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Subsecretaria de Assistência Social – SUASS/ SMASAC Grupo de Trabalho/ Portaria SMASAC 080/2020 Versão Final (08/09/2020) Recomendações para adequação das atividades desenvolvidas na Proteção Social Básica no contexto da Pandemia 1 Recomendações para adequação das atividades desenvolvidas na Proteção Social Básica no contexto da Pandemia Art. 1º Esta seção se dedica a apresentar as diretrizes metodológicas e operacionais referentes aos processos de trabalho das equipes dos serviços, programas, projetos, benefícios e do CadÚnico, executados nos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) e nas Diretorias Regionais de Assistência Social (DRAS) por meio das Coordenações de Proteção Social e Cidadania. §1º As orientações aqui destacadas estão organizadas em quatro subseções. A primeira traça contextos e situações prioritárias para os quais as provisões da Proteção Social Básica - PSB devem se orientar para o desenvolvimento combinado e articulado de ações que serão promovidas nas modalidades: presencial e remota. §2º A segunda subseção estabelece orientações gerais e comuns a toda a Proteção Social Básica, enfatizando os aspectos técnicos e operacionais a serem observados para a organização dos processos e respectivas adequações às especificidades dos territórios, Unidades, serviços e desenhos institucionais. §3º Na terceira subseção são traçadas as diretrizes para a organização dos processos de trabalho nas Unidades e provisões. Por fim, na quarta subseção é apresentado o quadro síntese com orientações sobre as fases de implementação das atividades. 1.1. Contextos e situações prioritárias para organização da atenção socioassistencial de Proteção Social Básica no contexto da Pandemia Art. 2º Os impactos e desdobramentos que a situação da pandemia pela Covid-19 têm gerado nos contextos já estruturantes de desigualdade social nos quais as famílias e usuários do SUAS se encontram circunscritos, trazem à tona um conjunto de necessidades sociais a serem atendidas e garantidas pela política de assistência social e pelas demais políticas públicas. Os contextos de precário ou nulo acesso à renda se intensificaram de modo a revelar o agravamento da pobreza e da extrema pobreza presentes no município, acentuando, dessa forma as inseguranças sociais. Parágrafo Único: A crise sanitária que ora vivenciamos, desdobra-se em agravamento de situações de desproteção social relacionadas à perda ou diminuição da renda e até o surgimento e/ou agravamento de violações de direitos relacionados a ciclos de vida e gênero. Art. 3º Tendo em vista os objetivos estabelecidos para a proteção social básica, expressos nos marcos normativos, bem como nas orientações técnicas da Política de Assistência Social, os serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais já se deparavam com contextos e situações de desproteção social para as quais as provisões de PSB deveriam estar orientadas, o que já indicava expressivos desafios frente ao caráter preventivo intrínseco a esse nível de proteção. Subsecretaria de Assistência Social – SUASS/ SMASAC Grupo de Trabalho/ Portaria SMASAC 080/2020 Versão Final (08/09/2020) Recomendações para adequação das atividades desenvolvidas na Proteção Social Básica no contexto da Pandemia 2 §1º Salienta-se aqui um importante debate que vem sendo realizado na Proteção Social Básica do SUAS/BH que se refere às dimensões de prevenção1 e que, considerando o contexto atual de intensificação da desigualdade social e as acentuadas situações de vulnerabilidades e risco social e pessoal decorrentes dos efeitos da pandemia, ganha especial relevância e desafia ao SUAS, em especial à PSB, quanto ao fortalecimento de suas estratégias de proteção e prevenção e ao agravamento das situações de desproteção social. §2º Esse contexto requer que se proceda à análise aprofundada dos territórios, das informações disponíveis, da articulação e gestão territorial para compreender as nuances desveladas pela pandemia e do planejamento participativo para a organização das ações prioritárias e imediatas no âmbito da proteção social básica do SUAS/BH2. A direção neste momento é fomentar ações proativas, protetivas e preventivas, no sentido de buscar maior aproximação das realidades vivenciadas pelas famílias e indivíduos, identificar suas necessidades sociais frente aos impactos da pandemia e as situações de desproteção social que este contexto tem inaugurado e, ou, aprofundado/agravado. Art. 4º Dessa forma, considerando as reflexões e debates que vêm sendo realizados em diferentes espaços, tais como oficinas de apoio técnico, reuniões de colegiados de diretores e coordenadores, debates e encontros virtuais do Projeto Apoiar SUAS/BH, reuniões de equipes, dentre outros, destacamos abaixo os principais contextos e situações presentes no cotidiano das provisões de serviços, programas, projetos, benefícios e da transferência de renda e Cadastro Único em Belo Horizonte. I. Contextos de insegurança de renda revelados pelo desemprego dos provedores, pela perda de benefícios socioassistenciais (BPC e PBF) e pela perda de benefícios previdenciários; II. Contextos de insegurança de convívio revelados pela intensificação dos conflitos familiares, por situações de discriminação por gênero, étnico racial, orientação sexual, etários, dentre outros; III. Contextos de insegurança de convívio revelados pela perda (falecimento) de um ou mais integrantes da família; IV. Contextos de insegurança de convívio e de desenvolvimento de autonomia revelados pelo agravamento das necessidades de cuidados de membros vulneráveis e frágeis, tais como: crianças e adolescentes, pessoas com deficiência, pessoas idosas e juventudes, que vivenciam situações de vulnerabilidade e risco social; V. Contextos de insegurança de acolhida expressos pelas limitações de alcance de famílias e usuários pelas ações desenvolvidas no formato de trabalho remoto; VI. Contextos de insegurança de sobrevivência expressos pelas situações de insegurança alimentar agravadas pelo precário ou nulo acesso à renda; 1 Os níveis de prevenção intrínsecos à Proteção Social Básica envolvem: a prevenção da incidência de situações de desproteção social; a prevenção do agravamento das situações já instaladas de desproteção social; e, a prevenção da reincidência das situações de desproteção social. 2 Para revisitar as diretrizes e orientações técnicas estabelecidas pelos marcos normativos da Política de Assistência Social em relação às necessidades sociais e as situações prioritárias que requerem a atenção da PSB, ver: Resolução CNAS n. 45 de 2004 - PNAS; Resolução CNAS n. 109 de 2009 - Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais; Caderno de Orientações Técnicas do CRAS, PAIF, SCFV, SPSB no domicílio para idosos e pessoas com deficiência. Subsecretaria de Assistência Social – SUASS/ SMASAC Grupo de Trabalho/ Portaria SMASAC 080/2020 Versão Final (08/09/2020) Recomendações para adequação das atividades desenvolvidas na Proteção Social Básica no contexto da Pandemia 3 VII. Contextos de insegurança de renda, convívio e desenvolvimento de autonomia expressos nas situações de descumprimento de condicionalidades e demais repercussões nos benefícios das famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família. §1º Vale ressaltar que as situações destacadas não pretendem reduzir ou mesmo circunscrever a atuação da atenção socioassistencial de PSB, mas sim, orientar os esforços institucionais de organização dos processos de trabalho e o direcionamento das modalidades de trabalho presencial e, ou, remoto para a garantia da proteção social pública para as famílias e indivíduos que vivenciam situações de desproteção social. §2º Uma importante estratégia é realizar a interlocução com outros municípios visando à troca de experiências einformações sobre a organização das ofertas e dos equipamentos de proteção social básica, em especial o CRAS. 1.2. Orientações Gerais quanto à organização dos processos de trabalho da Proteção Social Básica: CRAS e Coordenação de Proteção Social e Cidadania Art. 5º O SUAS é fundamental para assegurar ao cidadão o direito à proteção social, materializada nas seguranças de renda, sobrevivência, acolhida e convivência. Levando em conta este patamar ético e jurídico, a política pública de assistência social foi considerada como serviço público e atividade essencial durante a pandemia do COVID- 19, por meio do Decreto Federal nº 10.282, de 20/03/2020, que regulamenta a Lei Federal nº. 13.979, de 6/02/2020. Esse reconhecimento público da situação de emergência e de calamidade nacional cria condições para adoção de medidas a serem adotadas pelo município, dado o caráter de excepcionalidade da pandemia. Art. 6º Neste período de excepcionalidade, a Proteção Social Básica, por meio dos CRAS e Coordenação de Proteção Social e Cidadania, tem experimentado adequações e inovações no trabalho social essencial desenvolvido pelas equipes de referência responsáveis pela provisão dos serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais, pela transferência de renda e CadÚnico. Art. 7º Os Centros de Referência de Assistência Social – CRAS se constituem como a principal unidade onde são prestados os serviços continuados de proteção social básica, sendo, portanto, a porta de entrada e o “coração do SUAS”3. §1º Dessa forma, as demandas de cuidado e proteção social dos cidadãos, especialmente no que tange àqueles em maior vulnerabilidade econômica e social, apontam para a necessidade do aprimoramento das metodologias dos serviços públicos, visando à adequação das ofertas com garantia da prestação dos serviços. Art. 8º A organização da atenção socioassistencial de Proteção Social Básica, inicialmente, vem desenvolvendo ações/atividades por meio do trabalho remoto, em 3 “Estamos precisando dos CRAS! (...) O CRAS nunca foi tão necessário quanto agora!(...) O CRAS é o coração do Sistema Único de Assistência Social”. (Dona Anédia, representante do FMU no GT). Subsecretaria de Assistência Social – SUASS/ SMASAC Grupo de Trabalho/ Portaria SMASAC 080/2020 Versão Final (08/09/2020) Recomendações para adequação das atividades desenvolvidas na Proteção Social Básica no contexto da Pandemia 4 especial atenção às inseguranças materiais, de renda e de sobrevivência. Ademais, a identificação das situações de vulnerabilidade, de risco social e pessoal, além do agravamento de conflitos intrafamiliares, demandou o desenvolvimento de estratégias para minimizar o efeito destas situações de desproteção social e de fragilização dos vínculos familiares e comunitários, intensificados e, ou, aprofundados neste período. Parágrafo Único: Nesse sentido, ressalta-se a importância e relevância das estratégias de trabalho remoto adotadas tendo como finalidade primeira o afiançamento da segurança de acolhida, na medida em que a prestação de informações, orientações e o desenvolvimento de ações de mediação do acesso a benefícios, se constituíram como fundamentais para alcançar os usuários. Todavia, para além do agravamento das situações de desigualdade social estruturalmente vivenciada pelos usuários do SUAS/BH, o atendimento e o acompanhamento das famílias por meio do trabalho remoto têm apresentado limites no alcance de parcela significativa de usuários que possuem dificuldades de acesso aos meios tecnológicos ou com dificuldades de operacionalizá-los. Art. 9º Diante desse cenário e das perspectivas de prolongamento da pandemia, o Trabalho Social com Famílias (TSF) e suas ofertas no âmbito SUAS têm sido cada vez mais reconhecidos enquanto processos fundamentais e imprescindíveis para garantir direitos e contribuir com a ampliação da capacidade protetiva das famílias. E nesse sentido, o planejamento para o retorno gradual do atendimento e acompanhamento presencial nas Unidades da assistência social, com os serviços, programas, projetos, benefícios, transferência de renda e do Cadastro Único, se apresenta imperativo e essencial. Art. 10 O atendimento e o acompanhamento socioassistencial são os principais processos que materializam o Trabalho Social com Famílias (TSF). A dimensão do atendimento corresponde às ações mais imediatas diante das necessidades sociais das famílias, que, neste sentido, podem ou não, dependendo da situação de desproteção social, gerar mais proteção social ao serem inseridas no acompanhamento familiar, bem como nos serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais. Em seguida, destacamos as principais ações a serem desenvolvidas nesse momento de retorno gradual. Art. 11 Acolhida dos usuários pelas equipes de referência, tanto dos serviços socioassistenciais como da transferência de renda e Cadastro Único. Conforme diretrizes da Política de Assistência Social, a acolhida consiste no processo inicial de escuta das necessidades sociais das famílias e indivíduos, bem como da garantia de informações com qualidade sobre as provisões públicas socioassistenciais existentes, além de promover informações e orientações quanto ao acesso às demais políticas setoriais. §1º Acolhida Particularizada (nas Unidades e, ou, no Domicílio) deverão ocorrer tanto na modalidade presencial quanto remota, em atenção às situações prioritárias estabelecidas e às formas de acesso previstas pela Tipificação Nacional de Serviços socioassistenciais, em observância à demanda espontânea, ao encaminhamento da rede ou enquanto desdobramentos das estratégias de busca ativa. As especificidades sobre a organização dos processos de acolhida no CRAS e na Coordenação de Proteção Social e Cidadania serão abordadas na terceira Subsecretaria de Assistência Social – SUASS/ SMASAC Grupo de Trabalho/ Portaria SMASAC 080/2020 Versão Final (08/09/2020) Recomendações para adequação das atividades desenvolvidas na Proteção Social Básica no contexto da Pandemia 5 subseção. No que se refere à Acolhida em Grupo, essas ações permanecerão suspensas, o seu retorno será organizado de forma gradativa quando as condições epidemiológicas e autoridades competentes indicarem a possibilidade. Art. 12 A Busca Ativa tem sido realizada em formato remoto pelas equipes da PSB, de forma proativa e intencional, tendo como referência grupos familiares prioritários e, tem se constituído uma importante estratégia para possibilitar a mediação do acesso dos usuários aos benefícios e demais provisões constituídas em virtude do contexto da pandemia, bem como identificar contextos e situações de agravamento de vulnerabilidades no campo relacional. Destaca-se que esse processo tem indicado dois importantes desafios para a proteção social básica: de um lado o expressivo aumento no número de famílias que tem recorrido aos serviços socioassistenciais; por outro, os limites das ações de busca ativa realizadas em formato remoto. Art. 13 No tocante ao primeiro desafio, tanto no CRAS quanto na Coordenação de Proteção Social e Cidadania/PSB Regional, verifica-se o aumento significativo de famílias em busca de orientações e apoio frente à vivência ou agravamento de situações de desproteção social. Trata-se de famílias que ainda não haviam acessado os serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais, mas que frente aos impactos sociais causados pela pandemia e as necessidades sociais nas quais se circunscrevem, passam a requerer do SUAS, a organização das atenções e provisões a fim da garantia das seguranças sociais. Art. 14 O segundo desafio indica que as ações de Busca Ativa realizadas em formato remoto, desde o início da pandemia, apresentam limites no que se refere ao alcance de usuários e famílias em contextos de agravamento das vulnerabilidadesem que o acesso aos meios e ferramentas digitais de comunicação tem impossibilitado o contato das equipes junto às mesmas, inviabilizando e comprometendo, portanto, o acesso aos serviços e benefícios e à inserção e, ou, atualização cadastral no CadÚnico. Art. 15 A Busca Ativa, portanto, é uma ação que vai ao encontro de famílias que poderão ser inseridas na atenção socioassistencial de proteção social básica, visando ao enfrentamento de situações de vulnerabilidades sociais, a prevenção de situações de risco social e pessoal, a garantia do acesso a direitos e ao estímulo ao protagonismo e à autonomia. Nesse sentido, as ações de Busca Ativa continuarão a ser desenvolvidas, tanto pelas equipes de referência dos serviços socioassistenciais quanto pelas equipes de referência da transferência de renda e do Cadastro Único, considerando situações e contextos prioritários utilizando-se dos formatos combinados e articulados: presencial e remoto. Art. 16 As Ações particularizadas no Domicílio materializadas pelas equipes de referência dos CRAS e da Coordenação de Proteção Social e Cidadania deverão estar direcionadas para o atendimento das situações prioritárias de desproteção social e das famílias não alcançadas pelo trabalho remoto, conforme objetivos e intencionalidades específicas dos serviços socioassistenciais e das orientações técnicas e instruções operacionais afetas ao Cadastro Único, ao Programa Bolsa Família, BPC e Benefício Eventual. Subsecretaria de Assistência Social – SUASS/ SMASAC Grupo de Trabalho/ Portaria SMASAC 080/2020 Versão Final (08/09/2020) Recomendações para adequação das atividades desenvolvidas na Proteção Social Básica no contexto da Pandemia 6 Art. 17 Acompanhamento familiar, este é promovido por meio de ações continuadas e planejadas conjuntamente com as famílias, deverá ser desenvolvido no formato remoto e de forma presencial mediante agendamento prévio com as famílias. Considerando o contexto de ampliação de desproteções sociais e as orientações sanitárias, o processo de acompanhamento deve priorizar as ações particularizadas, buscando construir estratégias de prevenção do agravamento das situações de vulnerabilidades e riscos pessoal e social. Art. 18 Atividades Coletivas, tais ações em formato presencial permanecem suspensas por tempo indeterminado. Todavia, considerando as experiências em curso que vêm sendo desenvolvidas pelas equipes de referência, orienta-se que sejam promovidas propostas de encontros virtuais com famílias e usuários, conforme possibilidades e especificidades das famílias e dos territórios. Art. 19 Por fim, importante ressaltar que, diante da pandemia da Covid-19, as provisões da PSB, considerando o seu caráter proativo, protetivo e preventivo, se apresentam como essenciais para ampliar a proteção social pública das famílias e dos indivíduos nos diferentes territórios. Assim, a análise dos territórios, do contexto vivenciado pelas famílias e das provisões socioassistenciais e intersetoriais tornam-se fundamentais para a organização dos processos de trabalho nas unidades. Neste sentido, para além das expressões da vulnerabilidade material, há que se buscar compreender as relações e as redes de proteção com as quais os indivíduos e as famílias podem contar para o enfrentamento das situações de insegurança e de desproteção que estão vivenciando. A partir de então e, considerando as normativas da Política de Assistência Social e as Orientações Técnicas do SUAS-BH, planejar as ações e intervenções necessárias para as ações do Trabalho Social com Famílias em respostas às necessidades sociais existentes e às novas surgidas e agravadas com a pandemia. 1.3. Diretrizes para a organização dos processos de trabalho no CRAS e na Coordenação de Proteção Social e Cidadania Art. 20 A retomada das ações de atendimento e acompanhamento presencial gradual no CRAS e na Coordenação de Proteção Social e Cidadania/PSB Regional será organizada em observância ao planejamento das unidades para atendimento às necessidades sociais das famílias e indivíduos que vivenciam contextos de agravamento de situações insegurança social, conforme contextos prioritários descritos na primeira seção. Art. 21 Os gestores locais e as equipes técnicas devem realizar o planejamento, de forma participativa, para a organização das atividades de rotina das equipes e de acolhida das demandas, respeitadas as tarefas que constituem o Trabalho Social com Famílias, inclusive aquelas realizadas remotamente. A partir do planejamento coletivo, as provisões poderão ser materializadas com revezamento de profissionais dos Serviços, Programas, Projetos, benefícios, transferência de renda e Cadastro Único, todos responsáveis pelo atendimento às famílias e usuários. Salienta-se que o revezamento de profissionais para atendimento, prestação de informações e orientações às famílias nas recepções das Subsecretaria de Assistência Social – SUASS/ SMASAC Grupo de Trabalho/ Portaria SMASAC 080/2020 Versão Final (08/09/2020) Recomendações para adequação das atividades desenvolvidas na Proteção Social Básica no contexto da Pandemia 7 Unidades e equipamentos será compartilhado entre os profissionais administrativos que integram as equipes. Art. 22 O planejamento deve contemplar o atendimento e, ou, acompanhamento em diferentes dias de modo que os profissionais que não estiverem escalados para o desenvolvimento das atividades presenciais, deverão atuar nas ações de teletrabalho ou em outras ações das unidades, tais como: análise de documentos, registros, articulações de rede, dentre outras. Essa organização tem como objetivo estabelecer fluxos e garantir a atenção presencial, de acordo com o Protocolo Geral SUAS/BH. Parágrafo Único: Devem ser elaboradas e disseminadas, em articulação com a SMSA, orientações ou protocolos específicos para o SPSPD, para o Programa Mala Lúdica e para o Programa Maior Cuidado sobre as medidas de prevenção e adaptações metodológicas necessárias. 1.3.1. Recomendações para adequações nos processos de trabalho dos CRAS CRAS | ATENÇÃO SOCIOASSISTENCIAL PRESENCIAL FUNCIONAMENTO DA UNIDADE a) O horário de funcionamento do CRAS para atendimento presencial observará as orientações gerais quanto às fases estabelecidas no Protocolo Geral SUAS/BH 01/2020. b) A coordenação do CRAS deverá organizar o planejamento coletivo, o revezamento presencial dos profissionais para garantir o atendimento e acompanhamento na unidade. c) Os atendimentos e acompanhamentos presenciais serão realizados mediante agendamento prévio em observância ao horário de funcionamento especial da unidade. d) Nos CRAS, com a execução do Cadastro Único, o atendimento do entrevistador social será realizado três vezes por semana, conforme as fases estabelecidas. Inicialmente, segunda, quarta e sexta-feira. e) Estabelecer e fixar orientações, cartazes, faixas, dentre outros, com conteúdos informativos e educativos para o acesso à Unidade, observada as peculiaridades dos serviços prestados, limitando o ingresso às pessoas indispensáveis à execução e fruição dos serviços e pelo tempo estritamente necessário. f) Para acesso ao CRAS é obrigatório o uso da máscara facial para qualquer cidadão, inclusive gestores, trabalhadores e usuários. Será disponibilizada Subsecretaria de Assistência Social – SUASS/ SMASAC Grupo de Trabalho/ Portaria SMASAC 080/2020 Versão Final (08/09/2020) Recomendações para adequação das atividades desenvolvidas na Proteção Social Básica no contexto da Pandemia 8 máscara facial para o usuário não esteja utilizando, a fim de garantir a possibilidade de atendimento pelos serviços, programas, projetos e benefícios de assistência social. g) Os profissionais devem adotar as medidas de proteção individual e utilizar os equipamentos de proteção individual, deacordo com a atividade e função realizada, conforme disposto do Protocolo Geral e nas orientações específicas a serem expedidas, em consonância com as orientações definidas pela Secretaria Municipal de Saúde. h) Deve-se evitar aglomeração de pessoas no interior das Unidades, respeitando o distanciamento mínimo de 1 metro entre as pessoas, incluindo cozinha, refeitório e sanitários. i) Manter todos os ambientes abertos e ventilados, tais como recepção, salas de atendimento e espaços de uso comum. Os atendimentos particularizados devem necessariamente ser realizados em espaços abertos e ventilados. Se necessário, para manter os parâmetros de distanciamento mínimo de 1 metro e demais medidas de proteção, os atendimentos particularizados poderão ser realizados em salas de reunião, salas de atividades coletivas ou auditórios, espaços externos, desde que observadas as condições de sigilo. j) As ações presenciais no CRAS deverão ser realizadas preferencialmente de maneira programada/agendada. Ao efetuar o agendamento por telefone, o profissional responsável deve realizar a orientação e sensibilização dos usuários acerca das recomendações sanitárias e medidas de prevenção e proteção, incluindo a identificação de possíveis sintomas compatíveis com a Covid-19 vivenciados (como tosse, coriza, febre, dispneia (dificuldade para respirar), perda de olfato ou paladar). Caso sejam identificados possíveis sintomas, o profissional deverá orientar a busca de atendimento pelos serviços de saúde; Observação: Deverão ser elaboradas e divulgadas orientações específicas com estratégias para lidar com a geração de aglomeração na porta dos equipamentos e para evitar a permanência de muitos usuários nos espaços da recepção, incluindo orientações aos usuários sobre a forma de funcionamento das unidades (agendamento prévio e atendimento remoto) e esclarecimentos gerais. FUNCIONAMENTO DA RECEPÇÃO A recepção é o local destinado à acolhida dos usuários e prestação de informações às famílias que buscam o CRAS. Deverá ser estruturada para garantir a atenção nas modalidades presencial em observância às seguintes recomendações: Subsecretaria de Assistência Social – SUASS/ SMASAC Grupo de Trabalho/ Portaria SMASAC 080/2020 Versão Final (08/09/2020) Recomendações para adequação das atividades desenvolvidas na Proteção Social Básica no contexto da Pandemia 9 a) Acolher as necessidades sociais apresentadas pelos usuários que acessarem o CRAS presencialmente; b) Prestar as informações e orientações sobre o funcionamento da unidade e as provisões disponíveis; c) Direcionar os usuários previamente agendados para o atendimento técnico; d) Os usuários que acessarem o equipamento sem agendamento prévio serão orientados sobre a necessidade do agendamento ou possibilidade de atendimento na modalidade remota, que será realizado de maneira pactuada com o usuário, de acordo com a disponibilidade. Caso seja necessário, deve ser realizada a acolhida pelo técnico e avaliada a necessidade de fornecimento de tarifa social, mediante avaliação técnica, considerando, inclusive, o tempo de deslocamento pelo usuário para chegar até a unidade. e) Disponibilizar os telefones institucionais para contato com a equipe do CRAS; f) Realizar os registros dos atendimentos na planilha da recepção. ORGANIZAÇÃO DAS AÇÕES PARTICULARIZADAS NO CRAS As ações particularizadas no CRAS deverão ser realizadas preferencialmente de maneira programada/agendada. Os agendamentos serão realizados a partir dos atendimentos aos usuários na demanda espontânea presencial (recepção) ou remoto (contato telefônico); a) Ao efetuar o agendamento por telefone, o profissional responsável deve realizar a orientação e sensibilização dos usuários acerca das recomendações sanitárias e medidas de prevenção e proteção, incluindo a identificação de possíveis sintomas compatíveis com a Covid-19 vivenciados (como tosse, coriza, febre, dispneia (dificuldade para respirar), perda de olfato ou paladar). Caso sejam identificados possíveis sintomas, o profissional deverá orientar a busca de atendimento pelos serviços de saúde; b) Organizar as ações particularizadas com períodos de intervalo entre cada atendimento; c) Promover o acesso ao Cadastro Único tanto para inserção quanto atualização cadastral. Orientar também os usuários quanto ao atendimento por meio da Central de Atendimento Remoto 0800; d) Promover acessos a benefícios socioassistenciais contribuindo para a inserção das famílias na rede de proteção social de assistência social; e) Promover a complementaridade do trabalho social com famílias e a ampliação da proteção socioassistencial por meio da inserção dos usuários no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, no Programa Maior Cuidado e na rede socioassistencial do território; Subsecretaria de Assistência Social – SUASS/ SMASAC Grupo de Trabalho/ Portaria SMASAC 080/2020 Versão Final (08/09/2020) Recomendações para adequação das atividades desenvolvidas na Proteção Social Básica no contexto da Pandemia 10 f) Promover acesso dos usuários aos demais serviços intersetoriais; g) Incentivar e fomentar a participação nas instâncias de Controle Social. h) As ações particularizadas presenciais no CRAS durante o período de calamidade pública no Município de Belo Horizonte, estabelecido pelo Decreto Municipal nº 17.334/2020, deverão observar os contextos e situações prioritárias descritos na seção 7.1, em especial: i. Famílias não alcançadas pelo trabalho remoto, sem acesso ou com dificuldade de utilização dos meios informacionais e digitais; ii. Famílias cujo atendimento demande sigilo, inviabilizado pelo contexto domiciliar da mesma; iii. Famílias em contexto de agravamento das situações de desproteção social, em virtude da ocorrência de eventos incertos, ocasionais e imponderáveis para as quais foi concedido o Benefício Eventual AVISE; iv. Famílias vivenciando situações de agravamento de vulnerabilidades associadas à vivência de evento circunstancial (desastre provocado pela chuva e impactadas pela pandemia do COVID-19); i) Observar as condições de funcionamento da unidade. ORGANIZAÇÃO DAS AÇÕES PARTICULARIZADAS NO DOMICÍLIO As ações particularizadas no domicílio realizadas por meio de visitas domiciliares devem estar direcionadas para o atendimento de situações específicas, nas quais a família apresente dificuldades em comparecer ao atendimento presencial no CRAS ou que não foram alcançadas pelo atendimento remoto, conforme avaliação técnica. As ações particularizadas no domicílio serão realizadas por meio da utilização do(s) veículo(s) do CRAS. a) Também poderão ser desenvolvidas ações de busca ativa por meio de visitas domiciliares, quando esgotadas as possibilidades de alcance da família por outras estratégias, tais como: articulação de rede, envio de correspondências ou contatos telefônicos desatualizados; b) Devem promover acessos aos serviços, benefícios e programas de transferência de renda, contribuindo para a inserção das famílias na rede de proteção social de Assistência Social e na rede intersetorial, de forma a contribuir para que os indivíduos, as famílias, ou seus membros, alcancem as aquisições socioassistenciais; c) Promover a complementaridade do trabalho social com famílias e ampliação da proteção socioassistencial por meio da inserção dos usuários Subsecretaria de Assistência Social – SUASS/ SMASAC Grupo de Trabalho/ Portaria SMASAC 080/2020 Versão Final (08/09/2020) Recomendações para adequação das atividades desenvolvidas na Proteção Social Básica no contexto da Pandemia 11 no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, no Programa Maior Cuidado e nas redes socioassistencial e intersetorial do território; d) As ações particularizadas no domicílio durante o estado de calamidade públicano Município de Belo Horizonte, estabelecido pelo Decreto Municipal nº 17.334/2020, deverão observar os contextos e situações prioritárias descritos na seção 7.1, em especial: i. Famílias não alcançadas pelo trabalho remoto, sem acesso aos meios informacionais e digitais; ii. Famílias em acompanhamento com situações de agravamento de vulnerabilidades, com prioridade para as inseridas no Programa Maior Cuidado, SCFV e PAAN; iii. Famílias em contexto de agravamento das situações de desproteção social, em virtude da vivência de eventos incertos, ocasionais e imponderáveis para as quais foi concedido o Benefício Eventual AVISE; iv. Ações de busca ativa para alcance dos beneficiários do BPC, famílias beneficiárias do PBF em descumprimento de condicionalidades, com repercussão de bloqueio e cancelamento de seus benefícios e, famílias encaminhadas pelo Sistema de Justiça e Sistema de Garantia de Direitos – SGD. ORGANIZAÇÃO DO ACOMPANHAMENTO PARTICULARIZADO O acompanhamento particularizado visa manter o desenvolvimento de ações sistemáticas e continuadas, será desenvolvido nos formatos remoto e presencial, devendo ser organizado prioritariamente para o atendimento presencial de forma agendada e programada, resguardando as orientações e os procedimentos de saúde pública. a) O acompanhamento particularizado durante o estado de calamidade pública no Município de Belo Horizonte, estabelecido pelo Decreto Municipal nº 17.334/2020, deverá observar os contextos e situações prioritárias descritos na seção 7.1, e será direcionado em especial, para: i. Famílias já inseridas ou que as situações de desproteção social ensejaram inclusão no acompanhamento socioassistencial; ii. Famílias do Programa Maior Cuidado; iii. Famílias em contexto de agravamento das situações de desproteção social, em virtude da vivência de eventos incertos, ocasionais e imponderáveis para as quais foi concedido Benefício Eventual AVISE; iv. Famílias inseridas no PAAN; v. Novas Famílias com agravamento das situações de vulnerabilidade e risco, conforme avaliação das equipes de referência. Subsecretaria de Assistência Social – SUASS/ SMASAC Grupo de Trabalho/ Portaria SMASAC 080/2020 Versão Final (08/09/2020) Recomendações para adequação das atividades desenvolvidas na Proteção Social Básica no contexto da Pandemia 12 b) Observar as condições de funcionamento da unidade. ORGANIZAÇÃO DO ATENDIMENTO CADÚNICO NOS CRAS COM CADASTRO DESCENTRALIZADO O atendimento para inserção ou atualização cadastral no CadÚnico deverá observar as seguintes orientações: 1. As demandas elencadas abaixo devem ser atendidas preferencialmente de forma remota, via telefone ou via Central de Atendimento Remoto 0800. Podem também ser atendidas presencialmente, mediante agendamento. Havendo demanda espontânea, poderá ser realizado o atendimento presencial, excepcionalmente. 1.1 Os atendimentos serão preferencialmente realizados via telefone ou via Central de Atendimento Remoto 0800, ou presencialmente mediante agendamento, nas seguintes situações: a). Cadastro novo para acesso às segundas e demais vias gratuitas de documentação civil; b). Cadastro novo para isenção de taxa de concurso público; c). Alteração cadastral para substituição de Referência Familiar - RF; d). Requisição de mudança de município; e). Substituição de Responsável Familiar por demais situações de vulnerabilidade social; f.) Público solicitante de inserção cadastral requerente e/ou beneficiário do Benefício de Prestação Continuada (BPC); g). Demais informações e orientações demandadas pelos usuários para viabilizar o acesso a direitos bem como viabilizar a segurança de renda; h). Inserção e/ou atualização no CadÚnico do público do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos; i). Demais públicos encaminhados pelos serviços socioassistenciais. 1.2. Será realizado atendimento preferencialmente de modo remoto ou atendimento agendado de modo presencial. Excepcionalmente, o atendimento poderá ser via demanda espontânea, de modo presencial, nas seguintes situações: a). Dependentes e semi-dependentes que tiveram seu benefício cancelado, decorrente da Instrução Operacional de 03 de Fevereiro de 2020 – Averiguação e Revisão Cadastral (AVE/REV) caso seja estabelecido pelo Governo a partir de Portaria específica; b). Público solicitante de atualização ou inserção cadastral requerente e/ou beneficiário do Benefício de Prestação Continuada (BPC); c). Solicitação de atualização ou inserção cadastral do público encaminhado pelo Sistema de Garantia de Direitos; d). Atualização ou inserção cadastral para desconto na Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE), em especial aqueles dependentes de oxigênio; e). Demais situações estabelecidas pelas diretrizes do Ministério da Cidadania; f). Famílias que tiveram os benefícios do Programa Bolsa Família bloqueados, conforme solicitação da Controladoria Geral da União (CGU), a partir de orientações do Governo Federal. Subsecretaria de Assistência Social – SUASS/ SMASAC Grupo de Trabalho/ Portaria SMASAC 080/2020 Versão Final (08/09/2020) Recomendações para adequação das atividades desenvolvidas na Proteção Social Básica no contexto da Pandemia 13 2. Visitas Cadastrais: Deverão ser agendadas previamente com os usuários e realizadas somente para as situações identificadas como prioritárias conforme processo de Averiguação e Revisão Cadastral (AVE/REV) e casos de auditoria estabelecidos pelas Portarias oriundas do Governo Federal; Serão direcionadas também para famílias identificadas pelas equipes de referência dos serviços socioassistenciais, conforme situações excepcionais discutidas em conjunto com os entrevistadores sociais; 3. As ações de busca ativa: deverão ser endereçadas aos casos prioritários da população mais vulnerável em isolamento, em grupo de risco ou com saúde debilitada e objetivam a inclusão ou atualização cadastral nos domicílios destas pessoas. 4. Observar as condições de funcionamento da unidade. PROGRAMA MAIOR CUIDADO Conforme disposto na Portaria da SMASAC nº 036, os atendimentos/acompanhamento presenciais do Programa Maior Cuidado têm sido direcionados para os casos excepcionais, em que a suspensão do serviço signifique o risco de agravamento da condição pessoal do usuário, culminando inclusive na inserção em serviço de acolhimento institucional, resguardando as orientações e os procedimentos de saúde pública. a) Considerando as fases para o retorno gradual do atendimento presencial, na primeira fase será mantido processo em curso de avaliação dos casos excepcionais e retomado os atendimentos das pessoas idosas em situação de dependência, de modo à gradativamente ampliar o número em atendimento presencial, conforme disposto na Portaria SMASAC nº036; b) Na segunda fase, será retomado o atendimento às pessoas idosas semidependentes e serão inseridos os novos casos, conforme definição dos GT’s Locais, considerando os critérios e os procedimentos definidos pelo Programa, bem como as atribuições estabelecidas pela Portaria Conjunta SMASAC/SMSA Nº 007, de 29/11/2019, demais documentos orientadores, e critérios definidos do Protocolo Geral referentes às fases; c) Os atendimentos presenciais deverão desenvolver as rotinas de cuidados conforme estabelecidas pelas equipes do CRAS e Centro de Saúde; d) Destaca-se a constante articulação entre o CRAS e o Centro de Saúde no monitoramento e acompanhamento das ações do Programa, a fim de definir conjuntamente a retomada do atendimento presencial ao longo das fases estabelecidas pelo Protocolo Geral SUASBH 01/2020. Subsecretaria de Assistência Social – SUASS/ SMASAC Grupo de Trabalho/ Portaria SMASAC 080/2020 Versão Final (08/09/2020) Recomendações para adequação das atividades desenvolvidas na Proteção Social Básica no contexto da Pandemia 14CRAS | ATENÇÃO SOCIOASSISTENCIAL REMOTA HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO a) O horário de funcionamento do atendimento REMOTO permanecerá o mesmo conforme disposto na Portaria SMASAC nº 004 de 2018, ou seja, de 08hs às 18hs. b) A organização da escala da equipe para o atendimento remoto deverá observar os turnos de trabalho dos profissionais; c) As reuniões de equipe, reuniões de discussão de caso, reuniões com os serviços e equipamentos da rede territorial, atividades coletivas e, reuniões com os órgãos de defesa de direitos deverão ser mantidas no formato remoto. d) As atividades de planejamento, elaboração de relatórios e o registro dos atendimentos e outras atividades no SIGPS e outras ferramentas de monitoramento será mantido na modalidade remota. ATENDIMENTO À DEMANDA ESPONTÂNEA O atendimento aos usuários por meio de demandas espontâneas ocorre por meio presencial e, ou, contatos telefônicos e demais meios digitais e objetiva acolher as necessidades sociais dos usuários, prestar informações e orientações, bem como promover encaminhamentos necessários. No momento do atendimento, deve ser realizada a atualização dos dados do usuário e a avaliação técnica sobre a possibilidade de realização de atendimento remoto ou necessidade de atendimento presencial; a) As orientações à demanda espontânea apresentada por meio de contato telefônico do usuário com o CRAS serão prestadas pelo profissional da recepção e, ou, administrativo que deverá identificar o tipo de demanda e direcionar a ligação para o técnico de referência que estará escalado para atendimento remoto ou presencial; b) O atendimento remoto deverá observar as necessidades sociais apresentadas pelos usuários, avaliar quanto à necessidade de atendimento presencial e realizar o agendamento. Sugere-se a utilização de uma agenda compartilhada com os atores envolvidos; c) Articular a rede socioassistencial e intersetorial de acordo com as necessidades sociais apresentadas; d) Promover acessos a serviços, benefícios, programas de transferência de renda e Cadastro Único contribuindo para a promoção dos direitos sociais das famílias; e) Promover acesso aos demais serviços socioassistenciais e setoriais; f) Incentivar e fomentar a participação e o controle social. BUSCA ATIVA Subsecretaria de Assistência Social – SUASS/ SMASAC Grupo de Trabalho/ Portaria SMASAC 080/2020 Versão Final (08/09/2020) Recomendações para adequação das atividades desenvolvidas na Proteção Social Básica no contexto da Pandemia 15 As ações de busca ativa desenvolvidas em formato remoto deverão se orientar pelo disposto nos documentos de orientações técnicas desenvolvidos pela SUASS/DPSO desde o advento da pandemia disponíveis no sítio eletrônico da PBH, bem como por orientações técnicas elaboradas continuamente; a) Realizar contatos, por meio remoto, para orientação de usuários e famílias com prioridade para o desenvolvimento de ações de mediação de acesso dos usuários aos benefícios, conforme informações disponibilizadas pela vigilância socioassistencial (listagens encaminhadas); b) Realizar contatos, por meio remoto, às famílias inseridas nas ações particularizadas e acompanhamento a fim de identificar, orientar e apoiá-las para o enfrentamento das situações de agravamento das vulnerabilidades do campo material e relacional; c) Realizar contatos e interlocuções com a rede socioassistencial e intersetorial local para favorecer o atendimento e o acesso das famílias. AÇÕES PARTICULARIZADAS a) Promover acessos a benefícios, programas de transferência de renda e Cadastro Único, contribuindo para a promoção dos direitos sociais das famílias; b) Promover acesso aos demais serviços socioassistenciais e setoriais; c) Incentivar e fomentar a participação e o controle social. AÇÕES COLETIVAS A ação coletiva é a principal estratégia do trabalho social com famílias na proteção social básica, em especial no PAIF e no SCFV, desenvolvida por meio de Oficinas com Famílias e Ações Comunitárias com vistas a contribuir para o fortalecimento dos vínculos familiares e a participação na vida comunitária. Neste contexto da pandemia, estão suspensas as ações e atividades coletivas presenciais. Neste sentido, recomenda-se: a) Realização de encontros remotos, com grupos específicos de famílias, de acordo com a identificação e análise técnica quanto às situações de desproteção social e seus agravamentos no contexto da pandemia, com o objetivo de promover a discussão e a reflexão sobre situações vivenciadas que impactam no convívio familiar e comunitário e a construção de estratégias de proteção coletivas; Subsecretaria de Assistência Social – SUASS/ SMASAC Grupo de Trabalho/ Portaria SMASAC 080/2020 Versão Final (08/09/2020) Recomendações para adequação das atividades desenvolvidas na Proteção Social Básica no contexto da Pandemia 16 b) Desenvolver ações de forma interativa utilizando-se de recursos tecnológicos que promovam a integração e participação das famílias, fomentando o acesso às informações qualificadas; c) As ações coletivas que serão desenvolvidas em formato remoto deverão ocorrer conforme articulação e planejamento conjunto com a parceria do Apoio ao desenvolvimento das Oficinas e Ações Comunitárias do Serviço de Proteção e Atendimento Integral às Famílias (PAIF) utilizando de outras linguagens e meios tecnológicos para o alcance dos objetivos. d) Organização e fomento à participação nas atividades de controle social. PROGRAMA MAIOR CUIDADO a) Realizar o acompanhamento familiar periódico, por meio de contato telefônico, às pessoas idosas e suas famílias que tiveram a atenção e o cuidado domiciliar presencial suspensos. O acompanhamento remoto deverá permanecer até a conclusão da retomada do atendimento presencial prevista para ocorrer na segunda fase (ver quadro síntese); b) As reuniões de equipe, reuniões com cuidadores de idosos, bem como reuniões do GT Local do Programa deverão ocorrer em formato remoto e objetivam: promover articulações necessárias de acompanhamento das famílias atendidas; avaliar novas inserções e, ou, referenciamentos; promover atualizações das rotinas de cuidados e outras necessidades sociais identificadas. ATENDIMENTO CADÚNICO NO CRAS O atendimento remoto prestado pelo entrevistador social nos CRAS, com Cadastro Único implantado deverá observar as seguintes orientações: Busca ativa: a). Informar às famílias e usuários sobre novas concessões do Programa Bolsa Família (PBF); b). Famílias que não sacaram seus benefícios do PBF, denominados de “Não sacados”; c. Público de Beneficiários do Programa Bolsa Família Não Localizados; d). Atualização das listas de beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC); e) Beneficiários do PBF que tiveram seus benefícios cancelados. Inserção ou Atualização Cadastral: Será realizada conforme orientações técnicas dispostas no Informativo DPSO/SUASS nº011/2020, até que seja implantada a Central de Atendimento Remoto 0800, quando passarão a ser operacionalizadas por meio de ligação gratuita do usuário para a Central. Ressalta-se que a realização de inserção ou atualização cadastral no CadÚnico em formato remoto seguirá a vigência da Portaria nº 368 de 29 de abril de 2020 e a Instrução Operacional nº 04 de 30 de abril de 2020. Subsecretaria de Assistência Social – SUASS/ SMASAC Grupo de Trabalho/ Portaria SMASAC 080/2020 Versão Final (08/09/2020) Recomendações para adequação das atividades desenvolvidas na Proteção Social Básica no contexto da Pandemia 17 Observação: Deverá ser realizado o monitoramento do quantitativo de demandas de inserção ou atualização cadastral e, se necessário, deverão ser tomadas providências para ampliação do número de trabalhadores nas equipes de Transferência de Renda e Cadastro Único. SERVIÇO DE CONVIVÊNCIA EFORTALECIMENTO DE VÍNCULOS – SCFV As ações e atividades desenvolvidas pelo SCFV permanecerão em formato remoto em observâncias às orientações sanitárias e deverão observar as seguintes orientações: a) Realizar o atendimento remoto por meio de contato telefônico e mídias digitais, levando-se em conta os diferentes ciclos de vida, os impactos da pandemia na rotina diária dos usuários e suas famílias; b) Planejar as atividades com os usuários por meio de estratégias de comunicação de forma a promover ações que favoreçam a socialização e a convivência familiar; c) Desenvolver propostas de atividades interativas, com o objetivo de fortalecer as relações de cuidados e convivência familiar, apoiar na construção de diálogos e contribuir com novas formas de sentir, agir e pensar; d) Disponibilizar de recursos pedagógicos para que os usuários possam desenvolver as atividades propostas, tais como: produção de vídeos, produções textuais, músicas, jogos, gincanas, dentre outras; e) Organizar encontros virtuais com os usuários que possuem recursos tecnológicos para a participação, promovendo espaços de convivência e trocas de experiências entre os participantes; f) Construção em conjunto com a equipe PAIF de quais ações podem ser desenvolvidas para promoção da convivência e socialização de maneira remota; g) Realização de análise técnica pelo PAIF das famílias com possível discussão de casos entre os técnicos dos dois serviços visando à construção de uma oferta assistencial diferenciada na perspectiva de antecipação de riscos sociais e continuidade dos objetivos e aquisições ora propostos pelo SCFV; h) Encaminhar ao PAIF situações indicativas de agravamento de vulnerabilidades e insegurança de convívio vivenciada por usuários inseridos no serviço; i) Realizar a inserção dos usuários encaminhados pelo PAIF garantindo a acolhida e integração no grupo; Subsecretaria de Assistência Social – SUASS/ SMASAC Grupo de Trabalho/ Portaria SMASAC 080/2020 Versão Final (08/09/2020) Recomendações para adequação das atividades desenvolvidas na Proteção Social Básica no contexto da Pandemia 18 j) Participar de reuniões de articulação, planejamento, monitoramento e avaliação no CRAS, em conjunto com as equipes do PAIF e Programa Maior Cuidado. 1.3.2 Recomendações para adequações nos processos de trabalho na Coordenação de Proteção Social e Cidadania MODALIDADE ATENÇÃO SOCIOASSISTENCIAL PRESENCIAL FUNCIONAMENTO DA UNIDADE a) O horário de funcionamento da Coordenação de Proteção Social e Cidadania para atendimento presencial nas Diretorias Regionais de Assistência Social observará as orientações gerais quanto às fases estabelecidas no Protocolo Geral SUAS/BH 01/2020. b) A coordenação deverá organizar o revezamento presencial dos profissionais para garantir o atendimento na Unidade. c) Os atendimentos presenciais realizados pelas equipes de referência (tanto dos serviços socioassistenciais, quanto da transferência de renda e Cadastro Único) serão realizados, preferencialmente, mediante agendamento prévio em observância aos horários especiais de funcionamento previstos em cada fase. d) Estabelecer e fixar cartazes, folders, faixas, dentre outras estratégias informativas e educativas, fomentando a prevenção do contágio nas unidades, observadas as peculiaridades dos serviços prestados, limitando o ingresso às pessoas indispensáveis à execução e fruição dos serviços, e pelo tempo estritamente necessário. e) Para acesso à Coordenação de Proteção Social e Cidadania é obrigatório o uso da máscara facial para qualquer cidadão, inclusive gestores, trabalhadores e usuários. Será disponibilizada máscara facial para o usuário não esteja utilizando, a fim de garantir a possibilidade de atendimento pelos serviços, programas, projetos e benefícios de assistência social. Subsecretaria de Assistência Social – SUASS/ SMASAC Grupo de Trabalho/ Portaria SMASAC 080/2020 Versão Final (08/09/2020) Recomendações para adequação das atividades desenvolvidas na Proteção Social Básica no contexto da Pandemia 19 f) Os profissionais devem adotar as medidas de proteção individual e utilizar os equipamentos de proteção individual, de acordo com a atividade e função realizada, conforme disposto do Protocolo Geral SUASBH 01/2020 e nas orientações específicas a serem expedidas, em consonância com as orientações definidas pela Secretaria Municipal de Saúde. g) Evitar aglomeração de pessoas no interior das unidades, respeitando o distanciamento mínimo de 1 metro entre as pessoas, incluindo cozinha, refeitório e sanitários. h) Manter todos os ambientes abertos e ventilados, tais como salas de atendimento e espaços de uso comum. Os atendimentos particularizados devem necessariamente ser realizados em espaços abertos e ventilados. Se necessário, para manter os parâmetros de distanciamento mínimo de 1 metro e demais medidas de proteção, os atendimentos particularizados poderão ser realizados em salas de reunião, salas de atividades coletivas ou auditórios, espaços externos, desde que observadas as condições de sigilo. i) As ações presenciais serão realizadas preferencialmente de maneira agendada/ programada. Ao efetuar o agendamento por telefone, o profissional responsável deve realizar a orientação e sensibilização dos usuários acerca das recomendações sanitárias e medidas de prevenção e proteção, incluindo a identificação de possíveis sintomas compatíveis com a Covid-19 vivenciados (como tosse, coriza, febre, dispneia (dificuldade para respirar), perda de olfato ou paladar). Caso sejam identificados possíveis sintomas, o profissional deverá orientar a busca de atendimento pelos serviços de saúde. Observação: Deverão ser elaboradas e divulgadas orientações específicas com estratégias para lidar com a geração de aglomeração na porta dos equipamentos e para evitar a permanência de muitos usuários nos espaços da recepção, incluindo orientações aos usuários sobre a forma de funcionamento das unidades (agendamento prévio e atendimento remoto) e esclarecimentos gerais. FUNCIONAMENTO DA RECEPÇÃO A recepção é o local destinado à acolhida dos usuários e de informação das famílias e indivíduos que requerem das provisões socioassistenciais, disponíveis nas regionais, e destina-se à espera, transição, atendimento e encaminhamentos. Deverá ser estruturada para garantir a atenção nas modalidades presencial e remota, a partir das seguintes recomendações: a) Priorizar o agendamento prévio realizado de forma remota (contato telefônico) ou a partir da demanda espontânea presencial; b) No caso de atendimento programado/agendado, o profissional da recepção deverá acolher os usuários e direcionar para a equipe de referência do Serviço Subsecretaria de Assistência Social – SUASS/ SMASAC Grupo de Trabalho/ Portaria SMASAC 080/2020 Versão Final (08/09/2020) Recomendações para adequação das atividades desenvolvidas na Proteção Social Básica no contexto da Pandemia 20 de Proteção Social Básica Regional ou Transferência de Renda e Cadastro Único; c) No caso dos atendimentos não programados (demanda espontânea), o profissional da recepção deverá acolher o usuário, registrar as informações prestadas em planilha específica e direcionar a demanda para a equipe técnica do referido serviço que avaliará a possibilidade da realização do atendimento presencial ou orientará sobre o atendimento remoto; d) Nas situações de demanda espontânea relacionadas ao SPSPD, o profissional da recepção deverá identificar a vinculação da família ao Serviço, registrar a demanda em instrumental específico, a fim de que a equipe técnica entre em contato com a família para proceder ao agendamento da ação particularizada; e) Prestar as informações e orientações sobre o funcionamento da unidade e as ofertas disponíveis; f) O agendamentode horários deve observar períodos de intervalo entre cada atendimento a fim de evitar aglomerações na sala de espera; g) Afixar cartazes com informações sobre os números de telefones disponíveis para o atendimento remoto. Observação: A organização da recepção deverá observar as especificidades das Diretorias Regionais de Assistência Social. SERVIÇO DE PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA REGIONAL ORGANIZAÇÃO DAS AÇÕES PARTICULARIZADAS NO SPSBR As ações particularizadas no SPSBR deverão ser realizadas preferencialmente de maneira programada/agendada. Os agendamentos serão realizados a partir dos atendimentos aos usuários na demanda espontânea presencial (recepção) ou remoto (contato telefônico). a) Ao efetuar o agendamento por telefone, o profissional responsável deve realizar a orientação e sensibilização dos usuários acerca das recomendações sanitárias e medidas de prevenção e proteção, incluindo a identificação de possíveis sintomas compatíveis com a Covid-19 vivenciados (como tosse, coriza, febre, dispneia (dificuldade para respirar), perda de olfato ou paladar). Caso sejam identificados possíveis sintomas, o profissional deverá orientar a busca de atendimento pelos serviços de saúde. b) As ações particularizadas na regional buscam promover acessos a serviços, benefícios, programas de transferência de renda, inserção e atualizalização cadastral no CadÚnico, contribuindo para a inserção das famílias nas redes de proteção social de assistência social e intersetorial. c) Durante o período de calamidade pública no Município de Belo Horizonte, estabelecido pelo Decreto Municipal nº 17.334/2020, as ações particularizadas Subsecretaria de Assistência Social – SUASS/ SMASAC Grupo de Trabalho/ Portaria SMASAC 080/2020 Versão Final (08/09/2020) Recomendações para adequação das atividades desenvolvidas na Proteção Social Básica no contexto da Pandemia 21 deverão observar os contextos e situações prioritárias descritos na seção 7.1, em especial: I. Famílias não alcançadas pelo trabalho remoto, sem acesso aos meios informacionais e digitais; II. Famílias cujo atendimento e acompanhamento demande sigilo, inviabilizado pelo contexto domiciliar da mesma; III. Famílias em contexto de agravamento das situações de desproteção social em decorrência de vulnerabilidades relacionais; IV. Famílias em contexto de agravamento das situações de desproteção social, em virtude da ocorrência de eventos incertos, ocasionais e imponderáveis, para as quais foi concedido Benefício Eventual AVISE; V. Famílias vivenciando situações de agravamento de vulnerabilidades associadas à vivência de evento circunstancial (desastre provocado pela chuva e impactadas pela pandemia do COVID-19); VI. Famílias inseridas no PAAN. d) Observar as condições de funcionamento da unidade. ORGANIZAÇÃO DAS AÇÕES PARTICULARIZADAS NO DOMICÍLIO PELO SPSBR As ações particularizadas no domicílio realizadas por meio de visitas domiciliares devem estar direcionadas para o atendimento de situações específicas, nas quais a família apresente dificuldades em comparecer ao atendimento presencial do SPSBR ou que não foram alcançadas pelo atendimento remoto, conforme avaliação técnica. a) Também poderão ser desenvolvidas ações de busca ativa por meio de visitas domiciliares, quando esgotadas as possibilidades de alcance da família por outras estratégias, tais como: articulação de rede, envio de correspondências ou contatos telefônicos desatualizados; b) Devem promover acessos aos serviços, benefícios, programas de transferência de renda e inserção ou atualização cadastral, contribuindo para a inserção das famílias na rede de proteção social de Assistência Social e na rede intersetorial, de forma a contribuir para que os indivíduos, as famílias, ou seus membros, alcancem as aquisições socioassistenciais. As ações particularizadas no domicílio durante o estado de calamidade pública no Município de Belo Horizonte, estabelecido pelo Decreto Municipal nº 17.334/2020, deverão observar os contextos e situações prioritárias descritos na seção 7.1, em especial: I. Famílias em acompanhamento com situação de agravamento de vulnerabilidades, com prioridade para as inseridas no PAAN; II. Famílias não alcançadas pelo trabalho remoto, sem acesso aos meios informacionais e digitais; Subsecretaria de Assistência Social – SUASS/ SMASAC Grupo de Trabalho/ Portaria SMASAC 080/2020 Versão Final (08/09/2020) Recomendações para adequação das atividades desenvolvidas na Proteção Social Básica no contexto da Pandemia 22 III. Famílias em contexto de agravamento das situações de desproteção social, em virtude da ocorrência de eventos incertos, ocasionais e imponderáveis, para as quais foi concedido Benefício Eventual AVISE; IV. Ações de busca ativa para alcance dos beneficiários do BPC, famílias beneficiárias do PBF em descumprimento de condicionalidades, com repercussão de bloqueio e cancelamento de seus benefícios e, famílias encaminhadas pelo Sistema de Justiça e Sistema de Garantia de Direitos – SGD. ORGANIZAÇÃO DO ACOMPANHAMENTO PARTICULARIZADO DO SPSBR O acompanhamento particularizado será realizado nos formatos remoto e presencial, devendo ser organizado prioritariamente de forma presencial no domicílio ou na Regional de maneira programada/agendada, respeitadas as orientações dos órgãos de saúde para prevenção ao contágio e propagação do COVID-19. a) Ao efetuar o agendamento por telefone, o profissional responsável deve realizar a orientação e sensibilização dos usuários acerca das recomendações sanitárias e medidas de prevenção e proteção, incluindo a identificação de possíveis sintomas compatíveis com a Covid-19 vivenciados (como tosse, coriza, febre, dispneia (dificuldade para respirar), perda de olfato ou paladar). Caso sejam identificados possíveis sintomas, o profissional deverá orientar a busca de atendimento pelos serviços de saúde. b) As ações de acompanhamento particularizado durante o estado de calamidade pública no Município de Belo Horizonte, estabelecido pelo Decreto Municipal nº 17.334/2020, deverão observar os contextos e situações prioritárias descritos na seção 7.1, em especial: I. Famílias vivenciando agravamento de vulnerabilidades associado ao descumprimento de condicionalidades do Programa Bolsa Família ; Subsecretaria de Assistência Social – SUASS/ SMASAC Grupo de Trabalho/ Portaria SMASAC 080/2020 Versão Final (08/09/2020) Recomendações para adequação das atividades desenvolvidas na Proteção Social Básica no contexto da Pandemia 23 II. Famílias inseridas no PAAN; III. Famílias vivenciando situações de agravamento de vulnerabilidades associadas à vivência de evento circunstancial (desastre provocado pela chuva e impactadas pela pandemia do COVID-19); IV. Famílias em contexto de agravamento das situações de desproteção social, em virtude da ocorrência de eventos incertos, ocasionais e imponderáveis, para as quais foi concedido Benefício Eventual AVISE; c) Importante destacar que o acompanhamento particularizado não se confunde com as ações particularizadas, uma vez que estas não prevêem encontros periódicos. O acompanhamento particularizado decorre de intervenções e ações particularizadas cujas mediações periódicas a fim de possibilitar o alcance dos objetivos propostos no plano de acompanhamento familiar. d) O acompanhamento particularizado no domicílio deverá ser excepcionalmente adotado, quando não for possível o atendimento/acompanhamento das famílias de maneira remota ou presencial. SERVIÇO DE PROTEÇÃO SOCIAL À PESSOA COM DEFICIÊNCIA ORGANIZAÇÃO DAS AÇÕES DE ACOMPANHAMENTO FAMILIAR O acompanhamento familiar do SPSPD visa ao desenvolvimento de ações sistemáticas e continuadas referentes aos cuidados e proteção às pessoas com deficiência e suas famílias, e deve ser organizado prioritariamentepara o atendimento no domicílio de forma agendada e programada. As prioridades das ações de acompanhamento familiar presenciais no domicílio deverão observar as seguintes situações: a) Famílias sem acesso aos meios informacionais e digitais e não alcançadas pelo trabalho remoto; b) Famílias em vivência de agravamento de situações de desproteção social, inseridas no Programa Mala de Recursos Lúdicos, e que não foram alcançadas pelas ações de trabalho remoto; c) Famílias do atendimento remoto em que foram identificadas situações de agravamento de vulnerabilidades; d) Mediante avaliação técnica, para a elaboração ou atualização do Plano de Desenvolvimento do Usuário - PDU. A Inserção de novas famílias no Serviço deverá ocorrer por meio da interlocução e articulação com o Serviço de Proteção Social Básica Regional, coordenado pela Coordenação de Proteção Social e Cidadania. Subsecretaria de Assistência Social – SUASS/ SMASAC Grupo de Trabalho/ Portaria SMASAC 080/2020 Versão Final (08/09/2020) Recomendações para adequação das atividades desenvolvidas na Proteção Social Básica no contexto da Pandemia 24 ORGANIZAÇÃO DAS AÇÕES DO PROGRAMA MALA DE RECURSOS LÚDICOS As ações e atividades do PMRL visam desenvolver apoio e cuidado às pessoas com deficiência e suas famílias, acompanhadas pelo SPSPD, por meio de intervenções lúdicas no domicílio, na perspectiva da segurança de convívio e de desenvolvimento de autonomia e do fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. As prioridades de Atenção presencial do Programa no domicílio das famílias deverão observar as seguintes situações: a) Famílias não alcançadas pelo trabalho remoto sem acesso aos meios informacionais e digitais; b) Famílias em que a pessoa com deficiência necessita de comunicação especial (assistiva) para o desenvolvimento das ações e atividades do PMRL; c) Famílias que apresentam agravamento das situações de vulnerabilidade relacional em decorrência do isolamento social; d) Inserção de pessoas com deficiência e suas famílias no PMRL, encaminhadas pelas equipes técnicas do SPSPD, conforme previsto no PDU. ORGANIZAÇÃO DO ATENDIMENTO CADÚNICO E PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA – PBF O atendimento para inserção ou atualização cadastral no CadÚnico deverá observar as seguintes orientações: 1. As demandas elencadas abaixo devem ser atendidas preferencialmente de forma remota, via telefone ou via Central de Atendimento Remoto 0800. Podem também ser atendidas presencialmente, mediante agendamento. Havendo demanda espontânea, poderá ser realizado o atendimento presencial, excepcionalmente. 1.1 Os atendimentos serão preferencialmente realizados via telefone ou via Central de Atendimento Remoto 0800, ou presencialmente mediante agendamento, nas seguintes situações: a). Cadastro novo para acesso a segunda via gratuita de documentação civil; b). Cadastro novo para isenção de taxa de concurso público; c). Alteração cadastral para substituição de RF; d). Requisição de mudança de município; e). Substituição de Responsável por demais situações; f.) Público solicitante de inserção cadastral requerente e/ou beneficiário do Benefício de Prestação Continuada (BPC); g). Demais informações e orientações demandadas pelos usuários para viabilizar o acesso a direitos bem como viabilizar a segurança de renda; h). Inserção e/ou atualização no CadÚnico do público do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos; i). Demais públicos encaminhados pelos serviços socioassistenciais; Subsecretaria de Assistência Social – SUASS/ SMASAC Grupo de Trabalho/ Portaria SMASAC 080/2020 Versão Final (08/09/2020) Recomendações para adequação das atividades desenvolvidas na Proteção Social Básica no contexto da Pandemia 25 1.2. Será realizado atendimento preferencialmente de modo remoto ou atendimento agendado de modo presencial. Excepcionalmente o atendimento poderá ser via demanda espontânea, de modo presencial, nas seguintes situações: a). Dependentes e semi-dependentes que tiveram seu benefício cancelado, decorrente da Instrução Operacional de 03 de Fevereiro de 2020 – Averiguação e Revisão Cadastral (AVE/REV) caso seja estabelecido pelo Governo a partir de Portaria específica; b). Público solicitante de atualização ou inserção cadastral requerente e/ou beneficiário do Benefício de Prestação Continuada (BPC); c). Solicitação de atualização ou inserção cadastral do público encaminhado pelo Sistema de Garantia de Direitos; d). Atualização ou inserção cadastral para desconto na Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE), em especial aqueles dependentes de oxigênio; e). Demais situações estabelecidas pelas diretrizes do Ministério da Cidadania; f). Famílias que tiveram os benefícios do Programa Bolsa Família bloqueados, conforme solicitação da Controladoria Geral da União (CGU), a partir de orientações do Governo Federal; 2. As ações de busca ativa: deverão ser endereçadas aos casos prioritários da população mais vulnerável em isolamento, em grupo de risco ou com saúde debilitada e objetivam a inclusão ou atualização cadastral nos domicílios destas pessoas. 3. Observar as condições de funcionamento da unidade. ORGANIZAÇÃO DAS VISITAS DOMICILIARES DA EQUIPE DE REFERÊNCIA DA TRANSFERÊNCIA DE RENDA E CADASTRO ÚNICO - TR/CAD 1. Visitas Cadastrais: Deverão ser agendadas previamente com os usuários e realizadas somente para as situações identificadas como prioritárias conforme processo de Averiguação e Revisão Cadastral (AVE/REV) e casos de auditoria estabelecidos pelas Portarias oriundas do Governo Federal; Serão direcionadas também para famílias identificadas pelas equipes de referência dos serviços socioassistenciais, conforme situações excepcionais discutidas em conjunto com os entrevistadores sociais. 2. Visitas Domiciliares: São realizadas pelos técnicos de nível superior que integram as equipes de referência de transferência de renda e Cadastro Único e deverão priorizar as situações de auditoria estabelecidas pelas Portarias e Instruções Operacionais do Governo Federal - Secretaria Nacional de Renda e Cidadania e Secretaria Nacional de Cadastro Único. Salienta-se quanto a necessidade de contato prévio com a família informando sobre a realização da visita. Essa atividade também deve estar direcionada às famílias em situação de descumprimentos de condicionalidades do PBF. Desse modo, nas visitas domiciliares são promovidas as seguintes ações: a acolhida de uma família ou indivíduo; a escuta e prestação de orientações à família; a escuta e encaminhamento da família para a rede socioassistencial ou para outras políticas públicas (aquelas que estiverem com atendimento presencial); qualificar as Subsecretaria de Assistência Social – SUASS/ SMASAC Grupo de Trabalho/ Portaria SMASAC 080/2020 Versão Final (08/09/2020) Recomendações para adequação das atividades desenvolvidas na Proteção Social Básica no contexto da Pandemia 26 informações referente ao recebimento de benefícios; realizar cadastramento ou atualização cadastral, entre outros. MODALIDADE| ATENÇÃO SOCIOASSISTENCIAL REMOTA FUNCIONAMENTO DA UNIDADE O horário de funcionamento do atendimento REMOTO permanecerá o mesmo conforme disposto na Portaria SMASAC nº004 de 2018. a) As reuniões de equipe, reuniões de discussão de caso, algumas possíveis atividades coletivas, reuniões com as equipes dos serviços e demais unidades da rede socioassistencial, intersetorial e com os órgãos de defesa de direitos deverão ser mantidas no formato remoto; b) As atividades de planejamento, elaboração de relatórios e o registro dos atendimentos e outras atividades no SIGPS e outras ferramentas de monitoramento serão mantidas na modalidade remota. FUNCIONAMENTO DA RECEPÇÃO A recepção deve estar organizada de 08h às 18h, para receber a ligação dos usuários e demandaespontânea, de forma a direcioná-los para os técnicos e, ou, inserir as informações em planilha específica para retorno posterior da equipe técnica; a) O profissional da recepção deve prestar informações objetivas aos usuários da organização e do desenvolvimento do trabalho social prestado pelas equipes; b) O atendimento telefônico para orientações aos usuários e direcionamento da ligação para as equipes técnicas deverá ser realizado em formato de rodízio entre o profissional da recepção e o assistente administrativo, conforme escala de trabalho estabelecida pela coordenação da unidade. SERVIÇO DE PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA REGIONAL ATENDIMENTO À DEMANDA ESPONTÂNEA O atendimento remoto às demandas espontâneas ocorre por meio de contatos telefônicos e demais meios digitais e objetiva acolher as necessidades sociais dos usuários, prestar informações e orientações, bem como promover encaminhamentos necessários; a) O atendimento remoto deverá observar as necessidades sociais apresentadas pelos usuários, avaliar quanto à necessidade de atendimento presencial e realizar o agendamento; Subsecretaria de Assistência Social – SUASS/ SMASAC Grupo de Trabalho/ Portaria SMASAC 080/2020 Versão Final (08/09/2020) Recomendações para adequação das atividades desenvolvidas na Proteção Social Básica no contexto da Pandemia 27 b) Articular a rede socioassistencial e intersetorial de acordo com as necessidades sociais identificadas; c) Promover acessos a benefícios, programas de transferência de renda e Cadastro Único, contribuindo para a inserção das famílias na rede de proteção social de assistência social; d) Promover acesso aos demais serviços setoriais; e) Incentivar e fomentar a participação e o controle social. BUSCA ATIVA As ações de busca ativa desenvolvidas em formato remoto deverão se orientar pelo disposto nos documentos de orientações técnicas desenvolvidos pela SUASS/DPSO, desde o advento da pandemia disponíveis no sítio eletrônico da PBH, bem como aos contextos e situações prioritárias descritas no item 7.1; a) Realizar contatos por meio digital para orientação de usuários e famílias com prioridade para o desenvolvimento de ações de mediação de acesso dos usuários à benefícios, conforme informações disponibilizadas pela vigilância socioassistencial (listagens encaminhadas); b) Realizar contatos, por meio remoto, às famílias inseridas nas ações particularizadas e acompanhamento a fim de identificar, orientar e apoiá-las para o enfrentamento das situações de agravamento das vulnerabilidades do campo material e relacional; c) Realizar contatos e interlocuções com a rede socioassistencial e intersetorial local, visando potencializar a função de defesa e garantia de direitos sociais. ORGANIZAÇÃO DAS AÇÕES PARTICULARIZADAS a) Promover acessos a benefícios, programas de transferência de renda e Cadastro Único, contribuindo para a inserção das famílias na rede de proteção social de assistência social; b) Monitoramento e apoio às famílias acompanhadas por meio de telefonemas, de acordo com a periodicidade estabelecida pelo técnico de referência; c) Realizar contatos, por meio remoto, às famílias inseridas nas ações particularizadas e acompanhamento a fim de identificar, orientar e apoiá-las para o enfrentamento das situações de agravamento das vulnerabilidades do campo material e relacional; d) Promover acesso aos demais serviços setoriais; e) Incentivar e fomentar a participação e o controle social. Subsecretaria de Assistência Social – SUASS/ SMASAC Grupo de Trabalho/ Portaria SMASAC 080/2020 Versão Final (08/09/2020) Recomendações para adequação das atividades desenvolvidas na Proteção Social Básica no contexto da Pandemia 28 ORGANIZAÇÃO DO ATENDIMENTO COLETIVO A ação coletiva é a principal estratégia do trabalho social com famílias na proteção social básica com vistas a contribuir para o fortalecimento dos vínculos familiares e a participação na vida comunitária e constitui uma das ações que compõem o trabalho social essencial do SPSBR. Neste contexto da pandemia, estão suspensas as ações e atividades coletivas presenciais. Neste contexto da pandemia, estão suspensas as ações e atividades coletivas presenciais. Neste sentido, recomenda-se: a) Realização de encontros remotos, com grupos específicos de famílias, de acordo com a identificação e análise técnica quanto ao agravamento das situações de desproteção social no contexto da pandemia, com o objetivo de promover a discussão e a reflexão sobre situações vivenciadas que impactam no convívio familiar e comunitário e a construção de estratégias coletivas de proteção social; b) Desenvolver as ações utilizando de recursos tecnológicos que promovam a integração e participação das famílias. c) Organização e fomento à participação e controle social. SERVIÇO DE PROTEÇÃO SOCIAL À PESSOA COM DEFICIÊNCIA ORGANIZAÇÃO DAS AÇÕES DE ACOMPANHAMENTO FAMILIAR O acompanhamento familiar remoto será realizado para as famílias que possuem acesso aos meios digitais que não se encontram em situação de agravamento de vulnerabilidades e riscos; a) Realizar o acompanhamento remoto através do contato telefônico e mídias digitais garantindo articulação com os atendimentos remotos do PMRL; b) Promover acessos a benefícios, programas de transferência de renda e Cadastro Único, contribuindo para a inserção das famílias na rede de proteção social de assistência social; c) Organização e fomento à participação e controle social. ORGANIZAÇÃO DAS ATIVIDADES COLETIVAS As ações coletivas é uma estratégia importante no trabalho social do SPSPD, é realizado através das modalidades das Oficinas com Famílias e Oficinas Temáticas, buscam a partir da compreensão das dinâmicas familiares contribuir para a reflexão Subsecretaria de Assistência Social – SUASS/ SMASAC Grupo de Trabalho/ Portaria SMASAC 080/2020 Versão Final (08/09/2020) Recomendações para adequação das atividades desenvolvidas na Proteção Social Básica no contexto da Pandemia 29 das vivências das famílias e da pessoa com deficiência nas relações de cuidados, na resolução de conflitos, o desenvolvimento de autonomia, de respeito a si próprio e aos outros, bem como, as relações sociais vivenciadas pelo preconceitos e discriminações, fortalecendo assim uma cultura de proteção. Neste contexto da pandemia, estão suspensas as ações e atividades coletivas presenciais. Neste sentido, recomenda-se: a) As ações coletivas deverão ser realizadas através de encontros remotos com as família com o uso de mídias digitais, constituindo momentos que favoreçam as relações de convivência e de cuidados, discussão temáticas relacionadas a pauta da pessoa com deficiência, trocas entre as famílias, dentre outras estratégias; b) Realizar o planejamento das ações e atividades de forma articulada e integrada com as ações e atividades com o Programa Mala de Recursos Lúdicos; c) Desenvolver as atividades de forma interativa, utilizando de recursos que possibilitem a participação da pessoa com deficiência e sua família; d) Organização e fomento à participação e controle social. ORGANIZAÇÃO DAS AÇÕES DE ARTICULAÇÃO DE REDE As ações de articulação de rede constituem eixo fundamental no processo de trabalho do SPSPD e no contexto atual de isolamento social as equipes deverão dar continuidade a essas articulações através de contatos virtuais, tanto com a rede socioassistencial como também com a rede intersetorial e as redes de apoio local que possam contribuir no apoio e proteção aos usuários do serviço e suas famílias. Nesse sentido, orienta-se: a) Realizar a atualização das informações do funcionamento da rede de serviços no contexto atual nos territórios; b) Manter as interlocuções e reuniões com a rede para interfaces, encaminhamentos, discussões de casos através de contatos telefônicos
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