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Recomendações para adequações atividades da PSB no contexto da Pandemia - Plano de Retorno Gradual - VERSÃO FINAL (1)

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Subsecretaria de Assistência Social – SUASS/ SMASAC 
Grupo de Trabalho/ Portaria SMASAC 080/2020 
Versão Final (08/09/2020) 
Recomendações para adequação das atividades desenvolvidas na Proteção 
Social Básica no contexto da Pandemia 
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Recomendações para adequação das atividades desenvolvidas na Proteção 
Social Básica no contexto da Pandemia 
Art. 1º Esta seção se dedica a apresentar as diretrizes metodológicas e operacionais 
referentes aos processos de trabalho das equipes dos serviços, programas, projetos, 
benefícios e do CadÚnico, executados nos Centros de Referência da Assistência Social 
(CRAS) e nas Diretorias Regionais de Assistência Social (DRAS) por meio das 
Coordenações de Proteção Social e Cidadania. 
§1º As orientações aqui destacadas estão organizadas em quatro subseções. A primeira 
traça contextos e situações prioritárias para os quais as provisões da Proteção Social 
Básica - PSB devem se orientar para o desenvolvimento combinado e articulado de ações 
que serão promovidas nas modalidades: presencial e remota. 
§2º A segunda subseção estabelece orientações gerais e comuns a toda a Proteção Social 
Básica, enfatizando os aspectos técnicos e operacionais a serem observados para a 
organização dos processos e respectivas adequações às especificidades dos territórios, 
Unidades, serviços e desenhos institucionais. 
§3º Na terceira subseção são traçadas as diretrizes para a organização dos processos de 
trabalho nas Unidades e provisões. Por fim, na quarta subseção é apresentado o quadro 
síntese com orientações sobre as fases de implementação das atividades. 
 
1.1. Contextos e situações prioritárias para organização da atenção socioassistencial 
de Proteção Social Básica no contexto da Pandemia 
 
Art. 2º Os impactos e desdobramentos que a situação da pandemia pela Covid-19 têm 
gerado nos contextos já estruturantes de desigualdade social nos quais as famílias e 
usuários do SUAS se encontram circunscritos, trazem à tona um conjunto de 
necessidades sociais a serem atendidas e garantidas pela política de assistência social e 
pelas demais políticas públicas. Os contextos de precário ou nulo acesso à renda se 
intensificaram de modo a revelar o agravamento da pobreza e da extrema pobreza 
presentes no município, acentuando, dessa forma as inseguranças sociais. 
Parágrafo Único: A crise sanitária que ora vivenciamos, desdobra-se em agravamento 
de situações de desproteção social relacionadas à perda ou diminuição da renda e até o 
surgimento e/ou agravamento de violações de direitos relacionados a ciclos de vida e 
gênero. 
Art. 3º Tendo em vista os objetivos estabelecidos para a proteção social básica, expressos 
nos marcos normativos, bem como nas orientações técnicas da Política de Assistência 
Social, os serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais já se deparavam 
com contextos e situações de desproteção social para as quais as provisões de PSB 
deveriam estar orientadas, o que já indicava expressivos desafios frente ao caráter 
preventivo intrínseco a esse nível de proteção. 
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Recomendações para adequação das atividades desenvolvidas na Proteção 
Social Básica no contexto da Pandemia 
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§1º Salienta-se aqui um importante debate que vem sendo realizado na Proteção Social 
Básica do SUAS/BH que se refere às dimensões de prevenção1 e que, considerando o 
contexto atual de intensificação da desigualdade social e as acentuadas situações de 
vulnerabilidades e risco social e pessoal decorrentes dos efeitos da pandemia, ganha 
especial relevância e desafia ao SUAS, em especial à PSB, quanto ao fortalecimento de 
suas estratégias de proteção e prevenção e ao agravamento das situações de desproteção 
social. 
§2º Esse contexto requer que se proceda à análise aprofundada dos territórios, das 
informações disponíveis, da articulação e gestão territorial para compreender as nuances 
desveladas pela pandemia e do planejamento participativo para a organização das ações 
prioritárias e imediatas no âmbito da proteção social básica do SUAS/BH2. A direção 
neste momento é fomentar ações proativas, protetivas e preventivas, no sentido de buscar 
maior aproximação das realidades vivenciadas pelas famílias e indivíduos, identificar 
suas necessidades sociais frente aos impactos da pandemia e as situações de desproteção 
social que este contexto tem inaugurado e, ou, aprofundado/agravado. 
Art. 4º Dessa forma, considerando as reflexões e debates que vêm sendo realizados em 
diferentes espaços, tais como oficinas de apoio técnico, reuniões de colegiados de 
diretores e coordenadores, debates e encontros virtuais do Projeto Apoiar SUAS/BH, 
reuniões de equipes, dentre outros, destacamos abaixo os principais contextos e situações 
presentes no cotidiano das provisões de serviços, programas, projetos, benefícios e da 
transferência de renda e Cadastro Único em Belo Horizonte. 
I. Contextos de insegurança de renda revelados pelo desemprego dos provedores, 
pela perda de benefícios socioassistenciais (BPC e PBF) e pela perda de benefícios 
previdenciários; 
II. Contextos de insegurança de convívio revelados pela intensificação dos conflitos 
familiares, por situações de discriminação por gênero, étnico racial, orientação 
sexual, etários, dentre outros; 
III. Contextos de insegurança de convívio revelados pela perda (falecimento) de um 
ou mais integrantes da família; 
IV. Contextos de insegurança de convívio e de desenvolvimento de autonomia 
revelados pelo agravamento das necessidades de cuidados de membros 
vulneráveis e frágeis, tais como: crianças e adolescentes, pessoas com deficiência, 
pessoas idosas e juventudes, que vivenciam situações de vulnerabilidade e risco 
social; 
V. Contextos de insegurança de acolhida expressos pelas limitações de alcance de 
famílias e usuários pelas ações desenvolvidas no formato de trabalho remoto; 
VI. Contextos de insegurança de sobrevivência expressos pelas situações de 
insegurança alimentar agravadas pelo precário ou nulo acesso à renda; 
 
1 Os níveis de prevenção intrínsecos à Proteção Social Básica envolvem: a prevenção da incidência de 
situações de desproteção social; a prevenção do agravamento das situações já instaladas de desproteção 
social; e, a prevenção da reincidência das situações de desproteção social. 
2 Para revisitar as diretrizes e orientações técnicas estabelecidas pelos marcos normativos da Política de 
Assistência Social em relação às necessidades sociais e as situações prioritárias que requerem a atenção da 
PSB, ver: Resolução CNAS n. 45 de 2004 - PNAS; Resolução CNAS n. 109 de 2009 - Tipificação Nacional 
de Serviços Socioassistenciais; Caderno de Orientações Técnicas do CRAS, PAIF, SCFV, SPSB no 
domicílio para idosos e pessoas com deficiência. 
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VII. Contextos de insegurança de renda, convívio e desenvolvimento de autonomia 
expressos nas situações de descumprimento de condicionalidades e demais 
repercussões nos benefícios das famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família. 
 
§1º Vale ressaltar que as situações destacadas não pretendem reduzir ou mesmo 
circunscrever a atuação da atenção socioassistencial de PSB, mas sim, orientar os esforços 
institucionais de organização dos processos de trabalho e o direcionamento das 
modalidades de trabalho presencial e, ou, remoto para a garantia da proteção social 
pública para as famílias e indivíduos que vivenciam situações de desproteção social. 
§2º Uma importante estratégia é realizar a interlocução com outros municípios visando à 
troca de experiências einformações sobre a organização das ofertas e dos equipamentos 
de proteção social básica, em especial o CRAS. 
 
1.2. Orientações Gerais quanto à organização dos processos de trabalho da Proteção 
Social Básica: CRAS e Coordenação de Proteção Social e Cidadania 
 
Art. 5º O SUAS é fundamental para assegurar ao cidadão o direito à proteção social, 
materializada nas seguranças de renda, sobrevivência, acolhida e convivência. Levando 
em conta este patamar ético e jurídico, a política pública de assistência social foi 
considerada como serviço público e atividade essencial durante a pandemia do COVID-
19, por meio do Decreto Federal nº 10.282, de 20/03/2020, que regulamenta a Lei Federal 
nº. 13.979, de 6/02/2020. Esse reconhecimento público da situação de emergência e de 
calamidade nacional cria condições para adoção de medidas a serem adotadas pelo 
município, dado o caráter de excepcionalidade da pandemia. 
Art. 6º Neste período de excepcionalidade, a Proteção Social Básica, por meio dos CRAS 
e Coordenação de Proteção Social e Cidadania, tem experimentado adequações e 
inovações no trabalho social essencial desenvolvido pelas equipes de referência 
responsáveis pela provisão dos serviços, programas, projetos e benefícios 
socioassistenciais, pela transferência de renda e CadÚnico. 
Art. 7º Os Centros de Referência de Assistência Social – CRAS se constituem como a 
principal unidade onde são prestados os serviços continuados de proteção social básica, 
sendo, portanto, a porta de entrada e o “coração do SUAS”3. 
§1º Dessa forma, as demandas de cuidado e proteção social dos cidadãos, especialmente 
no que tange àqueles em maior vulnerabilidade econômica e social, apontam para a 
necessidade do aprimoramento das metodologias dos serviços públicos, visando à 
adequação das ofertas com garantia da prestação dos serviços. 
Art. 8º A organização da atenção socioassistencial de Proteção Social Básica, 
inicialmente, vem desenvolvendo ações/atividades por meio do trabalho remoto, em 
 
3 “Estamos precisando dos CRAS! (...) O CRAS nunca foi tão necessário quanto agora!(...) O CRAS é o 
coração do Sistema Único de Assistência Social”. (Dona Anédia, representante do FMU no GT). 
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especial atenção às inseguranças materiais, de renda e de sobrevivência. Ademais, a 
identificação das situações de vulnerabilidade, de risco social e pessoal, além do 
agravamento de conflitos intrafamiliares, demandou o desenvolvimento de estratégias 
para minimizar o efeito destas situações de desproteção social e de fragilização dos 
vínculos familiares e comunitários, intensificados e, ou, aprofundados neste período. 
Parágrafo Único: Nesse sentido, ressalta-se a importância e relevância das estratégias 
de trabalho remoto adotadas tendo como finalidade primeira o afiançamento da segurança 
de acolhida, na medida em que a prestação de informações, orientações e o 
desenvolvimento de ações de mediação do acesso a benefícios, se constituíram como 
fundamentais para alcançar os usuários. Todavia, para além do agravamento das situações 
de desigualdade social estruturalmente vivenciada pelos usuários do SUAS/BH, o 
atendimento e o acompanhamento das famílias por meio do trabalho remoto têm 
apresentado limites no alcance de parcela significativa de usuários que possuem 
dificuldades de acesso aos meios tecnológicos ou com dificuldades de operacionalizá-los. 
Art. 9º Diante desse cenário e das perspectivas de prolongamento da pandemia, o 
Trabalho Social com Famílias (TSF) e suas ofertas no âmbito SUAS têm sido cada vez 
mais reconhecidos enquanto processos fundamentais e imprescindíveis para garantir 
direitos e contribuir com a ampliação da capacidade protetiva das famílias. E nesse 
sentido, o planejamento para o retorno gradual do atendimento e acompanhamento 
presencial nas Unidades da assistência social, com os serviços, programas, projetos, 
benefícios, transferência de renda e do Cadastro Único, se apresenta imperativo e 
essencial. 
Art. 10 O atendimento e o acompanhamento socioassistencial são os principais processos 
que materializam o Trabalho Social com Famílias (TSF). A dimensão do atendimento 
corresponde às ações mais imediatas diante das necessidades sociais das famílias, que, 
neste sentido, podem ou não, dependendo da situação de desproteção social, gerar mais 
proteção social ao serem inseridas no acompanhamento familiar, bem como nos serviços, 
programas, projetos e benefícios socioassistenciais. Em seguida, destacamos as principais 
ações a serem desenvolvidas nesse momento de retorno gradual. 
Art. 11 Acolhida dos usuários pelas equipes de referência, tanto dos serviços 
socioassistenciais como da transferência de renda e Cadastro Único. Conforme diretrizes 
da Política de Assistência Social, a acolhida consiste no processo inicial de escuta das 
necessidades sociais das famílias e indivíduos, bem como da garantia de informações com 
qualidade sobre as provisões públicas socioassistenciais existentes, além de promover 
informações e orientações quanto ao acesso às demais políticas setoriais. 
§1º Acolhida Particularizada (nas Unidades e, ou, no Domicílio) deverão ocorrer 
tanto na modalidade presencial quanto remota, em atenção às situações 
prioritárias estabelecidas e às formas de acesso previstas pela Tipificação 
Nacional de Serviços socioassistenciais, em observância à demanda espontânea, 
ao encaminhamento da rede ou enquanto desdobramentos das estratégias de busca 
ativa. As especificidades sobre a organização dos processos de acolhida no CRAS 
e na Coordenação de Proteção Social e Cidadania serão abordadas na terceira 
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subseção. No que se refere à Acolhida em Grupo, essas ações permanecerão 
suspensas, o seu retorno será organizado de forma gradativa quando as condições 
epidemiológicas e autoridades competentes indicarem a possibilidade. 
Art. 12 A Busca Ativa tem sido realizada em formato remoto pelas equipes da PSB, de 
forma proativa e intencional, tendo como referência grupos familiares prioritários e, tem 
se constituído uma importante estratégia para possibilitar a mediação do acesso dos 
usuários aos benefícios e demais provisões constituídas em virtude do contexto da 
pandemia, bem como identificar contextos e situações de agravamento de 
vulnerabilidades no campo relacional. Destaca-se que esse processo tem indicado dois 
importantes desafios para a proteção social básica: de um lado o expressivo aumento no 
número de famílias que tem recorrido aos serviços socioassistenciais; por outro, os limites 
das ações de busca ativa realizadas em formato remoto. 
Art. 13 No tocante ao primeiro desafio, tanto no CRAS quanto na Coordenação de 
Proteção Social e Cidadania/PSB Regional, verifica-se o aumento significativo de 
famílias em busca de orientações e apoio frente à vivência ou agravamento de situações 
de desproteção social. Trata-se de famílias que ainda não haviam acessado os serviços, 
programas, projetos e benefícios socioassistenciais, mas que frente aos impactos sociais 
causados pela pandemia e as necessidades sociais nas quais se circunscrevem, passam a 
requerer do SUAS, a organização das atenções e provisões a fim da garantia das 
seguranças sociais. 
Art. 14 O segundo desafio indica que as ações de Busca Ativa realizadas em formato 
remoto, desde o início da pandemia, apresentam limites no que se refere ao alcance de 
usuários e famílias em contextos de agravamento das vulnerabilidadesem que o acesso 
aos meios e ferramentas digitais de comunicação tem impossibilitado o contato das 
equipes junto às mesmas, inviabilizando e comprometendo, portanto, o acesso aos 
serviços e benefícios e à inserção e, ou, atualização cadastral no CadÚnico. 
Art. 15 A Busca Ativa, portanto, é uma ação que vai ao encontro de famílias que poderão 
ser inseridas na atenção socioassistencial de proteção social básica, visando ao 
enfrentamento de situações de vulnerabilidades sociais, a prevenção de situações de risco 
social e pessoal, a garantia do acesso a direitos e ao estímulo ao protagonismo e à 
autonomia. Nesse sentido, as ações de Busca Ativa continuarão a ser desenvolvidas, tanto 
pelas equipes de referência dos serviços socioassistenciais quanto pelas equipes de 
referência da transferência de renda e do Cadastro Único, considerando situações e 
contextos prioritários utilizando-se dos formatos combinados e articulados: presencial e 
remoto. 
Art. 16 As Ações particularizadas no Domicílio materializadas pelas equipes de 
referência dos CRAS e da Coordenação de Proteção Social e Cidadania deverão estar 
direcionadas para o atendimento das situações prioritárias de desproteção social e das 
famílias não alcançadas pelo trabalho remoto, conforme objetivos e intencionalidades 
específicas dos serviços socioassistenciais e das orientações técnicas e instruções 
operacionais afetas ao Cadastro Único, ao Programa Bolsa Família, BPC e Benefício 
Eventual. 
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Art. 17 Acompanhamento familiar, este é promovido por meio de ações continuadas e 
planejadas conjuntamente com as famílias, deverá ser desenvolvido no formato remoto e 
de forma presencial mediante agendamento prévio com as famílias. Considerando o 
contexto de ampliação de desproteções sociais e as orientações sanitárias, o processo de 
acompanhamento deve priorizar as ações particularizadas, buscando construir estratégias 
de prevenção do agravamento das situações de vulnerabilidades e riscos pessoal e social. 
Art. 18 Atividades Coletivas, tais ações em formato presencial permanecem suspensas 
por tempo indeterminado. Todavia, considerando as experiências em curso que vêm 
sendo desenvolvidas pelas equipes de referência, orienta-se que sejam promovidas 
propostas de encontros virtuais com famílias e usuários, conforme possibilidades e 
especificidades das famílias e dos territórios. 
Art. 19 Por fim, importante ressaltar que, diante da pandemia da Covid-19, as provisões 
da PSB, considerando o seu caráter proativo, protetivo e preventivo, se apresentam 
como essenciais para ampliar a proteção social pública das famílias e dos indivíduos nos 
diferentes territórios. Assim, a análise dos territórios, do contexto vivenciado pelas 
famílias e das provisões socioassistenciais e intersetoriais tornam-se fundamentais para a 
organização dos processos de trabalho nas unidades. Neste sentido, para além das 
expressões da vulnerabilidade material, há que se buscar compreender as relações e as 
redes de proteção com as quais os indivíduos e as famílias podem contar para o 
enfrentamento das situações de insegurança e de desproteção que estão vivenciando. A 
partir de então e, considerando as normativas da Política de Assistência Social e as 
Orientações Técnicas do SUAS-BH, planejar as ações e intervenções necessárias para as 
ações do Trabalho Social com Famílias em respostas às necessidades sociais existentes e 
às novas surgidas e agravadas com a pandemia. 
 
1.3. Diretrizes para a organização dos processos de trabalho no CRAS e na 
Coordenação de Proteção Social e Cidadania 
Art. 20 A retomada das ações de atendimento e acompanhamento presencial gradual no 
CRAS e na Coordenação de Proteção Social e Cidadania/PSB Regional será organizada 
em observância ao planejamento das unidades para atendimento às necessidades sociais 
das famílias e indivíduos que vivenciam contextos de agravamento de situações 
insegurança social, conforme contextos prioritários descritos na primeira seção. 
Art. 21 Os gestores locais e as equipes técnicas devem realizar o planejamento, de forma 
participativa, para a organização das atividades de rotina das equipes e de acolhida das 
demandas, respeitadas as tarefas que constituem o Trabalho Social com Famílias, 
inclusive aquelas realizadas remotamente. A partir do planejamento coletivo, as provisões 
poderão ser materializadas com revezamento de profissionais dos Serviços, Programas, 
Projetos, benefícios, transferência de renda e Cadastro Único, todos responsáveis pelo 
atendimento às famílias e usuários. Salienta-se que o revezamento de profissionais para 
atendimento, prestação de informações e orientações às famílias nas recepções das 
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Unidades e equipamentos será compartilhado entre os profissionais administrativos que 
integram as equipes. 
Art. 22 O planejamento deve contemplar o atendimento e, ou, acompanhamento em 
diferentes dias de modo que os profissionais que não estiverem escalados para o 
desenvolvimento das atividades presenciais, deverão atuar nas ações de teletrabalho ou 
em outras ações das unidades, tais como: análise de documentos, registros, articulações 
de rede, dentre outras. Essa organização tem como objetivo estabelecer fluxos e garantir 
a atenção presencial, de acordo com o Protocolo Geral SUAS/BH. 
Parágrafo Único: Devem ser elaboradas e disseminadas, em articulação com a SMSA, 
orientações ou protocolos específicos para o SPSPD, para o Programa Mala Lúdica e para 
o Programa Maior Cuidado sobre as medidas de prevenção e adaptações metodológicas 
necessárias. 
1.3.1. Recomendações para adequações nos processos de trabalho dos CRAS 
 
CRAS | ATENÇÃO SOCIOASSISTENCIAL PRESENCIAL 
FUNCIONAMENTO DA UNIDADE 
a) O horário de funcionamento do CRAS para atendimento presencial observará 
as orientações gerais quanto às fases estabelecidas no Protocolo Geral 
SUAS/BH 01/2020. 
b) A coordenação do CRAS deverá organizar o planejamento coletivo, o 
revezamento presencial dos profissionais para garantir o atendimento e 
acompanhamento na unidade. 
c) Os atendimentos e acompanhamentos presenciais serão realizados mediante 
agendamento prévio em observância ao horário de funcionamento especial da 
unidade. 
d) Nos CRAS, com a execução do Cadastro Único, o atendimento do entrevistador 
social será realizado três vezes por semana, conforme as fases estabelecidas. 
Inicialmente, segunda, quarta e sexta-feira. 
e) Estabelecer e fixar orientações, cartazes, faixas, dentre outros, com conteúdos 
informativos e educativos para o acesso à Unidade, observada as peculiaridades 
dos serviços prestados, limitando o ingresso às pessoas indispensáveis à 
execução e fruição dos serviços e pelo tempo estritamente necessário. 
f) Para acesso ao CRAS é obrigatório o uso da máscara facial para qualquer 
cidadão, inclusive gestores, trabalhadores e usuários. Será disponibilizada 
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máscara facial para o usuário não esteja utilizando, a fim de garantir a 
possibilidade de atendimento pelos serviços, programas, projetos e benefícios 
de assistência social. 
g) Os profissionais devem adotar as medidas de proteção individual e utilizar os 
equipamentos de proteção individual, deacordo com a atividade e função 
realizada, conforme disposto do Protocolo Geral e nas orientações específicas 
a serem expedidas, em consonância com as orientações definidas pela 
Secretaria Municipal de Saúde. 
h) Deve-se evitar aglomeração de pessoas no interior das Unidades, respeitando o 
distanciamento mínimo de 1 metro entre as pessoas, incluindo cozinha, 
refeitório e sanitários. 
i) Manter todos os ambientes abertos e ventilados, tais como recepção, salas de 
atendimento e espaços de uso comum. Os atendimentos particularizados devem 
necessariamente ser realizados em espaços abertos e ventilados. Se necessário, 
para manter os parâmetros de distanciamento mínimo de 1 metro e demais 
medidas de proteção, os atendimentos particularizados poderão ser realizados 
em salas de reunião, salas de atividades coletivas ou auditórios, espaços 
externos, desde que observadas as condições de sigilo. 
j) As ações presenciais no CRAS deverão ser realizadas preferencialmente de 
maneira programada/agendada. Ao efetuar o agendamento por telefone, o 
profissional responsável deve realizar a orientação e sensibilização dos usuários 
acerca das recomendações sanitárias e medidas de prevenção e proteção, 
incluindo a identificação de possíveis sintomas compatíveis com a Covid-19 
vivenciados (como tosse, coriza, febre, dispneia (dificuldade para respirar), 
perda de olfato ou paladar). Caso sejam identificados possíveis sintomas, o 
profissional deverá orientar a busca de atendimento pelos serviços de saúde; 
Observação: Deverão ser elaboradas e divulgadas orientações específicas com 
estratégias para lidar com a geração de aglomeração na porta dos equipamentos 
e para evitar a permanência de muitos usuários nos espaços da recepção, 
incluindo orientações aos usuários sobre a forma de funcionamento das 
unidades (agendamento prévio e atendimento remoto) e esclarecimentos gerais. 
FUNCIONAMENTO DA RECEPÇÃO 
A recepção é o local destinado à acolhida dos usuários e prestação de informações às 
famílias que buscam o CRAS. Deverá ser estruturada para garantir a atenção nas 
modalidades presencial em observância às seguintes recomendações: 
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a) Acolher as necessidades sociais apresentadas pelos usuários que acessarem o 
CRAS presencialmente; 
b) Prestar as informações e orientações sobre o funcionamento da unidade e as 
provisões disponíveis; 
c) Direcionar os usuários previamente agendados para o atendimento técnico; 
d) Os usuários que acessarem o equipamento sem agendamento prévio serão 
orientados sobre a necessidade do agendamento ou possibilidade de 
atendimento na modalidade remota, que será realizado de maneira pactuada 
com o usuário, de acordo com a disponibilidade. Caso seja necessário, deve ser 
realizada a acolhida pelo técnico e avaliada a necessidade de fornecimento de 
tarifa social, mediante avaliação técnica, considerando, inclusive, o tempo de 
deslocamento pelo usuário para chegar até a unidade. 
e) Disponibilizar os telefones institucionais para contato com a equipe do CRAS; 
f) Realizar os registros dos atendimentos na planilha da recepção. 
ORGANIZAÇÃO DAS AÇÕES PARTICULARIZADAS NO CRAS 
As ações particularizadas no CRAS deverão ser realizadas preferencialmente de 
maneira programada/agendada. Os agendamentos serão realizados a partir dos 
atendimentos aos usuários na demanda espontânea presencial (recepção) ou remoto 
(contato telefônico); 
a) Ao efetuar o agendamento por telefone, o profissional responsável deve realizar 
a orientação e sensibilização dos usuários acerca das recomendações sanitárias 
e medidas de prevenção e proteção, incluindo a identificação de possíveis 
sintomas compatíveis com a Covid-19 vivenciados (como tosse, coriza, febre, 
dispneia (dificuldade para respirar), perda de olfato ou paladar). Caso sejam 
identificados possíveis sintomas, o profissional deverá orientar a busca de 
atendimento pelos serviços de saúde; 
b) Organizar as ações particularizadas com períodos de intervalo entre cada 
atendimento; 
c) Promover o acesso ao Cadastro Único tanto para inserção quanto atualização 
cadastral. Orientar também os usuários quanto ao atendimento por meio da 
Central de Atendimento Remoto 0800; 
d) Promover acessos a benefícios socioassistenciais contribuindo para a inserção 
das famílias na rede de proteção social de assistência social; 
e) Promover a complementaridade do trabalho social com famílias e a ampliação 
da proteção socioassistencial por meio da inserção dos usuários no Serviço de 
Convivência e Fortalecimento de Vínculos, no Programa Maior Cuidado e na 
rede socioassistencial do território; 
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f) Promover acesso dos usuários aos demais serviços intersetoriais; 
g) Incentivar e fomentar a participação nas instâncias de Controle Social. 
h) As ações particularizadas presenciais no CRAS durante o período de 
calamidade pública no Município de Belo Horizonte, estabelecido pelo Decreto 
Municipal nº 17.334/2020, deverão observar os contextos e situações 
prioritárias descritos na seção 7.1, em especial: 
i. Famílias não alcançadas pelo trabalho remoto, sem acesso ou com 
dificuldade de utilização dos meios informacionais e digitais; 
ii. Famílias cujo atendimento demande sigilo, inviabilizado pelo contexto 
domiciliar da mesma; 
iii. Famílias em contexto de agravamento das situações de desproteção 
social, em virtude da ocorrência de eventos incertos, ocasionais e 
imponderáveis para as quais foi concedido o Benefício Eventual 
AVISE; 
iv. Famílias vivenciando situações de agravamento de vulnerabilidades 
associadas à vivência de evento circunstancial (desastre provocado pela 
chuva e impactadas pela pandemia do COVID-19); 
i) Observar as condições de funcionamento da unidade. 
ORGANIZAÇÃO DAS AÇÕES PARTICULARIZADAS NO DOMICÍLIO 
As ações particularizadas no domicílio realizadas por meio de visitas domiciliares 
devem estar direcionadas para o atendimento de situações específicas, nas quais a 
família apresente dificuldades em comparecer ao atendimento presencial no CRAS ou 
que não foram alcançadas pelo atendimento remoto, conforme avaliação técnica. As 
ações particularizadas no domicílio serão realizadas por meio da utilização do(s) 
veículo(s) do CRAS. 
a) Também poderão ser desenvolvidas ações de busca ativa por meio de visitas 
domiciliares, quando esgotadas as possibilidades de alcance da família por 
outras estratégias, tais como: articulação de rede, envio de correspondências 
ou contatos telefônicos desatualizados; 
b) Devem promover acessos aos serviços, benefícios e programas de 
transferência de renda, contribuindo para a inserção das famílias na rede de 
proteção social de Assistência Social e na rede intersetorial, de forma a 
contribuir para que os indivíduos, as famílias, ou seus membros, alcancem 
as aquisições socioassistenciais; 
c) Promover a complementaridade do trabalho social com famílias e 
ampliação da proteção socioassistencial por meio da inserção dos usuários 
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Recomendações para adequação das atividades desenvolvidas na Proteção 
Social Básica no contexto da Pandemia 
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no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, no Programa 
Maior Cuidado e nas redes socioassistencial e intersetorial do território; 
d) As ações particularizadas no domicílio durante o estado de calamidade 
públicano Município de Belo Horizonte, estabelecido pelo Decreto 
Municipal nº 17.334/2020, deverão observar os contextos e situações 
prioritárias descritos na seção 7.1, em especial: 
i. Famílias não alcançadas pelo trabalho remoto, sem acesso aos meios 
informacionais e digitais; 
ii. Famílias em acompanhamento com situações de agravamento de 
vulnerabilidades, com prioridade para as inseridas no Programa 
Maior Cuidado, SCFV e PAAN; 
iii. Famílias em contexto de agravamento das situações de desproteção 
social, em virtude da vivência de eventos incertos, ocasionais e 
imponderáveis para as quais foi concedido o Benefício Eventual 
AVISE; 
iv. Ações de busca ativa para alcance dos beneficiários do BPC, 
famílias beneficiárias do PBF em descumprimento de 
condicionalidades, com repercussão de bloqueio e cancelamento de 
seus benefícios e, famílias encaminhadas pelo Sistema de Justiça e 
Sistema de Garantia de Direitos – SGD. 
ORGANIZAÇÃO DO ACOMPANHAMENTO PARTICULARIZADO 
O acompanhamento particularizado visa manter o desenvolvimento de ações 
sistemáticas e continuadas, será desenvolvido nos formatos remoto e presencial, 
devendo ser organizado prioritariamente para o atendimento presencial de forma 
agendada e programada, resguardando as orientações e os procedimentos de saúde 
pública. 
a) O acompanhamento particularizado durante o estado de calamidade pública no 
Município de Belo Horizonte, estabelecido pelo Decreto Municipal nº 
17.334/2020, deverá observar os contextos e situações prioritárias descritos na 
seção 7.1, e será direcionado em especial, para: 
i. Famílias já inseridas ou que as situações de desproteção social 
ensejaram inclusão no acompanhamento socioassistencial; 
ii. Famílias do Programa Maior Cuidado; 
iii. Famílias em contexto de agravamento das situações de desproteção 
social, em virtude da vivência de eventos incertos, ocasionais e 
imponderáveis para as quais foi concedido Benefício Eventual AVISE; 
iv. Famílias inseridas no PAAN; 
v. Novas Famílias com agravamento das situações de vulnerabilidade e 
risco, conforme avaliação das equipes de referência. 
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Social Básica no contexto da Pandemia 
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b) Observar as condições de funcionamento da unidade. 
ORGANIZAÇÃO DO ATENDIMENTO CADÚNICO NOS CRAS COM 
CADASTRO DESCENTRALIZADO 
O atendimento para inserção ou atualização cadastral no CadÚnico deverá observar as 
seguintes orientações: 
1. As demandas elencadas abaixo devem ser atendidas preferencialmente de forma 
remota, via telefone ou via Central de Atendimento Remoto 0800. Podem também ser 
atendidas presencialmente, mediante agendamento. Havendo demanda espontânea, 
poderá ser realizado o atendimento presencial, excepcionalmente. 
1.1 Os atendimentos serão preferencialmente realizados via telefone ou via 
Central de Atendimento Remoto 0800, ou presencialmente mediante 
agendamento, nas seguintes situações: 
a). Cadastro novo para acesso às segundas e demais vias gratuitas de documentação 
civil; b). Cadastro novo para isenção de taxa de concurso público; c). Alteração 
cadastral para substituição de Referência Familiar - RF; d). Requisição de mudança de 
município; e). Substituição de Responsável Familiar por demais situações de 
vulnerabilidade social; f.) Público solicitante de inserção cadastral requerente e/ou 
beneficiário do Benefício de Prestação Continuada (BPC); g). Demais informações e 
orientações demandadas pelos usuários para viabilizar o acesso a direitos bem como 
viabilizar a segurança de renda; h). Inserção e/ou atualização no CadÚnico do público 
do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos; i). Demais públicos 
encaminhados pelos serviços socioassistenciais. 
1.2. Será realizado atendimento preferencialmente de modo remoto ou 
atendimento agendado de modo presencial. Excepcionalmente, o atendimento 
poderá ser via demanda espontânea, de modo presencial, nas seguintes situações: 
a). Dependentes e semi-dependentes que tiveram seu benefício cancelado, decorrente 
da Instrução Operacional de 03 de Fevereiro de 2020 – Averiguação e Revisão 
Cadastral (AVE/REV) caso seja estabelecido pelo Governo a partir de Portaria 
específica; b). Público solicitante de atualização ou inserção cadastral requerente e/ou 
beneficiário do Benefício de Prestação Continuada (BPC); c). Solicitação de 
atualização ou inserção cadastral do público encaminhado pelo Sistema de Garantia de 
Direitos; d). Atualização ou inserção cadastral para desconto na Tarifa Social de 
Energia Elétrica (TSEE), em especial aqueles dependentes de oxigênio; e). Demais 
situações estabelecidas pelas diretrizes do Ministério da Cidadania; f). Famílias que 
tiveram os benefícios do Programa Bolsa Família bloqueados, conforme solicitação da 
Controladoria Geral da União (CGU), a partir de orientações do Governo Federal. 
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2. Visitas Cadastrais: Deverão ser agendadas previamente com os usuários e 
realizadas somente para as situações identificadas como prioritárias conforme processo 
de Averiguação e Revisão Cadastral (AVE/REV) e casos de auditoria estabelecidos 
pelas Portarias oriundas do Governo Federal; Serão direcionadas também para famílias 
identificadas pelas equipes de referência dos serviços socioassistenciais, conforme 
situações excepcionais discutidas em conjunto com os entrevistadores sociais; 
3. As ações de busca ativa: deverão ser endereçadas aos casos prioritários da 
população mais vulnerável em isolamento, em grupo de risco ou com saúde debilitada 
e objetivam a inclusão ou atualização cadastral nos domicílios destas pessoas. 
4. Observar as condições de funcionamento da unidade. 
PROGRAMA MAIOR CUIDADO 
Conforme disposto na Portaria da SMASAC nº 036, os atendimentos/acompanhamento 
presenciais do Programa Maior Cuidado têm sido direcionados para os casos 
excepcionais, em que a suspensão do serviço signifique o risco de agravamento da 
condição pessoal do usuário, culminando inclusive na inserção em serviço de 
acolhimento institucional, resguardando as orientações e os procedimentos de saúde 
pública. 
a) Considerando as fases para o retorno gradual do atendimento presencial, na 
primeira fase será mantido processo em curso de avaliação dos casos 
excepcionais e retomado os atendimentos das pessoas idosas em situação de 
dependência, de modo à gradativamente ampliar o número em atendimento 
presencial, conforme disposto na Portaria SMASAC nº036; 
b) Na segunda fase, será retomado o atendimento às pessoas idosas 
semidependentes e serão inseridos os novos casos, conforme definição dos 
GT’s Locais, considerando os critérios e os procedimentos definidos pelo 
Programa, bem como as atribuições estabelecidas pela Portaria Conjunta 
SMASAC/SMSA Nº 007, de 29/11/2019, demais documentos orientadores, e 
critérios definidos do Protocolo Geral referentes às fases; 
c) Os atendimentos presenciais deverão desenvolver as rotinas de cuidados 
conforme estabelecidas pelas equipes do CRAS e Centro de Saúde; 
d) Destaca-se a constante articulação entre o CRAS e o Centro de Saúde no 
monitoramento e acompanhamento das ações do Programa, a fim de definir 
conjuntamente a retomada do atendimento presencial ao longo das fases 
estabelecidas pelo Protocolo Geral SUASBH 01/2020. 
 
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14CRAS | ATENÇÃO SOCIOASSISTENCIAL REMOTA 
 
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO 
a) O horário de funcionamento do atendimento REMOTO permanecerá o mesmo 
conforme disposto na Portaria SMASAC nº 004 de 2018, ou seja, de 08hs às 18hs. 
b) A organização da escala da equipe para o atendimento remoto deverá observar os 
turnos de trabalho dos profissionais; 
 
c) As reuniões de equipe, reuniões de discussão de caso, reuniões com os serviços e 
equipamentos da rede territorial, atividades coletivas e, reuniões com os órgãos 
de defesa de direitos deverão ser mantidas no formato remoto. 
d) As atividades de planejamento, elaboração de relatórios e o registro dos 
atendimentos e outras atividades no SIGPS e outras ferramentas de 
monitoramento será mantido na modalidade remota. 
ATENDIMENTO À DEMANDA ESPONTÂNEA 
O atendimento aos usuários por meio de demandas espontâneas ocorre por meio 
presencial e, ou, contatos telefônicos e demais meios digitais e objetiva acolher as 
necessidades sociais dos usuários, prestar informações e orientações, bem como 
promover encaminhamentos necessários. No momento do atendimento, deve ser 
realizada a atualização dos dados do usuário e a avaliação técnica sobre a possibilidade 
de realização de atendimento remoto ou necessidade de atendimento presencial; 
a) As orientações à demanda espontânea apresentada por meio de contato telefônico 
do usuário com o CRAS serão prestadas pelo profissional da recepção e, ou, 
administrativo que deverá identificar o tipo de demanda e direcionar a ligação 
para o técnico de referência que estará escalado para atendimento remoto ou 
presencial; 
b) O atendimento remoto deverá observar as necessidades sociais apresentadas 
pelos usuários, avaliar quanto à necessidade de atendimento presencial e realizar 
o agendamento. Sugere-se a utilização de uma agenda compartilhada com os 
atores envolvidos; 
c) Articular a rede socioassistencial e intersetorial de acordo com as necessidades 
sociais apresentadas; 
d) Promover acessos a serviços, benefícios, programas de transferência de renda e 
Cadastro Único contribuindo para a promoção dos direitos sociais das famílias; 
e) Promover acesso aos demais serviços socioassistenciais e setoriais; 
f) Incentivar e fomentar a participação e o controle social. 
BUSCA ATIVA 
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As ações de busca ativa desenvolvidas em formato remoto deverão se orientar pelo 
disposto nos documentos de orientações técnicas desenvolvidos pela SUASS/DPSO 
desde o advento da pandemia disponíveis no sítio eletrônico da PBH, bem como por 
orientações técnicas elaboradas continuamente; 
 
a) Realizar contatos, por meio remoto, para orientação de usuários e famílias com 
prioridade para o desenvolvimento de ações de mediação de acesso dos usuários 
aos benefícios, conforme informações disponibilizadas pela vigilância 
socioassistencial (listagens encaminhadas); 
 
b) Realizar contatos, por meio remoto, às famílias inseridas nas ações 
particularizadas e acompanhamento a fim de identificar, orientar e apoiá-las para 
o enfrentamento das situações de agravamento das vulnerabilidades do campo 
material e relacional; 
 
c) Realizar contatos e interlocuções com a rede socioassistencial e intersetorial local 
para favorecer o atendimento e o acesso das famílias. 
AÇÕES PARTICULARIZADAS 
a) Promover acessos a benefícios, programas de transferência de renda e Cadastro 
Único, contribuindo para a promoção dos direitos sociais das famílias; 
b) Promover acesso aos demais serviços socioassistenciais e setoriais; 
c) Incentivar e fomentar a participação e o controle social. 
AÇÕES COLETIVAS 
A ação coletiva é a principal estratégia do trabalho social com famílias na proteção social 
básica, em especial no PAIF e no SCFV, desenvolvida por meio de Oficinas com 
Famílias e Ações Comunitárias com vistas a contribuir para o fortalecimento dos 
vínculos familiares e a participação na vida comunitária. Neste contexto da pandemia, 
estão suspensas as ações e atividades coletivas presenciais. 
 
Neste sentido, recomenda-se: 
a) Realização de encontros remotos, com grupos específicos de famílias, de acordo 
com a identificação e análise técnica quanto às situações de desproteção social e 
seus agravamentos no contexto da pandemia, com o objetivo de promover a 
discussão e a reflexão sobre situações vivenciadas que impactam no convívio 
familiar e comunitário e a construção de estratégias de proteção coletivas; 
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b) Desenvolver ações de forma interativa utilizando-se de recursos tecnológicos que 
promovam a integração e participação das famílias, fomentando o acesso às 
informações qualificadas; 
c) As ações coletivas que serão desenvolvidas em formato remoto deverão ocorrer 
conforme articulação e planejamento conjunto com a parceria do Apoio ao 
desenvolvimento das Oficinas e Ações Comunitárias do Serviço de Proteção e 
Atendimento Integral às Famílias (PAIF) utilizando de outras linguagens e meios 
tecnológicos para o alcance dos objetivos. 
d) Organização e fomento à participação nas atividades de controle social. 
 
PROGRAMA MAIOR CUIDADO 
a) Realizar o acompanhamento familiar periódico, por meio de contato telefônico, 
às pessoas idosas e suas famílias que tiveram a atenção e o cuidado domiciliar 
presencial suspensos. O acompanhamento remoto deverá permanecer até a 
conclusão da retomada do atendimento presencial prevista para ocorrer na 
segunda fase (ver quadro síntese); 
 
b) As reuniões de equipe, reuniões com cuidadores de idosos, bem como reuniões 
do GT Local do Programa deverão ocorrer em formato remoto e objetivam: 
promover articulações necessárias de acompanhamento das famílias atendidas; 
avaliar novas inserções e, ou, referenciamentos; promover atualizações das 
rotinas de cuidados e outras necessidades sociais identificadas. 
ATENDIMENTO CADÚNICO NO CRAS 
O atendimento remoto prestado pelo entrevistador social nos CRAS, com Cadastro Único 
implantado deverá observar as seguintes orientações: 
Busca ativa: a). Informar às famílias e usuários sobre novas concessões do Programa 
Bolsa Família (PBF); b). Famílias que não sacaram seus benefícios do PBF, denominados 
de “Não sacados”; c. Público de Beneficiários do Programa Bolsa Família Não 
Localizados; d). Atualização das listas de beneficiários do Benefício de Prestação 
Continuada (BPC); e) Beneficiários do PBF que tiveram seus benefícios cancelados. 
 
Inserção ou Atualização Cadastral: Será realizada conforme orientações técnicas 
dispostas no Informativo DPSO/SUASS nº011/2020, até que seja implantada a Central 
de Atendimento Remoto 0800, quando passarão a ser operacionalizadas por meio de 
ligação gratuita do usuário para a Central. Ressalta-se que a realização de inserção ou 
atualização cadastral no CadÚnico em formato remoto seguirá a vigência da Portaria nº 
368 de 29 de abril de 2020 e a Instrução Operacional nº 04 de 30 de abril de 2020. 
 
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Observação: Deverá ser realizado o monitoramento do quantitativo de demandas de 
inserção ou atualização cadastral e, se necessário, deverão ser tomadas providências para 
ampliação do número de trabalhadores nas equipes de Transferência de Renda e Cadastro 
Único. 
SERVIÇO DE CONVIVÊNCIA EFORTALECIMENTO DE VÍNCULOS – SCFV 
As ações e atividades desenvolvidas pelo SCFV permanecerão em formato remoto em 
observâncias às orientações sanitárias e deverão observar as seguintes orientações: 
a) Realizar o atendimento remoto por meio de contato telefônico e mídias digitais, 
levando-se em conta os diferentes ciclos de vida, os impactos da pandemia na 
rotina diária dos usuários e suas famílias; 
b) Planejar as atividades com os usuários por meio de estratégias de comunicação 
de forma a promover ações que favoreçam a socialização e a convivência 
familiar; 
c) Desenvolver propostas de atividades interativas, com o objetivo de fortalecer as 
relações de cuidados e convivência familiar, apoiar na construção de diálogos e 
contribuir com novas formas de sentir, agir e pensar; 
d) Disponibilizar de recursos pedagógicos para que os usuários possam desenvolver 
as atividades propostas, tais como: produção de vídeos, produções textuais, 
músicas, jogos, gincanas, dentre outras; 
e) Organizar encontros virtuais com os usuários que possuem recursos tecnológicos 
para a participação, promovendo espaços de convivência e trocas de experiências 
entre os participantes; 
f) Construção em conjunto com a equipe PAIF de quais ações podem ser 
desenvolvidas para promoção da convivência e socialização de maneira remota; 
g) Realização de análise técnica pelo PAIF das famílias com possível discussão de 
casos entre os técnicos dos dois serviços visando à construção de uma oferta 
assistencial diferenciada na perspectiva de antecipação de riscos sociais e 
continuidade dos objetivos e aquisições ora propostos pelo SCFV; 
h) Encaminhar ao PAIF situações indicativas de agravamento de vulnerabilidades e 
insegurança de convívio vivenciada por usuários inseridos no serviço; 
i) Realizar a inserção dos usuários encaminhados pelo PAIF garantindo a acolhida 
e integração no grupo; 
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j) Participar de reuniões de articulação, planejamento, monitoramento e avaliação 
no CRAS, em conjunto com as equipes do PAIF e Programa Maior Cuidado. 
 
 
 
1.3.2 Recomendações para adequações nos processos de trabalho na Coordenação de 
Proteção Social e Cidadania 
 MODALIDADE ATENÇÃO SOCIOASSISTENCIAL PRESENCIAL 
FUNCIONAMENTO DA UNIDADE 
a) O horário de funcionamento da Coordenação de Proteção Social e Cidadania 
para atendimento presencial nas Diretorias Regionais de Assistência Social 
observará as orientações gerais quanto às fases estabelecidas no Protocolo Geral 
SUAS/BH 01/2020. 
b) A coordenação deverá organizar o revezamento presencial dos profissionais 
para garantir o atendimento na Unidade. 
c) Os atendimentos presenciais realizados pelas equipes de referência (tanto dos 
serviços socioassistenciais, quanto da transferência de renda e Cadastro Único) 
serão realizados, preferencialmente, mediante agendamento prévio em 
observância aos horários especiais de funcionamento previstos em cada fase. 
d) Estabelecer e fixar cartazes, folders, faixas, dentre outras estratégias 
informativas e educativas, fomentando a prevenção do contágio nas unidades, 
observadas as peculiaridades dos serviços prestados, limitando o ingresso às 
pessoas indispensáveis à execução e fruição dos serviços, e pelo tempo 
estritamente necessário. 
e) Para acesso à Coordenação de Proteção Social e Cidadania é obrigatório o uso 
da máscara facial para qualquer cidadão, inclusive gestores, trabalhadores e 
usuários. Será disponibilizada máscara facial para o usuário não esteja 
utilizando, a fim de garantir a possibilidade de atendimento pelos serviços, 
programas, projetos e benefícios de assistência social. 
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f) Os profissionais devem adotar as medidas de proteção individual e utilizar os 
equipamentos de proteção individual, de acordo com a atividade e função 
realizada, conforme disposto do Protocolo Geral SUASBH 01/2020 e nas 
orientações específicas a serem expedidas, em consonância com as orientações 
definidas pela Secretaria Municipal de Saúde. 
g) Evitar aglomeração de pessoas no interior das unidades, respeitando o 
distanciamento mínimo de 1 metro entre as pessoas, incluindo cozinha, 
refeitório e sanitários. 
h) Manter todos os ambientes abertos e ventilados, tais como salas de atendimento 
e espaços de uso comum. Os atendimentos particularizados devem 
necessariamente ser realizados em espaços abertos e ventilados. Se necessário, 
para manter os parâmetros de distanciamento mínimo de 1 metro e demais 
medidas de proteção, os atendimentos particularizados poderão ser realizados 
em salas de reunião, salas de atividades coletivas ou auditórios, espaços 
externos, desde que observadas as condições de sigilo. 
i) As ações presenciais serão realizadas preferencialmente de maneira agendada/ 
programada. Ao efetuar o agendamento por telefone, o profissional responsável 
deve realizar a orientação e sensibilização dos usuários acerca das 
recomendações sanitárias e medidas de prevenção e proteção, incluindo a 
identificação de possíveis sintomas compatíveis com a Covid-19 vivenciados 
(como tosse, coriza, febre, dispneia (dificuldade para respirar), perda de olfato 
ou paladar). Caso sejam identificados possíveis sintomas, o profissional deverá 
orientar a busca de atendimento pelos serviços de saúde. 
Observação: Deverão ser elaboradas e divulgadas orientações específicas com 
estratégias para lidar com a geração de aglomeração na porta dos equipamentos e para 
evitar a permanência de muitos usuários nos espaços da recepção, incluindo orientações 
aos usuários sobre a forma de funcionamento das unidades (agendamento prévio e 
atendimento remoto) e esclarecimentos gerais. 
FUNCIONAMENTO DA RECEPÇÃO 
A recepção é o local destinado à acolhida dos usuários e de informação das famílias e 
indivíduos que requerem das provisões socioassistenciais, disponíveis nas regionais, e 
destina-se à espera, transição, atendimento e encaminhamentos. Deverá ser estruturada 
para garantir a atenção nas modalidades presencial e remota, a partir das seguintes 
recomendações: 
 
a) Priorizar o agendamento prévio realizado de forma remota (contato telefônico) 
ou a partir da demanda espontânea presencial; 
b) No caso de atendimento programado/agendado, o profissional da recepção 
deverá acolher os usuários e direcionar para a equipe de referência do Serviço 
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de Proteção Social Básica Regional ou Transferência de Renda e Cadastro 
Único; 
c) No caso dos atendimentos não programados (demanda espontânea), o 
profissional da recepção deverá acolher o usuário, registrar as informações 
prestadas em planilha específica e direcionar a demanda para a equipe técnica 
do referido serviço que avaliará a possibilidade da realização do atendimento 
presencial ou orientará sobre o atendimento remoto; 
d) Nas situações de demanda espontânea relacionadas ao SPSPD, o profissional da 
recepção deverá identificar a vinculação da família ao Serviço, registrar a 
demanda em instrumental específico, a fim de que a equipe técnica entre em 
contato com a família para proceder ao agendamento da ação particularizada; 
e) Prestar as informações e orientações sobre o funcionamento da unidade e as 
ofertas disponíveis; 
f) O agendamentode horários deve observar períodos de intervalo entre cada 
atendimento a fim de evitar aglomerações na sala de espera; 
g) Afixar cartazes com informações sobre os números de telefones disponíveis 
para o atendimento remoto. 
 
Observação: A organização da recepção deverá observar as especificidades das 
Diretorias Regionais de Assistência Social. 
SERVIÇO DE PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA REGIONAL 
ORGANIZAÇÃO DAS AÇÕES PARTICULARIZADAS NO SPSBR 
As ações particularizadas no SPSBR deverão ser realizadas preferencialmente de 
maneira programada/agendada. Os agendamentos serão realizados a partir dos 
atendimentos aos usuários na demanda espontânea presencial (recepção) ou remoto 
(contato telefônico). 
a) Ao efetuar o agendamento por telefone, o profissional responsável deve realizar 
a orientação e sensibilização dos usuários acerca das recomendações sanitárias 
e medidas de prevenção e proteção, incluindo a identificação de possíveis 
sintomas compatíveis com a Covid-19 vivenciados (como tosse, coriza, febre, 
dispneia (dificuldade para respirar), perda de olfato ou paladar). Caso sejam 
identificados possíveis sintomas, o profissional deverá orientar a busca de 
atendimento pelos serviços de saúde. 
b) As ações particularizadas na regional buscam promover acessos a serviços, 
benefícios, programas de transferência de renda, inserção e atualizalização 
cadastral no CadÚnico, contribuindo para a inserção das famílias nas redes de 
proteção social de assistência social e intersetorial. 
c) Durante o período de calamidade pública no Município de Belo Horizonte, 
estabelecido pelo Decreto Municipal nº 17.334/2020, as ações particularizadas 
Subsecretaria de Assistência Social – SUASS/ SMASAC 
Grupo de Trabalho/ Portaria SMASAC 080/2020 
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Recomendações para adequação das atividades desenvolvidas na Proteção 
Social Básica no contexto da Pandemia 
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deverão observar os contextos e situações prioritárias descritos na seção 7.1, em 
especial: 
I. Famílias não alcançadas pelo trabalho remoto, sem acesso aos meios 
informacionais e digitais; 
II. Famílias cujo atendimento e acompanhamento demande sigilo, inviabilizado 
pelo contexto domiciliar da mesma; 
III. Famílias em contexto de agravamento das situações de desproteção social em 
decorrência de vulnerabilidades relacionais; 
IV. Famílias em contexto de agravamento das situações de desproteção social, em 
virtude da ocorrência de eventos incertos, ocasionais e imponderáveis, para as 
quais foi concedido Benefício Eventual AVISE; 
V. Famílias vivenciando situações de agravamento de vulnerabilidades associadas 
à vivência de evento circunstancial (desastre provocado pela chuva e 
impactadas pela pandemia do COVID-19); 
VI. Famílias inseridas no PAAN. 
d) Observar as condições de funcionamento da unidade. 
ORGANIZAÇÃO DAS AÇÕES PARTICULARIZADAS NO DOMICÍLIO 
PELO SPSBR 
As ações particularizadas no domicílio realizadas por meio de visitas domiciliares 
devem estar direcionadas para o atendimento de situações específicas, nas quais a 
família apresente dificuldades em comparecer ao atendimento presencial do SPSBR ou 
que não foram alcançadas pelo atendimento remoto, conforme avaliação técnica. 
a) Também poderão ser desenvolvidas ações de busca ativa por meio de visitas 
domiciliares, quando esgotadas as possibilidades de alcance da família por 
outras estratégias, tais como: articulação de rede, envio de correspondências ou 
contatos telefônicos desatualizados; 
b) Devem promover acessos aos serviços, benefícios, programas de transferência 
de renda e inserção ou atualização cadastral, contribuindo para a inserção das 
famílias na rede de proteção social de Assistência Social e na rede intersetorial, 
de forma a contribuir para que os indivíduos, as famílias, ou seus membros, 
alcancem as aquisições socioassistenciais. 
As ações particularizadas no domicílio durante o estado de calamidade pública no 
Município de Belo Horizonte, estabelecido pelo Decreto Municipal nº 17.334/2020, 
deverão observar os contextos e situações prioritárias descritos na seção 7.1, em 
especial: 
I. Famílias em acompanhamento com situação de agravamento de 
vulnerabilidades, com prioridade para as inseridas no PAAN; 
II. Famílias não alcançadas pelo trabalho remoto, sem acesso aos meios 
informacionais e digitais; 
Subsecretaria de Assistência Social – SUASS/ SMASAC 
Grupo de Trabalho/ Portaria SMASAC 080/2020 
Versão Final (08/09/2020) 
Recomendações para adequação das atividades desenvolvidas na Proteção 
Social Básica no contexto da Pandemia 
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III. Famílias em contexto de agravamento das situações de desproteção social, em 
virtude da ocorrência de eventos incertos, ocasionais e imponderáveis, para as 
quais foi concedido Benefício Eventual AVISE; 
IV. Ações de busca ativa para alcance dos beneficiários do BPC, famílias 
beneficiárias do PBF em descumprimento de condicionalidades, com 
repercussão de bloqueio e cancelamento de seus benefícios e, famílias 
encaminhadas pelo Sistema de Justiça e Sistema de Garantia de Direitos – SGD. 
ORGANIZAÇÃO DO ACOMPANHAMENTO PARTICULARIZADO DO 
SPSBR 
O acompanhamento particularizado será realizado nos formatos remoto e presencial, 
devendo ser organizado prioritariamente de forma presencial no domicílio ou na 
Regional de maneira programada/agendada, respeitadas as orientações dos órgãos de 
saúde para prevenção ao contágio e propagação do COVID-19. 
a) Ao efetuar o agendamento por telefone, o profissional responsável deve realizar 
a orientação e sensibilização dos usuários acerca das recomendações sanitárias 
e medidas de prevenção e proteção, incluindo a identificação de possíveis 
sintomas compatíveis com a Covid-19 vivenciados (como tosse, coriza, febre, 
dispneia (dificuldade para respirar), perda de olfato ou paladar). Caso sejam 
identificados possíveis sintomas, o profissional deverá orientar a busca de 
atendimento pelos serviços de saúde. 
b) As ações de acompanhamento particularizado durante o estado de calamidade 
pública no Município de Belo Horizonte, estabelecido pelo Decreto Municipal 
nº 17.334/2020, deverão observar os contextos e situações prioritárias descritos 
na seção 7.1, em especial: 
I. Famílias vivenciando agravamento de vulnerabilidades associado ao 
descumprimento de condicionalidades do Programa Bolsa Família ; 
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II. Famílias inseridas no PAAN; 
III. Famílias vivenciando situações de agravamento de vulnerabilidades associadas 
à vivência de evento circunstancial (desastre provocado pela chuva e 
impactadas pela pandemia do COVID-19); 
IV. Famílias em contexto de agravamento das situações de desproteção social, em 
virtude da ocorrência de eventos incertos, ocasionais e imponderáveis, para as 
quais foi concedido Benefício Eventual AVISE; 
c) Importante destacar que o acompanhamento particularizado não se confunde com 
as ações particularizadas, uma vez que estas não prevêem encontros periódicos. O 
acompanhamento particularizado decorre de intervenções e ações particularizadas 
cujas mediações periódicas a fim de possibilitar o alcance dos objetivos propostos 
no plano de acompanhamento familiar. 
d) O acompanhamento particularizado no domicílio deverá ser excepcionalmente 
adotado, quando não for possível o atendimento/acompanhamento das famílias de 
maneira remota ou presencial. 
SERVIÇO DE PROTEÇÃO SOCIAL À PESSOA COM DEFICIÊNCIA 
ORGANIZAÇÃO DAS AÇÕES DE ACOMPANHAMENTO FAMILIAR 
O acompanhamento familiar do SPSPD visa ao desenvolvimento de ações sistemáticas 
e continuadas referentes aos cuidados e proteção às pessoas com deficiência e suas 
famílias, e deve ser organizado prioritariamentepara o atendimento no domicílio de 
forma agendada e programada. 
As prioridades das ações de acompanhamento familiar presenciais no domicílio 
deverão observar as seguintes situações: 
a) Famílias sem acesso aos meios informacionais e digitais e não alcançadas pelo 
trabalho remoto; 
b) Famílias em vivência de agravamento de situações de desproteção social, 
inseridas no Programa Mala de Recursos Lúdicos, e que não foram alcançadas 
pelas ações de trabalho remoto; 
c) Famílias do atendimento remoto em que foram identificadas situações de 
agravamento de vulnerabilidades; 
d) Mediante avaliação técnica, para a elaboração ou atualização do Plano de 
Desenvolvimento do Usuário - PDU. 
A Inserção de novas famílias no Serviço deverá ocorrer por meio da interlocução e 
articulação com o Serviço de Proteção Social Básica Regional, coordenado pela 
Coordenação de Proteção Social e Cidadania. 
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ORGANIZAÇÃO DAS AÇÕES DO PROGRAMA MALA DE RECURSOS 
LÚDICOS 
As ações e atividades do PMRL visam desenvolver apoio e cuidado às pessoas com 
deficiência e suas famílias, acompanhadas pelo SPSPD, por meio de intervenções 
lúdicas no domicílio, na perspectiva da segurança de convívio e de desenvolvimento de 
autonomia e do fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. 
 
As prioridades de Atenção presencial do Programa no domicílio das famílias deverão 
observar as seguintes situações: 
a) Famílias não alcançadas pelo trabalho remoto sem acesso aos meios 
informacionais e digitais; 
b) Famílias em que a pessoa com deficiência necessita de comunicação especial 
(assistiva) para o desenvolvimento das ações e atividades do PMRL; 
c) Famílias que apresentam agravamento das situações de vulnerabilidade 
relacional em decorrência do isolamento social; 
d) Inserção de pessoas com deficiência e suas famílias no PMRL, encaminhadas 
pelas equipes técnicas do SPSPD, conforme previsto no PDU. 
ORGANIZAÇÃO DO ATENDIMENTO CADÚNICO E PROGRAMA BOLSA 
FAMÍLIA – PBF 
O atendimento para inserção ou atualização cadastral no CadÚnico deverá observar as 
seguintes orientações: 
1. As demandas elencadas abaixo devem ser atendidas preferencialmente de forma 
remota, via telefone ou via Central de Atendimento Remoto 0800. Podem também ser 
atendidas presencialmente, mediante agendamento. Havendo demanda espontânea, 
poderá ser realizado o atendimento presencial, excepcionalmente. 
1.1 Os atendimentos serão preferencialmente realizados via telefone ou via 
Central de Atendimento Remoto 0800, ou presencialmente mediante 
agendamento, nas seguintes situações: 
a). Cadastro novo para acesso a segunda via gratuita de documentação civil; b). 
Cadastro novo para isenção de taxa de concurso público; c). Alteração cadastral para 
substituição de RF; d). Requisição de mudança de município; e). Substituição de 
Responsável por demais situações; f.) Público solicitante de inserção cadastral 
requerente e/ou beneficiário do Benefício de Prestação Continuada (BPC); g). Demais 
informações e orientações demandadas pelos usuários para viabilizar o acesso a direitos 
bem como viabilizar a segurança de renda; h). Inserção e/ou atualização no CadÚnico 
do público do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos; i). Demais 
públicos encaminhados pelos serviços socioassistenciais; 
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1.2. Será realizado atendimento preferencialmente de modo remoto ou 
atendimento agendado de modo presencial. Excepcionalmente o atendimento 
poderá ser via demanda espontânea, de modo presencial, nas seguintes situações: 
 a). Dependentes e semi-dependentes que tiveram seu benefício cancelado, decorrente 
da Instrução Operacional de 03 de Fevereiro de 2020 – Averiguação e Revisão 
Cadastral (AVE/REV) caso seja estabelecido pelo Governo a partir de Portaria 
específica; b). Público solicitante de atualização ou inserção cadastral requerente e/ou 
beneficiário do Benefício de Prestação Continuada (BPC); c). Solicitação de 
atualização ou inserção cadastral do público encaminhado pelo Sistema de Garantia de 
Direitos; d). Atualização ou inserção cadastral para desconto na Tarifa Social de 
Energia Elétrica (TSEE), em especial aqueles dependentes de oxigênio; e). Demais 
situações estabelecidas pelas diretrizes do Ministério da Cidadania; f). Famílias que 
tiveram os benefícios do Programa Bolsa Família bloqueados, conforme solicitação da 
Controladoria Geral da União (CGU), a partir de orientações do Governo Federal; 
2. As ações de busca ativa: deverão ser endereçadas aos casos prioritários da 
população mais vulnerável em isolamento, em grupo de risco ou com saúde debilitada 
e objetivam a inclusão ou atualização cadastral nos domicílios destas pessoas. 
3. Observar as condições de funcionamento da unidade. 
ORGANIZAÇÃO DAS VISITAS DOMICILIARES DA EQUIPE DE 
REFERÊNCIA DA TRANSFERÊNCIA DE RENDA E CADASTRO ÚNICO - 
TR/CAD 
1. Visitas Cadastrais: Deverão ser agendadas previamente com os usuários e 
realizadas somente para as situações identificadas como prioritárias conforme processo 
de Averiguação e Revisão Cadastral (AVE/REV) e casos de auditoria estabelecidos 
pelas Portarias oriundas do Governo Federal; Serão direcionadas também para famílias 
identificadas pelas equipes de referência dos serviços socioassistenciais, conforme 
situações excepcionais discutidas em conjunto com os entrevistadores sociais. 
2. Visitas Domiciliares: São realizadas pelos técnicos de nível superior que integram 
as equipes de referência de transferência de renda e Cadastro Único e deverão priorizar 
as situações de auditoria estabelecidas pelas Portarias e Instruções Operacionais do 
Governo Federal - Secretaria Nacional de Renda e Cidadania e Secretaria Nacional de 
Cadastro Único. Salienta-se quanto a necessidade de contato prévio com a família 
informando sobre a realização da visita. Essa atividade também deve estar direcionada 
às famílias em situação de descumprimentos de condicionalidades do PBF. Desse 
modo, nas visitas domiciliares são promovidas as seguintes ações: a acolhida de uma 
família ou indivíduo; a escuta e prestação de orientações à família; a escuta e 
encaminhamento da família para a rede socioassistencial ou para outras políticas 
públicas (aquelas que estiverem com atendimento presencial); qualificar as 
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informações referente ao recebimento de benefícios; realizar cadastramento ou 
atualização cadastral, entre outros. 
 
 MODALIDADE| ATENÇÃO SOCIOASSISTENCIAL REMOTA 
FUNCIONAMENTO DA UNIDADE 
O horário de funcionamento do atendimento REMOTO permanecerá o mesmo 
conforme disposto na Portaria SMASAC nº004 de 2018. 
a) As reuniões de equipe, reuniões de discussão de caso, algumas possíveis 
atividades coletivas, reuniões com as equipes dos serviços e demais unidades 
da rede socioassistencial, intersetorial e com os órgãos de defesa de direitos 
deverão ser mantidas no formato remoto; 
b) As atividades de planejamento, elaboração de relatórios e o registro dos 
atendimentos e outras atividades no SIGPS e outras ferramentas de 
monitoramento serão mantidas na modalidade remota. 
FUNCIONAMENTO DA RECEPÇÃO 
A recepção deve estar organizada de 08h às 18h, para receber a ligação dos usuários e 
demandaespontânea, de forma a direcioná-los para os técnicos e, ou, inserir as 
informações em planilha específica para retorno posterior da equipe técnica; 
a) O profissional da recepção deve prestar informações objetivas aos usuários da 
organização e do desenvolvimento do trabalho social prestado pelas equipes; 
b) O atendimento telefônico para orientações aos usuários e direcionamento da 
ligação para as equipes técnicas deverá ser realizado em formato de rodízio 
entre o profissional da recepção e o assistente administrativo, conforme escala 
de trabalho estabelecida pela coordenação da unidade. 
SERVIÇO DE PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA REGIONAL 
ATENDIMENTO À DEMANDA ESPONTÂNEA 
O atendimento remoto às demandas espontâneas ocorre por meio de contatos 
telefônicos e demais meios digitais e objetiva acolher as necessidades sociais dos 
usuários, prestar informações e orientações, bem como promover encaminhamentos 
necessários; 
a) O atendimento remoto deverá observar as necessidades sociais apresentadas 
pelos usuários, avaliar quanto à necessidade de atendimento presencial e 
realizar o agendamento; 
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b) Articular a rede socioassistencial e intersetorial de acordo com as necessidades 
sociais identificadas; 
c) Promover acessos a benefícios, programas de transferência de renda e Cadastro 
Único, contribuindo para a inserção das famílias na rede de proteção social de 
assistência social; 
d) Promover acesso aos demais serviços setoriais; 
e) Incentivar e fomentar a participação e o controle social. 
BUSCA ATIVA 
As ações de busca ativa desenvolvidas em formato remoto deverão se orientar pelo 
disposto nos documentos de orientações técnicas desenvolvidos pela SUASS/DPSO, 
desde o advento da pandemia disponíveis no sítio eletrônico da PBH, bem como aos 
contextos e situações prioritárias descritas no item 7.1; 
a) Realizar contatos por meio digital para orientação de usuários e famílias com 
prioridade para o desenvolvimento de ações de mediação de acesso dos usuários 
à benefícios, conforme informações disponibilizadas pela vigilância 
socioassistencial (listagens encaminhadas); 
b) Realizar contatos, por meio remoto, às famílias inseridas nas ações 
particularizadas e acompanhamento a fim de identificar, orientar e apoiá-las 
para o enfrentamento das situações de agravamento das vulnerabilidades do 
campo material e relacional; 
c) Realizar contatos e interlocuções com a rede socioassistencial e intersetorial 
local, visando potencializar a função de defesa e garantia de direitos sociais. 
ORGANIZAÇÃO DAS AÇÕES PARTICULARIZADAS 
a) Promover acessos a benefícios, programas de transferência de renda e Cadastro 
Único, contribuindo para a inserção das famílias na rede de proteção social de 
assistência social; 
b) Monitoramento e apoio às famílias acompanhadas por meio de telefonemas, de 
acordo com a periodicidade estabelecida pelo técnico de referência; 
c) Realizar contatos, por meio remoto, às famílias inseridas nas ações 
particularizadas e acompanhamento a fim de identificar, orientar e apoiá-las 
para o enfrentamento das situações de agravamento das vulnerabilidades do 
campo material e relacional; 
d) Promover acesso aos demais serviços setoriais; 
e) Incentivar e fomentar a participação e o controle social. 
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ORGANIZAÇÃO DO ATENDIMENTO COLETIVO 
A ação coletiva é a principal estratégia do trabalho social com famílias na proteção 
social básica com vistas a contribuir para o fortalecimento dos vínculos familiares e a 
participação na vida comunitária e constitui uma das ações que compõem o trabalho 
social essencial do SPSBR. Neste contexto da pandemia, estão suspensas as ações e 
atividades coletivas presenciais. Neste contexto da pandemia, estão suspensas as ações 
e atividades coletivas presenciais. 
 
Neste sentido, recomenda-se: 
a) Realização de encontros remotos, com grupos específicos de famílias, de 
acordo com a identificação e análise técnica quanto ao agravamento das 
situações de desproteção social no contexto da pandemia, com o objetivo de 
promover a discussão e a reflexão sobre situações vivenciadas que impactam 
no convívio familiar e comunitário e a construção de estratégias coletivas de 
proteção social; 
b) Desenvolver as ações utilizando de recursos tecnológicos que promovam a 
integração e participação das famílias. 
c) Organização e fomento à participação e controle social. 
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ORGANIZAÇÃO DAS AÇÕES DE ACOMPANHAMENTO FAMILIAR 
O acompanhamento familiar remoto será realizado para as famílias que possuem acesso 
aos meios digitais que não se encontram em situação de agravamento de 
vulnerabilidades e riscos; 
 
a) Realizar o acompanhamento remoto através do contato telefônico e mídias 
digitais garantindo articulação com os atendimentos remotos do PMRL; 
b) Promover acessos a benefícios, programas de transferência de renda e Cadastro 
Único, contribuindo para a inserção das famílias na rede de proteção social de 
assistência social; 
c) Organização e fomento à participação e controle social. 
ORGANIZAÇÃO DAS ATIVIDADES COLETIVAS 
As ações coletivas é uma estratégia importante no trabalho social do SPSPD, é 
realizado através das modalidades das Oficinas com Famílias e Oficinas Temáticas, 
buscam a partir da compreensão das dinâmicas familiares contribuir para a reflexão 
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das vivências das famílias e da pessoa com deficiência nas relações de cuidados, na 
resolução de conflitos, o desenvolvimento de autonomia, de respeito a si próprio e aos 
outros, bem como, as relações sociais vivenciadas pelo preconceitos e discriminações, 
fortalecendo assim uma cultura de proteção. Neste contexto da pandemia, estão 
suspensas as ações e atividades coletivas presenciais. 
Neste sentido, recomenda-se: 
 
a) As ações coletivas deverão ser realizadas através de encontros remotos com as 
família com o uso de mídias digitais, constituindo momentos que favoreçam as 
relações de convivência e de cuidados, discussão temáticas relacionadas a pauta 
da pessoa com deficiência, trocas entre as famílias, dentre outras estratégias; 
b) Realizar o planejamento das ações e atividades de forma articulada e integrada 
com as ações e atividades com o Programa Mala de Recursos Lúdicos; 
c) Desenvolver as atividades de forma interativa, utilizando de recursos que 
possibilitem a participação da pessoa com deficiência e sua família; 
d) Organização e fomento à participação e controle social. 
ORGANIZAÇÃO DAS AÇÕES DE ARTICULAÇÃO DE REDE 
As ações de articulação de rede constituem eixo fundamental no processo de trabalho 
do SPSPD e no contexto atual de isolamento social as equipes deverão dar continuidade 
a essas articulações através de contatos virtuais, tanto com a rede socioassistencial 
como também com a rede intersetorial e as redes de apoio local que possam contribuir 
no apoio e proteção aos usuários do serviço e suas famílias. Nesse sentido, orienta-se: 
a) Realizar a atualização das informações do funcionamento da rede de serviços 
no contexto atual nos territórios; 
b) Manter as interlocuções e reuniões com a rede para interfaces, 
encaminhamentos, discussões de casos através de contatos telefônicos

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