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Tecnologia FarmacêuticaTecnologia Farmacêutica Conceitos em Liberação de Fármacos Liberação de Fármacos A liberação dos fármacos ocorre da seguinte ordem: Administração Liberação* Metabolismo de 1a passagem*** Absorção** Distribuição Eliminação * Exceto soluções ** Exceto intravenoso, pode ocorrer antes da liberação *** Via oral A curva farmacocinética vai mostrar a liberação do fármaco de acordo com o tempo. A modificação da liberação dos fármacos pode ocorrer por vários motivos como: - manter a concentração plasmática do fármaco na faixa terapêutica; - reduzir efeitos adversos; - diminuir a frequência de doses; - aumentar a biodisponibilidade; - direcionar a liberação; - impedir/retardar a degradação fisiológica; - aumentar a adesão do paciente ao tratamento. Tipos de Liberação Liberação imediata: o fármaco é absorvido em minutos, e é eliminado de forma rápida. Liberação retardada: tem o perfil da imediata, porém é deslocada no tempo. Liberação sustentada: vai ser absorvida em horas, e ela vai ter uma faixa terapêutica maior. Liberação controlada: vai ser absorvida em dias e a sua liberação é mais constante. Desvantagens de liberação modificada: - dificuldade/impossibilidade de descontinuação ou ajustes; - não ajustável as variações farmacocinéticas populacionais; - “burst”: rápida liberação inicial, variável; - “dumping”: vazamento de fármaco; - doses altas que não são viáveis por tamanho/ volume; - em geral, maior custo; - não adequado a fármacos de eliminação lenta; - formas orais ficam suscetíveis ao esvaziamento gástrico. Mecanismos de Liberação Dissolução - se o medicamento já não estiver diluído. Difusão - passagem da forma farmacêutica para o meio solvente. Intumescimento - entrada do solvente dentro da forma farmacêutica para promover a dissolução. Erosão - a forma farmacêutica perde pedaços, aumentando a sua área de superfície em contato com o solvente que vai provocar a dissolução. Tecnologia Farmacêutica Conceitos em liberação de fármacos Reação química/enzimática - reações que vão ajudar na promoção da erosão da forma farmacêutica (ex.: hidrólise) ou então reações que vão liberar o fármaco que já está ligado com seu sistema de liberação. Osmose - formas farmacêuticas que possuam uma barreira semi-permeável. Sistemas regulados - podem ser regulados externamente (ultrassom, luz UV e etc) e internamente (como por exemplo variação de acordo com o nível de glicose do sangue). Dissolução A equação de Noyes-Whitney-Nernst-Brunner (NWNB) calcula a velocidade da dissolução. V = volume do solvente A = área superficial do sólido h = espessura da camada de difusão D = coeficiente de difusão do fármaco C = concentração do fármaco dissolvido no meio Cd = concentração do fármaco na interface de difusão (solução saturada) , em que: Difusão Tecnologia Farmacêutica O coeficiente de difusão é dada pela fórmula de Stokes-Einstein: , em que: K = constante de boltzman (J/K) η = viscosidade do solvente (Kg/ms) T = temperatura (K) R = raio da molécula do soluto (relacionado ao peso molecular) Para a taxa de difusão (velocidade), temos a primeira lei de Fick: , em que: J = taxa de difusão D = coeficiente de difusão dC = gradiente de concentração do fármaco através da barreira de difusão de espessura dx dx = espessura Esse cálculo é muito utilizado para pesquisar meios de atingir uma liberação controlada e prolongada para alguns fármacos. Outro fator que vai influenciar a liberação controlada são os tipos de matriz que podem ser utilizadas, sendo que as mais abertas terão liberação mais rápida enquanto que as mais fechadas, um liberação mais lenta. A taxa é positiva pois a concentração decresce e cancela o sinal negativo Pressão Osmótica Responsável pela liberação do fármaco por osmose. , em que: dM/dt = taxa de liberação do fármaco C = concentração do fármaco dV/dt = mudança de volume em função do tempo. E, também, , em que: Tecnologia FarmacêuticaTecnologia Farmacêutica Conceitos em liberação de fármacos A = área K = permeabilidade h = espessura da membrana Δπ = diferença na pressão osmótica interna do dispositivo e o meio externo ΔP = diferença na pressão hidrostática. Para liberação através da osmose, é apenas através dessas equações em que é possível conhecer a velocidade de liberação. O sistema de osmose também pode ser combinado com o sistema de intumescimento para mexer na taxa de liberação do fármaco. Nem todo sistema osmótico vai ser de ordem zero, ou seja, não vai ter uma liberação constante controlada, podendo variar.
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