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DE Immanuel Kant KANT A PLATAO CLASSICOS DA FILOSOFIA JURIDICA DO DIREITO

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DE KANT A PLATÃO E A REPÚBLICA CLASSICOS DA FILOSOFIA DO DIREITO
Filosofia do direito (parte geral)
1. FILOSOFIA + DIREITO
1.1. O QUE É FILOSOFIA
Platão e Heidegger, por exemplo. Chamamos os dois de filósofos. O que tem em comum no pensamento dos dois?
“Quero afirmar, na primeira aula, que não existe NADA que una o pensamento desses dois homens”.
Filosofia é uma opinião sobre ela. Filosofia é uma tradição.
1.2. TRADIÇÃO
Essa tradição não é estável. A tradição é altamente histórica. É variável. Inclusive está sob altíssima disputa política;
Entretanto, alguns filósofos são altamente resilientes com relação à tradição dos filósofos. EX. Platão.
Filosofia é o que se chama por tal. Se tem um fulano que tem montes de minions que chamam ele de filósofo, fulano é filósofo;
1.3. E QUEM GERA ESSA TRADIÇÃO?
Diferentes atores. Na Idade Média, as instituições (Igreja);
EXEMPLO RECENTE DA MUDANÇA DA TRADIÇÃO. Marquês de Sade. Nos últimos 40 anos, foram produzidas na França uma série de monografias sobre a filosofia de Sade
1.4. E O QUE É DIREITO? 
Sueco Hägerström. Estudou o direito antigo e o que era o direito antigo dos romanos. E o que era esse direito antigo? Não tinha NADA de direito atual. Era uma questão de MAGIA;
EXEMPLO. Mancipacio. O contrato de troca. Não tinha nada de troca. Quando as partes se juntavam para fazer mancipatio, eles recitavam palavras mágicas e, com a ajuda da deusa, uma coisa “se transformava” na outra e vice versa;
1.5. PORTANTO, O DIREITO TAMBÉM MUDA
Direito é um fenômeno histórico, que muda.
1.6. O QUE É “FILOSOFIA DO DIREITO”?
Há dois caminhos para se explicar essa questão;
1. OLHANDO COM OLHAR DE FILÓSOFO
2. OLHANDO COM OLHAR DE JURISTA
1.7. “FILOSOFIA DO DIREITO” COM OLHAR DO FILÓSOFO 
NA FILOSOFIA. Costumamos identificar modelos filosóficos através de autores. Em geral, identificamos as filosofias a partir dos autores;
Diferentes autores, diferentes assuntos, diferentes modos de ver a vida
O que há de próximo entre esses autores? Cada um desenvolve seu MÉTODO;
Direito, política, religião, moral, ética, estética, arte, etc.;
Esses são OBJETOS DA FILOSOFIA;
PORTANTO, direito é um objeto da filosofia. Direito é um tema da filosofia;
Existem FILOSOFIAS DO DIREITO;
1.8. “FILOSOFIA DO DIREITO” COM OLHAR DO JURISTA
Em todo mundo, direito se estrutura em ramos: civil, constitucional, tributário, penal, etc.;
Mas existe um conhecimento jurídico mais alto do que este. Aquele de IED, lá do primeiro ano. : existem normas para tudo. Existem normas específicas para cada coisa. Uma norma que corresponde ao homicídio. Uma norma que vai falar sobre compra e venda, etc;
Alguém pergunta: o que é norma jurídica no geral? Kelsen, Bobbio e amigos faziam esse tipo de pergunta;
Isso é teoria geral do direito. Ela faz a totalização do já dado. Tem normas de diversos ramos. Quando Kelsen pergunta “o que é norma geral”, ele precisa de algo que caiba para todas as normas de todos os ramos. Ele só somou tudo, tirou o MMC;
IED PARECE filosofia do direito, mas não é. É uma totalização já dada. História do direito também é uma totalização do já dado;
1.9. PORQUE “FILOSOFIA DO DIREITO” É DIFERENTE?
FILOSOFIA DO DIREITO É DIFERENTE. Não está no campo da totalização do direito já dado. Está acima e ao lado. pergunta: ESTE É O DIREITO. É JUSTO? SERVE A QUEM?
Filosofia do direito tem algo que nenhuma outra área tem: a crítica! 
Pode ser progressista ou conservador (se vai além do direito já dado ou não)
2. IDADE ANTIGA. FILÓSOFOS ORIGINÁRIOS
2.1. DEUSAS GREGAS DA JUSTIÇA 
THEMIS Era deusa da justiça dos ricos. Ela segurava uma espada;
DIKÉ deusa da justiça dos pobres. Tinha uma venda em seus olhos, ela não sabe diferenciar quem é rico e quem é pobre;
2.2. AVANÇANDO 5 SÉCULOS. ROMANOS
Inventaram a JUSTITIA, com balança, espada e venda no olho
2.3. SÉC. VII a.C. OS ORIGINÁRIOS (OU “PRÉ-SOCRÁTICOS”)
Mas, na Grécia, havia também os originários (“pré-socráticos”): Anaximandro, Heráclito e Parmênides, além de vários outros. Eles vieram antes de Sócrates;
Originários eram fundados na mitologia: terra veio dos elementos (terra, ar, fogo, água), homem foi feito do barro, etc etc.;
O PRIMEIRO FILÓSOFO. Anaximandro de Mileto;
Todo mundo chama ele de primeiro filósofo, então ele é primeiro filósofo;
Segundo a história, ele escreveu 40 livros. Sabemos e não temos os livros;
Sobrou só o MEIO de uma frase. No meio dessa frase, ele fala de JUSTIÇA;
A frase do Anaximandro:
De onde as coisas têm seu nascimento, para lá também devem afundar-se na perdição, segundo a necessidade; pois elas devem expiar e ser julgadas pela sua injustiça, segundo a ordem do tempo
ÁPEIRON. O infinito, o indeterminado. “O ápeiron é o princípio da origem e do perecimento das coisas, e a injustiça a medida de cada coisa”
TRECHO DO LIVRO QUE EXPLICA ANAXIMANDRO. A consideração sobre a justiça e a injustiça das coisas, em Anaximandro, é prejudicada pela ausência de outros textos seus que possam contextualizar suas próprias ideias. O ápeiron é considerado um princípio dos seres, ilimitado. Se o ápeiron é um princípio eterno, fora do tempo, as coisas, que têm geração e corrupção, são temporais. Há um pagamento necessário das injustiças das coisas quando de sua corrupção. Se as coisas pagam sua injustiça só por serem coisas ou se por especificidades de sua trajetória como coisas, essa é uma reflexão prejudicada por falta de textos que a detalhem. 
Anaximandro foi o melhor aluno de Thales de Mileto (e este não é conhecido como filósofo, mas como cientista);
2.4. SÉC. VI a.C.
Heráclito de Éfeso;
Parmênides de Eleia;
Eles são do mesmo tempo, mas nunca se encontraram;
HERÁCLITO. Todas as coisas mudam. “Não se pode banhar duas vezes na água do mesmo rio”. A água do rio muda e nós mudamos;
PARMÊNIDES. Nada muda. Toda vez que o boi come capim, dentro do capim há partículas de “bovinidades”;
2.5. OS CLÁSSICOS
Séc. V. a.C. SÓCRATES de Atenas
Ganhou, em vida, o título de “maior filósofo do mundo”;
Depois de Sócrates, PLATÃO. Faz obras sistemáticas;
Depois de Platão, ARISTÓTELES;
Esses 3 são os clássicos;
3. IDADE ANTIGA. SÓCRATES + PLATÃO
3.1. SÓCRATES
Não escreveu nada. Platão que escreveu sobre / descreveu Sócrates;
Sócrates era velho (uns 55 anos) quando o menino Platão chegou;
Quando Sócrates foi morto, Platão tinha 31 anos;
Após morte de Sócrates, Platão foi exilado ─ e aí foi escrever sobre o mestre;
Sócrates ficava perambulando pela cidade. Foi acusado pelos 3 homens mais ricos de Atenas de deturpar os jovens, inventando umas ideias novas esquisitas filosóficas;
Platão foi exilado no Egito;
Com 40 e tantos anos, Platão voltou a Atenas e começou a escrever;
3.2. OS “DIÁLOGOS” ESCRITOS POR PLATÃO 
Diz-se que houve cerca de 100. Perdemos alguns tantos;
COMO SÃO OS DIÁLOGOS? Platão nunca escreveu nada dissertativo. Platão escreveu “peças de teatro”. Sócrates fala sempre com alguém (geralmente, conversa com a pessoa que dá nome ao livro). Platão nunca aparece nos diálogos, nunca é um personagem;
4 diálogos não têm nomes de pessoas. E são livros importantes;
3.3. LIVROS DE PLATÃO
“A REPÚBLICA”
É grande, composto por 10 livros. Sócrates fala com gente pra caramba. O que mais fala com Sócrates é Glauco (irmão de Platão);
“AS LEIS”
“APOLOGIA”. Sócrates se defende perante o tribunal de juízes de Atenas;
CARTAS. Uma das cartas é bem importante (a carta sétima), em que ele fala sobre o método e sobre como abriu mão de ser político;
3.4. SOBRE OS TEXTOS
O QUE SABEMOS. Diz-se que os primeiros textos são mais fidedignos ao que Sócrates falava. Na segunda fase, Platão é foda, já tem seu pensamento consolidado. É dessa época A República. Terceira fase, “As Leis”, que é um texto muito diferente de tudo o que tinha vindo antes disso. É dessa época também “Parmênides”, que certamente é uma ficção;
PRIMEIROS TEXTOS DE PLATÃO. Eutífron, Apologia, Críton, Fédon;
3.5. EXPLICANDO OS PRIMEIROS TEXTOS. QUATRO LIVROS JURÍDICOS DE PLATÃO. CAI NA PROVA #SOS #IMPORTANTE
EUTÍFRON. Sócrates acusado pelos ricos de Atenas de fazer a cabeça dos jovens. Sócratesé levado coercitivamente ao tribunal. Quando está chegando ao tribunal, encontra Eutífron, um menino, que de vez em quando ouvia Sócrates. Eutífron pergunta se é justo alguém ser acusado injustamente. AQUI TEM JUSTIÇA
APOLOGIA. No tribunal. 501 juízes. Se juntaram porque nenhum juiz queria sozinho condenar Sócrates. 3 homens mais ricos acusavam Sócrates de corromper os mais jovens dando ideias absurdas, era acusado de ser ateu e de trazer novos deuses. Sócrates diz: não não invento história que corrompe as pessoas, eu falo a verdade; mulher, criança, pobre não vota, isso não é democracia. Juízes falam: beleza, paga só uma multinha então. Sócrates diz: não pago nada e quero é ganhar uma coroa de louros e ser sustentado porque sou foda. Sócrates é condenado a morte;
CRÍTON. Sócrates na cadeia. Críton era discípulo rico hipster de Sócrates. Chega de buenas falando que comprou tudo os juízes e que Sócrates pode vazar. Sócrates diz que não. Críton diz que comprou tudo os policiais, vaza, Sócrates. Sócrates diz que não. Vai dar merda. Sócrates vai morrer. Todo mundo chora;
FÉDON. Menino chorando. Sócrates vai tomar o veneno e morrer. Metade do livro, Sócrates fala sobre a vida após a morte;
3.6. PLATÃO E A REPÚBLICA #IMPORTANTE
LIVRO SÉTIMO. Platão narra o mito da caverna. Moço que sai da caverna. Descobre a verdade. Volta para a caverna para contar a verdade. É morto;
LIVRO QUARTO E QUINTO. São os livros jurídicos #PROVA.
LIVRO QUARTO. “Sócrates – Assim sendo, o homem justo, enquanto justo, não será diferente da cidade justa, mas semelhante a ela” #FRASEDEPROVA
Diz que a justiça é política, necessariamente. O homem justo é igualzinho à pólis justa;
Não se mede justiça pelo indivíduo, mas apenas socialmente. Toda justiça só se mede na pólis, só se mede socialmente, só se mede na coletividade. Justiça é política, é social, justiça fala de comida e teto para todo mundo;
“Não há homem justo numa pólis injusta”;
A propriedade privada e a família são as principais causas da injustiça;
O mundo é de todos, é coletivo. A propriedade privada e a família faz com que as pessoas apenas olhem para seu umbigo, apenas para sua casa, apenas para seus filhos;
Platão diz que o ideal é a família universal. Os pais têm que ser pais de todos os filhos;
Platão diz: somos todos irmãos e, para isso, a riqueza tem que ser de todos;
LIVRO QUINTO. O método melhor de governo NÃO É A DEMOCRACIA. Democracia é um péssimo modelo de governo
;
DEMOCRACIA. Governo da maioria é um horror. Tem que ser o governo dos melhores.
E QUEM SÃO OS MELHORES? Crianças vão para escolas aos 7. Aos 35, os bons, os melhores, começam a governar. Aí, vamos testando. Quem consegue melhorar, quem é sábio, quem ajuda a população. Vamos vendo e achamos os melhores até os 55.
Se o governante mostrou que não é sábio, sacaneou,? Sai do poder! Desobediência civil. Tira as pessoas do cargo;
“Platão é altamente revolucionário”;
E PORQUE DEMOCRACIA É O PIOR REGIME?
1. Porque matou Sócrates;
2. No Egito, Platão aprendeu os números irracionais. Foi iniciado na matemática, aprendeu o pi e o zero. Do Pi, ele tirou a filosofia da democracia. Democracia é palavra, é retórica. E isso é exatamente a retórica da corrupção. Se eu tiver que falar o pi, eu nunca vou terminar. Mas se eu usar a IDEIA DO PI, eu posso fazer contas e chegar a um número inteiro;
A IDEIA É A VERDADE;
O mundo das opiniões é mundo das palavras. Mas a ideia é mais alta. Há um mundo da verdade e da justiça no mundo das ideias. No mundo das palavras há corrupção e sacanagem em nome da ‘’Democracia’’
4. IDADE ANTIGA. ARISTÓTELES
4.1. SEGUNDO MAIS IMPORTANTE LIVRO DE ARISTÓTELES PARA O DIREITO
A POLÍTICA. O segundo livro mais importante de Aristóteles para o Direito
4.2. A POLÍTICA IMPORTANTE
Ari diz: meu mestre Platão aprendeu com Sócrates que a Justiça é política;
A justiça, para Platão, é de interesse para todos;
Platão: “Não há homem justo numa polis injusta”. A justiça é social;
A justiça política é a divisão de tudo para todos;
Aristóteles, em “A Política”, continua a reflexão de Platão;
O homem é zoon politikon, o homem é um animal político
NO LIVRO DO MASCARO. O homem, para Aristóteles, não é um ser voltado ao seu interesse individual. É um animal político, zoon politikon. Somente se é um deus – ou seja, que se baste a si mesmo –, ou um bruto, é que não se volta ao bem de ser em sociedade.
O homem vive em sociedade não porque ele quis, mas porque é um dado natural dele. Na natureza, existem certos bichos que saem do ventre da mãe, já vão pro meio do mato e já saem vivendo sozinhos;
Um bebê humano de um mês no meio do mato, morre. O homem precisa de cuidados. Homem é um animal político porque ele não tem opção. Ele vive com todos porque não tem opção;
Uma sociedade boa é uma sociedade com boa distribuição de riqueza
4.3. AGORA, O LIVRO MAIS IMPORTANTE DE ARISTÓTELES: “ÉTICA A NICÔMACO”
É dividido em 10 livros/pedaços/capítulos;
ÉTICA está em ao menos 4 grandes capítulos + temas do direito e da justiça estão no capítulo 5°
4.4. O CAPÍTULO V DA “ÉTICA A NICÔMACO” #IMPORTANTE
Aristóteles reflete sobre o que é Justiça;
Nesse mesmo período, para gregos, Justiça era uma deusa de nome Niké. Até um tempo antes, era outra deusa. Para os romanos que estavam chegando aí, era a Iustitia;
JUSTIÇA. DOIS MODOS DE ENTENDER
1. ACEPÇÃO UNIVERSAL
2. ACEPÇÃO PARTICULAR
4.5. JUSTIÇA NA ACEPÇÃO UNIVERSAL
“É a virtude que acompanha a todas as demais virtudes. A Justiça é a estrela da manhã”;
É a estrela da manhã porque é a virtude universal;
Pense em qualquer virtude: caridade, paciência, equilíbrio, humildade, coragem…
Diz Ari: cada virtude tem um verbo. O verbo da paciência não é o mesmo do verbo da coragem (enfrentar). Pode uma pessoa ter paciência e não ter coragem. Sim. Uma virtude não depende da outra. MAS, é impossível ter uma virtude sem ter justiça. Para eu ser corajoso (enfrentar), tenho que enfrentar com justiça. Corajoso é quem bate no fraco e quem bate no forte. Se fugir do forte, não é corajoso;
JUSTIÇA É A VIRTUDE UNIVERSAL, QUE ACOMPANHA TODAS AS OUTRAS;
E POR QUE A JUSTIÇA É A ESTRELA DA MANHÃ? Porque qualquer virtude, para existir, tem que ter outras duas: ela mesma e a justiça. Mas para a virtude justiça existir, só precisa existir uma virtude: a justiça;
A única estrela que pode existir sozinha, sem nenhuma do lado, é a justiça. Por isso ela é a estrela da manhã; 
4.6. JUSTIÇA NA ACEPÇÃO PARTICULAR
CONCEPÇÃO FILOSÓFICA DA JUSTIÇA:
Gregos falavam que Justiça é “dar a cada um o que é seu”;
Mas Aristóteles dizia que isso é vazio. O QUE É DE CADA UM? Não sei. Mas a frase tem algo certo: O VERBO;
O TIPO VIRTUOSO DA JUSTIÇA SE CONSTITUI COM O VERBO “DAR”
Justiça é uma ação de DAR algo a alguém (que seja ‘dar a cada um o que é seu’);
Nesse caso, o justo é aquele que FAZ;
Justiça não é saber alguma coisa, justiça é dar alguma coisa;
E COMO É ESSE “DAR” JUSTO?
ARISTÓTELES DIZ. Há dois modelos:
1. Distributivo
2. Retributivo
 
4.7. OS EXEMPLOS PARA SE ENTENDER OS SENTIDOS DE JUSTIÇA
EXEMPLO. Largo S. Francisco tem 120 professores. Temos uma acepção de injustiça para o professor que sorteia as notas, deixa alguns alunos entrarem atrasados na aula e outros ele não deixa.
EXEMPLO SEM SORTEIO DE NOTA. Estudei pouco. Tirei 4 na prova. Mas queria tirar 10. Mas não estudei nada. Foi justo? Justiça é o que eu quero? Justiça é o que alguém quer? NÃO! Justiça é o que se dá por merecimento;
4.8. DAR NO SENTIDO DISTRIBUTIVO
Um questão distributiva tem no mínimo 4 termos;
Aristóteles chama de Justiça Geométrica;
É AQUELA QUE DÁ A CADA UM O QUE É SEU;
Na hora da prova, o que o professor dá a cada aluno é a nota. O professor é justo quando ele distribui as notas;
“Virtus in medium”. Latinos traduziram Aristóteles assim;
ARI DIZ: justiça é uma operação matemática. É a divisão;
Justiça é a justa divisão;
Eu tenho 120 alunos. Para o professor ser justo, quantas atribuição de nota ele tem que dar para ser um professor justo? Todas! Todas as notas têm que ser justas;
POR QUE NO MÍNIMO 4 TERMOS? No mínimo são duassituações, dois fatos, e duas distribuições. EXEMPLO. Professor tem que aplicar pelo menos duas provas, ver se os critérios foram os mesmos nas duas provas e se eles correspondem às notas das duas provas para saber que essa avaliação foi justa;
NINGUÉM FAZ JUSTIÇA/INJUSTIÇA CONSIGO PRÓPRIO
Quando Platão diz que Atenas é injusta, isso existe porque a distribuição não é igualitária para todos;
Quando os alunos são semelhantes, a justiça aqui chama-se mérito;
MÉRITO É PARA SEMELHANTES.
MAS E QUANDO NÃO SÃO SEMELHANTES? (SPOILER. Vai ser corretiva);
4.9. JUSTIÇA DISTRIBUTIVA NO CASO DE NÃO SEMELHANTES
MAIS UM EXEMPLO. Uma luta entre um cara muito ogro, muito forte e preparado X um magricelo despreparado. É desigual! O monstrão vence, ganha medalha de ouro. Mas, ainda assim, porque parece injusto? Porque eles são desiguais! Quando os lados são desiguais, não dá para agir de forma matemática.
Entre dessemelhantes, a justiça não é matemática, a justiça é correção da matemática!
É dar mais para quem tem menos, dar menos para quem tem mais;
Só há matemática quando as pessoas são semelhantes;
Aqui não há mérito, não é uma questão de mérito;
Tenho que tratar com dessemelhança os que são diferentes;
MAS COM QUANTA DESSEMELHANÇA?
4.10. QUEM DEFINE “COM QUANTA DESSEMELHANÇA” TRATAMOS OS DIFERENTES?
É A PÓLIS QUE RESOLVE ISSO! É NA AÇÃO POLÍTICA QUE ISSO SE RESOLVE
CONCLUSÃO DE ARISTÓTELES: A JUSTIÇA SÓ É MATEMÁTICA ENTRE SEMELHANTES
QUAL A MEDIDA DA CARÊNCIA E DO EXCESSO? Não é fixa, é variável! E quanto eu quero tirar de quem tem mais e dar para quem tem menos? ISSO É UMA VONTADE POLÍTICA!
A justiça é sempre uma resolução social dela ─ e quem tem mais força, ganhou;
4.11. DO LIVRO DO MASCARO. “MEIO-TERMO”
Pode-se fazer uma leitura de maneira mais profunda do pensamento de Aristóteles sobre a justiça, reconhecendo que há uma condição social de justiça para que sejam aplicados os tipos específicos de justiça (distributiva, corretiva e o caso especial da reciprocidade). Somente entre semelhantes é possível aplicar tais tipos específicos de justo. A situação de justiça que dá condição a auferir o justo, portanto, tem que afastar os extremos. Tais extremos são econômicos, políticos, culturais, sociais. Somente no meio-termo da situação social será possível, então, uma justiça específica de meio-termo. É possível, assim, pensar nas condições sociais para o justo, em Aristóteles, representadas pelo gráfico: 
[–] carência (————— meio-termo —————) excesso [+] 
Assim sendo, somente se pode pensar em justiça num espaço sem carência e sem excesso. Mas, para Aristóteles, esse espaço não é fixo. É social, histórico, variável. Exemplifiquemos. Se alguém, às margens do Rio Amazonas, delibera por fazer em seu quintal um chafariz, não faz um ato injusto, porque a água que usa em abundância não representa a carência a alguém. O arco do meio-termo da distribuição da água na Amazônia é largo. Mas, no deserto do Saara, se um homem delibera por fazer um chafariz, a água que utiliza para tal fim é um excesso, na medida em que há carência de tal produto aos demais. O arco do meio-termo da distribuição da água no Saara é estreito.
4.12. DAR NO SENTIDO RETRIBUTIVO. JUSTIÇA RETRIBUTIVA / JUSTIÇA ARITMÉTICA
Toda questão de justiça no sentido retributivo só tem 2 termos;
Ari chama de Justiça Aritmética;
É a justiça mais simples;
EXEMPLO. Pedi um livro emprestado. Fui roubado. Devolvo para a pessoa uma Ferrari? Não! Devolvo um livro!
PERDI? Dou de volta o mesmo;
REPARAÇÃO DO DANO. Causei um dano? Retribuo de maneira
4.13. RESUMO DE JUSTIÇA PARA ARISTOTELES ATÉ AQUI
Temos um sistema da justiça que pode ser tomada na sua acepção UNIVERSAL e na sua acepção PARTICULAR;
SENTIDO UNIVERSAL. Virtude que acompanha todas as demais virtudes, estrela da manhã
SENTIDO PARTICULAR. Dar a cada um o que é seu. Justiça é a ação de dar. E isto, “cada qual”, tem duas modalidades possíveis:
JUSTIÇA PARTICULAR DISTRIBUTIVA (GEOMÉTRICA). No mínimo, quatro termos
JUSTIÇA PARTICULAR RETRIBUTIVA (ARITMÉTICA). Dois termos, sempre
Você diz que algo é justo ou injusto porque algo é mal ou bem distribuído. Se uma coisa é justa / injusta, ela é justiça de distribuição ou retribuição. 
SEMPRE SERÁ ISSO;
JUSTIÇA É MATEMÁTICA QUANDO? Quando os termos na comparação são SEMELHANTES (não é igual). EXEMPLO. Quando nossa sala da faculdade é submetida a uma prova, somos todos diferentes, mas somos SEMELHANTES. A distribuição da nota da prova é uma coisa simplesmente de DISTRIBUIÇÃO MATEMÁTICA ─ traduzindo, isso é MERITOCRACIA;
Para todas as outras coisas que não são distribuição matemática, aí vai virar RETRIBUIÇÃO;
4.14. “RECIPROCIDADE”
“Tanto no caso de justiça distributiva quanto no caso de jus. retributiva, quase sempre se aceita algo de recíproco quando não se tem algo específico para se dar”;
RECIPROCIDADE é um caso especial, tanto de justiça distributiva quanto de justiça retributiva;
EXEMPLO. Peguei livro do Prof. Alysson emprestado de um colega. Perdi o livro? É só dar outro igual! Não tem mais livros do prof. Alysson? Pode dar um do Alexandre de Moraes. Mas não tem mais livro! Livros foram proibidos de serem produzidos. O que fazer? Aristóteles diz que, o que é genérico e geral e que vale quase sempre é DINHEIRO;
PORTANTO, RECIPROCIDADE é uma HIPÓTESE da justiça distributiva e da justiça retributiva;
4.15. QUEM É O AGENTE DA JUSTIÇA, QUEM FAZ JUSTIÇA?
Só por “saber”, já se é justo? NÃO! O justo é quem FAZ. Justiça é um FAZER;
Mas é um fazer qualquer?
JUSTIÇA É DAR, mas esse dar é um FAZER SABENDO O QUE SE ESTÁ FAZENDO E COM VONTADE DE QUE A JUSTIÇA ACONTEÇA;
O ACASO NÃO FAZ JUSTIÇA;
EXEMPLO. Avião explodiu com um monte de político corrupto dentro. Isso é justiça? NÃO! O acaso não faz justiça;
4.16. PACIENTES DA JUSTIÇA
Alguém é objeto da justiça, essa pessoa precisa querer?
Não importa se essa pessoa queira ou não queira. Justiça é DAR;
Mas e o paciente da justiça, ele tem que saber o conceito da justiça? Ele tem que saber o critério da justiça? Ele tem que querer?
Aquele que recebe a justiça não é pelo seu querer! E quem faz a justiça, esse sim, é pelo seu querer;
 4.17. EQUIDADE
A equidade é a parte final do conceito de justiça;
final do capítulo 5° da Ética a Nicômaco;
DIZ ARI: alguém distribuiu conforme, fez, sabia o que fazia, quis fazer justiça. E aí?
EQUIDADE É A JUSTIÇA DO CASO CONCRETO!
Só sei que sou justo se segui todo o trâmite e, ao final, “apalpei o caso concreto”, se peguei na mão o caso concreto;
Somos obrigados a pensar em justiça sempre, necessariamente, a partir do caso concreto!
EXEMPLO. Candidato ao mestrado que é gago, mas que ganha os mesmos 5 minutos de fala para expor seu projeto. É justo?
ARI DIZ: JUSTIÇA É A RÉGUA DE LESBOS / É A RÉGUA LÉSBICA
A régua de Lesbos se “amoldava à coisa que media” (como se não fosse uma régua, mas sim uma fita métrica);
CONCLUSÃO DE ARISTÓTELES: Justiça é APALPAR no caso concreto;
Justiça é altamente flexível. Ela depende do caso concreto;
No Latim, 5 / 6 séculos depois, a palavra usada era PRUDÊNCIA;
QUAL O NOME DO AFAZER JURÍDICO DOS ROMANOS? 
Jurisprudência = o afazer do justo no caso concreto;
JUSTIÇA PARA ARI é seguir uma norma? Não! É seguir uma regra? Não! É analisar o caso concreto;
4.18. JUSTIÇA NOS ROMANOS
PRUDÊNCIA = afazer do caso concreto;
FRASE 1.1.1. DO DIGESTO: Ius est ars boni et aequi = Justiça é a arte do bem e da equidade;
E ONDE ESTÁ A PARTE DO BEM? Porque justiça é a virtude que acompanha as demais, justiça no sentido universal;
E PORQUE É ARTE? Ninguém define o direito como arte. Hoje, direito é técnica. Para Aristóteles, é arte! Por que? Porque justiça se faz em cada caso, no caso concreto!
“As normas não valem nada perto da concretude das coisas”;
4.19. QUANTO UMA SOCIEDADE FAZ DE JUSTIÇA?
O quanto ela tem vontade política de fazer!
Por que não me sensibilizo com uma situação e me sensibilizo com outra? É uma questão política, uma questão de vontade. Uma mobilização histórica
5. FILOSOFIAS DO HELENISMO
São basicamente duas importantes
3a.c: Epicurismo
1a.c: Estoicismo;
5.1. EPICURISMOEpicuro, “um filósofo prático”.
Epicuro de Samos tinha um jardim, onde ele cultivava plantas. A partir daí, ele cria uma filosofia para dizer que a vida é como um jardim, um jardim que passa por estações;
O jardim precisa ser cuidado, senão, ele morre;
CONCLUSÃO DE EPICURO. Buscar o melhor para essa vida. O melhor da vida: busca pelo prazer;
“A vida boa é a que se orienta para o prazer”
Quem não vai gostar de Epicuro: todo mundo que vem depois dele, até chegar na gente;
Posso colocar adubo no meu jardim? Posso! Mas e se eu colocar um MONTÃO!? Jardim morre;
Posso beber vinho? Sim, até eu ter prazer. Qual o limite do prazer? O que se mantém até o limite do sofrimento;
DESDE QUE NÃO CAUSE SOFRIMENTO, tá valendo;
CRITICA
“Mas precisava também para uma filosofia para o povo”.As classes altas não têm nenhum problema com Epicuro. Mas as classes baixas têm. Afinal, quem trabalha na manhã seguinte às 5h da manhã não pode ficar fazendo orgia pela madrugada;
O que sobrava então para as classes baixas?
5.2. ESTOICISMO
Não se deve buscar o prazer. Para um ser humano ser justo precisa cumprir o dever. E se o dever causa desprazer? Não importa! Tem que se cumprir o dever;
Representantes: Sêneca e Cícero;
5.3. ESTOICISMO. CICERO!
300 anos depois de Aristóteles, Cícero destrói Ari;
A razão reta, conforme à natureza, gravada em todos os corações, imutável, eterna, cuja voz ensina e prescreve o bem, afasta do mal que proíbe e, ora com seus mandados, ora com suas proibições, jamais se dirige inutilmente aos bons, nem fica impotente ante os maus. Essa lei não pode ser contestada, nem derrogada em parte, nem anulada; não podemos ser isentos de seu cumprimento pelo povo nem pelo Senado;
Cícero fala que a lei da justiça é a recta ratio, é a RAZÃO IMUTÁVEL;
RECTA RATIO VAI DIRETAMENTE CONTRA A IDEIA DE EQUIDADE;
A norma é imutável, é sempre a mesma;
“Cícero, primeiro normativista da história”;
5.4. OS CRISTÃOS .......
CRISTÃOS. Filosofia dos cristãos é o Estoicismo: A RECTA RAZÃO! A razão é imutável. Quem é do demônio é do demônio. Quem é de Deus é de Deus. É tudo preto no branco;
6. IDADE MÉDIA. CRISTIANISMO
6.1. PATRÍSTICA
Filosofia dos padres da Igreja;
Existe Deus, existe Jesus e existe o Espírito Santo;
Como explicar que Deus é um mas é 3?;
Aí vem a filosofia dos padres. 
6.2. EXTRA. MARCION
Todos somos uma família universal. Todos temos que beber da mesma água, comer do mesmo pão;
Marcion foi chamado de herege e foi morto pela Igreja
7. IDADE MÉDIA. AGOSTINHO
7.1. INTRO
AGOSTINHO DIZ. Filósofos clássicos estão todos errados porque NÃO HÁ JUSTIÇA NA TERRA;
Deus castigou todos que são descendentes de Adão e Eva com o pecado. Se são pecadores, são injustos. A Terra é o lar do pecado. Não há um justo na Terra;
Justo é dar a cada um o que é seu? Não!
Justo é deixar do jeito que Deus deixou as coisas. Se a pessoa é pobre, Deus quis assim. Ela que fique pobre para sempre;
Agostinho dizia que na Terra tudo era pecado. Agostinho diz que, quando Eva comeu a maçã, o pecado é um vício mortal que acompanha os homens a vida toda.
AGOSTINHO se torna o único filósofo lido durante toda a Idade Média;
Agostinho esvazia a justiça política para falar de justiça divina
7.2. AGOSTINHO E JUSTIÇA
A justiça é aquilo que Deus quer fazer pela razão Dele;
Justiça é um derramar da graça de deus;
O homem pode fazer o que for, se Deus não derrama sua graça, não adianta nada;
A FÉ SALVA? Não necessariamente! A fé é o que o homem pode fazer, mas quem salva é a graça de deus;
7.3. DEPOIS DE AGOSTINHO
POR 800 ANOS, só houve um filósofo no ocidente: AGOSTINHO
Onde Aristoteles foi preservado? Cultura árabe;
Nesse sentido, a Igreja Católica encumbiu um Padre. Era padre desde os 14 anos., Leu Aristóteles a vida toda. Tinha que deformar aristóteles e fazer caber o Aristóteles no cristianismo ─ já que, a essa altura, Aristóteles estava espalhado por todo mundo, por causa dos árabes;
TOMÁS DE AQUINO
Se torna o homem responsável por tornar Aristóteles Cristão;
Escreve um livro de 10 mil páginas, a SUMA TEOLÓGICA;
8. IDADE MÉDIA. TOMÁS DE AQUINO
8.1. IDEIA DE TOMÁS DE AQUINO
Verdade, não tem justiça na Terra;
Mas existem certas leis de deus que são Divinas;
Mas também existem leis naturais e as leis humanas;
LEIS DIVINAS. São dogmas. Deus fez e o homem não sabe porque. Maria concebeu virgem? Não interessa porque, Deus fez assim;
LEIS NATURAIS. Uma parte das leis de deus que o homem pode entender. Ele até consegue entender pela razão. Se ele faz, aqui entra o Aristóteles. Se o homem sabe o que é justo e injusto, é aqui;
JUSTIÇA HUMANA. TOMÁS DE AQUINO diz que o pecado original existiu, Eva comeu a maçã, mas o pecado original é uma doença ─ doença pode ser tratada! Se o homem fizer bons atos, o homem pode ser curado;
CONTEXTO HISTÓRICO 
TEMPOS AGOSTINIANOS. Rigidez moral;
TEMPOS DE TOMAS DE AQUINO. Mais liberdade. Michelangelo pintando gente nua na Capela Sistina;
UM DADO MOMENTO, Tomás de Aquino vira o filósofo oficial da igreja católica. O QUE ACONTECE?
8.2. EXTRA. TOMÁS DE AQUINO X PROPRIEDADE PRIVADA
TOMÁS DE AQUINO DIZ: emprestou dinheiro para alguém? Não pode receber com juros. Deus acha que é uma infâmia receber dinheiro por causa de dinheiro. Essa é a teologia católica;
Por isso que protestantes odeiam o Tomás de Aquino;
Juros e banco é o horror. O Inferno de Dante está cheio de banqueiro no sétimo inferno;
8.3. CONTEXTO HISTÓRICO. AGOSTINIANOS X TOMISTAS. REFORMA PROTESTANTE! AGOSTINIANOS
São os Agostinianos que agilizam a reforma protestante. Inclusive Lutero era Agostiniano;
Não há alegria na terra, temos que esperar Deus;
NORTE DA EUROPA, Alemanha, Inglaterra e Genebra são os protestantes;
Quem vem de Inglaterra, norte da Europa, alemanha, são os AGOSTINIANOS ─ são os que acumulam riqueza;
AGOSTINIANO. Mais radical. Não existe justiça na Terra. Seguem-se as regras de deus a risca;
Chegaram lá onde hoje são os EUA. Quando chegaram lá, o Apache sabia quem era Jesus? Não? Mata, não serão salvos!
AGOSTINIANOS Tem que ter fé em Jesus. Quem não tem fé em Jesus, não é salvo. Só a fé salva
8.4. TOMISTAS
O resto da Europa, península ibérica, França, esses são os Católicos, são Tomistas
TOMISTAS. São os de boa, os católicos da orgia, vai na missa, vai no samba,
NOSSA
Nossa origem vem de Portugal, Península Ibérica, França, são os TOMISTAS ─ são os católicos que dão esmola;
Ibéricos encontraram índios. Ìndios sabem quem é Jesus? Não! SUÁREZ, VITÓRIA E BARTOLOMEU DE LAS CASAS. São de Salamanca e Coimbra. Eles dizem que NÃO SE PODE MATAR OS ÍNDIOS. Eles podem fazer atos justos!
TOMISTAS. Pode ser salvo pela fé, mas pode ser salvo pelos ATOS
CAPELA SISTINA. Tem um monte de gente pelada pintada lá! Por que isso aconteceu só naquele momento? Porque, um século e meio depois, a Igreja CONGELOU O TOMISMO. Do séc. 16 para o 17, aparece o neotomismo
8.5. NEOTOMISMO
Temos que seguir Tomas de Aquino;
SUÁREZ, VITÓRIA E BARTOLOMEU DE LAS CASAS. Falaram que não pode escravizar os índios;
MAS ninguém falou nada sobre os negros da África!
Pensamento jurídico: se não falaram que não pode, então pode!;
Neotomismo é a filosofia da igreja católica que permite a escravização do negro
9. IDADE MODERNA. RENASCIMENTO E ABSOLUTISMO
9.1. PRELIMINARES PARA ENTENDER A FILOSOFIA MODERNA
1. “Filosofia moderna não é a nossa, atual”. Filosofia atual é a contemporânea. Filosofia moderna é a da Idade Moderna;
2. Existe uma tradição na filosofia em chamar filosofia moderna só um tipo de filosofia moderna. NÃO HÁ uma só filosofia moderna. Na época da Idade moderna, há TRÊS grandes modelos filosóficos, mas é um só que chamamos de moderno;
9.2. QUAIS SÃO OS TRÊS PENSAMENTOS DENTRO DA IDADE MODERNA?
1. Renascimento. Cerca de 1550. Começou no final da Id. Média e adentrou a pelo menos um século de Idade Moderna. Mas costumamos identificá-lo como da idade média;
Renascimento. Bebe das fontes da filosofia antiga, mas é só uma inspiração, não é igualzinho aos antigos/clássicos
Renascimento foi muito limitado a alguns homens italianos. Não espalhou muito na Europa;
O RENASCIMENTO é composto deHOMENS LIVRES, se insurgem contra a religião e, na base da própria religião, lança uma filosofia humanista. Michelangelo fez o que fez no próprio templo do Vaticano;
2. Absolutismo. Primeiro pensamento absolutismo surgiu cerca de 1650 / início do séc. XVI na França. Acaba violentamente no fim da Id. Moderna;
Absolutismo. É um replicar (esse sim é igualzinho) do pensamento medieval;
É o pensamento da NOBREZA e do CLERO;
3. Iluminismo. É identificado como A FILOSOFIA MODERNA
ENTÃO CUIDADO. Quando falamos em “Filosofia Moderna”, posso falar desses 3 modelos de pensamento ou só do pensamento iluminista;
É a filosofia da classe burguesa;
Classe burguesa só vai ter força no século XVIII;
1789. Rev. Francesa. É o marco da burguesia ganhando o poder. “Essa é a idade de quando ela começou, não quando terminou”. Rei foi guilhotinado em 1791;
9.3. EXTRA. FILOSOFIA DO RENASCIMENTO. MAQUIAVEL
NOÇÃO DE MAQUIAVEL. Quem deu o poder para quem manda não foi Deus, foi o próprio governante com base em quem o apoia;
“O PRÍNCIPE”. Conselhos ao Príncipe de Florença;
1. Não precisa rezar, príncipe. Tem que fazer com que as pessoas pensem que você reza;
2. Tem que dividir as pessoas em facções, em coisas idiotas, como esporte, católicos X protestantes, gente de deus X gente gay, etc.;
Povo não pode ser politizado
DIVISÃO DO POVO EM FACÇÕES. Não pode ser TÃO séria. Temos que criar um inimigo externo. Como fazer todo o Brasil se unir? Quando a seleção brasileira joga contra a Argentina;
9.4. EXTRA. FILOSOFIA DO ABSOLUTISMO
Coimbra, Bologna, Navarra e afins desenvolvem a teoria;
Paulo de Tarso na carta aos romanos diz: “Deus dá o poder aos poderosos”. Se alguém é rei, ou presidente, ou prefeito, ou senhor de escravos, Deus o escolheu;
QUAL A TESE QUE OS ABSOLUTISTAS PEGAM DOS MEDIEVAIS?
TODO PODER NASCE DE DEUS;
Juristas dizem: todo poder nasce de Deus. Mas deus delega alguns poderes ao monarca;
A filosofia Teológica medieval rachou em duas: católicos e protestanstes;
“Todo poder nasce de Deus” mas muda de acordo com essas duas perspectivas;
Teoria protestante. Todo o poder nasce de deus. Mas o poder é de Deus. Como é do monarca? Porque há DELEGAÇÃO. Deus celebrou um CONTRATO com o Rei. Um contrato de PROCURAÇÃO ou MANDATO;
Contrato este sem reserva de poderes ao contratante.
COMO SEI QUE AQUELE É O REI?
Protestantes dizem: porque ele é o rei? Se Deus tivesse escolhido outro, seria outro;
Católicos dizem: como eu sei que aquele é o rei? Porque Deus tem UM representante na Terra, o Papa. Quando o Papa diz que tal pessoa é rei ou rainha, ele, no nome de deus, confirma o contrato de Deus com aquela pessoa. “Papa é o cartório que reconhece a firma de Deus”;
EXEMPLO. Quando o Rei na Inglaterra morre, o filho do rei pega a coroa que está lá na mesa, coloca na cabeça e se proclama o Rei;
EXEMPLO CATÓLICOS. Quando o Rei católico morre, o príncipe pega a coroa, leva até o Papa (ou traz o Papa), se desloca do palácio para a Igreja. Este pega a coroa e coloca na cabeça do novo rei;
10. IDADE MODERNA. FILOSOFIA ILUMINISTA
10.1. JOHN LOCKE
Jurista BURGUÊS ─ e não nobre;
“TRATADOS DO GOVERNO CIVIL” (1º e 2º). Diz que o governo NÃO VEM DE DEUS;
2° TRATADO. Preciso defender o interesse mais importante que rege a humanidade: A PROPRIEDADE PRIVADA
10.2. LOCKE ROMPE COM A TRADIÇÃO CATÓLICA
Propriedade privada é o único interesse que deve ser defensável;
“O maior princípio da razão é a propriedade privada”;
Nessa perspectiva, Locke defende os juros. Meu dinheiro é meu dinheiro, se emprestei a juros com um contrato, tem que respeitar o contrato e pagar meus juros;
10.3. LOCKE É COMPLEXO
Ao mesmo tempo que ele critica a Bíblia, também o cara da propriedade privada, meu X seu, morra de fome;
10.4. DESENVOLVIMENTO ILUMINISTA NA FRANÇA
MONTESQUIEU. Para que o proprietário não tenha sua propriedade dividida, o Rei não pode ter todo o poder ─ se não, ele pega a propriedade do rico e divide;
Por isso, Montesquieu inventa a tripartição dos poderes;
DIDEROT E AMIGOS. Pensamento enciclopédico;
ROUSSEAU. O ÚNICO iluminista que disse “burguesia no Poder, beleza, mas o povo vai passar fome”;
10.5. ROUSSEAU, O DEMÔNIO
Bebia vinho, bebia cerveja, curtia umas boas farras em Paris;
“Rousseau é mais ou menos o Vinícius de Moraes, só que filósofo, não poeta”;
“Discurso Sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade entre os Homens”;
ROUSSEAU DIZ. O que fundou a sociedade civil foi o fato de que alguém, um dia, demarcou sua propriedade privada ─ e as pessoas em volta foram idiotas o bastante para achar que aquilo que era de todos era só daquela pessoa. Quem fundou a sociedade civil foi quem roubou primeiro. Sociedade é fundada no roubo;
Os filósofos que examinaram os fundamentos da sociedade sentiram todos a necessidade de remontar ao estado de natureza, mas nenhum deles o atingiu. […] Todos, falando incessantemente de necessidade, de avidez, de opressão, de desejos e de orgulho, transportaram para o estado de natureza ideias que haviam tirado da sociedade: falavam do homem selvagem e descreviam o homem civil. […]
Comecemos, pois, por descartar os fatos, pois eles não se prendem à questão. Não se devem tomar as pesquisas que se podem realizar sobre esse assunto por verdades históricas, mas somente por raciocínios hipotéticos e condicionais, mais apropriados para esclarecer a natureza das coisas do que para lhes mostrar a verdadeira origem, e semelhantes aos que fazem, todos os dias, os nossos físicos sobre a formação do mundo;
10.6. CONSTRUÇÃO FILOSÓFICA DO ILUMINISMO. PRESSUPOSTOS #IMPORTANTE
Individualismo e universalismo
10.7. CONSTRUÇÕES DE FILOSOFIA DO DIREITO DOS MODERNOS
Defesa intransigente da propriedade privada
Da liberdade
Da igualdade 
E, em proporção menor, da família
10.8. INDIVIDUALISMO. ILUMINISMO DIZ QUE “HOMEM É UM SER INDIVIDUAL”. PARA JUSTIFICAR, CRIA A TEORIA DO CONTRATUALISMO
O homem vive sozinho;
Um dia, essa gente resolve se juntar e fazem um contrato para viver em sociedade;
Os iluministas vão falar de contrato civil, sociedade civil (o que é um bis in idem, não faz sentido);
Se ser individual é o Estado de Natureza, viver em sociedade é artificial ─ é o exato oposto a Platão e Aristóteles;
Para o indivíduo se organizar e viver em uma sociedade civil, ele precisa criar uma sociedade política, o Estado
Então, o Estado é outra coisa. É artificial também e é mais abaixo da sociedade. A economia está na sociedade civil, a política está na sociedade política;
QUAL O ESQUEMA DO ILUMINISMO?
1. Indivíduo
2. Economia (sociedade civil)
3. Estado (sociedade política);
PRIMAZIA DO INTERESSE DO INDIVÍDUO
Iluministas vão dizer: toda a verdade e a razão são universais;
10.9. UNIVERSALISMO. RAZÃO. Razão. Com R maiúsculo
O que for razão vale para todos, em todos os tempos. É eterno e imutável;
TESE. O que for princípio da razão jamais mudará
ARISTÓTELES E PLATÃO. Princípio da equidade. Flexibilidade. A razão É a flexibilidade;
10.10. PRA QUÊ TUDO ISSO? 
Porque vai se dizer que há um princípio que é UNIVERSAL, que jamais será revogado e mudado. É o princípio da PROPRIEDADE PRIVADA. As coisas não são de todo mundo, elas são de quem é dono;
LIBERDADE
IGUALDADE
+ TRADICIONAL FAMÍLIA BURGUESA
Esses são os PRINCÍPIOS UNIVERSAIS. Isso não muda, é eterno ─ segundo a filosofia iluminista
10.11. COMO SE JUSTIFICA ESSE UNIVERSALISMO?
Razão não é um dado cultural;
Não há culturas, há Razão. Quem tem outra cultura não tem outra Razão, é simplesmente irracional;
A Razão vem de dentro da cabeça do indivíduo e todos pensam sozinho. Se pensam racionalmente, chegarão ao mesmo pensamento racional;
Se todos pensarem racionalmente, sem olhar para a sociedade, vão chegar a conclusão que a Razão é defender a propriedade privada;
11. IDADE MODERNA. ILUMINISMO. EMPIRISMO X RACIONALISMO
11.1. A RAZÃO ILUMINISTA. 3 PRINCÍPIOS + UM PENDURICALHO
PROPRIEDADE PRIVADA,
LIBERDADE. Era uma liberdade comercial, negocial. Podia ter escravo;
IGUALDADE. Isonomia frente a lei;
A 4a Razão, meio capenga: FAMÍLIA ─ que garante os negócios. Se você me deve, posso cobrar de qualquer um da sua família.11.2. EXPLICAÇÃO FILOSÓFICA PARA A PROPRIEDADE PRIVADA
PENSAMENTO SE DIVIDIU em duas facções;
Empiristas X Racionalistas
11.3. EMPIRISTAS
Só há empirismo na IDADE MODERNA;
“Cada indivíduo conhece sozinho a Razão. A conhece perante as:
a. Percepções
b. Sensações
c. Experiências físicas;
Por que a propriedade privada é justa? Porque eu sinto que a propriedade privada traz conforto, me deixa tranquilo;
OPOSITORES RACIONALISTAS VÃO DIZER: mas quem disse que mesmas experiências com pessoas diferentes vão chegar a um mesma conclusão? A percepção pode não ser igual!
11.4. RACIONALISTAS
As pessoas pensam sozinhas;
Todos saberão as mesmas coisas porque as ideias são inatas!;
Por que sei que o casamento é hétero monogâmico? Porque já nasci com essa ideia!
OPOSITORES EMPIRISTAS VÃO DIZER: se todo mundo chegasse ao mesmo pensamento, as pessoas não iriam discordar e se matar;
11.5. PRESSUPOSTOS E FILÓSOFOS 
Pressuposto do empirismo: só sei porque a experiência me conta
Pressuposto do racionalismo: só sei porque está dentro de mim
Filósofos do empirismo: Berkley, David Hume, Bacon
Filósofos do racionalismo: Descartes, Montesquieu, Wolff
11.6. PORQUE ESSA GENTE É IMPORTANTE PARA NÓS?
LÁ NA FILOSOFIA DA ID. MÉDIA. católico X protestante.
E O RACHA DE EMPIRISTAS E RACIONALISTAS, ONDE FICOU? Ficou IGUALZINHO ao racha dos católicos X protestantes;
ALEMANHA: Totalmente racionalista
Quem é protestante é empirista;
Quem é católico é racionalista;
11.7. COMO ADMINISTRAR A PROPRIEDADE PRIVADA? 
11.8. COMMON LAW
Por que a propriedade privada é justa?
Empiristas dizem:
Porque em 1400 e tantos, um certo John chegou numa terra e falou: é meu! Eu registrei no cartório!
Um juiz sentenciou, disse que a propriedade é do John. Todo mundo que veio depois viu esse julgamento e teve que respeitar esse julgamento ─ e esse julgamento foi se repetindo;
Há uma EXPERIÊNCIA e ela se repete;
PORQUE COMMON LAW ESTÁ BOMBANDO TANTO NO BRASIL NOS ÚLTIMOS ANOS?
Estamos aqui falando de dois sistemas conservadores. Mas qual dos dois é AINDA MAIS CONSERVADOR? 
O COMMON LAW! Se em 1840 alguém foi condenado criminalmente por algum motivo, hoje, em 2017, vai ser julgado do mesmo jeito!
11.9. CIVIL LAW
França. Napoleão resolve fazer uma série de leis de coisas que não existia e resolveu promulgar. Inventou o Código Civil. Promulgou. PRONTO!
Essa ideia de que posso criar uma lei é ideia do RACIONALISMO;
12. IDADE MODERNA. ILUMINISMO. KANT
12.1. O INDIVÍDUO PARA KANT
Kant tenta dar explicações para a filosofia burguesa sem apelar para empirismo ou racionalismo
Existe o indivíduo. E o indivíduo conhece;
Sujeito do conhecimento;
Indivíduo conhece sozinho ─ mas todo mundo tem que conhecer a mesma coisa;
12.2. A FÓRMULA DE KANT
Sujeito do conhecimento, que é cada indivíduo, até tem experiências / percepções / sensações;
EXEMPLO. Qual a cor da parede da sala Fred Steidel. Branca. Nascemos conhecendo isso? Não. A experiência nos diz;
Kant diz: só é possível afirmar que vemos a parede como branca;
Das experiências, com as experiências, o sujeito do conhecimento só alcança os FENÔMENOS, jamais a coisa em si;
12.3. FENÔMENO
A aparência;
(PARA ENTENDER “FENÔMENO”, LEMBRAR DE FENÓTIPO: como aparece, a aparência do ser; como ela se apresenta para mim);
Não sei o que é uma coisa em si. Como todo mundo sabe que é a mesma coisa?
É porque temos certas ferramentas dentro de nós que são as categorias do conhecimento;
Elas não vêm da experiência. Elas são a priori;
“Todo ser humano, só pelo fato de se perceber no mundo, têm essas categorias do conhecimento”. Nem é experiência nem é inato. É a priori;
(Inato: ja nasceu dentro de mim);
(A priori: começo a usar desde antes da experiência);
A VERDADE ESTÁ EM QUEM VÊ
12.4. KANT SEPAROU O SUJEITO E O OBJETO
A verdade não está no objeto, ela está no sujeito;
FILOSOFIA INDIVIDUALISTA;
Eu nem considero o objeto, só considero o sujeito;
12.5. MAS TODO MUNDO TEM QUE VER A MESMA COISA
Por que? Porque as categorias apriorísticas são as mesmas!
Quais são as categorias? A LÓGICA e a CAUSALIDADE;
Algum sujeito do conhecimento alcança a realidade?
NÃO! O SUJEITO É TOTALMENTE DESCONEXO DO OBJETO
12.6. E O DIREITO?
EM KANT, eu não sei o que é a natureza, eu não alcanço o objeto em si, eu NÃO SEI o que é a natureza justa para os seres humanos. Se não posso dizer que a parede é branca, não posso dizer que o homem “naturalmente” precisa de pão ─ não importa! O princípio da justiça não é aquilo que satisfaz a natureza de alguém;
KANT. “Crítica da Razão Prática”. Como sei o que é o Justo?
Cada sujeito pensa sozinho para pensar o que é justo ou injusto, certo ou errado;
Al pensar sozinho, deve fazer um juízo de valor;
Para se chegar ao ético, correto, bom, só há um juízo de valor possível, o imperativo categórico;
É uma categoria que impera, que comenda;
12.7. IMPERATIVO CATEGÓRICO
!!! O JUÍZO DE VALOR. Preciso pensar uma máxima que valha para todas as pessoas em todos os tempos sem exceção;
EXEMPLO: MENTIRA. Faça a norma universal da mentira. Tem que valer para todos em todos os tempos. OU só serve mentir sempre pra todo mundo OU só serve nunca mentir para ninguém jamais. Consigo universalizar a lei de todo mundo mentir? Não. Então ninguém pode mentir. SEM EXCEÇÃO. Matar é a mesma coisa. NUNCA PODE, SEM EXCEÇÃO
CRÍTICA AO IMPERATIVO CATEGÓRICO. O imperativo categórico é não mentir de jeito nenhum. O pai está doente. O filho ouve do médico que o pai vai morrer em três dias. O pai está em alta depressão. E aí, o filho vai falar a verdade para o pai? Só um facínora seria capaz disso;
E POR QUE NÃO PODE MENTIR? Tenho um pobre morrendo. Para Kant, é justo flexibilizar a propriedade privada de George Soros para salvar este pobre? NÃO! NÃO É JUSTO! A propriedade privada NUNCA pode ser flexibilizada;
12.8. A GRANDE PERGUNTA: MAS KANT, COMO A PROPRIEDADE PRIVADA É A JUSTA, É O IMPERATIVO CATEGÓRICO?
LIVRO: “À PAZ PERPÉTUA”.
Falta mais uma ferramenta! Que é a mais importante de todas;
É A BOA-VONTADE
Se todos pensarem com a boa-vontade, todos sabem que a propriedade privada é a correta;
12.9. BOA VONTADE
Como pobre e rico concordam que a propriedade privada é o justo. Com VONTADE;
Como todas as pessoas chegam à mesma conclusão? QUERENDO;
Se elas não quiserem, elas NÃO CHEGAM À MESMA CONCLUSÃO;
13. EXTRAS. RELAÇÕES ....
13.1. COMPARAÇÃO MODERNOS X ANTIGOS
Para os modernos, a razão sai do indivíduo
E PARA PLATÃO E ARISTÓTELES? A razão sai da sociedade. Por que uma pessoa é machista? Por que a sociedade é machista!
PLATÃO E ARISTÓTELES. Tudo o que a gente sabe vem da cultura, vem da sociedade;
ILUMINISTAS. Razão está no cérebro. É a Razão de todos os tempos. Qualquer um que pensar com Razão deverá chegar a essa mesma Razão, deve chegar ao fundamento que a propriedade privada é justa;
13.2. RESUMO / COMPARAÇÃO
FILOSOFIA DA IDADE ANTIGA. Filosofia política. Justiça é para todos, e não para um;
FILOSOFIA DOS MEDIEVAIS. Filosofia teológica. Há um Deus, ele fez o mundo;
FILOSOFIA DA IDADE MODERNA. Filosofia do individualismo. Lastreia o capitalismo;
ID. ANTIGA. Aristóteles. “Justiça é bem do outro”;
ID. MEDIEVAL. Agostinho. Deus é homem, branco e velho, se você é pobre, isso é justo porque Deus quis assim....

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