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TCC FEMINICIDIO E A LEI MARIA DA PENHA: JUNTAS CONTRA A VIOLÊNCIA

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AS LEIS MARIA DA PENHA E O FEMINICÍDIO: JUNTAS CONTRA A VIOLÊNCIA A MULHER
Leticia Souza Rodrigues da Cunha[footnoteRef:1] [1: Acadêmica do Curso de Direito devidamente matriculada na 10ª etapa. Endereço:< lleticiasouza@hotmail.com>] 
Mara Cristina Piolla Hillesheim[footnoteRef:2] [2: Professora Orientadora de TCC. Docente do Curso de Direito da UNIUBE. <mcpiolla@gmail.com>] 
RESUMO
O presente estudo tem por objetivo mostrar que as leis Maria da Penha e o feminicídio estão juntas na luta contra a violência à mulher. Visa esclarecer que o fato de ser mulher ou identificar-se com o gênero feminino já viabiliza a existência de certa vulnerabilidade e a atitude do agressor em lesionar os direitos inerentes ao princípio da igualdade. Para elaborar o artigo, emprega-se como metodologia de pesquisa a abordagem qualitativa com o objetivo de explicar a luta das mulheres pela igualdade, a vulnerabilidade do gênero, as leis e o modo como se deve proteger a mulher. Além disso, apresenta-se a identificação do perfil do agressor e quais são suas penalidades. O trabalho discorre sobre a luta pelo direito à igualdade que tem evoluído judicialmente nas configurações das leis, na questão do gênero feminino em sua vulnerabilidade em relação ao gênero masculino. 
PALAVRAS CHAVE: Violência contra a mulher; Vulnerabilidade do gênero feminino; Lei Maria da Penha; Feminicídio; Desigualdade. 
MARIA PENHA AND FEMINICIDE LAWS: TOGETHER AGAINST VIOLENCE TO WOMEN
ABSTRACT
The present study aims to show that the Maria da Penha and femincide laws are together in the fight against violence against women. It aims to clarify that the fact of being a woman or identifying with the female gender already makes possible the existence of certain vulnerability and the attitude of the aggressor to damage the rights inherent to the principle of equality. To elaborate the article, a qualitative approach is used as a research methodology to explain women's struggle for equality, gender vulnerability, laws and how women should be protected. In addition, it presents the identification of the profile of the aggressor and what are their penalties. The paper discusses the struggle for the right to equality that has evolved judicially in the configurations of laws, the issue of women in their vulnerability to men. 
KEYWORDS: Violence against women; Female vulnerability; Maria da Penha Law; Feminicide; Inequality.
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho apresenta as Leis Maria da Penha (Lei 11.340 de 7 agosto de 2006) e o Feminicídio (Lei 13.404, de 9 de março de 2015) em uma análise das duas leis para a proteção da mulher. Visa apresentar a problemática relacionada ao o fato de que ser mulher ou identificar-se com o gênero feminino já causa a existência da vulnerabilidade e encaminha a atitude do agressor em lesionar os Direitos inerentes à personalidade humana questão constatado simplesmente em virtude de ser do gênero feminino. 
 Constata-se que, em termos, a cultura é o principal problema, visto ser, a influenciadora de que o gênero masculino é considerado mais forte que o feminino. Ou seja, as mulheres sofrem agressões, pelo simples fato de serem consideradas mais fraca, justamente pelos seus companheiros, cônjuges, parceiros a que elas estão relacionadas. 
 As mulheres sempre sofreram preconceitos pelo simples fato de serem mulheres, seja pela sua classe, etnia, orientação sexual, renda, idade. O agressor sempre que prevê a vulnerabilidade, ataca, e não tem lugar certo ou hora para isso. As agressões acontecem em diversos âmbitos: no trabalho (desigualdade salarial, assédio sexual); no casamento (agressão física, ameaça, calunia, estupro); em lugar público (ameaça, gritaria e agressões), entre outros lugares.
De acordo com o art. 7 da Lei 11.340/2006, existem 5 (cinco) tipos de formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras, sendo elas: violência física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. As leis Maria da Penha e do feminicídio estão amparadas pelo Código Penal e pela Constituição Federal Brasileira. O Direito Penal qualificou o crime de Feminicídio para que a pena aumentasse, indicando que o motivo do homicídio é o sexo feminino. Caracterizando-se assim, que o autor só investe contra a mulher pela subordinação e a opressão pela violência. Trata-se, então, de um crime de ódio, amor, posse, violência pela obsessão da subordinação contra a mulher. 
Os agressores costumam usar como escusas a seus ataques: o amor, ciúmes, “propriedade” exclusiva sobre a vítima e que só agem em momentos de euforia. Desse modo, culpando a vítima a levar a acreditar que é culpada por tal fato ter acontecido. 
As mulheres não estão sozinhas nessa batalha contra a violência, as leis a protegem, e este artigo tem o objetivo de apresentar justamente isso, para que cada vez menos possa existi violência contra as mulheres, a fim de que se possa entender que elas não são culpadas pela violência. E por isso pretende-se mostrar no artigo: a evolução da mulher até hoje; a vulnerabilidade do gênero feminino; o que é gênero; as leis Maria da Penha e o Feminicídio; a proteção da mulher ao denunciar; o perfil do agressor; e as penalidades para o agressor. 
2 O GÊNERO FEMININO E A VULNERABILIDADE 
2.1 A HISTÓRIA DA MULHER NO MUNDO
A mulher sempre foi considerada um ser frágil, incapaz de produzir suas ações e manifestações e foi por isso que conseguiu, com muito mérito os seus direitos. Não foi desembaraçadamente que alcançou um dia específico para comemorar suas vitorias, ou seja, comemora sua luta internacionalmente, no dia 8 de maio de todo ano, desde o início dos séculos XX. 
O primeiro Dia Internacional da Mulher foi em 28 de fevereiro de 1909, nos Estados Unidos, por iniciativa do Partido Socialista da América. A mulher sempre buscou pela sua independência, pela sua condição social e pelo poder na esfera trabalhista, política, jurídica. Há diversas histórias em que a literatura ressalta a importância da mulher na luta, isto é, até mesmo nos séculos a.c, podendo ser citada história de Aspásia a Lívia[footnoteRef:3]. [3: - de Aspásia a Lívia conta a história que representa grande importância na leitura nos séculos a.c e d.c. “ Aspásia, esposa do estadista democrático ateniense Péricles (séc. 5 a.C.), celebrizou-se como mulher de cultura, respeitada no círculo filosófico de Sócrates. Para acabar a guerra contra Esparta, Lisístrata comanda uma greve de sexo, que - pondo os homens diante do dilema combater ou transar - obriga os atenienses a pôr fim às hostilidades. Trata-se de ficção, sem dúvida,, mas que elogia a sensatez das mulheres e sugere que elas, melhor do que os homens, poderiam administrar as questões políticas da humanidade. Em Roma, Lívia (58 a.C-29d.C), mulher do imperador Augusto e mãe de seu sucessor, Tibério, conhecia muito bem os negócios do estado e foi praticamente sócia de seu filho no exercício do poder.”
] 
Mas foi a partir do século 19, na Revolução Industrial que as mulheres começaram a batalhar pelos seus direitos na sociedade. A mulher sempre foi submissa ao homem, porque esse era o responsável pelas despesas da casa, “ o chefe da casa”, e a mulher pela organização no âmbito doméstico e a função de reprodução. 
 Contudo, as máquinas começaram a chegar nas fábricas, e mulheres e crianças foram obrigadas a encarar o trabalho fabril, já que os salários dos homens foram reduzidos e não garantiam mais a subsistência familiar. O trabalho feminino era na cardagem, fiação e tecelagem de lã. Era extremamente penoso, com um salário mal pago, ou seja, além de suas obrigações no âmbito doméstico, a mulher passou a trabalhar para ajudar em casa também, até 17 horas, em condições precárias e salários menores de 60% que os homens. (BOTTINI E BATISTA, 2013, p. 4)
Em razão dessa disparidade salarial e dos maus tratos, as mulheres foram reivindicar a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias, em 1819 após um enfrentamento entre polícia e trabalhadores, a Inglaterra aprovou a lei que reduzia para 12 horas o trabalhodas mulheres e dos menores entre 9 e 16 anos. 
Todavia a luta ainda era grande para construir novos valores socais, culturais e democráticos a todos. Em 1940, o trabalho feminino no mercado já havia diversificado em várias ocupações assumidas pelas mulheres e, com isso, conseguiu-se a democratização na Constituição Federal Brasileia de 1988, pela igualdade jurídica, até hoje as mulheres lutam pela sua igualdade, tanto é que no Brasil uma mulher foi eleita como Presidente da República, já no âmbito trabalhista não há mais diferenciação, mulheres ocupam cargos de chefe a ajudante de limpeza. 
É nesse sentido que a mulher foi à luta o pelo direito ao Voto, conhecido também por Sufrágio Feminino. A Lei nº 13.086 de 8 de janeiro de 2015, no art. 1º prevê: “ É instituído, no Calendário Oficial do Governo Federal, o Dia da Conquista do Voto Feminino no Brasil, a ser comemorado, anualmente, no dia 24 de fevereiro. ” Que foi sancionada pela primeira mulher eleita para chefe máximo do executivo, no Brasil, a presidenta Dilma Rousseff. A luta para chegar até aqui não foi simples. 
O movimento feminino para o direito do voto começou na cidade de Mossoró, no estado do Rio Grande do Norte. Essa organização obteve início nas regiões norte e nordeste, no final do século XIX. Um fato importante é que em 25 de novembro de 1927, Celina Guimarães Viana, peticionou requerendo sua inclusão no rol de eleitores. Com o deferimento do Juiz, houve um grande movimento nacional levando as mulheres a fazerem a mesma coisa. Com isso mulheres começaram a criar seus próprios partidos políticos. (VAISNSENCHER, 2016)
No ano de 1932, então, por meio do Decreto de n º21.076 de 24 de fevereiro de 1932 o Presidente Getúlio Vargas instituiu o Código Eleitoral Brasileiro, cujo o artigo 2º declara que: “ é eleitor o cidadão maior de 21 anos, sem distinção de sexo, alistado na forma deste código.”
O combate é diário para as mulheres até os tempos atuais, não apenas pela busca de sua valorização no mercado, na sociedade, na cultura, mas sim, por ser considerável frágil, vulnerável, e, até hoje, por ser violentada pelos seus companheiros, submissa ao homem ainda por não reconhecer em sua importância e força para vencer. E é nesse sentido que a Lei Maria da Penha, a delegacia da Mulher, o Feminicídio, mostram que as mulheres que não estão sozinhas e seus direitos devem ser respeitados. 
2.2 A VULNERABILIDADE DO GÊNERO FEMININO
A palavra vulnerabilidade vem do latim de vulnerabilis, o que pode ser ferido ou atacado, indica um estado de fraqueza, que pode se referir tanto ao comportamento das pessoas, como objetos, situações, ideias. 
Pode-se identificar então que a vulnerabilidade está interligada à sociedade, à educação, à discriminação, ao gênero, à raça, e que o agressor antes de agir, atenta-se à vida de sua vítima, reconhece seus medos, e pontos fracos, os relacionamentos abusivos do século XXI é um grande exemplo de vulnerabilidade. 
A desigualdade então mais uma vez entra em questão já que o homem atina que é mais “forte” que a mulher por questão de gênero, compreende-se então que gênero é todo indivíduo que se identifica na sociedade por um gênero, seja ele masculino ou feminino, um sentimento individual de identidade da pessoa, no caso específico o gênero feminino. 
 Observa-se então que a fraqueza da vítima é pela violência causada pelo seu agressor, que geralmente são seus companheiros ou ex- companheiros, seja ela verbal ou sexualmente. O fato é que hoje as mulheres estão seguras pela Lei, mas possui ainda um certo receio de ir buscar ajuda, justamente pela insegurança que seu agressor põe sobre ela, pela situação, comportamento, afetando assim sua saúde mental e física. 
A saúde mental é a capacidade que o indivíduo tem de vivenciar uma certa situação e de como ele lidar posteriormente com a consequência, desenvolvendo assim um diagnóstico psicológica e psiquiatricamente como o de depressão, ansiedade, insônia, fobia social, angústia, acanhamento, transtorno de pânico, comportamento suicida, baixa autoestima, sem mencionar o tormento das lembranças dos fatos, entre outros. 
A questão é que mesmo com ajuda de um profissional da saúde os danos causados jamais serão esquecidos, serão sempre uma marca patenteada em sua vida, e por isso que a Lei Maria da Penha precisa ter eficácia em proteção a mulher, para que sua vulnerabilidade por gênero.
A saúde física assim como a mental não consente sinais registrados apenas por horas, semanas e meses, mas sim, uma vida inteira, há casos em que mulheres ficam com contusões, fraturas, sintomas e lesões para sempre, um exemplo próprio é o da Maria da Penha Maia Fernandes, que foi o caso homenageado pela Lei Maria da Penha, Lei 11.340 de 2006, cujo marco foi o marido tentar assassiná-la por duas vezes, o que a na primeira vez deixou a paraplégica. 
São esses diversos fatores que deixam que a vulnerabilidade por gênero se delimita na mulher, por crerem que a força brutal do homem é maior que sua integridade física e moral, pelo machismo no prazer do domínio e na imposição da crueldade, colocando a mulher como culpada pela situação. 
É preciso então analisar que a violência contra a mulher em questão de vulnerabilidade por gênero está ligada a sociedade, a desigualdade entre homens e mulheres, a falta de autonomia feminina em diversos setores da sociedade e sendo necessário ressaltar que não há distinção na questão de condição social, nesse requisito tanto uma mulher culta e de elite como uma pobre e analfabeta sofrem pela sua questão de gênero, pela sua vulnerabilidade, insegurança, medo pelo comportamento que seu ofensor possa fazer contra ela. (SILVA, 2018, p.10)
Nesse raciocínio é que convém advertir a importância que a política, a assistência médica e jurídica possui para ampliar proporção na visibilidade das pessoas, no sentido de que as marcas deixadas física, moral e emocionalmente, necessitam empreender uma ação social que gera demonstrar a visibilidade do risco em que as mulheres ainda sofrem pelo abuso de submissão ao homem e gerando uma forma de reflexão a toda sociedade de que a desigualdade de gênero deve ser desfeita, pois, o erro não está nas classes, renda, é muito mais, e está ligada a dignidade humana, em que o respeito deveria ser respeitado sempre. 
2.3 GÊNERO 
 
Entende-se por gênero a identidade que a pessoa dá para si mesma, seja ela de gênero feminino ou masculino; ou por suas características biológicas, genitália, cromossomos sexuais e hormônios que evoluem com o decorrer dos anos. Todavia, independentemente de qual seja seu sexo, identidade de gênero é como uma pessoa pode se autodeterminar, sendo um fenômeno social e não biológico. 
Contemplando assim, existem dois tipos de pessoas: a cisgênero e a transgênero. A primeira é aquela que tem sua identidade compatível com seu sexo e a segunda e a que tem identidade diferente do seu gênero, ou seja, um homem que se sente mulher, ou, uma mulher que se nota homem, compreende-se, então, que é pela sua orientação sexual, no sentido de como o indivíduo sente atração física, química, sexual, sentimental por outro ser. 
Há diversos conceitos para a definição de gênero, desta forma os mais consideráveis para abranger a diferenciação são: o Biológico que é o resultado de genética e aparência do indivíduo. O genético que é a composição cromossômica da fecundação do espermatozoide com o óvulo. O psicossocial a sua identificação sexual, comportamental, ou seja, sua percepção de si mesmo, como mulher ou homem. E civil aquele que consta na sua certidão de nascimento baseado no sexo biológico. (AZEVEDO, 2017, p.20)
Nos casos de transexual o indivíduo é biologicamente reconhecido pela sua genética, mas seu psicológico, psicossocial expressa sua outra identidade sexual. E nesse argumento que o Supremo Tribunal Federal, o Ministro João Otávio de Noronha, publicou o Provimento 73, que dispõe no “Art.1º: dispor sobre a averbação da alteração do prenome e do gênero nos assentos de nascimento e casamento de pessoa transgênero noRegistro Civil das Pessoas Naturais. ” Desse modo toda pessoa maior de 18 anos completos habilitada à prática de todos os atos da vida civil poderá requerer ao ofício do Registo Civil das Pessoas Naturais a alteração e a averbação do pronome e do gênero, a fim de adequá-los à identidade auto percebida, independentemente de autorização judicial prévia ou comprovação de cirurgia de adequação sexual. 
E neste mesmo contexto que o projeto de Lei 8.032 de 2014, quer ampliar a proteção na Lei Maria da Penha ás pessoas transexuais e transgênero que se identifiquem como mulheres, pois, o transexual é a pessoa que nasce biologicamente com um sexo, mas se vê pertencente ao outro e cogita fazer tratamentos hormonais e cirúrgicos para mudar de corpo. 
Para Maria Berenice dias, o seu pensamento é de que:
Lésbicas, transexuais, travestis e transgêneros, quem tenham identidade social com o sexo feminino estão ao abrigo da Lei Maria da Penha. A agressão contra elas no âmbito familiar constitui violência doméstica. Ainda que parte da doutrina encontre dificuldade em conceder-lhes o abrigo da Lei, descabe deixar à margem da proteção legal aqueles que se reconhecem como mulher. Felizmente, assim já vem entendendo a jurisprudência. (DIAS, 2010, p.58)
Portanto a Lei Maria da Penha não visa proteger apenas o sexo biológico, mas sim, todos aqueles que se comportam como mulheres na sociedade. 
 
3 LEI MARIA DA PENHA - Lei 11.340 de 7 agosto de 2006
A lei Marida da Penha foi sancionada pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva para homenagear uma a tantas vítimas desta violência. Maria da Penha Maia Fernandes que foi vítima de duas tentativas de homicídio realizadas por seu marido, Marco Antônio Heridia Viveros. A primeira tentativa ocorreu quando Maria da Penha dormia e Marco atirou contra ela. A consequência desta agressão, foi que. A vítima passou por diversos procedimentos cirúrgicos, mas resultou em uma paraplegia. A segunda tentativa de assassinato ocorreu quando Viveros tentou eletrocutá-la enquanto estava no banho. O agressor não era violento apenas com a vítima, mas, com as suas filhas também, o fato ocorreu no ano de 1983. (BRUNO, 2016, p.24)
Em seu primeiro artigo, a lei prevê que: 
Art. 1º Esta Lei cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Violência contra a Mulher, da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher e de outros tratados internacionais ratificados pela República Federativa do Brasil; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; e estabelece medidas de assistência e proteção às mulheres em situação de violência doméstica e familiar.
Configura-se violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico. Dessa maneira, o artigo 7º da presente lei informa quais são as formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras. 
Art. 7º São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras: I - a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal; II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause danos emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, violação de sua intimidade, ridicularizarão, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação; (Redação dada pela Lei nº 13.772, de 2018); III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos; IV - a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades; V - a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria.
Por isso, é preciso compreender melhor as violências que as mulheres sofrem, de modo que o inciso primeiro identifica a violência física: é o uso da força que ofenda o corpo ou a saúde, deixando sinais ou sintomas de fácil identificação: hematomas, chute, queimadura, fraturas, entre tantos outros, além de outros fatores gerados após a violência, por exemplo: dores musculares e dor de cabeça. E por isso que o artigo 129, §9º do Código Penal, aumenta a pena: se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou ainda, prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade. Sendo a pena de detenção de 3 (três) meses a 3(três) anos. 
Já o segundo inciso é a violência psicológica: o próprio inciso cita diversos exemplos que causa dano emocional ou diminuição da autoestima, o agressor precisa sentir a vítima menosprezada para se sentir melhor, superior, ou seja, a desigualdade de gênero. Porém, esse tipo de violência não afeta apenas a vítima, mas, sim todos que vivem em seu meio. 
Em seu inciso terceiro a violência Sexual: envolve tentativas de relação sexual não permitida pela vítima, de modo que a force ou coagida, os atos podem acontecem em diversos lugres e circunstâncias. Esse tipo de violência deixa a vítima traumatizada, não querendo mais ter esse tipo de relacionamento. 
Violência Patrimonial: é o ato de “apropriar” e “destruí” algo permanente a mulher, ou seja, furto. “Geralmente esse tipo de violência é sempre conjugal com a física e/ou psicóloga. ” (PEREIRA, LORETO, TEIXEIRA E SOUZA,2013, p. 4).
E a Violência Moral: é caracterizada pela desmoralização em delitos contra a honra. Sendo que a calúnia é o fato definido como crime do ofensor a vítima, a injúria é um ato de ofensa a vítima e a difamação um fato ofensivo à reputação da vítima. (CAMPOS, 2019, p.12)
Seja qual foi o tipo de violência causada a mulher, o dano é irreparável a sua pessoa, ao seu interior, de modo que as violências vêm sempre de onde menos se espera, de parceiros, ex-companheiro que para ela era admirável. Esses tipos de violências geram insegurança e medo na mulher e fazem com que elas não denunciam, não sendo possível aplicar uma penalidade ao seu agressor e uma proteção a ela. 
Por isso os Tribunais de Justiça entendem que a lei é uma “maior proteção” em favor do gênero feminino, no sentido de que buscam legalizar a igualdade perante a todos, de modo, que não seja apenas formal, mas de eficácia substancial. (BRUNO, 2016, p. 19)
Ementa: PENAL - PROCESSO PENAL - APELAÇÃO CRIMINAL - INCONSTITUCIONALIDADE DA LEI Nº. 11.340/06 ('LEI MARIA DA PENHA') - VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA ISONOMIA - INOCORRÊNCIA. - O legislador brasileiro, atento a toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão que sofram as mulheres, no âmbito das relações domésticas e familiares, houve por bem aprovar a Lei Maria da Penha, que viabiliza a igualdade material entre os sexos. (TJMG,2008)
Oentendimento é de que o princípio da igualdade consiste em tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida em que se desigualam. (NERY JUNIOR,1999, p.42). Isso fica claro no julgado a seguir:
Ementa: PENAL- LEI MARIA DA PENHA - MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA CONSTITUCIONALIDADE - LEI PENAL DE GÊNEROS - AÇÕES AFIRMATIVAS - HIPOSSUFICIENTE - MULHER - APLICAÇÃO EFETIVA DA LEI - APRECIAÇÃO DOS PEDIDOS. A Lei Maria da Penha é a consagração da máxima aristotélica de que o princípio da igualdade consiste em tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida em que se desigualam. (TJMG,2008)
Como visto anteriormente gênero, é a identidade que a pessoa dá para si mesmo por um fenômeno social e não biológico, então, o transexual se reconhece pelo seu aspecto psicológico, psicossocial, de modo, que no artigo 2º da lei 11.340/06:
Artigo2º: Toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, idade, religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo-lhe asseguradas as oportunidades e facilidade para viver sem violência, preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social. 
Portanto a lei protege todos aqueles que se comportam como mulheres na sociedade e o Tribunal de Justiça de Minas Gerais também configura o mesmo raciocínio em relação a homo afetividade. 
 EMENTA: CONFLITO NEGATIVO DE JURISDIÇÃO - LESÃO CORPORAL NO ÂMBITO DOMÉSTICO - HOMEM COMO VÍTIMA DE AGRESSÃO EM RELAÇÃO HOMOAFETIVA - APLICAÇÃO DA LEI N. 11.340/2006 - IMPOSSIBILIDADE - LEGISLAÇÃO PARA COMBATE E PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER - INTERPRETAÇÃO HISTÓRICA, SOCIOLÓGICA E SISTEMÁTICA DO DIPLOMA LEGAL - COMPETÊNCIA DO JUÍZO ESPECIAL CRIMINAL - PELA COMPETÊNCIA DO JUÍZO SUSCITADO.
- Sendo o homem vítima de lesão corporal em relação homoafetiva e não estando evidenciada sua situação de vulnerabilidade é inaplicável a Lei n. 11.340/2006, Lei Maria da Penha.
- A Lei Maria da Penha é uma legislação especial que se destina ao combate e à prevenção da violência doméstica e familiar contra a mulher, por um histórico de opressão e violência contra a mulher, não podendo ser aplicada genericamente a qualquer situação familiar e doméstica.
V.V.: CONFLITO NEGATIVO DE JURISDIÇÃO - LESÃO CORPORAL NO ÂMBITO DOMÉSTICO - HOMEM COMO VÍTIMA DE AGRESSÃO EM RELAÇÃO HOMOAFETIVA - APLICAÇÃO DA LEI N. 11.340/2006 - POSSIBILIDADE - DEMONSTRAÇÃO DE VULNERABILIDADE - PRINCÍPIO DA ISONOMIA - COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM ESPECIALIZADA - PELA COMPETÊNCIA DO JUÍZO SUSCITANTE. (TJMG, 2015)
Vale ressaltar que o Desembargador Furtado de Mendonça em seu voto no referido acórdão citado acima, relata que:
É assegurado o direito à igualdade e à dignidade da pessoa humana, tanto para heterossexuais, como para homossexuais, uma vez que esses buscam a garantia de seus direitos por intermédio do Poder Judiciário. Tribunais superiores reconhecem a união estável entre pessoas do mesmo sexo, consideradas como família, e que acabam sofrendo os mesmos problemas inerentes a qualquer família. Desta forma, um dos homens desta relação pode se apresentar em situação tão vulnerável como nas famílias tradicionais. Se a Lei Maria da Penha surgiu para proteger as mulheres, independentemente da sua orientação sexual, significa que a violência decorre dos problemas advindos da família em si. Tal como as famílias formadas por duas mulheres ou uma mulher e um homem, as unidades familiares formadas por dois homens apresentam a mesma fragilidade e complexidade daquelas. O que significa que, independentemente de quem sejam os integrantes da família, os mesmos merecem a mesma proteção legal nos casos de violência doméstica. Se houve a aplicação da Lei Maria da Penha para os casais de lésbicas, por conseguinte, os casais homossexuais formados por homens mereceriam idêntica proteção.
 O Supremo Tribunal Federal se posiciona no sentido de que o art. 1º da lei 11.340 é constitucional e que, sendo assim, mesmo nas situações em que o homem é vítima de violência doméstica, esse não possui os mesmos direitos que a mulher, todavia, por meio do disposto no art. 226, § 8º da Constituição Federal, entende-se que o Estado deverá assegurar assistência a todos aqueles, que nas relações intrafamiliares, se encontrarem em situação de vulnerabilidade independente de sexo, raça, condição intelectual. Desta forma, encontrando-se o homem na condição de vulnerável, deve possuir as mesmas garantias asseguradas às mulheres, pela direta aplicação do princípio da igualdade.
A lei Maria da Penha visa então assegurar direitos de determinadas pessoas, com base no princípio da igualdade em seu aspecto substancial com maior eficácia. 
3.1 PROTEÇÃO E DENÚNCIA CONTRA A VIÔLENCIA. 
A proteção e a denúncia são essenciais para que a mulher seja protegida. Como já visto anteriormente, a violência contra a mulher está na sua vulnerabilidade em relação ao seu agressor, de como a insegurança a impede de buscar ajuda e acaba sofrendo transtornos não apenas físicos, mas, emocional e moral.
As mulheres em situação de violência, precisam ter acesso a serviços prestados em diversos setores, como saúde, policiamento, serviço social e justiça, com o objetivo do bem-estar e segurança a ela para a sua recuperação no dia a dia. É importante ressaltar que a publicidade para esse tipo de crime tem que ter mais mobilização, em redes públicas, como hospitais, escolas, e até mesmo manifestações. 
A lei Maria da Penha, 11.340/06 traz em seus artigos, algumas medidas de protetivas a ofendida:
Art. 23. Poderá o juiz, quando necessário, sem prejuízo de outras medidas: I - encaminhar a ofendida e seus dependentes a programa oficial ou comunitário de proteção ou de atendimento; II - determinar a recondução da ofendida e a de seus dependentes ao respectivo domicílio, após afastamento do agressor; II - determinar o afastamento da ofendida do lar, sem prejuízo dos direitos relativos a bens, guarda dos filhos e alimentos; IV - determinar a separação de corpos. 
Art. 24. Para a proteção patrimonial dos bens da sociedade conjugal ou daqueles de propriedade particular da mulher, o juiz poderá determinar, liminarmente, as seguintes medidas, entre outras: I - restituição de bens indevidamente subtraídos pelo agressor à ofendida; II - proibição temporária para a celebração de atos e contratos de compra, venda e locação de propriedade em comum, salvo expressa autorização judicial; III - suspensão das procurações conferidas pela ofendida ao agressor; IV - prestação de caução provisória, mediante depósito judicial, por perdas e danos materiais decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a ofendida. Parágrafo único. Deverá o juiz oficiar ao cartório competente para os fins previstos nos incisos II e III deste artigo.
Essas medidas que a lei exemplifica são para que a mulher tenha coragem de denunciar e levar o processo até a última instância, mantendo-se firme e determinada por todo o caminho. E que em caso que o agressor descumpri suas medidas estabelecidas pela lei, a vítima comunica ao judiciário, para que se torne mais eficácia a sua proteção. (BRUNO, 2016, p. 44) 
Em uma pequena análise pode-se compreender que esse tipo de crime acontece como um ciclo vicioso, onde, no começo, são carinhos e flores e, no final, são mortes e espinhos. Uma simples discussão, provocação pode levar a agressões leves na primeira vez. A vítima, por sua vez, pensa que o problema está com ela e se cala, evitando, assim, mais ataques verbais e físicos. E é nesse momento que o romantismo entra. O agressor a presenteia com flores e chocolates que são sinônimos de desculpas. Mas, um novo ciclo começa novamente, dessa vez, as agressões são mais graves, tanto as verbais, como físicas, de modo que em alguns casos o pedido de socorro para em hospitais e delegacias, e tudo se inicia com mais agressividades. Assim,no final, existem os arrependimentos, as promessas e o romantismo, até que a vítima se cansa. (MILANEZ,2018)
E é nesse argumento que a esfera das políticas públicas tem eficácia no amparo à mulher que sofre violências pelas áreas da saúde, polícia, jurídica. No campo da saúde, médicos precisam estar preparados e voltados para esse tipo de atendimento que não é apenas físico, mas sim, sexual e emocional. De acordo com a coordenadora-geral da Saúde da Mulher do Ministério da Saúde, Maria Esther de Albuquerque, em 2015, destacou como uma das conquistas mais importante a aprovação da Lei nº 12.845/2013 que dispõe sobre o atendimento obrigatório e integral de pessoas em situação de violência sexual. Os artigos 1º e 3º da citada lei que prevê em o seguinte: 
Art.1º Os hospitais devem oferecer ás vítimas de violência sexual atendimento emergencial, integral e multidisciplinar, visando ao controle e ao tratamento dos agravos físicos e psíquico decorrentes de violência sexual, e encaminhamento, se for o caso, aos serviços de assistência social.
Art. 2º Considera-se violência sexual, para os efeitos desta Lei, qualquer forma de atividade sexual não consentida
Art.3º O atendimento imediato, obrigatório em todos os hospitais integrantes da rede do SUS, compreende os seguintes serviços: 
1. Diagnóstico e tratamento das lesões físicas no aparelho genital e nas demais áreas afetadas. 
1. Amparo médico, psicológico e social imediatos. 
1. Facilitação do registro da ocorrência e encaminhamento ao órgão de medicina legal e ás delegacias especializadas com informações que possam ser úteis à identificação do agressor e à comprovação da violência sexual 
1. Profilaxia da gravidez 
1. Profilaxia das doenças sexualmente transmissíveis – DST 
1. Coleta de material para realização do exame de HIV para posterior acompanhamento e terapia 
1. Fornecimento de informações ás vítimas sobre os direitos legais e sobre todos os serviços sanitários disponíveis. 
§1º Os serviços de que trata esta Lei são prestados de forma gratuita aos que deles necessitam. 
§2º No tratamento das lesões, caberá ao médico preservar materiais que possam ser coletados no exame médico legal. 
§3º Cabe ao órgão de medicina legal o exame de DNA para identificação do agressor. 
São leis como essa e a Lei Maria Penha que têm por objetivo contribuir para cessar a violência sofrida pelas mulheres em seus lares e fora deles, além do atendimento médico imediato em casos de violência. A Lei nº 10.778 de 24 de novembro de 2003, com o mesmo entendimento de contribuir contra a violência, profetiza a obrigatória comunicação feita à autoridade sanitária pelos profissionais de saúde quando do atendimento de mulheres vítimas de violência em estabelecimentos públicos ou privado. Ou seja, entende-se por violência contra a mulher qualquer ação ou conduta, baseada no gênero, que cause morte, dano, ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, e que tenha ocorrido dentro da família ou de unidade doméstica ou em qualquer outra relação interpessoal, em que o agressor conviva ou haja convívio no mesmo domicílio.
Portanto, as polícias, juntamente com o judiciário, passam a garantir os direitos das mulheres, não apenas pelo combate à violência, mas também na proteção pelo princípio da dignidade humana. Essas assistências são prestadas pela Delegacia de Mulheres que acolhe esse público feminino e, mediante registro de ocorrência, relatam os fatos ocorridos. E, após o lavramento da ocorrência, a partir da representação, é instaurado o inquérito, cabendo, assim, ao Juiz, tomar medidas solicitadas ou julgar pertinentes, como por exemplo, uma instauração de processo de natureza civil por se tratar de assuntos específicos de divórcio, guarda de filhos e alimentos. 
Desse modo, após a representação perante o policiamento e processo judiciário, a mulher ainda pode contar com a Assistência Social, tendo como amparo a casa da mulher, casa de abrigo, centros especializados de atendimento à mulher – CEAM, pois, são acolhimentos como esses que asseguram o fortalecimento e a superação dos problemas ocasionado as mulheres. (SENADO FEDERAL)
Verifica-se, assim, que a política jurídica, o Conselho Nacional da Saúde, a Delegacia da Mulher, a polícia, e o judiciário estão fazendo um desempenho na rede de atendimentos contra esse tipo de crime de: violência contra a mulher. É importante ressaltar que as medidas protetivas solicitadas pelas mulheres, ao denunciar o agressor, possuem um grande avanço para as mulheres, para a proteção do seu interior, no sentido de que elas voltam a acreditarem no poder que tem sobre suas vidas, não sendo mais submissa ao homem, que as agrediu. 
Uma curiosidade que deve ser notada, é que a mulher não precisa ligar para o 190 nessas situações, basta discar 180, que A Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência, é um serviço de utilidade pública, gratuita e confidencial, oferecido pela Secretária Nacional de Políticas, a qual tem por objetivo receber denúncias de violência, reclamações sobre o atendimento à mulher e orientar sobre seus direitos, além de diversos aplicativos para celulares que estão disponíveis justamente para a diminuição da violência. (GOVERNO DO BRASIL, 2015)
3.2 FEMINÍCIDIO
Está no rol do artigo 121, §2º, VI, do Código Penal, Decreto Lei nº 2.848/40, incluindo o feminicídio, Lei nº 13.104, de 2015 como uma das modalidades de homicídio qualificado, entrando no rol de crimes hediondos. 
Art. 121. Matar alguém:
Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
 [...] Feminicídio (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino: (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição: (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015)
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
§ 2o-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve: (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
I - violência doméstica e familiar; (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher. (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) 
[...] § 7o A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado: (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto; (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos ou com deficiência; (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
III - na presença de descendente ou de ascendente da vítima. (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
O presente artigo foi acrescido no rol de homicídio doloso quando o crime for contra mulher por “razões da condição de sexo feminino”, ou seja, a desigualdade do homem praticada sobre a mulher por questão de gênero, desprezando a dignidade da vítima por ser mulher. 
Nesse patamar é preciso entender a relação de feminicídio e femicídio, cujo primeiro termo é a da prática homicídio contra mulher por “[...] razões da sua condição de sexo feminino (gênero); já o segundo (femicídio) é praticar homicídio contra mulher (matar). Portanto, é preciso compreender que, “razões da sua condição de sexo feminino” é no sentido de que não basta ser mulher, mas, precisa envolver menosprezo, discriminação à condição de mulher e violência doméstica e familiar, para ser considerado feminicídio. (CALVACANTE, 2015) 
É de suma importância ressaltar que nem sempre quando houver o crime homicídio envolvendo o sexo feminino será feminicídio, até mesmo, nos casos de violência doméstica e familiar, como citado no art.121, §2ª-A, I, do Código Penal. É preciso analisar caso a caso para identificar se foi realmente pelas “razões da condição do sexo feminino”. Por exemplo, para que fique claro o entendimento:o marido matar a mulher por ter chegado em casa e a casa não estava arrumada, não pode ser considerado feminicídio, não teve razão na condição do sexo feminino. Assim como matar uma mulher no trânsito em uma briga, por não pode ser considerado feminicídio, pois não houve menosprezo ou discriminação à condição de mulher, o fato iria acontecer independentemente se fosse mulher ou não. Agora matar a chefe (mulher) por considerar que quem deveria ser o chefe era um homem, é feminicídio, discriminação à condição de mulher. (CALVACANTE, 2015)
A lei é bem explícita no artigo 121, §2º, IV: “contra a mulher por razões da condição de sexo feminino”, ou seja, o sujeito passivo tem que ser uma pessoa do sexo feminino, por sua genética e cromossomo. O feminicídio não caracteriza a transexual, assim como a Lei Maria da Penha vem considerando na questão do gênero feminino, nem mesmo o homossexual, a travesti. 
Entende-se que há uma diferenciação entre: o homossexual, o travesti e o transexual. Ou seja, o primeiro é ligado à sua orientação sexual, a pessoa tem atração sentimental pelo mesmo sexo. Se a relação for do sexo biológico masculino, não permanece no crime de feminicídio, mas se a relação for do sexo biológico feminino, e a morte for por razão da condição de mulher, está dentro do crime do feminicídio. O segundo, travesti, possui uma identidade de gênero diferente do seu sexo biológico. O terceiro, transexual, é o transtorno de identidade gênero, assim como o segundo, mas a diferença é causada pelo sofrimento, por um psicológico diferente do físico, que almeja, assim, realizar a cirurgia de transgenitalização. A cirurgia da transformação do sexo masculino em feminino é chamada de neocolpovulvoplastia, até mesmo nesses casos, onde o transexual faz a cirurgia, possui alteração de nome no Registro Civil das Pessoas Naturais, não será haverá feminicídio, por questão de aspecto genético, endócrino, e visto que ainda é considerado do sexo masculino. (CALVACANTE, 2015)
Observa-se, então, que a mulher é considerada um ser frágil pela desigualdade de gênero, e por isso o judiciário vem completando o princípio da igualdade, e o artigo 5º da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 de que todos são iguais perante a lei. Essas normas buscam legalizar a igualdade, de modo, que esta seja apenas formal, mas de eficácia substancial.
4 PERFIL DO AGRESSOR 
Em primeiro lugar é preciso explicar que não há um perfil específico e certo para determinar o agressor, nem idade e tamanho. O agressor, na maior parte tem uma vida normal, trabalha, tem bons antecedentes, o que, no caso, ficaria impraticável suspeitar de tais atos covardes. Ou seja, perante a sociedade é considerável uma pessoa normal, “gente boa”, contudo, quando chega no seu recinto, domiciliar, mostra ser uma outra pessoa, o que se torna um ser inflexível. 
Portanto, não há um determinado perfil do agressor, mas sim, o que induzem a eles a cometerem tais atos de violência à mulher, como por exemplo, ciúmes, discussões, raiva, bebida alcóolica, entorpecentes, poder, manipulação, sem mencionar que seu comportamento é devido a problemas psicológicos, como o transtorno de personalidade, que são revelados aos poucos, ou seja, quanto mais estabelecem um vínculo de intimidade entre autor e vítima, mais ele vai se revelando. (ANTONACCI E NAGY, 2016, p. 01)
Nesse mesmo sentido, é de suma importância descrever que há diversos tipos de transtornos, sendo alguns deles: o paranoide, o antissocial e o barderline. 
O transtorno de personalidade paranoide é caracterizado pela desconfiança e suspeita de tudo em relação ao outro por interpretar seus motivos verdadeiros. Já o transtorno de personalidade antissocial é o mais comum, caracterizado por um padrão, onde o desprezo pelas regras sociais e a falta de empatia com os outros são os traços principais. São manipuladores e sedutores. E, por fim o transtorno de Personalidade Borderline é o da instabilidade emocional, oscilações de humor, tem o medo do abandono, de que seus sentimentos fujam do controle, vivem na base de amor e ódio, o sentimento aqui é de carência. ((ANTONACCI E NAGY, 2016, p.02)
A conclusão desses transtornos é de que qualquer um deles saindo do controle, gerará violência leve ou grave. O autor da violência pode ser o paranoide, antissocial e borderline tudo junto, o que acontece comumente, por sentir medo de ser abandonado (borderline) desconfia (paranoide) da companheira e, por fim, pelo meio da manipulação, antipatia (antissocial), domina sua vítima pela sua frieza.
Outra distinção sobre o perfil do agressor que se pode observar além da personalidade, é o seu temperamento e caráter, que pode ser genético, e pela vivencia, ou seja, a origem do aspecto não é apenas de funções cerebrais, psicológicas, mas da influência do meio em que ele vive e/ou que já viveu. Por exemplo, na sua infância, na sua criação familiar, cujos maus-tratos dos quais era a vítima ou presenciava situações, levaram-no a pensar o que tudo aquilo era normal acontecer. 
O agressor, no ato da violência, não demonstra seus sentimentos, e sim a frieza, brutalidade, contudo, o remorso, a culpa pelo fato vêm quando ele vê sua vítima extremamente isolada, com medo, acanhada e triste. Como já visto antes, começa o ciclo vicioso, pois arrependido manda flores e presentes e reconquista a vítima. Daí em diante, novamente ela se abre para mais violência. 
É importante ressaltar um grande fator de que o atroz tem uma compleição teatral magnífica de modo que muda todo o cenário, sendo ele a vítima, colocando a culpa na agredida e dizendo que, só agiu daquela maneira, porque esta fugiu de seu controle. Desse modo, que realmente a vítima acredita que foi culpada pelo que aconteceu, pela circunstância que ele inventa e, consequente, ela se cala. ((ANTONACCI E NAGY, 2016, p.005)
As violências verbais ou físicas sofridas pelas mulheres são somete pela questão de gênero. Portanto, o agressor se sente superior à vítima, pela sua força e, com isso, motivado por: posse, alcoolismo, insegurança, transtornos de personalidade, falta de diálogo e machismo, e um conjunto de pretextos que agressor oferece para sua vítima.
 Nesse raciocínio, é o que se entende pela consequência gerada de que a mulher fica com tanto receio que não consegue interromper o ciclo vicioso da relação de violência, por se sentir culpada, por sentir medo do que poderá acontecer a ela, pois, as ameaças começam quando ela conta ao homem que irá se separar e denunciar. Isso faz com o homem seja superior e impune.
 Conclui-se, então, que o perfil do agressor não é definido, podendo ele ser qualquer pessoa, independentemente da sua idade, cor e até tamanho, profissão, renda e, em regra, na sua ficha criminal possui bons antecedentes. É, até, considerado pela sociedade uma pessoa digna. Isso o torna um ser inflexível, pelo fato de que perante as pessoas é um e dentro do seu âmbito domiciliar outro, visto que sua personalidade muda constante em situações de vivência, pelos transtornos de personalidade. Assim, quando algo sai de seu controle, os ciúmes, a posse, a insegurança, o alcoolismo, entre outros fatores fazem com que o agressor se revele a sua vítima, ao atacá-la com violência física e verbal, pois sabe que será perdoado por ela depois. 
4.1 AS PENALIDADES PARA O AGRESSOR 
A Lei Maria da Penha, Lei nº 11.340/2006, e o artigo 121, §2º, VI, do Código Penal, que trata do Feminicídio, preveem as punições aos agressores contra o gênero feminino, estabelecendo medidas de assistência e proteção ás mulheres em situação de violência doméstica e familiar. 
A Lei 11.340/2006 é instituída para criar alguns mecanismos, até então inexistentes, a fim de proteger a mulher da violência. São medidas protetivas de urgência, e a prisão preventiva, que está entre tais mecanismos. É preciso compreender que para a concessão das medidas, é necessário a conduta que caracterize violência contra a mulher, e que esta tenha coragem para denuncia-lo. 
Contudo, as medidas protetivas de urgência que obrigamao agressor estão previstas no artigo 22 da Lei nº 11.340/06, Lei Maria da Penha: 
 Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos desta Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou separadamente, as seguintes medidas protetivas de urgência, entre outras: I - Suspensão da posse ou restrição do porte de armas, com comunicação ao órgão competente, nos termos da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003 ;II - Afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida; III - proibição de determinadas condutas, entre as quais: a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, fixando o limite mínimo de distância entre estes e o agressor; b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de comunicação; c) frequentação de determinados lugares a fim de preservar a integridade física e psicológica da ofendida; IV - Restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores, ouvida a equipe de atendimento multidisciplinar ou serviço similar; V - Prestação de alimentos provisionais ou provisórios. § 1º As medidas referidas neste artigo não impedem a aplicação de outras previstas na legislação em vigor, sempre que a segurança da ofendida ou as circunstâncias o exigirem, devendo a providência ser comunicada ao Ministério Público. § 2º Na hipótese de aplicação do inciso I, encontrando-se o agressor nas condições mencionadas no caput e incisos do art. 6º da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, o juiz comunicará ao respectivo órgão, corporação ou instituição as medidas protetivas de urgência concedidas e determinará a restrição do porte de armas, ficando o superior imediato do agressor responsável pelo cumprimento da determinação judicial, sob pena de incorrer nos crimes de prevaricação ou de desobediência, conforme o caso. § 3º Para garantir a efetividade das medidas protetivas de urgência, poderá o juiz requisitar, a qualquer momento, auxílio da força policial. § 4º Aplica-se às hipóteses previstas neste artigo, no que couber, o disposto no caput e nos §§ 5º e 6º do art. 461 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973. 
Observa-se, então, que o agressor fica sujeito às obrigações e restrições perante a lei, além da prisão preventiva que poderá ser decretada em qualquer fase processual, de acordo com a finalidade do artigo 20 da mesma Lei. E se houve caso de risco à integridade física da ofendida não será concedida liberdade provisória ao preso, artigo 12, c, §2º da presente lei.
Nesse patamar que será explícito as medidas protetivas para o agressor. Portanto no inciso I- Suspensão da posse ou restrição do porte de armas: o legislador se preocupa com o fato do agressor fazer uso da arma de fogo contra a mulher na violência, por isso para evitar tragédia maior, faz o uso da suspensão. “ Se o marido agride a esposa, de modo a causar lesão corporal, se possuir arma de fogo é possível que, no futuro progrida para o homicídio. ” (DIAS,2008, p.82). 
No inciso II- Afastamento do lar, domicílio ou Local de Convivência com a ofendida: O legislador entende que a convivência no mesmo lugar com a ofendida, não importante onde se reside, pode ocorrer o risco de algum crime vir acontecer, não sendo por mero capricho da vítima de querer permanecer longe de seu agressor, mas sim pelo risco a sua vida. 
O inciso III- Proibição de determinadas condutas: essa medida de proibição de algumas condutas como, aproximação da ofendida, fixando o limite mínimo de distância entre eles; contato de comunicação; frequentar determinados lugares, são medidas que contradizem com a legislação de modo que a fiscalização é ineficácia, ou seja, nada adianta ter esse tipo de medida, se o agressor percebe que não serão cumpridas por entes da legislação. E é por isso que a Câmera dos Deputados aprova Projeto de Lei 2438/2019 dos deputados Rafael Motta (PSB-RN) e Mariana Carvalho (PSDB-RO) sobre: Altera a Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha), para dispor sobre a responsabilidade do agressor pelo ressarcimento dos custos relacionados aos serviços de saúde prestados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) às vítimas de violência doméstica e familiar e aos dispositivos de segurança por elas utilizados.
E no inciso IV- Restrição ou Suspensão de Visitas: essa medida é referente aos dependentes menores e só será aplicada em caso de violência aos mesmos, se a violência for direcionada apenas a mãe, entende-se que será preciso a suspensão, porém, as visitas serão restringidas quanto ao local e horário. Em situações em que a vítima e os filhos ficarem em abrigo, a restrição é rígida e mantido sigilo, mas as visitas aos dependentes também não serão proibidas e ocorrerá em local indicado pela autoridade judiciara. 
E, por último, no inciso V- Fixação de Alimentos Provisionais ou Provisórios: antes de entender essa medida, é preciso compreender o que é alimentos provisionais e provisórios, sendo o primeiro são aqueles arbitrados em medida cautelar, ou seja, ação de separação judicial, divórcio, nulidade, sendo proposta pela mulher e os alimentos fixados na sentença, já o segundo são aqueles fixados imediatamente pelo juiz, sem ouvir o réu, no despacho inicial da ação de alimentos. Sendo eles fixados pelo Juiz Criminal ou Juizado de Violência Doméstica e Familiar, a medida se baseia na necessidade dos requerentes. (CAMPOS,2019, p.17)
Caso o agressor descumpri as medidas protetivas de urgência que foram impostas, terá a pena de detenção de 3 (três) meses a 2(dois) anos, como está no texto do artigo 22-A da Lei 11.340/2006.
A Lei, no seu artigo 4,5 descreve também programas de reeducação para o agressor para que reeduque seus comportamentos violentos a fim de não cometer atos. Não é uma penalização ao agressor, mas é maneira de amparar todas as vítimas deste agressor, tanto as ex-companheira, atual ou futura.
A penalidade para o autor da morte da mulher por questão de gênero, o feminicídio está descrito no artigo 121, §2º, VI: contra a mulher por razões da condição de sexo feminino, como qualificadora no homicídio, sua pena – reclusão, de doze a trinta anos.
Portanto a Lei Maria da Penha criou mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher visando punir o agressor, sendo possível a aplicação da prisão preventiva, desde que mostre autoria e materialidade. Medidas protetivas de urgência, são impostas, apesar da falha na aplicabilidade. Todavia, às mulheres estão perdendo o medo e denunciando o agressor. A ineficácia não está na lei, mas em executá-la.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Conclui-se então que, diante das observações que, a mulher sempre foi à luta pelos seus direitos em relação à igualdade entre todos, e isso está presente até hoje no século XXI. Verificou-se ainda que a mulher sempre buscou sua valorização em diversos âmbitos: mercado de trabalho, sociedade, cultura. Ou seja, a vulnerabilidade só existe se a mulher acreditar que é frágil perante o gênero masculino, pois, o homem possui o prazer no domínio e na imposição da crueldade, a fim de permitir que a mulher se sinta culpada pela situação.
Portanto, a vulnerabilidade está interligada à sociedade, à educação, à discriminação, ao gênero, no sentido de que a fraqueza da vítima é pela violência, e pelos danos causados pelo seu agressor. A desigualdade de gêneros é o principal fator de violência na sociedade. E, por isso, o judiciário vem efetuando o princípio da igualdade e o artigo 5º da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, de modo, que não seja apenas formal, mas de eficácia substancial.
Nesse patamar notou-se, com a pesquisa, que gênero pode ser sexo feminino ou masculino, mas que a identidade de gênero é como a pessoa se autodetermina, pode ser um fenômeno social e não biológico. Portanto, a transexual é o indivíduo que biologicamente é reconhecido pela genética do sexo masculino ou feminino, mas em seu psicológico, psicossocial expressa identidade sexual oposta. A transexual obteve grandes avanços na justiça,sendo uma delas a alteração do prenome e do gênero nos assentos de nascimento e casamento de pessoas transgênero no Registro Civil das Pessoas Naturais. A lei Maria da Penha vem reconhecendo, também, violência aos transexuais, já que ele se sente como mulher, todavia, o artigo 121, §2º, VI do Código de Penal não prevê o Feminicídio aos transexuais.
Pela mulher ser mais vulnerável ao homem, a Lei Maria da Penha – Lei 11.340/06, criou mecanismo para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, dispondo assim a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a mulher, ao estabelecer medidas de assistência e proteção às mulheres em situação de violência doméstica e familiar. Considerando que a violência doméstica e familiar contra a mulher é qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual, psicológico, patrimonial e moral. O dano causado à mulher é uma consequência irreparável à sua pessoa, à saúde mental e física. Por isso, as mulheres em situação de violência, precisam ter acesso a serviços prestados em diversos setores, como saúde, policiamento, serviço social e justiça, com o objetivo do bem-estar e segurança a ela, os artigos 23 e 24 da Lei 11.340/06 possui medidas protetivas a ofendida. 
No mesmo raciocínio pela vulnerabilidade da mulher é que o artigo 121, §2º, VI, do Código Penal, Decreto Lei nº 2.848/40, incluiu o feminicídio, Lei nº 13.104, de 2015 como uma das modalidades de homicídio qualificado, entrando no rol de crimes hediondos, matar uma mulher, sem ser pelas razões de condição de sexo feminino, não é considerado feminicídio, mas sim, femicídio.
Contudo, percebeu-se, neste trabalho, que o homem sempre se sentiu superior a mulher, mas, não há como identificar o perfil específico do agressor, sendo que, na maior parte, possuem uma vida normal, não sendo suspeito de tais atos covardes em relação a mulher. Esses tais atos de violência contra a ofendida começam sempre por ciúmes, discussões, bebida alcóolica, entorpecentes, manipulação e poder, sem mencionar os transtornos de personalidade que são revelados aos poucos. Uma característica é que o ofensor possui uma compleição teatral magnifica mudando todo o cenário, sendo ele a vítima. A consequência que gerada à mulher é o medo, receio, não conseguindo interromper o ciclo vicioso da relação, não o denunciando e o livrando das penalidades que a lei Maria da Penha estabelece em seu artigo 22, Lei 11.340/06. Apesar das medidas protetivas de urgência ter falha na aplicação, as mulheres cada vez mais estão perdendo o medo e denunciado. 
Ou seja, a luta pelo direito das mulheres ainda continua pela questão da desigualdade do homem e da mulher, e nesse aspecto o judiciário vem configurando leis, como a Lei 11.340/06, artigo 121, §2º, VI, do Código Penal, Decreto Lei nº 2.848/40, incluindo o feminicídio, Lei nº 13.104, de 2015. Para que o princípio da igualdade, e o artigo 5º da Constituição Federal não sejam apenas formais, mas de eficácia substancial. 
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REFEFÊNCIAS
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