é pertinente observar: a percepção do paciente e da sua
acompanhante sobre a doença e o tratamento; possíveis mudanças e oscilações de
comportamento, como alterações de humor, depressão e tristezas após saber do
diagnóstico; e qual a rede de suporte que o paciente dispõe.
Após a avaliação, as demandas serão identificadas. Algumas hipóteses de
demandas são: orientação acerca do quadro clínico; trabalhar com os componentes
de desempenho ocupacional, funcionalidade e independência; avaliar se há
necessidade do uso de Tecnologias Assistivas (TA), como órteses e cadeira de
rodas, visto que o comprometimento maior é nos músculos do membro inferior, caso
haja necessidade, um objetivo terapêutico seria prescrever e monitorar o uso destas
tecnologias. Também é preciso trabalhar com as demandas apresentadas pela
esposa de Ricardo, que passará a exercer o papel ocupacional de cuidadora. Estas
demandas podem ser emocionais, de orientação e de fortalecimento das redes de
suporte dessa família.
Os objetivos terapêuticos são ofertar os conhecimentos necessários para
entender o processo de adoecimento, e fortalecer os sentidos de resiliência frente a
isso. Trabalhar o desempenho ocupacional, a partir do aumento de funcionalidade e
independência de Ricardo, a partir de atividades que sejam significativas para ele.
Prescrever, caso haja necessidade, as TAs necessárias, e acompanhar a adaptação
do paciente a elas. Orientar e acolher as demandas da esposa de Ricardo.
Encaminhar o paciente para outros serviços da rede de assistência à saúde após a
alta.
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CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE TERAPIA OCUPACIONAL
DISCIPLINA: TERAPIA OCUPACIONAL EM CONTEXTOS HOSPITALARES
PROVA
Nome: Thayla Gabriele Pereira Passoni
Referências bibliográficas:
ALMEIDA, Lilian Maria Sanguinett de . Avaliação da sobrecarga dos cuidadores de
pessoas com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA): São Carlos, v. 25, n. 3, p.
585-593, 2017. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, São Carlos, v. 25,
n. 03, p. 585-593, 2017. Disponível em:
http://www.cadernosdeterapiaocupacional.ufscar.br/index.php/cadernos/article/view/1
618/885. Acesso em: 17 abr. 2021.
BASTOS, S. C. de A., MANCINI, M. C., PYLÓ,, R. M. (2010). O uso da Medida
Canadense de Desempenho Ocupacional (COPM) em saúde mental. Revista De
Terapia Ocupacional Da Universidade De São Paulo, 21(2), 104-110. Disponível em
< https://www.revistas.usp.br/rto/article/view/14093 > Acesso em: 17 abr. 2021.
BRASIL. Ministério da Saúde. PORTARIA n. 3.390, de 30 de dezembro de 2013.
Diário Oficial da União. Brasília. Disponível em <
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt3390_30_12_2013.html. >
Acesso em: 17 abr. 2021.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
Vigilância Epidemiológica. Doenças infecciosas e parasitárias : guia de bolso /
Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância
Epidemiológica. – 8. ed. rev. – Brasília : Ministério da Saúde, 2010. 444 p. Disponível
em >
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_infecciosas_parasitaria_guia_b
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CABRAL, Francisco Williams; SILVA, Maria Zildênia Oliveira. PREVENÇÃO E
CONTROLE DE INFECÇÕES NO AMBIENTE HOSPITALAR. S A N A R E, Sobral,
v. 12, n. 1, p. 59-70. Disponível em <
https://www.revistas.usp.br/rto/article/view/14093
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_infecciosas_parasitaria_guia_bolso.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_infecciosas_parasitaria_guia_bolso.pdf
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE TERAPIA OCUPACIONAL
DISCIPLINA: TERAPIA OCUPACIONAL EM CONTEXTOS HOSPITALARES
PROVA
Nome: Thayla Gabriele Pereira Passoni
https://sanare.emnuvens.com.br/sanare/article/viewFile/330/264#:~:text=A%20bioss
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Disponível em < https://revistas.ufrj.br/index.php/ribto/article/view/10049 > Acesso
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NICÁCIO, D. B., et. al. Toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus e hepatite:
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Ciências Biológicas E Da Saúde - UNIT - ALAGOAS, 3(1), 55–68, 2015. Disponível
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SANTI,A.; MARIOTTI, M. C.; CORDEIRO, J. R. Lista de Identificação de Papéis
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v. 23, n. 3, p. 289-96, set./dez. 2012.
https://revistas.ufrj.br/index.php/ribto/article/view/10049
https://periodicos.set.edu.br/fitsbiosaude/article/view/2402

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