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Apostila Ento_0107

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1 
 
Área 01, Aula 07 
Respiração e Reprodução 
 
 
1ª Edição 
Junho de 2018 
CONASEMS - Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde 
ProEpi - Associação Brasileira de Profissionais de Epidemiologia de Campo 
 
 
 
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intuito de lucro, constitui crime contra a propriedade intelectual, conforme 
estipulado na Lei nº 9.610/1998 (Lei de Direitos Autorais), com sanções previstas 
no Código Penal, artigo 184, parágrafos 1° ao 3°, sem prejuízo das sanções 
cabíveis à espécie. 
 
 
 
 
Expediente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de 
Saúde - CONASEMS 
Quadro Geral da Organização 
DIRETORIA EXECUTIVA 
Presidente – Mauro Guimarães Junqueira 
Vice-Presidente – Charles Cezar Tocantins 
Vice-Presidente – Wilames Freire Bezerra 
Diretora Administrativo – Cristiane Martins Pantaleão 
Diretora administrativo- Adjunto- Silva Regina Cremonez Sirena 
Diretor Financeiro – Hisham Mohamad Hamida 
Diretora Financeiro-Adjunto – Iolete Soares de Arruda 
Diretor de Comunicação Social – Diego Espindola de Ávila 
Diretora de Comunicação Social–Adjunto – Maria Célia Valladares Vasconcelos 
Diretora de Descentralização e Regionalização – Stela dos Santos Souza 
Diretora de Descentralização e Regionalização–Adjunto – Soraya Galdino de Araújo Lucena 
Diretor de Relações Institucionais e Parlamentares – Carmino Antônio de Souza 
Diretor de Relações Institucionais e Parlamentares- Adjunto- Erno Harzheim 
Diretor de Municípios de Pequeno Porte - Murilo Porto de Andrade 
Diretora de Municípios de Pequeno Porte–Adjunto – Débora Costa dos Santos 
Diretor de Municípios com Populações Ribeirinhas e em Situação de Vulnerabilidade – 
Vanio Rodrigues de Souza 
Diretor de Municípios com Populações Ribeirinhas e em Situação de Vulnerabilidade – 
Adjunto – Afonso Emerick Dutra 
2º Vice-Presidente Regional - Região Centro Oeste – André Luiz Dias Mattos 
1º Vice-Presidente Regional - Região Nordeste – Normanda da Silva Santiago 
2º Vice-Presidente Regional - Região Nordeste – Orlando Jorge Pereira de Andrade de Lima 
1º Vice-Presidente Regional - Região Norte – Januário Carneiro Neto 
1º Vice-Presidente Regional - Região Sudeste – Luiz Carlos Reblin 
2º Vice-Presidente Regional - Região Sudeste – Geovani Ferreira Guimarães 
2° Vice-Presidente Regional – Região Sul - Rubens Griep 
Conselho Fiscal 1º Membro – Região Norte – Oteniel Almeida dos Santos 
 
 
 
Conselho Fiscal 1º Membro – Região Nordeste – Leopoldina Cipriano Feitosa 
Conselho Fiscal 2º Membro – Região Nordeste - Angela Maria Lira de Jesus Garrote 
Conselho Fiscal 1º Membro - Região Centro-Oeste –Aparecida Clestiane de Costa Souza 
Conselho Fiscal 2º Membro - Região Centro-Oeste–Maria Angélica Benetasso 
Conselho Fiscal 1º Membro - Região Sudeste - José Carlos Canciglieri 
Conselho Fiscal 2° Membro – Região Sudeste - Tereza Cristina Abrahão Fernandes 
Conselho Fiscal 1º Membro - Região Sul - João Carlos Strassacapa 
Conselho Fiscal 2º Membro – Região Sul- Sidnei Bellé 
Representantes no Conselho Nacional de Saúde – Arilson da Silva Cardoso e José Eri Borges 
de Medeiros 
RELAÇÃO NACIONAL DOS COSEMS 
COSEMS - AC - Tel: (68) 3212-4123 
Daniel Herculano da Silva Filho 
COSEMS - AL - Tel: (82) 3326-5859 
Izabelle Monteiro Alcântara Pereira 
COSEMS - AM - Tel: (92) 3643-6338 / 6300 
Januário Carneiro da Cunha Neto 
COSEMS - AP - Tel: (96) 3271-1390 
Maria de Jesus Sousa Caldas 
COSEMS - BA - Tel: (71) 3115-5915 / 3115-5946 
Stela Santos Souza 
COSEMS - CE - Tel: (85) 3101-5444 / 3219-9099 
Josete Malheiros Tavares 
COSEMS - ES - Tel: (27) 3026-2287 
Andréia Passamani Barbosa Corteletti 
COSEMS - GO - Tel: (62) 3201-3412 
Gercilene Ferreira 
COSEMS - MA - Tel: (98) 3256-1543 / 3236-6985 
Domingos Vinicius de Araújo Santos 
COSEMS - MG - Tels: (31) 3287-3220 / 5815 
 
 
 
Eduardo Luiz da Silva 
COSEMS - MS - Tel: (67) 3312-1110 / 1108 
Wilson Braga 
COSEMS - MT - Tel: (65) 3644-2406 
Silvia Regina Cremonez Sirena 
COSEMS - PA - Tel: (091) 3223-0271 / 3224-2333 
Charles César Tocantins de Souza 
COSEMS - PB - Tel: (83) 3218-7366 
Soraya Galdino de Araújo Lucena 
COSEMS - PE - Tel: (81) 3221-5162 / 3181-6256 
Orlando Jorge Pereira de Andrade Lima 
COSEMS - PI - Tel: (86) 3211-0511 
Leopoldina Cipriano Feitosa 
COSEMS - PR - Tel: (44) 3330-4417 
Cristiane Martins Pantaleão 
COSEMS - RJ - Tel: (21) 2240-3763 
Maria da Conceição de Souza Rocha 
COSEMS - RN - Tel: (84) 3222-8996 
Débora Costa dos Santos 
COSEMS - RO - Tel: (69) 3216-5371 
Afonso Emerick Dutra 
COSEMS - RR - Tel: (95) 3623-0817 
Helenilson José Soares 
COSEMS - RS - Tel: (51) 3231-3833 
Diego Espíndola de Ávila 
COSEMS - SC - Tel: (48) 3221-2385 / 3221-2242 
Sidnei Belle 
COSEMS - SE - Tel: (79) 3214-6277 / 3346-1960 
Enock Luiz Ribeiro 
COSEMS - SP - Tel: (11) 3066-8259 / 8146 
 
 
 
Carmino Antonio de Souza 
COSEMS - TO - Tel: (63) 3218-1782 
Vânio Rodrigues de Souza 
Equipes do Projeto 
EQUIPE TÉCNICA 
Alessandro Aldrin Pinheiro Chagas 
Elton da Silva Chaves 
José Fernando Casquel Monti 
Kandice de Melo Falcão 
Márcia Cristina Marques Pinheiro 
Marema de Deus Patrício 
Nilo Bretas Júnior 
EQUIPE TÉCNICO-OPERACIONAL 
Alessandro Aldrin Pinheiro Chagas 
Catarina Batista da Silva Moreira 
Cristiane Martins Pantaleão 
Fábio Ferreira Mazza 
Hisham Mohamad Hamida 
Jônatas David Gonçalves Lima 
José Fernando Casquel Monti 
Joselisses Abel Ferreira 
Kandice de Melo Falcão 
Luiz Filipe Barcelos 
Murilo Porto de Andrade 
Nilo Bretas Júnior 
Sandro Haruyuki Terabe 
Wilames Freire Bezerra 
 
 
 
 
Sobre o CONASEMS 
 
Fazendo jus ao tamanho e à diversidade do Brasil, o Conselho Nacional de 
Secretarias Municipais de Saúde representa a heterogeneidade dos milhares de 
municípios brasileiros. 
Historicamente comprometido com a descentralização da gestão pública de 
saúde, o CONASEMS defende o protagonismo dos municípios no debate e 
formulação de políticas públicas e contribui para o aumento da eficiência, o 
intercâmbio de informações e a cooperação entre os sistemas de saúde do país. 
Conheça nossas três décadas de atuação acessando www.conasems.org.br. 
 
 
 
 
Equipe Técnica da Associação Brasileira de Profissionais de 
Epidemiologia de Campo - ProEpi 
 
Supervisão 
Érika Valeska Rossetto 
Coordenação 
Sara Ferraz 
Coordenação Pedagógica 
Hirla Arruda 
Gestão Pedagógica e de Tecnologia da Informação 
Renato Lima 
Conteudista 
Gabriela Carvalho 
Apoio Técnico ao Núcleo Pedagógico 
Danielly Xavier 
Evellyn Dutra 
Revisão 
Rodrigo Gurgel 
Sara Ferraz 
Carlois Campelo 
Ilustração 
Guilherme Duarte 
Mauricio Maciel 
Diagramação 
Mauricio Maciel 
Design Instrucional 
Guilherme Duarte 
Colaboradores 
Fernanda Bruzadelli 
 
Faculdade de Ciências da Saúde – Universidade de Brasília 
Supervisão 
Jonas Brant 
 
 
 
 
Sobre a ProEpi 
 
Fundada em 2014, a Associação Brasileira de Profissionais de 
Epidemiologia de Campo une pessoas comprometidas com a saúde pública e 
estimula a troca de ideias e o aperfeiçoamento profissional entre elas. Ofertando 
dezenas de horas de conteúdo profissionalizante em nossa plataforma de ensino 
a distância, curadoria de notícias, treinamentos presenciais e a mediação de 
oportunidades de trabalho nacionais e internacionais, a ProEpi busca contribuir 
para o aprimoramento da saúde pública no Brasil e no mundo. 
Apenas nos últimos dois anos, 5 materiais de ensino a distância já 
alcançaram mais de 3.000 pessoas pelo Brasil e países parceiros, como 
Moçambique, Paraguai e Chile, e mais de 30 treinamentos levaram os temas 
mais relevantes para profissionais de saúde pública, como comunicação de risco 
e investigação de surtos. Além do público capacitado com nossos conteúdos 
educacionais,unimos 10.000 seguidores no Facebook e impactamos 
semanalmente cerca de 30.000 com nossa curadoria de notícias. 
A ProEpi também atua na resposta a emergências de saúde pública ao 
redor do mundo. Foram mais de duas dezenas de profissionais de saúde 
enviados para missões em Angola, Bangladesh e África do Sul que contribuíram 
para o bem-estar da população local e vivenciaram experiências de trabalho 
transformadoras. 
Você pode fazer parte dessa evolução ao tornar-se membro de nossa rede: 
converse conosco escrevendo para contato@proepi.org.br. 
 
 
 
 
Sobre a ferramenta EAD autoinstrutiva em Entomologia 
Aplicada à Saúde Pública 
 
Os insetos são os animais mais bem-sucedidos do planeta e encontram 
no Brasil condições muito favoráveis para sua multiplicação. Em nosso clima 
quente e, em geral, úmido, eles encontram as circunstâncias ideias para 
sobreviver, se reproduzir e transmitir doenças. Como consequência, são motivo 
de preocupações cada vez maiores por parte da população e dos profissionais 
de saúde de todo o país. 
Pensando em preparar estes profissionais para os desafios do 
enfrentamento das doenças transmitidas pelos insetos - em especial por Aedes 
aegypti - o CONASEMS desenvolveu em parceria com a ProEpi, via TRPJ nº 
0125/2017, a ferramenta EAD autoinstrutiva em Entomologia Aplicada à Saúde 
Pública. 
Neste material, serão apresentados conceitos fundamentais para a 
identificação das espécies de maior importância médica, informações sobre seu 
comportamento, ciclo de vida e as doenças transmitidas por elas. Temas como 
a importância da Vigilância Epidemiológica, os métodos de captura, transporte e 
armazenamento de insetos e os indicadores entomológicos para as principais 
espécies também serão abordados. Por fim, temas de aplicação prática como os 
métodos de controle vetorial, o manejo integrado de vetores e os conceitos de 
segurança no trabalho serão discutidos. 
As aulas estão cheias de convites para que o profissional reflita sobre sua 
realidade local e interaja com seus colegas, além de exercícios que destacam e 
promovem a fixação dos conceitos mais fundamentais de cada tema. O objetivo 
é que o profissional se sinta preparado para aplicar em seu município as técnicas 
aprendidas aqui. 
Sucesso! 
 
 
 
 
Sumário 
Aula 7 - Respiração e reprodução .................................................................... 12 
1 - Sistema Traqueal e trocas gasosas ........................................................ 13 
1.1 - Difusão e ventilação ............................................................................. 15 
2 - Reprodução ............................................................................................. 18 
2.1 - Aparelho reprodutor feminino ............................................................ 21 
2.2 - Aparelho reprodutor masculino ......................................................... 22 
2.3 - Cópula ............................................................................................... 23 
2.4 - Dimorfismo sexual ............................................................................. 25 
2.5 - Oviposição ........................................................................................ 26 
Vamos relembrar? ....................................................................................... 29 
 
12 
 
Aula 7 - Respiração e reprodução 
Olá! 
Na aula anterior, você estudou sobre alimentação, 
nutrição, digestão e excreção dos insetos. 
Agora, você vai complementar o seu estudo e aprender 
sobre como ocorre a respiração e reprodução dos 
insetos. 
Também irá aprenderá a distinguir macho de fêmea de 
algumas espécies, além de observar algumas outras 
importantes estruturas da morfologia externa. 
Ao final desta aula, você será capaz de: 
• Identificar indivíduos machos e fêmeas de 
mosquitos; 
• Conhecer o modo de reprodução dos insetos; 
• Compreender o funcionamento do sistema 
respiratório da Classe Insecta. 
Agora iremos conhecer quais são os modos de reprodução da Classe Insecta e 
como é o funcionamento do sistema respiratório de um inseto. 
Você estudou as partes do corpo do inseto na aula de morfologia externa. 
Falamos sobre os órgãos que compõem a cabeça, as peças bucais, antenas, 
entre outros, mas não falamos sobre o nariz! 
Afinal, como os insetos respiram? 
Da mesma forma que a respiração é fundamental para os humanos, também é 
importante para os insetos. 
 
13 
 
1 - Sistema Traqueal e trocas gasosas 
Chamamos de aeróbios os animais que precisam de oxigênio para sobreviver, e 
os insetos fazem parte do grupo de animais, porque realizam trocas gasosas 
quando absorvem o oxigênio e eliminam o gás carbônico, produzido na 
respiração de suas células. 
A respiração compreende somente os 
processos metabólicos que consomem 
o oxigênio. 
Os insetos realizam trocas gasosas! 
Isso significa que eles consomem o 
oxigênio do ambiente e eliminam o gás 
carbônico, que é produzido pela 
respiração das células. 
Para entender como acontecem as trocas gasosas, é preciso saber quais são as 
estruturas que os insetos possuem para realizar esta troca e seu funcionamento. 
Uma destas estruturas, são os s espiráculos, que são pequenas aberturas 
musculares nas laterais do corpo dos insetos, localizados no tórax e nas 
traqueias que se parecem com tubos. Cada inseto possui até 10 pares de 
espiráculos. 
Os espiráculos são responsáveis por 
sugar o oxigênio do ambiente e levar 
até a traqueia e depois devolver ao 
ambiente o gás carbônico. Entretanto, 
em algumas espécies que habitam 
lugares úmidos, a troca gasosa é feita 
diretamente pela superfície corpórea. 
Exemplo: colêmbolos. 
Trocas gasosas - Fonte: Desconhecida 
Colêmbolo - Fonte: U. Burkhardt, 2006 (Licença CC3) 
 
14 
 
O sistema traqueal é formado por todos os órgãos responsáveis pela obtenção 
e excreção de gases. Inclui as traqueias, os espiráculos, os diafragmas e outros 
órgãos menores. 
O sistema é formado por uma rede ramificada de traqueias com subdivisões mais 
finas (traquéolas) que conduzem o ar para todas as partes internas do corpo. 
Em determinadas regiões do corpo, a traqueia pode alterar seu tamanho, 
alargando-se e formando os chamados sacos aéreos, que atuam no 
armazenamento de oxigênio e na ventilação. 
O contato do meio interno com o meio externo é feito pelo espiráculo (também 
chamado estigma). O sistema traqueal é eficiente ao ponto de a troca gasosa 
chegar ao nível celular. Nesse nível, as células consomem o oxigênio na 
realização de seu próprio metabolismo. O oxigênio é difundido e segue da 
traqueia para os tecidos. 
A entrada e a saída do ar acontecem devido aos movimentos musculares que 
abrem os tubos das traqueias, quando o espiráculo “suga” o ar. O oxigênio, 
presente no ar, percorrerá todo o sistema respiratório pelas traqueias e suas 
ramificações menores (traquéolas). 
Quando a musculatura se contrai, a traqueia também sofre contração, fazendo 
com que o ar seja expelido. O movimento de expansão e contração traqueal é 
controlado pelo sistema nervoso do animal. As traqueias são órgãos flexíveis 
e não se rompem durante a movimentação de expansão e contração, por causa 
dos anéis espirais de quitina (chamado de tenídeos) que sustentam todo o tubo 
traqueal. 
Sistema traqueal – Fonte: (P. J. Gullan, 2017) 
 
15 
 
Os tenídeos resistem à compressão e permitem a abertura da traqueia fazendo 
com que o oxigênio, que entra pelos espiráculos, passe por estas estruturas e 
também pelas traquéolas, até que cheguem às células, oxigenando o organismo. 
O caminho inverso é utilizado para a eliminação do gás carbônico metabolizado, 
ou seja, o gás carbônico produzido pelo metabolismo das células, retorna pela 
traquéolas e traqueias e depois sai pelos espiráculos. 
1.1 - Difusão e ventilação 
A ventilação é o processo pelo qual o ar é levado ao sistema traqueal e o modocomo circula dentro do organismo. O processo pode ser classificado como 
ventilação direta e ventilação indireta. Durante a realização da ventilação direta, 
ocorre a circulação do ar no interior das traqueias, podendo ser dividido em três 
fases: 
1. Aspiração: momento em que o ar entra no sistema das traqueias; 
2. Compressão: ocorre quando a musculatura abdominal força o ar mais 
profundamente. 
3. Expiração: ocorre quando o ar é admitido pelos espiráculos anteriores e 
expelido pelos posteriores. 
A ventilação indireta ocorre quando o ar é direcionado às traquéolas, onde o 
oxigênio dissolvido é levado ao interior da célula. A entrada de oxigênio nas 
Sistema respiratório dos insetos - Fonte: Eleanor Lutz, 2014 
 
16 
 
células promove a saída do gás carbônico por difusão via tegumentar e eliminado 
também pelos espiráculos posteriores. 
O sistema traqueal é adaptado de acordo com o ambiente ou fase de 
desenvolvimento do inseto. Isso significa que as espécies sofreram mudanças 
durante todo seu processo de evolução. Em insetos aquáticos ou em espécies 
em que a fase imatura é aquática, o oxigênio na água está em menor proporção 
quando comparado ao ar atmosférico. Dessa forma, os insetos sofreram 
diversas adaptações durante a evolução das espécies que resultaram na 
otimização do sistema aquático, como: 
1. Renovação do suprimento de ar: com a produção de camadas de ceras 
ou desenvolvimento de sifão respiratório em fases imaturas de insetos. 
2. Respiração cutânea: sistema traqueal desse grupo apresenta os 
espiráculos fechados, ocorrendo a troca gasosa pela cutícula de modo 
difuso. 
3. Brânquias traqueais: algumas espécies apresentam saliências na 
parede corporal ricas em traqueias, otimizando a absorção de ar. 
4. Brânquias espiraculares: são estruturas rígidas com extensa área de 
contato que permite a extração do oxigênio diretamente da água, o que 
permitiu evolutivamente a respiração terrestre pelos espiráculos 
convencionais aqui já descritos. 
Você viu que os insetos são animais aeróbios, porque precisam de oxigênio para 
sobreviver. 
O sistema traqueal é responsável pelo processode troca gasosa e respiração. 
Composto por traqueias, diafragmas, espiráculos e outros órgãos. Este sistema 
é responsável pela entrada e saída dos gases do organismo do inseto. 
Há uma diferença entre o processo de troca gasosa e a respiração de insetos. 
Troca gasosa é o processo pelo qual os insetos “sugam” o oxigênio do ar e 
eliminam o gás carbônico. O oxigênio passa pelo sistema traqueal realizando a 
ventilação do organismo até chegar às células. 
 
17 
 
Já quando as células consomem (metabolizam) o oxigênio, esse processo é o 
que chamamos de respiração. 
Complete a frase com as palavras corretas. 
1. Os insetos fazem parte do grupo de animais aeróbios, porque realizam 
________________quando obtêm o oxigênio e eliminam o gás carbônico, 
produzido na _______________ de suas células. 
 
Você aprendeu que organismos aeróbios são aqueles que necessitam de 
oxigênio para viver. Isso significa que o oxigênio é essencial para a sobrevivência 
desses animais por causa de sua respiração aeróbia. Mas será que existem 
organismos que não precisam de oxigênio para sobreviver? É o que vamos te 
contar agora! 
Na Biologia estudamos três tipos de respiração: anaeróbia e aeróbia. A 
respiração anaeróbia ocorre somente em ambientes com baixas concentrações 
de oxigênio e nitrato. Ou seja, os seres que realizam esse tipo de respiração não 
suportam ambientes com alta concentração de oxigênio. 
Temos dois tipos de respiração anaeróbia. Uma delas é a respiração anaeróbia 
obrigatória, que compreende seres que não sobrevivem em ambientes com mais 
de 10% de concentração de oxigênio. Como exemplos de anaeróbias obrigatórias 
podemos citar espécies de bactérias dos gêneros Clostridium e Bacteroides. 
O outro tipo se refere à respiração anaeróbia facultativa, também chamada de 
anóxica, e engloba os seres que podem viver em ambientes com oxigênio, mas 
não precisam dele para sobreviver. Isso significa que esses seres conseguem 
sobreviver em ambientes com mais de 10% de concentração de oxigênio, mas 
se estiverem em ambientes com uma concentração menor desse elemento ainda 
conseguirão viver. Citamos como exemplo de ser com respiração anaeróbia 
facultativa a bactéria Escherichia coli. 
*respostas ao fim da apostila 
 
18 
 
Por fim, temos a respiração aeróbia, que inclui os seres que precisam de altas 
concentrações de oxigênio para conseguir sobreviver no ambiente. Nós, 
humanos fazemos parte do grupo dos seres aeróbios. Os insetos que estudamos 
nesse curso também! Ou seja, podemos citar espécies do gênero Aedes e Culex 
como exemplos de organismos aeróbios. 
2 - Reprodução 
A reprodução dos insetos pode ser sexuada ou assexuada. A maioria das 
espécies pertencentes à classe Insecta têm reprodução sexuada. Os insetos são 
organismos dióicos, isso significa que os gametas masculinos e gametas 
femininos são produzidos em indivíduos distintos, ou seja, os indivíduos 
possuem somente um dos sistemas reprodutores (masculino ou feminino). 
A reprodução sexuada ocorre por meio da cópula entre o macho e fêmea de 
cada espécie. Por meio da cópula, os espermatozoides são inseridos nas 
fêmeas, que os armazenam em uma estrutura chamada de espermateca. 
Insetos se reproduzindo - Fonte: André Karwath, 2005 (Licença CC2.5) 
 
19 
 
As fêmeas podem armazenar espermatozoides de mais de um macho de sua 
espécie. Os óvulos da fêmea são fecundados conforme passam pelo oviduto 
mediano e pela vagina. A maior parte das fêmeas é ovípara, ou seja, põem ovos. 
O mosquito da espécie Aedes aegypti é um exemplo de espécie que realiza a 
reprodução sexuada e coloca ovos. 
A Algumas espécies se reproduzem de forma assexuada em um mecanismo 
conhecido como partenogênese. A partenogênese ocorre quando o gameta 
feminino se desenvolve sem ter sido fecundado por um gameta masculino, 
formando uma prole de descendentes haploides (animais cuja quantidade de 
informação genética veio de um único conjunto cromossômico). A reprodução 
assexuada ocorre em algumas espécies de formigas, zangões e algumas 
espécies de pulgões. 
Partenogênese em insetos - Fonte: Desconhecida 
Aedes albopictus copulando - Fonte: James Gathany, 2003 (Domínio Público) 
 
20 
 
De maneira geral, o sucesso reprodutivo da Classe Insecta se dá à elevada 
capacidade reprodutiva aliada a condições favoráveis de clima, alimento e o ciclo 
de vida curto. 
Isso significa que os insetos conseguem gerar muitos descendentes. Cada 
fecundação pode gerar centenas de ovos! Entretanto, com a grande população 
de descendentes, os insetos conseguiram se espalhar por diversas regiões do 
globo terrestre. 
Nesta aula, nosso foco é nos grupos de insetos que se reproduzem de forma 
sexuada e fecundação interna. 
 Você viu que a reprodução dos insetos pode ser sexuada ou assexuada. A maior 
parte dos insetos possui reprodução sexuada, ou seja, se reproduz através da 
cópula entre macho e fêmea. Um exemplo de inseto com reprodução sexuada é 
Aedes aegypti. 
Há também insetos que se reproduzem de forma assexuada, em um processo 
de partenogênese. Isso acontece quando um gameta feminino se desenvolve 
sem ter sido fecundado por um gameta masculino. Algumas espécies de formigas 
se reproduzem dessa maneira. Com base no que estudou até agora, marque a 
alternativa correta. 
A reprodução dos insetos podem ser: 
a. ( ) sexuada ou assexuada. 
b. ( ) metamerizada e sexuada. 
c. ( ) assexuada e segmentada. 
d. ( ) sexuada e feminina. 
 
A reprodução sexuada ocorre quando se juntam os espermatozoides (gametas 
masculinos com informação genética do macho) e os óvulos (gametas femininos 
com informação genética da fêmea) para a formação do embrião (zigoto ou ovo). 
*respostas ao fim da apostila 
 
21 
 
O embrião será diplóide porque seu organismo teráinformação genética paterna 
e materna. A reprodução assexuada ocorre quando o gameta feminino se 
desenvolve dentro do organismo de um único animal, sem espermatozoide e sem 
a necessidade de cópula entre animais de sexos diferentes. 
2.1 - Aparelho reprodutor feminino 
O aparelho reprodutor feminino da classe Insecta 
é composto por um par de ovários (posicionados 
lateralmente ao tubo digestivo) que estão 
conectados a dois ovidutos laterais que se 
conectam a um oviduto comum central, que se 
liga à vagina. 
É importante ressaltar que cada ovário é formado 
por ovaríolos que se abrem e são conectados 
aos ovidutos laterais. Os ovidutos são tubos 
responsáveis pela passagem do óvulo para o 
meio externo, desembocando na vagina. 
A vagina possui uma abertura na superfície ventral que pode estar localizada 
entre o sétimo e o nono segmento abdominal. Nas fêmeas da Classe Insecta 
existe a espermateca, que possui a função de receber e armazenar os 
espermatozoides após a cópula. 
Além das estruturas que mostramos, o sistema reprodutor feminino dos insetos 
possui glândulas que produzem substâncias que auxiliam o processo de 
oviposição. Ou seja, as substâncias produzidas pelas glândulas são hormônios 
que facilitam a colocação dos ovos pelas fêmeas. A oviposição também é 
controlada pelo sistema nervoso central da fêmea. 
Aparelho reprodutor feminino - Fonte: 
Desconhecida 
 
22 
 
2.2 - Aparelho reprodutor masculino 
O sistema reprodutor masculino é composto 
por um par de testículos que produzem e 
armazenam os espermatozoides em vários 
estágios de desenvolvimento e que serão 
lançados em canais laterais, chamados de 
vasos deferentes. Os vasos deferentes se 
alargam formando a vesícula seminal, que 
será responsável por armazenar o esperma. 
Após a protuberância da vesícula seminal, os 
dois dutos se unem, formando o duto 
ejaculatório que em sua porção final possui um pênis ventral chamado de edeago 
associado ao oitavo segmento. As glândulas acessórias, com função de expelir 
o fluido seminal, ficam alocadas na superfície superior do duto ejaculatório. 
Você viu na aula 4 de morfologia externa dos insetos que o corpo desses 
invertebrados é metamerizado, ou seja, é dividido em segmentos! 
São 9 os segmentos que dividem o corpo do inseto. A vagina, que faz parte do 
sistema reprodutor feminino, possui uma abertura no abdome que se situa entre 
o sétimo e o nono segmento. No sistema reprodutor masculino, o edeago (pênis) 
está associado ao oitavo segmento. 
 
Aparelho reprodutor masculino - Fonte: Desconhecido 
Macho - Fonte: Desconhecida Fêmea - Fonte: Desconhecida 
 
23 
 
O aparelho reprodutor feminino da Classe Insecta é composto por ovários, 
ovidutos e vagina. As fêmeas dos insetos possuem também uma estrutura 
chamada de espermateca, que é útil para armazenar os espermatozoides dos 
machos. 
Já o sistema reprodutor masculino é composto por um par de testículos que 
produzem e armazenam os espermatozoides. No sistema reprodutor masculino 
também se encontram as vesículas seminais, que armazenam o esperma, estão 
nas terminações dos vasos deferentes. 
O edeago é um tipo de pênis de insetos e está associado ao 8 segmento do corpo 
do macho. A sua função é de ejacular o líquido seminal com ajuda das glândulas 
acessórias que produzem fluidos que facilitam a ejaculação. 
Sobre o sistema reprodutor feminino, complete a frase com as palavras corretas. 
Nas fêmeas da classe Insecta existe a _____________, que possui a 
função de receber e armazenar os _________________ após a cópula. 
2.3 - Cópula 
Durante a cópula, o edeago do macho é inserido no interior da vagina da fêmea. 
Em algumas espécies de libélulas, borboletas e moscas, os machos podem 
apresentar estruturas seguradoras que prendem o abdome da fêmea durante o 
ato da cópula. 
Na maioria das espécies, a transferência do esperma do órgão masculino ao 
feminino é realizada por meio de espermatóforos (“pacotes” de 
espermatozoides) que serão depositados no interior da vagina. 
Após a deposição, o esperma é liberado e acumulado na espermateca, onde 
será armazenado até ocorrer a postura dos ovos. A fertilização acontece quando 
os óvulos passam pelo oviduto no momento da deposição dos ovos. 
*respostas ao fim da apostila 
 
24 
 
Em cada cópula uma grande porção de espermatozoides é armazenado na 
espermateca, o que é suficiente para a fertilização de centenas ou milhares ovos, 
a depender da espécie. Isso permite que insetos de várias espécies cruzem 
apenas uma vez na vida e produzam ovos fertilizados durante toda a vida adulta 
da fêmea! 
Quando os ovos chegam ao oviduto, eles já possuem uma camada membranosa 
chamada de córion. Sendo assim, poder dizer que o córion é uma camada do 
ovo revestida de furos microscópicos chamados de micrópilas, que são 
aberturas pelas quais o esperma adentra. 
Após a fertilização, o ovo será depositado no ambiente. O local onde o ovo será 
depositado depende do habitat e da ecologia do inseto adulto. A porção 
anatômica da genitália externa para a postura dos ovos é chamada de ovipositor. 
Após a deposição no ambiente, os ovos se desenvolvem obedecendo às 
características próprias da espécie. 
Como você viu na aula 3 de Morfologia externa, o tipo de 
desenvolvimento pode ser direto (sem metamorfose), hemimetábolo 
(metamorfose incompleta) e holometábolos (metamorfose completa). 
Além disso, a transformação do inseto na fase imatura para a adulta é 
regulada por hormônios produzidos pelo sistema endócrino. 
 
Em algumas espécies de insetos, como mosquitos do gênero Aedes, o 
período de desenvolvimento do ovo pode ser interrompido, ou seja, o 
processo de embriogênese pode ser interrompido. É como se houvesse 
uma “pausa” no crescimento e desenvolvimento do ovo do inseto. 
Esse período é chamado de diapausa, sendo o momento em que o ovo 
de Ae. aegypti pode sobreviver a diversas alterações do ambiente, como 
por exemplo, as secas, e dar continuidade no seu desenvolvimento e 
permanecendo no ambiente. 
 
25 
 
Isso significa que o ovo sobrevive no ambiente sem haver a eclosão das 
larvas. Por exemplo, se há um ovo no ambiente, ele não vai se 
transformar em larva até o momento em que as condições estiverem 
favoráveis. 
Após as condições ambientais voltarem à estabilidade, o ovo volta ao 
seu desenvolvimento e a fase imatura eclode e mantém o ciclo natural 
de vida. 
2.4 - Dimorfismo sexual 
Dimorfismo sexual se refere a todas as características físicas dos insetos que 
permitem diferenciar o macho da fêmea de uma mesma espécie. 
Lembra que estudamos as antenas? Mostramos que os machos de espécies de 
mosquitos do gênero Aedes possuem antenas plumosas enquanto as fêmeas 
desse tipo de mosquito possuem antenas pilosas. Esse é um exemplo de 
dimorfismo sexual. 
Em outras espécies de insetos podemos observar o dimorfismo sexual de outra 
forma. Em flebotomíneos observa-se a diferença de machos e fêmeas a partir 
da porção final do abdome, que é abaulado nas fêmeas enquanto nos machos é 
composto por uma série de estruturas que aparentemente forma com gancho. 
Você já reparou que na espécie humana, observamos características 
exclusivamente masculinas e outras femininas? 
Isso também ocorre na Classe Insecta e em determinadas espécies, onde 
apenas olhando conseguimos identificar os indivíduos de acordo com o sexo a 
que pertencem. 
Nosso foco é a distinção sexual dos mosquitos que podem ser vetores de 
diversos patógenos causadores de doenças de importância em saúde pública. 
 
26 
 
Em mosquitos machos, as 
antenas são consideradas do 
tipo plumoso e os palpos 
(estruturas do aparelho bucal) 
são alongados, em relação ao da 
fêmea. 
As fêmeas de mosquitos 
possuem antenas do tipo pilosas 
e os palpos tem um tamanho 
menor que a dos machos, o que 
auxilia no processo de 
hematofagia, realizado apenas 
por fêmeas (Observação: essa 
definição nãose aplica fêmeas 
de mosquitos do gênero 
Anopheles). 
Outra estrutura diferenciada nas fêmeas é a porção final do abdome, a qual é 
transformada em uma estrutura chamada ovipositor. Os machos possuem as 
terminações do sistema reprodutor, ou seja, o edeago no final do abdome. 
2.5 - Oviposição 
Na grande maioria das espécies pertencentes à Classe Insecta, após a 
fecundação e desenvolvimento do ovo fertilizado ocorre a deposição no 
ambiente, processo que chamamos de oviposição. Dependendo das condições 
climáticas e ambientais, o ovo irá eclodir dando origem a larvas que se 
desenvolvem até a fase de pupa (estágio onde inicia-se o processo de 
metamorfose completa), que depois se transformará em adulto. É importante 
lembrar que os insetos da subfamília Triatominae possuem metamorfose 
incompleta, e não apresentam fase de pupa. 
Culex macho vs. fêmea - Fonte: E. A. Goeldi, 1905 (Domínio Público) 
 
27 
 
A oviposição no ambiente dependerá da ecologia do inseto, uma vez que 
chamamos de criadouros os locais onde os ovos são depositados. Os tipos de 
criadouros podem variar de acordo com as características ecológicas da 
espécie. 
Existem espécies que habitam criadouros formados pela própria natureza 
(criadouros naturais) e outras que habitam em algum objeto no ambiente 
(criadouros artificiais). 
Você consegue imaginar a quantidade de criadouros disponíveis no ambiente 
para o desenvolvimento dos mosquitos por exemplo? 
Faça um exercício mental e pense na quantidade de possíveis objetos que 
podem acumular água, originando criadouros para o desenvolvimento dos ovos 
desses animais. 
 
Nosso curso se preocupa com espécies vetoras de doenças de importância em 
Saúde Pública! As espécies de insetos que estudamos realizam a reprodução de 
forma sexuada, ou seja, por meio da cópula entre macho e fêmea. 
Existem outras espécies de insetos que realizam a reprodução de forma assexuada. 
Você conhece algum tipo de reprodução assexuada de insetos? 
Algumas espécies se reproduzem pelo processo que chamamos de partenogênese, 
que citamos anteriormente. Na partenogênese a fêmea gera ovos viáveis para a 
Oviposição – Fonte: (P. J. Gullan, 2017) 
 
28 
 
vida, mas que não foram fecundados, ou seja, não receberam o espermatozoide do 
macho. 
A partenogênese pode ser obrigatória 
ou facultativa. Na partenogênese 
facultativa, algumas espécies podem se 
reproduzir de maneira sexuada e 
assexuada. Já na partenogênese 
obrigatória, as espécies do grupo se 
reproduzem somente por maneira 
assexuada. Como exemplo de insetos 
que realizam partenogênese para a 
reprodução citamos o mosquito da 
espécie Heteropeza pygmaea. 
Há também o hermafroditismo, que ocorre quando o inseto produz gametas 
masculinos e femininos, realizando a autofecundação. Ou seja, o inseto se reproduz 
sem entrar em contato com qualquer outro e não há machos ou fêmeas na espécie. 
Como exemplo citamos insetos do gênero Icerya. 
Outro tipo de reprodução ocorre por 
poliembrionia, que é um tipo reprodução 
assexuada em que um único ovo se 
divide gerando vários embriões. Esse 
tipo de reprodução ocorre apenas em 
insetos parasitas, como é o caso das 
vespas da família Encyrtidae. 
Hymenoptera Encyrtidae - Eric Erbe e Chris Pooley, 2007 
(Domínio Público) 
R. cardinalis atacando I. purchasi. - Fonte: Desconhecida 
 
29 
 
Vamos relembrar? 
Nessa aula, tivemos a oportunidade de entender quais 
os meios utilizados pelos insetos para realizar a 
respiração e promover a troca gasosa com o ambiente, 
processo fundamental para a obtenção de oxigênio e 
respiração das células. 
Vimos que os insetos utilizam um sistema ramificado 
formado por traqueias que levam o oxigênio e retiram 
o gás carbônico do corpo do animal a nível de tecido. 
A reprodução dos insetos pode ser sexuada ou 
assexuada. Na reprodução assexuada o gameta 
feminino se desenvolve dentro do corpo do inseto sem 
a necessidade de fecundação de algum gameta 
masculino. Na reprodução sexuada, após a cópula 
entre macho e fêmea, ocorre a fecundação do óvulo 
pelo espermatozoide gerando um ovo que será 
depositado no ambiente por um processo chamado de 
oviposição. 
O nosso curso tem um foco especial em insetos com 
reprodução sexuada. O ovo se desenvolverá e se 
transformará em uma larva e depois em pupa. Quando 
estiver na fase de pupa, o inseto começará a 
metamorfose que é a transformação final na qual o 
animal vira adulto. 
Na fase adulta conseguimos diferenciar o macho da 
fêmea por suas características físicas e é isso que 
chamamos de dimorfismo sexual. Ou seja, o macho 
possui formas diferentes da fêmea. 
 
30 
 
Parabéns! Você acaba de concluir o conteúdo da área 
de competência 1 deste curso! Isso significa que você 
agora já possui as competências e habilidades básicas 
esperadas de Entomologia Geral. 
Sigamos em frente! Pronto para o próximo desafio? 
 
 
31 
 
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32 
 
Referências 
Gullan, P.J.; Cranston, P.S. Insetos - Fundamentos da Entomologia (Locais 
do Kindle 4996). Roca. Edição do Kindle. 
Davis ML, Masten SJ. Princípios de Engenharia Ambiental. McGraw Hill Brasil; 
2016. 876 p. 
Moyes, C.D; Schulte, P.M. Princípios de fisiologia animal. 2ªed. Porto Alegre: 
Artmed, 2010. 
RUPPERT, E. E; BARNES, R.D. Zoologia dos invertebrados. 6ª ed. Roca, 
1996. 
 
 
33 
 
Créditos das imagens 
1. Trocas gasosas nos insetos 
Fonte: Desconhecida 
Disponível em: 
2. Espiráculos 
Fonte: Desconhecida 
Disponível em: 
3. Colêmbolo 
Fonte: U. Burkhardt, 2006 (Licença CC3) 
Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Isotoma_Habitus.jpg 
4. Sistema traqueal 
Fonte :Gullan, P.J.; Cranston, P.S. Insetos - Fundamentos da Entomologia 
(Locais do Kindle 4996). Roca. Edição do Kindle. 
5. Sistema respiratório dos insetos 
Fonte: Eleanor Lutz, 2014 
http://tabletopwhale.com/2014/10/24/3-different-ways-to-breathe.html 
6. Insetos se reproduzindo 
Fonte: André Karwath, 2005 (Licença CC2.5) 
Disponível em: https://en.wikipedia.org/wiki/File:Anthomyiidae_sp._1_(aka).jpg 
7. Aedes albopictus copulando 
Fonte: James Gathany, 2003 (Domínio Público) 
Disponível em: https://en.wikipedia.org/wiki/File:CDC-Gathany-Aedes-
albopictus-4409.jpg 
8. Partenogênese em insetos 
Fonte: Desconhecida 
 
34 
 
9. Aparelho reprodutor feminino 
Fonte: Desconhecida 
10. Aparelho reprodutor masculino 
Fonte: Desconhecida 
11. Aparelho reprodutor macho vs. Fêmea 
Fonte: Desconhecida 
12. Cópula de libélulas esquema vs imagem 
Fonte: x; Makamuki0 (Licença CC0) 
“1 - Fonte :Gullan, P.J.; Cranston, P.S. Insetos - Fundamentos da 
Entomologia. Roca. Edição do Kindle \ 2 - https://pixabay.com/en/dragonflies-
copulation-1702430/” 
13. Culex macho vs. fêmea 
Fonte: E. A. Goeldi, 1905 (Domínio Público) 
Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Culex_quinquefasciatus_E-
A-Goeldi_1905.jpg 
14. Oviposição 
Fonte :Gullan, P.J.; Cranston, P.S. Insetos - Fundamentos da Entomologia. 
Roca. Edição do Kindle. 
15. Hymenoptera Encyrtidae 
Eric Erbe e Chris Pooley, 2007 (Domínio Público) 
Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:K9933-1.jpg 
16. R. cardinalis atacando I. purchasi. 
Fonte: Desconhecida 
Disponívelem: https://www.stpaulsgarwood.com/cottony-cushion-scale-
insecticide.html 
 
 
35 
 
Respostas dos exercícios (em ordem de aparição) 
1. Arraste a palavra indicando o lugar correto na frase. 
trocas gasosas, respiração 
2. Com base no que estudou até agora, marque a alternativa correta. 
A reprodução dos insetos podem ser: 
sexuada ou assexuada 
3. Sobre o sistema reprodutor feminino, complete a frase com as palavras corretas. 
espermateca, espermatozoides 
	Aula 7 - Respiração e reprodução 
	1 - Sistema Traqueal e trocas gasosas
	1.1 - Difusão e ventilação
	2 - Reprodução
	2.1 - Aparelho reprodutor feminino
	2.2 - Aparelho reprodutor masculino
	2.3 - Cópula
	2.4 - Dimorfismo sexual
	2.5 - Oviposição
	Vamos relembrar?

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