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SF - ORGANIZAÇÃO DAS REDES DA ATENÇÃO À SAÚDE

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Luanna Borges- Med 104 
7 - ORGANIZAÇÃO DAS REDES DA ATENÇÃO À SAÚDE 
As Redes de Atenção à Saúde (RAS) são arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes 
densidades tecnológicas que, integradas por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam 
garantir a integralidade do cuidado. 
A implementação das RAS aponta para uma maior eficácia na produção de saúde, melhoria na eficiência da gestão 
do sistema de saúde no espaço regional, e contribui para o avanço do processo de efetivação do SUS. A transição 
entre o ideário de um sistema integrado de saúde conformado em redes e a sua concretização passam pela 
construção permanente nos territórios, que permita conhecer o real valor de uma proposta de inovação na 
organização e na gestão do sistema de saúde. 
Organização das Redes de Atenção à Saúde 
O Brasil é o único pais que assumiu o desafio de ter um sistema universal, público e gratuito de saúde. 
Cenário 
→ Baixo desempenho dos serviços de saúde: 
-Dificuldade de acesso 
-Serviços de baixa qualidade técnica 
-Uso ineficiente dos recursos 
-Incremento dos custos de produção 
-Baixa satisfação dos usuários 
→ Fragmentação dos serviços de saúde 
→ Outros fatores responsáveis pelo baixo desempenho do sistema: financiamentoinsuficiente; falta de recursos 
humanos qualificados; Tripla carga de doenças; Envelhecimento populacional 
 
✓diversidade de contextos regionais com marcantes diferenças sócio econômicas e de necessidades de saúde da 
população entre as regiões, 
✓elevado peso da oferta privada e seus interesses e pressões sobre o mercado na área da saúde 
✓desafio de lidar com a complexa inter-relação entre acesso, escala, escopo, qualidade, custo e efetividade que 
demonstram a complexidade do processo de constituição de um sistema unificado e integrado no país. 
✓Tripla carga de doenças 
→ Causas externas 
→ Doenças infecciosas e carenciais 
→ Doenças crônicas 
✓Transição demográfica 
→ envelhecimento da população 
 
 
→ A crise contemporânea dos sistemas de saúde caracteriza-se pela organização da atenção em sistemas 
fragmentados voltados para a atenção às condições agudas, apesar da prevalência de condições crônicas, e pela 
estrutura hierárquica e sem comunicação fluida entre os diferentes níveis de atenção. 
SOLUÇÃO: Restabelecer a coerência entre a situação de saúde de tripla carga de doenças e o sistema de atenção à 
saúde em prática, pela implantação de redes de atenção à saúde. 
 
Desafio 
→ Aperfeiçoar o funcionamento político-institucional do Sistema Único de Saúde (SUS) com vistas a assegurar ao 
usuário o conjunto de ações e serviços que necessita com efetividade e eficiência. → ORGANIZAÇÃO DAS REDES DE 
ATENÇÃO À SAÚDE (RAS) 
 
Luanna Borges- Med 104 
→ Migrar do modelo de atenção à saúde fragmentado para o modelo integrado 
 
MODELOS DE ATENÇÃO À SAÚDE 
 
 
Luanna Borges- Med 104 
 
 
Redes de Atenção à Saúde 
PORTARIA Nº 4.279, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2010 
(Dispõe sobre as Diretrizes para a Organização da Rede de Atenção à Saúde) 
PORTARIA DE CONSOLIDAÇÃO Nº 3, DE 28 DE SETEMBRO DE 2017 (Consolidação das normas 
sobre as redes do Sistema Único de Saúde). 
 
→ Conjuntos de serviços de saúde, vinculados entre si por uma missão única, por objetivos comuns e por uma ação 
cooperativa e interdependente, que permitem ofertar uma atenção contínua e integral a determinada população, 
coordenada pela atenção primária à saúde prestada no tempo certo, no lugar certo, com o custo certo, com a 
qualidade certa, de forma humanizada e com equidade e com responsabilidades sanitária e econômica e gerando 
valor para a população. 
 
→ A Rede de Atenção à Saúde é definida como arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes 
densidades tecnológicas, que integradas por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam 
garantir a integralidade do cuidado (Ministério da Saúde,Portaria nº4.279,de 30/12/2010). 
 
→ Nas redes de atenção à saúde não há uma hierarquia entre os diferentes pontos de atenção à saúde, mas a 
conformação de uma rede horizontal de pontos de atenção à saúde de 
distintas densidades tecnológicas, sem ordem e sem grau de importância entre eles. Todos os 
pontos de atenção à saúde são igualmente importantes para que se cumpram os objetivos 
das redes de atenção à saúde. Apenas se diferenciam pelas diferentes densidades 
tecnológicas que caracterizam os diversos pontos de atenção à saúde. 
Fundamentos das Redes de Atenção à Saúde 
 
1-Economia de Escala, Qualidade,Suficiência, Acesso e Disponibilidade de Recursos; 
2- Integração Vertical e Horizontal; 
3- Processos de Substituição; 
4- Região de Saúde ou Abrangência; 
5- Níveis de Atenção 
 
1a-Economia de Escala: 
•custos médios de longo prazo diminuem 
•aumenta o volume das atividades e os custos fixos se distribuem por um maior número dessas atividades, 
•a concentração de serviços em determinado local racionaliza custos e otimiza resultados, quando os insumos 
tecnológicos ou humanos relativos a estes serviços inviabilizem sua instalação em cada município isoladamente 
 
1b- Qualidade: 
• qualidade na prestação de serviços de saúde; 
• de graus de excelência do cuidado 
1c- Suficiência: 
• conjunto de ações e serviços disponíveis em quantidade e qualidade para atender às necessidades de saúde da 
Luanna Borges- Med 104 
população 
 
1d- Acesso: 
•disponibilidade, comodidade e aceitabilidade do serviço pelos usuários 
1e- Disponibilidade de Recursos: 
•é outro fator importante para o desenvolvimento da RAS. 
•Recursos escassos, sejam humanos ou físicos, devem ser concentrados, ao contrário dos menos escassos, que 
devem ser desconcentrados 
 
2- Integração Vertical e Horizontal: 
•Integração Vertical - articulação de diversas organizações ou unidades de produção de saúde responsáveis por 
ações e serviços de natureza diferenciada. 
•Integração Horizontal: articulação ou fusão de unidades e serviços de saúde de mesma natureza ou especialidade. 
É utilizada para otimizar a escala de atividades, ampliar a cobertura e a eficiência econômica na provisão de ações e 
serviços de saúde através de ganhos de escala (redução dos custos médios totais em relação ao volume produzido) e 
escopo (aumento do rol de ações da unidade). 
 
3- Processos de Substituição: 
• Esses processos são importantes para se alcançar os objetivos da RAS, no que se refere a prestar a atenção certa, 
no lugar certo, com o custo certo e no tempo certo. 
• A substituição pode ocorrer nas dimensões da localização, das competências clínicas, da tecnologia e da clínica. 
Ex: mudar o local da atenção prestada do hospital para o domicílio; transição do cuidado profissional para o 
autocuidado; delegação de funções entre os membros da equipe multiprofissional, etc. 
4- Região de Saúde ou Abrangência 
5- Níveis de Atenção: 
• arranjos produtivos conformados segundo as densidades tecnológicas singulares, variando do nível de menor 
densidade (APS), ao de densidade tecnológica intermediária, (atenção secundária à saúde),até o de maior densidade 
tecnológica (atenção terciária à saúde). 
 
Atributos das Redes de Atenção à Saúde 
 
População e território definidos com amplo conhecimento de suas necessidades 
Extensa gama de estabelecimentos de saúde 
(serviços de promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento, gestão de casos, reabilitação e 
cuidados paliativos e integrados ) 
Atenção Primária em Saúde estruturada 
(primeiro nível de atenção e porta de entrada do sistema, constituída de equipe 
multidisciplinar que cobre toda a população, integrando, coordenando o cuidado) 
Prestação de serviços especializados em lugar adequado 
Existência de mecanismos de coordenação, continuidade do cuidado e 
integração assistencial 
 
Atenção à saúde centrada no indivíduo, na família e na comunidade 
Sistema de governança único para toda a rede 
(propósito de criar uma missão,visão e estratégias nas organizações que compõem a região 
de saúde; definir objetivos e metas que devam ser cumpridos no curto, médio e longo prazo; 
Luanna Borges- Med 104 
articular as políticas institucionais; e desenvolver a capacidade de gestão necessária para 
planejar, monitorar e avaliar o desempenho dos gerentes e das organizações 
Participação social ampla 
Gestão integrada dos sistemas de apoio administrativo, clínico e logístico 
 
Recursos humanos suficientes, competentes, comprometidos e com incentivos 
pelo alcance de metas da rede 
Sistema de informação integrado 
(vincula todos os membros da rede, com identificação de dados por sexo, idade, 
lugar de residência, origem étnica e outras variáveis pertinentes) 
Financiamento tripartite, garantido e suficiente, alinhado com as metas da rede 
Ação intersetorial e abordagem dos determinantes da saúde e da equidade em 
saúde 
Gestão baseada em resultado. 
 
Elementos Constitutivos Redes de Atenção à Saúde 
 
1- População e Região de Saúde 
→ Para preservar, recuperar e melhorar a saúde das pessoas e da comunidade, as RAS deve ser capazes de 
identificar claramente a população e a área geográfica sob sua responsabilidade. 
→ A região de saúde deve ser bem definida, baseada em parâmetros espaciais e temporais que permitam assegurar 
que as estruturas estejam bem distribuídas territorialmente, garantindo o tempo/resposta necessário ao 
atendimento, melhor proporção de estrutura/população/território e viabilidade operacional sustentável. 
→ Esta população de responsabilidade das RAS vive em territórios sanitários singulares; 
→ Organiza-se socialmente em famílias e é cadastrada e registrada em subpopulações por riscos socio sanitários. 
→ Deve ser totalmente conhecida e registrada em sistemas de informação potentes. 
→ Deve ser segmentada, subdividida em subpopulações por fatores de risco e estratificada por riscos em relação às 
condições de saúde estabelecidas. 
 
2- Estrutura Operacional 
A estrutura operacional da RAS é constituída pelos diferentes pontos de atenção à saúde, ou seja, lugares 
institucionais onde se ofertam serviços de saúde e pelas ligações que os comunicam. 
✓Atenção Primária à Saúde (centro de comunicação); 
✓ os pontos de atenção secundária e terciária; 
✓ os sistemas de apoio; 
✓ os sistemas logísticos e; 
✓ o sistema de governança. 
 
• Atenção Primária 
- Centro de comunicação da rede de atenção à saúde 
- É a APS que deve atender mais de 85% dos problemas de saúde; é aí que situa a clínica mais ampliada e onde se 
ofertam, preferencialmente, tecnologias de alta complexidade, como aquelas relativas a mudanças de 
comportamentos e estilos de vida em relação à saúde: cessação do hábito de fumar, adoção de comportamentos de 
alimentação saudável e de atividade física, etc. 
- Sendo a porta de entrada na atenção a saúde no SUS, a atenção primária tem a responsabilidade de ser resolutiva a 
nível básico as necessidades de saúde individual e coletivamente, utilizando estratégias de programação 
de ações de que contribuem na qualidade de vida da população. 
Luanna Borges- Med 104 
• Atenção Primária 
- Sendo a porta de entrada na atenção a saúde no SUS, a atenção primária tem a responsabilidade de ser: 
a) Resolutiva - resolver a grande maioria dos problemas de saúde da população 
b) Organizadora - centro de comunicação, coordenar os fluxos e contra fluxos das pessoas pelos diversos pontos de 
atenção à saúde 
c) Responsabilização - corresponsabilizar-se pela saúde dos cidadãos em quaisquer pontos de atenção à saúde 
 
• Atenção Secundária 
→ É formada pelos serviços especializados em nível ambulatorial e hospitalar, com densidade tecnológica 
intermediária entre a atenção primária e a terciária,; 
→ Historicamente interpretada como procedimentos de média complexidade. 
→ Compreende serviços médicos especializados, de apoio diagnóstico e terapêutico e atendimento de urgência e 
emergência. 
 
• Atenção Terciária 
→ É a atenção da saúde de terceiro nível, integrada pelos serviços ambulatoriais e hospitalares especializados de 
procedimentos de alta densidade tecnológica. 
→ Historicamente interpretada como procedimentos de alta complexidade. 
→ Sendo organizada em pólos macrorregionais, através do sistema de referência. 
→ Os níveis de atenção secundários e terciários constituem-se de tecnologias de maior densidade tecnológica, mas 
não de maiores complexidades. 
 
• Sistemas de Apoio 
✓Lugares institucionais das redes onde se prestam serviços comuns a todos os pontos de atenção à saúde, nos 
campos do apoio diagnóstico e terapêutico, da assistência farmacêutica e dos sistemas de informação em saúde. 
 
• Sistemas Logísticos 
✓São soluções tecnológicas, fortemente ancoradas nas tecnologias de informação, que garantem uma organização 
racional dos fluxos e contra fluxos de informações, produtos e usuários nas redes de atenção à saúde. 
✓Os principais sistemas logísticos das redes de atenção à saúde são os cartões de identificação dos usuários, os 
sistemas e o acesso regulado à atenção à saúde, os prontuários clínicos e os sistemas de transportes sanitários 
• Sistemas de Governança 
✓envolve a definição de uma institucionalidade de gestão e o uso de instrumentos gerenciais 
✓é o arranjo organizativo interinstitucional que permite a governança de todos os componentes das redes de 
atenção à saúde, 
 
3 – Modelos de Atenção 
É um sistema lógico que organiza o funcionamento das RASs, articulando, de forma singular, as relações entre a 
população e suas subpopulações estratificadas por riscos; os focos das intervenções do sistema de atenção à saúde e 
os diferentes tipos de intervenções sanitárias. 
 
Luanna Borges- Med 104 
 
Redes Temáticas de Atenção à Saúde 
Após pactuação tripartite, em 2011, foram priorizadas as seguintes redes temáticas: 
I - Rede Cegonha; 
II - Rede de Atenção às Urgências e Emergências (RUE), 
III -Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas, 
IV - Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), 
V - Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência, 
 
 
Luanna Borges- Med 104 
 
Rede Cegonha 
 
A Rede Cegonha, instituída no âmbito do Sistema Único de Saúde, consiste numa rede de cuidados que visa 
assegurar à mulher o direito ao planejamento reprodutivo e à atenção humanizada à gravidez, ao parto e 
ao puerpério, bem como à criança o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e ao desenvolvimento 
saudáveis.(Origem: PRT MS/GM 1459/2011, Art. 1º). 
Objetivos 
• Novo modelo de atenção ao parto, nascimento e à saúde da criança. 
• Rede de atenção que garanta acesso, acolhimento e resolutividade. 
• Redução da mortalidade materna e neonatal. 
 
Diretrizes 
I - garantia do acolhimento com avaliação e classificação de risco e vulnerabilidade, ampliação do acesso e melhoria 
da qualidade do pré- natal; 
II - garantia de vinculação da gestante à unidade de referência e ao transporte seguro; 
III - garantia das boas práticas e segurança na atenção ao parto e nascimento; 
IV - garantia da atenção à saúde das crianças de zero a vinte e quatro meses com qualidade e resolutividade; e 
V - garantia de acesso às ações do planejamento reprodutivo. 
 
 
Luanna Borges- Med 104 
 
 
Rede de Urgências e Emergências (RUE) 
 
 
▪ A organização da Rede de Atenção às Urgências tem a finalidade de articular e integrar todos os equipamentos de 
saúde, objetivando ampliar e qualificar o acesso humanizado e integral aos usuários em situação de urgência e 
emergência nos serviços de saúde, de forma ágil e oportuna. 
▪ A Rede de Atenção às Urgências deve ser implementada, gradativamente, em todo território nacional, 
respeitando-se critérios epidemiológicos e de densidade populacional 
▪ O acolhimento com classificação do risco, a qualidade e a resolutividade na atenção constituem a base do 
Luanna Borges- Med 104 
processo e dos fluxos assistenciais de toda Rede de Atenção às Urgênciase devem ser requisitos de todos os pontos 
de atenção. 
▪ A Rede de Atenção às Urgências priorizará as linhas de cuidados cardiovascular, cerebrovascular e traumatológica. 
 
Componentes RUE 
I- Promoção, Prevenção e Vigilância à Saúde; 
II - Atenção Básica em Saúde; 
III - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) e suas Centrais de Regulação Médica das Urgências; 
IV - Sala de Estabilização; 
V - Força Nacional de Saúde do SUS; 
VI - Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h) e o conjunto de serviços de urgência 24 horas; 
VII - Hospitalar; e 
VIII - Atenção Domiciliar 
 
I- Promoção, Prevenção e Vigilância à Saúde: 
✓Tem por objetivo estimular e fomentar o desenvolvimento de ações de saúde e educação permanente voltadas 
para a vigilância e prevenção das violências e acidentes, das lesões e mortes no trânsito e das doenças crônicas não 
transmissíveis, além de ações intersetoriais, de participação e mobilização da sociedade visando a promoção da 
saúde, prevenção de agravos e vigilância à saúde. 
II - Atenção Básica em Saúde 
✓Tem por objetivo a ampliação do acesso, fortalecimento do vínculo e responsabilização e o primeiro cuidado às 
urgências e emergências, em ambiente adequado, até a transferência/encaminhamento a outros pontos de atenção, 
quando necessário, com a implantação de acolhimento com avaliação de riscos e vulnerabilidades. 
III - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) e suas Centrais de Regulação Médica das Urgências: 
✓Tem como objetivo chegar precocemente à vítima após ter ocorrido um agravo à sua saúde (de natureza clínica, 
cirúrgica, traumática, obstétrica, pediátricas, psiquiátricas, entre outras) que possa levar a sofrimento, sequelas ou 
mesmo à morte, sendo necessário, garantir atendimento e/ou transporte adequado para um serviço de saúde 
devidamente hierarquizado e integrado ao SUS. 
✓Pode se referir a atendimento primário quando o pedido de socorro for oriundo de um cidadão ou de atendimento 
secundário quando a solicitação partir de um serviço de saúde no qual o paciente já tenha recebido o primeiro 
atendimento necessário à estabilização do quadro de urgência apresentado, mas que necessita ser conduzido a 
outro serviço de maior complexidade para a continuidade do tratamento. 
IV - Sala de Estabilização: 
✓Deverá ser ambiente para estabilização de pacientes críticos e/ou graves, com condições de garantir a assistência 
24 horas, vinculado a um equipamento de saúde, articulado e conectado aos outros níveis de atenção, para 
posterior encaminhamento à rede de atenção a saúde pela central de regulação das urgências. 
✓Não se caracteriza como novo serviço de saúde para assistência a toda demanda espontânea, mas sim para 
garantir a disponibilidade de atendimento para estabilização dos agravos críticos à saúde. 
V - Força Nacional de Saúde do SUS: 
✓Objetiva aglutinar esforços para garantir a integralidade na assistência em situações de risco ou emergenciais 
 
VI - Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h) e o conjunto de serviços de urgência 24 horas 
VII – Hospitalar: 
✓Constituído pelas Portas Hospitalares de Urgência, pelas enfermarias de retaguarda, pelos leitos de cuidados 
intensivos, pelos serviços de diagnóstico por imagem e de laboratório e pelas linhas de cuidados prioritárias 
 
VIII - Atenção Domiciliar: 
✓compreendido como o conjunto de ações integradas e articuladas de promoção à saúde, prevenção e tratamento 
de doenças e reabilitação, que ocorrem no domicílio, constituindo-se nova modalidade de atenção à saúde que 
Luanna Borges- Med 104 
acontece no território e reorganiza o processo de trabalho das equipes, que realizam o cuidado domiciliar na 
atenção primária, ambulatorial e hospitalar. 
 
 
 
 
Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas (RAS PDC) 
 
→ Consideram-se doenças crônicas as doenças que apresentam início gradual, com duração longa ou incerta, que, 
em geral, apresentam múltiplas causas e cujo tratamento envolva mudanças de estilo devida, em um processo 
de cuidado contínuo que, usualmente, não leva à cura. 
 
Objetivos 
I – ampliar o acesso dos usuários com doenças crônicas aos serviços de saúde; 
II - promover o aprimoramento da qualidade da atenção à saúde dos usuários com doenças crônicas, por meio do 
desenvolvimento de ações coordenadas pela atenção básica, contínuas e que busquem a integralidade e 
longitudinalidade do cuidado em saúde; 
Luanna Borges- Med 104 
III - propiciar o acesso aos recursos diagnósticos e terapêuticos adequados em tempo oportuno, garantindo-se a 
integralidade do cuidado, conforme a necessidade de saúde do usuário; 
IV - promover hábitos de vida saudáveis com relação à alimentação e à atividade física, como ações de prevenção às 
doenças crônicas; 
V - ampliar as ações para enfrentamento dos fatores de risco às doenças crônicas, tais como o tabagismo e o 
consumo excessivo de álcool; 
VI - atuar no fortalecimento do conhecimento do usuário sobre suas doenças e ampliação da sua capacidade de 
autocuidado e autonomia; e 
VII - impactar positivamente nos indicadores relacionados às doenças crônicas 
 
→ A rede vai funcionar com linhas de cuidados específicas voltadas à prevenção e tratamento das DCNT, 
principalmente o Diabetes, a Hipertensão 
Arterial, alguns tipos de cânceres, além de 
combater o excesso de peso e a 
obesidade, incluindo o tratamento 
cirúrgico para a obesidade grave. 
 
Redes de Atenção Psicossocial 
RAPS 
 
→ Fica instituída a Rede de Atenção 
Psicossocial (RAPS), cuja finalidade é a 
criação, ampliação e articulação de pontos 
de atenção à saúde para pessoas com 
sofrimento ou transtorno mental, 
incluindo aquelas com necessidades 
decorrentes do uso de crack, álcool e 
outras drogas, no âmbito do Sistema Único 
de Saúde (SUS). 
 
 
Luanna Borges- Med 104 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rede de Cuidados às Pessoas com Deficiência - RCPD 
 
→ Criação, ampliação e articulação de pontos de atenção à saúde para pessoas com deficiência temporária ou 
permanente; progressiva, regressiva, ou estável; intermitente ou contínua, no âmbito do Sistema Único de Saúde 
(SUS). 
 
Luanna Borges- Med 104

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