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Redes de atenção à saúde - parte 1

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Beatriz Rithiely 
–
 
PORTARIA N° 4.279/2010 
 
• Estabelece diretrizes para a organização das RAS no âmbito do SUS como estratégia para 
superar a fragmentação da atenção e da gestão nas Regiões de Saúde 
• Aperfeiçoar o funcionamento político-institucional do SUS 
• Com o objetivo de assegurar ao usuário o conjunto de ações e serviços de que necessita 
com efetividade e eficiência 
 
RAS SE CARACTERIZA POR UMA INTENSA FRAGMENTAÇÃO DE SERVIÇOS, 
PROGRAMAS, AÇÕES E PRÁTICAS CLINICAS, DEMONSTRADO POR: 
 
I. Lacunas assistenciais importantes 
II. Financiamento publico insuficiente e fragmentado e baixa eficiência no emprego dos 
recursos 
III. Configuração inadequada de modelos de atenção, incoerência entre a oferta de serviços 
e a necessidade de atenção, que não acompanha a tendencia de declínio dos problemas 
agudos e de ascensão das condições crônicas 
IV. Fragilidade na gestão do trabalho com o grave problema de precarização e carência de 
profissionais 
V. Pulverização dos serviços nos municípios 
VI. Pouca inserção da vigilância e da promoção em saúde no cotidiano dos serviços de 
atenção, especialmente na Atenção Primária à Saúde (APS) 
 
REDE DE ATENÇÃO A SAÚDE (RAS) 
 
• A coordenadora do cuidado e ordenadora da RAS é a APS (porque a APS é a porta de 
entrada, é quem vai receber o usuário) que é um mecanismo empregado pra superar a 
fragmentação sistêmica 
• É mais eficaz tanto em termos de organização interna – alocação de recursos, 
coordenação clínica, etc 
• Quando em sua capacidade de fazer face aos atuais desafios do cenário socioeconômico, 
demográfico, epidemiológico e sanitário 
 
 
 
 Beatriz Rithiely 
• A RAS é definida como um arranjo organizativo de ações e serviços de saúde, de 
diferentes densidades tecnológicas que, integradas por meio de sistemas de apoio 
técnico, logístico e de gestão, visam garantir a integralidade do cuidado 
 
 
 
• A RAS caracteriza-se por formar relações horizontais com o centro de comunicações na 
atenção primaria à saúde → fundamenta-se na compreensão da APS é o primeiro nível de 
atenção → com função resolutiva dos cuidados primários sobre os problemas mais 
comuns 
• A partir da atenção primaria do qual se realiza e coordena o cuidado em todos os pontos 
de atenção 
 
PONTOS DE ATENÇÃO À SAÚDE 
 
• São entendidos como espaços onde se ofertaram determinados serviços de saúde, por 
meio de uma produção singular, exemplos: 
 Domicílios 
 Unidades básicas de saúde 
 Unidades ambulatoriais especializadas 
 Serviços de hemoterapia e hematologia 
 Centros de apoio psicossocial 
 Residências terapêuticas, entre outros. 
 
• Os hospitais podem abrigar distintos pontos de atenção a saúde 
 Ambulatório de pronto atendimento 
 Unidade cirurgia ambulatorial 
 Centro cirúrgico 
 Maternidade 
 UTI 
 Unidade de hospital/dia, etc. 
 
•Promover a integralidade sistêmica de ações e de serviços de
saúde;
•Prover atenção contínua, integral, de boa qualidade,
responsável e humanizada;
• Incrementar o desempenho do sistema, em termos de acesso,
equidade, eficácia clínica e sanitária e eficiência econômica.
Objetivos
 Beatriz Rithiely 
CONTRATUALIZAÇÃO/CONTRATOS DE GESTÃO 
 
• Servem para assegurar seu compromisso com a melhora da saúde da população, a 
integração e a articulação na logica do funcionamento da RAS 
• Para atingir os objetivos as partes adotam três áreas de aplicação → cuidados primários; 
atenção especializada (ambulatorial e hospitalar); cuidados de urgência e emergência. 
 
• Objetivos 
→ Melhorar o nível de saúde da população 
→ Responder, com efetividade, às necessidades da saúde 
→ Obter um efetivo e rigoroso controle sobre o crescimento das despesas de origem publica 
com a saúde 
→ Alcanças mais eficiência gestora no uso de recursos escassos, maximizando o nível de bem 
estar 
→ Coordenar as atividades das partes envolvidas 
→ Assegurar a produção de um excedente cooperativo 
→ Distribuir os frutos da cooperação 
→ Assegurar que os compromissos sejam cumpridos 
→ Disponibilizar, em tempo útil, a informação de produção, financiamento, desempenho, 
qualidade e acesso, para garantir níveis de informação mais adequados ao cidadão. 
 
FUNDAMENTOS DA REDE DE ATENÇÃO A SAUDE (RAS) 
 
• A lógica fundamental na organização envolve: 
 
→ Economia de escala → quando os custos médicos de longo prazo diminuem, à medida 
que aumenta o volume das atividades 
→ Qualidade → conceito de graus e excelência do cuidado 
→ Suficiência → conjunto de ações e serviços disponíveis para atender às necessidades de 
saúde 
→ Acesso → ausência de barreiras ao cuidado 
→ Disponibilidade de recursos → os recursos escassos devem ser concentrados, e os menos 
escassos, desconcentrados. 
 
• Integração vertical e horizontal 
 
→ Vertical → articulação de diversas organizações ou unidades de produção de saúde 
responsáveis por ações e serviços de natureza diferenciada, sendo complementar 
(agregando resolutividade e qualidade nesse processo) 
→ Horizontal → articulação ou fusão de unidades e serviços de saúde de mesma natureza 
ou especificidade. 
 
 Beatriz Rithiely 
• Processos de substituição 
 
→ É o reagrupamento continuo de recursos entre e dentro dos serviços de saúde para 
explorar soluções melhores e de menos custos 
 
• Região de saúde ou abrangência 
→ A organização da RAS exige definição da região de saúde, que implica em estabelecer seus 
limites geográficos e sua população e o rol de ações e serviços que serão ofertados nessa 
região de saúde 
 
• Níveis de atenção 
→ Menor densidade – atenção primaria à saúde 
→ Densidade tecnológica intermediaria – atenção secundária à saúde 
→ Maior densidade tecnológica – atenção terciaria à saúde 
 
ATRIBUTOS DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE 
 
• Considera-se que não há como prescrever um modelo organizacional único para as RAS, 
contudo as evidências mostram que o conjunto de atributos apresentados a seguir são 
essenciais ao seu funcionamento 
 
1. População e território definidos com amplo conhecimento de suas necessidades e 
preferências que determinam a oferta de serviços de saúde. 
 
2. Extensa gama de estabelecimentos de saúde que prestam serviços de promoção, 
prevenção, diagnóstico, tratamento, gestão de casos, reabilitação e cuidados paliativos e 
integram os programas focalizados em doenças, riscos e populações específicas, os 
serviços de saúde individuais e os coletivos. 
 
3. Atenção Básica à Saúde estruturada como primeiro nível de atenção e porta de 
entrada preferencial do sistema, constituída de equipe multidisciplinar que cobre toda a 
população, integrando, coordenando o cuidado, e atendendo às suas necessidades de 
saúde. 
 
4. Prestação de serviços especializados em lugar adequado. 
 
 
5. Existência de mecanismos de coordenação, continuidade do cuidado e integração 
assistencial por todo o contínuo da atenção. 
 
6. Atenção à saúde centrada no indivíduo, na família e na comunidade, tendo em conta as 
particularidades culturais, gênero, assim como a diversidade da população. 
 
 
 Beatriz Rithiely 
7. Sistema de governança único para toda a rede com o propósito de criar uma missão, visão 
e estratégias nas organizações que compõem a região de saúde. 
 
 
8. Participação social ampla. 
 
9. Gestão integrada dos sistemas de apoio administrativo, clínico e logístico. 
 
10. Recursos humanos suficientes. 
 
 
11. Sistema de informação integrado que vincula todos os membros da rede. 
 
 
12. Financiamento tripartite, garantido e suficiente, alinhado com as metas da rede. 
 
 
13. Ação intersetorial e abordagem dos determinantes da saúde e da equidade em saúde. 
 
 
14. Gestão baseada em resultado. 
 
ELEMENTOS CONTITUTIVOS DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE 
 
• População e região de saúde 
→ A RAS deve ser capazde identificar claramente a população e a área geográfica sob sua 
responsabilidade 
 
• Estrutura operacional 
→ Constituída de diferentes pontos de atenção à saúde → lugares onde se ofertam serviços 
de saúde 
→ APS – centro de comunicação; pontos de atenção secundaria e terciaria; sistemas de 
apoio; sistemas logísticos e o sistema de governança 
 
• Modelo de atenção à saúde 
→ Preconiza uma contraposição ao modelo atual, que é centrado na doença, no 
atendimento à demanda espontânea e na agudização das condições crônicas.

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