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Apostila Libras

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Prévia do material em texto

1 
Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e de 
Atendimento às Pessoas com Surdez – CAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
Língua Brasileira de sinais - Libras 
Intermediário 
 
 
4ª Edição (Edição Renovada Agosto/ 2014) 
 
 
 
 
2 
GOVERNO DO ESTADO DO PIAUÍ 
Wilson Nunes Martins 
 
SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO E CULTURA 
Átila de Freitas Lira 
 
SUPERINTENDÊNCIA DE ENSINO 
Joara Delane Sousa Ribeiro 
 
DIRETORA DA UNIDADE DE ENSINO- APRENDIZAGEM 
Marta Lúcia de Medonça Freitas 
 
GERENTE DE EDUCAÇÃO EDUCACIAL 
Márcia Raika e Silva Lima 
 
DIRETORA DO CAS 
Rachel Medeiros Benigno de Andrade 
 
COORDENADORA PEDAGÓGICA DO CAS 
Elizabeth Coêlho de Sousa 
 
 
 
 
 
 
 
TERESINA – PI 
 2013 
 
 
 
 
3 
 
EQUIPE DE EXECUÇÃO - EQUIPE DO CAS 
 
INSTRUTORES SURDOS 
 
José Ramos Melo Prudêncio 
Marcela Kelly Lima de Queiroz 
 
 
INTÉRPRETES 
 
Márcia Rúbia de Oliveira Lima 
ValdenyCosta de Aragão Campelo 
 
COLABORAÇÃO 
 
Elizabeth Coêlho de Sousa 
Rachel Medeiros Benigno de Andrade 
 
 
REVISÃO GERAL 
 
Djanes Lemos Ferreira Gabriel 
Márcia Rúbia de Oliveira Lima 
Elizabeth Coêlho de Sousa 
Rachel Medeiros Benigno de Andrade 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ilustração da capa: Mapa do Piauí. FONTE: http://portalcostanorte.meionorte.com/pib-do-piaui-
registra-aumenta-de-42-o-menor-nos-ultimos-3-anos/mapa-do-piaui/ 
 
 
 
 
 
 
 
4 
Conteúdo 
Apresentação .................................................................................................................................. 5 
Orientações para o aluno ................................................................................................................ 6 
1. Relembrando o alfabeto manual .............................................................................................. 7 
2. Soletração rítmica .................................................................................................................... 8 
3. Numerais em libras ................................................................................................................ 10 
4. Aspectos linguísticos das línguas de sinais e da libras .......................................................... 14 
5. Aspectos fonológicos da libras ............................................................................................... 15 
6. Noções de tradução e interpretação para libras ..................................................................... 19 
7. Morfologia da libras ................................................................................................................ 22 
8. Artigos: .................................................................................................................................. 26 
9. Conjunções/preposições ........................................................................................................ 26 
10. Advérbios/substantivos; ...................................................................................................... 26 
11. Pronomes/dêitico/índices: .................................................................................................. 26 
12. Tipos de verbos: verbos simples, verbos com concordância e verbos espaciais. ............... 27 
13. Classificadores: .................................................................................................................. 29 
14. Tipos de classificadores encontrados nas línguas de sinais ............................................... 33 
15. Estrutura sintática da libras ................................................................................................ 41 
Prática de libras ............................................................................................................................ 43 
Países e continentes ..................................................................................................................... 44 
Estados brasileiros ........................................................................................................................ 52 
Esportes ....................................................................................................................................... 54 
Animais ............................................................................................. Erro! Indicador não definido. 
Sexualidade e saúde (atividades e cargos) ................................................................................... 71 
Miscelânea.................................................................................................................................... 76 
Histórias infantis em contexto de animais ..................................................................................... 80 
Musicalidade na libras .................................................................................................................. 82 
Anotações pessoais ...................................................................................................................... 84 
 
 
 
 
 
 
 
5 
APRESENTAÇÃO 
O curso LIBRAS intermediário desenvolvido pelo CAS – Centro de 
Capacitação de Profissionais da Educação e Atendimento à Pessoa Surda é um 
difusor da Língua e da Cultura do povo surdo. Objetivando favorecer um suporte 
intelectual para quem tem o interesse de se aprofundar na Língua Brasileira de Sinais – 
LIBRAS. 
A Língua Brasileira de Sinais é uma Língua que vem ganhando espaço na 
sociedade por conta dos movimentos surdos em prol de seus direitos, é uma luta de 
muitos anos que caracteriza o povo surdo como um povo de cultura e língua próprias que 
é oprimido pela sociedade majoritária, impondo um padrão de cidadão sem levar em 
conta as especificidades linguísticas, sociais e culturais do surdo. Sendo assim, através 
de anos de luta o povo surdo conquistou o direito de usar sua língua que possibilita não 
só a comunicação, mas também sua efetiva participação na sociedade. 
Então, para que essa participação seja efetiva, é preciso difundir a língua, a cultura, 
as histórias e a concepção de mundo dos surdos. E para isso o Centro de Capacitação de 
Profissionais da Educação e Atendimento à Pessoa Surda – CASelaborou este material 
com conteúdo fundamental para o aprofundamento desta segunda língua. 
Esperamos despertar em você o desejo de continuar o conhecimento e 
aprendizagem dessa língua, a Língua Brasileira de Sinais. 
 
"Quando eu aceito a língua de outra pessoa, eu aceito a pessoa. 
Quando eu rejeito a língua, eu rejeitei a pessoa porque a língua é parte de nós mesmos. 
Quando eu aceito a língua de sinais, eu aceito o surdo, e é importante ter sempre em mente que o surdo 
tem o direito de ser surdo. Nós não devemos mudá-lo, devemos ensiná-lo, ajudá-lo, mas temos que 
permitir-lhe ser surdo." 
TerjeBasilier 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
ORIENTAÇÕES PARA O ALUNO 
 
FREQUÊNCIA E PARTICIPAÇÃO: 
 
O curso é 100% presencial. É primordial a presença de todos durante o curso. O 
excesso de faltas não dá direito ao aluno de receber o certificado; será observado 
também o desempenho dos alunos em sala de aula, bem como a participação constante e 
interesse, atividades individuais e em grupos e assiduidade. 
 
PRINCÍPIOS GERAIS PARA O ALUNO: 
 
1. Evite falar durante as aulas e use o máximo a LIBRAS. 
 
2. Use a expressão corporal e facial para se expressar sem se envergonhar. 
 
3. Não tenha medo de errar – pense na mensagem que quer transmitir e não nas 
palavras. 
 
4. Sempre fixe o olhar na face do emissor da mensagem. 
 
5. Atente-se para tudo que estiver acontecendo durante a aula. Tudo é 
aprendizagem. 
 
6. Troque opiniões com seus colegas e forme grupos de estudos. 
 
7. Envolva-se com a comunidade surda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
1. RELEMBRANDO O ALFABETO MANUAL 
 
Vamos treinar o alfabeto atentando para a orientaçãodo professor. (velocidade) 
DATILOLOGIA E SOLETRAÇÃO RÍTMICA 
O alfabeto manual é usado na Libras para nomes de pessoas e lugares ou de expressões 
em português que não possuem sinais correspondentes ou conhecidos em Libras. Não é 
uma representação direta do português, e sim da ortografia. 
 
Agora vamos sinalizar algumas sílabas. 
LA PA DO MA NA CI LU DA CO LI JO AS SA TRA BA LHA 
LHO GA VI VO OS PO CHO SU PE XA NO MI RA TU RI JÁ 
PRA JÃO CE ____________________________________ 
 
ATIVIDADE 
 
Faça a datilologia das palavras: 
 
TRABALHO 
SUCESSO 
LIÇÃO 
ILHA 
DOIDO 
FUJÃO 
TRAMAMARTELO 
CADERNO 
LIBRAS 
LUCAS 
CALHA 
MALHO 
CHÃO 
MACHÃO 
ALHO 
TRAPALHÃO 
CIÊNCIASCILADAMOC
HILA 
CHATOCAIXA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
2. SOLETRAÇÃO RÍTMICA 
É um estágio da datilologia que apresenta forma, ritmo e movimento próprios. Algumas 
palavras parecem transformar-se em sinais (sinal soletrado), equivalente ao timbre das 
palavras. Quase sempre há supressão ou aglutinação de letras. Ocorre frequentemente 
em nomes próprios e geralmente é derivada de empréstimos linguísticos da Língua 
Portuguesa. 
 
ALGUMAS REGRAS: 
 
1. FORMA. 
a) Arco lateral 
EX: O-I, D-I-A, O-V-O, O-B-A 
 
b) Arco para frente e para baixo 
EX: F-M, B-E-M 
 
2. SOLETRADOS PARA CIMA. 
Ex: V-A-I, 
 
3. SOLETRADOS PARA BAIXO 
EX: P-A-Z, 
 
4. INVERSÃO DA O.M (ORIENTAÇÃO DA MÃO) 
EX: O-U, V-I-U, E-X, M-A-U, O-U-R-O 
 
 
Exemplos: 
Exemplos: S-M (sim),P-Y( pai), Q-U-M (quem), M-E (mãe),N-U-N (nunca), L-I-N-D-O 
(lindo), B-E-M (bem), V-Y (vai), V-O-U (vou), M-Ç-O (março), C--D (coordenador, cd), O-U 
(ou), S-I (se), V-O-V-@ (vovô, vovó), C-L (classificador, claro), A-P (aposentadoria), T-O 
(Tocantins), S-C (Santa Catarina),S-L (São Luís), E-X (ex), F-M (fim), D-I-A (dia), A-P-A 
(nada), C-H-A (chá),C-E-D-O (cedo), L-E-I (lei), O-I (oi), G-Y (gay), H-S (homossexual), 
L-S (lésbica), A-I-D-S (AIDS), O-B-A (oba), T-J (Testemunha de Jeová),J-P(João Pessoa), 
H-I-V (HIV) ,S-H (shopping), O-K (ok), .B-I (bissexual), M-I-L (mil), B-E-B-E (bebê), M-A-L 
(mal), S-A-L (sal), O-U-R-O- (ouro), A-V (avenida), R-I-O (rio) B-A-R (bar), P-A-Z (paz), 
M-A-U (mau),M-E-L-(mel) 
 
 
 
 
 
 
9 
 
ATIVIDADE 
 
Em duplas, criem diálogos de até 5 frases utilizando os sinais soletrados 
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
3. NUMERAIS EM LIBRAS 
CARDINAL/ ORDINAL (com movimento) 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUANTITATIVO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A LIBRAS apresenta diferentes formas de sinalizar os numerais, a depender da situação. 
 CARDINAIS – Até 4, representações são diferentes para quantidades e cardinais; 
a partir de 5 são idênticos. Não possui movimento. 
 ORDINAIS – Possuem movimentos. Os ordinais do 1º ao 4º têm movimento para 
cima e para baixo e os ordinais 5º ao 9º têm movimentos para os lados. A partir do 
numeral 10 não há diferenças. 
 VALORES MONETÁRIOS – Para representar valores monetários de 1 até 9, tem 
movimento de rotação incorporado, a partir do 10, usa-se o sinal do numeral 
correspondente acrescentando-se o sinal “R”. . 
 NÚMEROS REPETIDOS – são as configurações de números que têm movimentos 
repetidos. Geralmente são sinalizados em números decimais. 
 
 
11 
EX: 11, 22, 33, 44, 77... 
 DEZENAS – são sinalizadas de modo flexível. 
Ex: 10, 20, 40, 60, 70, 80... 
 CENTENAS – são sinalizadas com movimento lateral sem pausa. O sinal de 100 
deve ser sinalizado o número 1 referente à quantidade. 
Ex: 100, 200, 500, 800... 
 MILHAR – para os sinais de milhar, os números de 1 mil a 9 mil são sinalizados 
com movimentos de vírgula incorporado, a partir de 10 mil são sinalizados com os 
números e mais um sinal de ponto. 
 NÚMEROS COM MOVIMENTOS ESPECIAIS – são números que têm movimentos 
especiais. Veja a sinalização do professor: 
Ex: 15, 69 ou 96, 12 ou 21, 16, 17, 18, 19, 26, 27, 34, 51, 58, 72... 
 NÚMEROS QUANTITATIVOS EM EXPRESSÕES CRONOLÓGICAS – os 
numerais de 1 a 4 são incorporados ao DIA, SEMANA, MÊS, ANO e VEZ. 
Ex: 1 DIA 2 DIAS 3 DIAS 4 DIAS 
 
 
 
 
 
 
1 SEMANA 2 SEMANAS 3 SEMANAS 4 SEMANAS 
 
 
 
 
 
 
 
VEZ -1 VEZ – 2 VEZ – 3 VEZ – 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
ANO – 1 ANO – 2 ANO – 3 ANO – 4 
 
 
 
 
 
 
Podendo incorporar até o 7, a partir do número 8 não pode incorporar ao advérbio 
de tempo e sinaliza normalmente. 
 HORAS - Os números incorporados ao “relógio” se referem à duração. Há diferença 
do tempo e duração: 
a) Duração: é baseada na sinalização que está sendo realizada, os números em 
quantidade de 1 a 4 no rosto em movimento circular, e a partir do 5 é sinalizado 
depois de uma rotação no rosto com a configuração de “1 em quantidade”, e quanto 
ao “minuto” e “segundo”, é sinalizado conforme o seu sinal mais os números em 
quantidade. 
HORA – 1 HORA – 3 HORA - 4 
 
 
 
 
 
Exemplos: 
ÔNIBUS TERESINA ATÉ BRASÍLIA 26 HORAS 
AULAS LIBRAS DURAÇÃO 4h30 MIN. 
b) Tempo: é sinalizado com os números cardinais de acordo com os sinais de horas, 
minutos e segundos. 
Hora (ponto) Minuto Segundo 
 
 
 
 
 
 
13 
 
Exemplos: 
 AULA LIBRAS COMEÇAR 8h 
AULA LIBRAS TERMINAR 11h30 
Assista agora ao vídeo sobre numerais em LIBRAS e escreva abaixo os números 
sinalizados pelo professor. 
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
______________________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
4. ASPECTOS LINGUÍSTICOS DAS LÍNGUAS DE SINAISE DA LIBRAS 
 
a. ICONICIDADE E ARBITRARIEDADE 
 
A modalidade gestual-visual-espacial pela qual a LIBRAS é produzida epercebida 
pelos surdos leva, muitas vezes, as pessoas a pensarem que todosos sinais são o 
“desenho” no ar do referente que representam. É claro que, pordecorrência de sua 
natureza linguística, a realização de um sinal pode sermotivada pelas características 
do dado da realidade a que se refere, mas issonão é uma regra. A maioria dos sinais 
da LIBRAS são arbitrários, nãomantendo relação de semelhança alguma com seu 
referente. Vejamos algunsexemplos entre os sinais icônicos e arbitrários. 
 
SINAIS ICÔNICOS 
 
Uma foto é icônica porque reproduz a imagem do referente, isto é, a pessoa 
oucoisa fotografada. Assim também são alguns sinais da LIBRAS, gestos quefazem 
alusão à imagem do seu significado. 
Ex.: 
 
TELEFONE - BORBOLETA 
 
Isso não significa que os sinais icônicos são iguais em todas as línguas. 
Cadasociedade capta facetas diferentes do mesmo referente, representadas atravésde 
seus próprios sinais, convencionalmente, (FERREIRA BRITO, 1993)conforme os 
exemplos abaixo: 
 
ÁRVORE 
 
LIBRAS - representa o tronco usando o antebraço e a mão aberta, as folhas 
em movimento. 
LSC (Língua de Sinais Chinesa) - representa apenas o tronco da árvore com as 
duas mãos (os dedos indicador e polegar ficam abertos e curvos). 
 
LIBRAS - CASA 
 
ASL - CASA 
 
SINAIS ARBITRÁRIOS 
 
São aqueles que não mantêm nenhuma semelhança com o dado da realidade 
que representam. 
Uma das propriedades básicas de uma língua é a arbitrariedade existente 
entresignificante e referente. Durante muito tempo afirmou-se que as línguas desinais 
não eram línguas por serem icônicas, não representando, portanto,conceitos abstratos. 
Isto não é verdade, pois em língua de sinais tais conceitostambém podem ser 
representados, em toda sua complexidade. 
 
Ex.: 
CONVERSAR - DEPRESSA 
 
 
 
15 
5. ASPECTOS FONOLÓGICOS DA LIBRAS 
2.1 OS PARÂMETROS 
A Fonologia estuda a menor unidade da língua, os fonemas: suas diferenças e correlações de 
significado. Nas línguas de sinais, a fonologia tem por objetivo determinar quais são as unidades 
mínimas que formam os sinais, estabelecer quais são os padrões possíveis de combinação entre 
essas unidades e as variações possíveis no ambiente fonológico. 
Segundo Quadros e Karnopp (2005), analisando a língua de sinais americana, ASL, o 
pesquisador William Stokoe, em 1960, nos Estados Unidos, propôs a decomposição dos sinais em 
três aspectos ou parâmetros que não carregam significado isoladamente. Estes são considerados os 
parâmetros primários, a saber: Configuração de Mão (CM); Locação da Mão (L) e Movimento (M). 
Tais parâmetros equiparavam-se aos fonemas das línguas orais diferenciando-se destas por se 
apresentarem, em geral, de forma simultânea, pois os sinais possuem uma estrutura paralela, 
podendo-se sinalizar utilizando várias partes do corpo ao mesmo tempo, inclusive modificando o 
sentido com a expressão facial (QUADROS, KARNOPP, 2004), enquanto nas línguas orais eles 
ocorrem de forma linear, isto é, os fonemas se sucedem um após o outro. 
Análises nas unidades formacionais dos sinais posteriores a de Stokoe sugerem o acréscimo 
de outros dois parâmetros, considerados parâmetros secundários, a saber: Orientação da palma da 
mão (Or) e os aspectos não manuais (NM), expressões faciais e corporais. 
No Brasil, os estudos sobre as línguas de sinais se iniciam na década de 1980, por Ferreira-
Brito e Felipe, seguidos por Karnopp e Quadros. (FERREIRA-BRITO, 1995; QUADROS, 
KARNOPP, 2004; FELIPE, 2006).Segundo ela, a Libras possui cinco parâmetros: Configuração de 
Mão (CM); Ponto de Articulação (PA) ou Locação (L); Movimento(M); Orientação da palma da 
Mão (Or) e Expressões Não Manuais (ENM). 
 
* Configuração de Mão (CM) – este é o primeiro dos parâmetros, dentre os articuladores 
primários. São compostos por diversas formas que a(s) mão(s) toma(m) na realização de um sinal. 
As CM podem variar quanto ao uso das mãos para a realização do sinal, apresentando (a) uma só 
mão configurada (Fig. 02); (b) duas mãos com configurações diferentes (Fig. 03); (c) duas mãos 
com a mesma configuração (figura 04); (d) mão configurada sobre a outra que serve de apoio, tendo 
sua própria configuração (Fig. 05); 
 
 
 
16 
 
Fig. 02 – CEARÁ Fig. 03– MÊS Fig. 04– ÀS VEZES Fig. 05– DOENTE 
* Movimento (M): para que seja realizado é preciso haver um objeto (o sinal) e um espaço 
(realização do sinal). Os movimentos, na Libras, segundo Ferreira Brito (1990), apresentam 
categorias que diferenciam-se quanto ao tipo, direcionalidade, maneira e frequência do movimento. 
Categorias do parâmetro movimento na língua de sinais brasileira (Ferreira-Brito, 
1990) 
TIPO DE MOVIMENTO 
 
Contorno ou forma geométrica: 
retilíneo, 
helicoidal, 
circular, 
semicircular, 
 sinuoso, 
angular; 
Interação: alternado, de aproximação, de separação, de inserção, cruzado; 
Contato: de agarrar, de deslizamento, de toque, de esfregar, de riscar, de escovar ou de 
pincelar; 
Torcedura do pulso: para cima, para baixo; 
Interno das mãos: abertura, fechamento. 
DIRECIONALIDADE 
 
Direcional 
-Unidirecional: para cima, para baixo, para a direita, para a esquerda, para dentro, para 
fora, para o centro. 
- Bidirecional: para cima e para baixo, para a esquerda e para a direita, para dentro e 
para fora, para laterais opostas. 
-Não-direcional 
 
 
 
 
17 
FREQUÊNCIA 
- Repetição 
- Simples 
Fonte: QUADROS, Ronice Muller de; KARNOPP, Lodenir Becker. Língua Brasileira 
de Sinais: estudos linguísticos. Porto Alegre: Artmed, 2004, p.56. 
 
* Locação da Mão (L) ou Ponto de Articulação (PA): refere-se ao local do corpo do 
sinalizador em que o sinal é realizado. Esse espaço é definido pela área de alcance das mãos. Por 
uma questão de facilitação na visualização da sinalização e consequentemente da comunicação, 
elencamos como espaço ideal aquele que se estende desde o topo da cabeça até a cintura. Dentro 
deste espaço ideal, imaginando os interlocutores frente a frente, as locações dividem-se em quatro 
regiões principais: cabeça, mão, tronco e espaço neutro, quando não há contato das mãos com o 
corpo. 
Locações (Ferreira-Brito e Langevin, 1995) 
 
Cabeça Tronco 
topo cabeça - Paraná 
testa – Esquecer 
rosto – Hora (duração) 
parte superior do rosto – Amazonas 
parte inferior do rosto – Oralizar 
orelha – Surdez 
olhos – Espanhol 
nariz – Mau cheiro 
boca – Inveja 
bochechas – Estados Unidos 
queixo – Frio 
 
Pescoço – Minas Gerais 
Ombro – Passear 
Busto – Amigo 
Estômago – Fome 
Cintura – Sofrer 
 
Braços – Bebê 
Braço – Branco 
Antebraço – Curso 
Cotovelo – Ciúmes 
Pulso – Segredo 
Mão Espaço Neutro 
 
Palma – Ajudar 
dorso das mãos – Conversar 
lado do indicador – Perguntar 
lado do dedo mínimo – Idêntico 
dedos – Confusão 
 
 
 
18 
ponta dos dedos – Casa 
dedo mínimo – Amante 
anelar – Noivo 
dedo médio – Contato 
indicador – Também 
polegar – Fazer 
Fonte: QUADROS, Ronice Muller de; KARNOPP, Lodenir Becker. Língua Brasileira 
de Sinais: estudos linguísticos. Porto Alegre: Artmed, 2004, p.58. 
 
* Orientação da Mão (Or): Por definição orientação da mão é a direção que a palma da mão 
assume na execução do sinal. Ferreira Brito (1995) identifica seis tipos de orientação da palma da 
mão na LIBRAS: para cima (Fig. 06); para baixo (Fig. 07), para dentro (palma voltada para o 
corpo) (Fig. 08), para fora (palma voltada para frente) (Fig. 09), para a direita (Fig. 10), para a 
esquerda (Fig. 11). 
 
Fig. 06 – EVANGÉLICO Fig. 07 – ARANHA Fig. 08 – BANHAR 
 
 
Fig. 09 – FEBRE Fig. 10 – AVISAR Fig.11 – CONHECER 
 
* Expressões Não Manuais (ENM): constituem-se por movimentos elaborados na articulação da 
cabeça (lateralizaçãodireita/esquerda, inclinaçãofrente/trás), da face (sobrancelhas, olhos, 
bochechas, língua, lábios, nariz) ou do tronco (inclinação frente/trás, balanceamento dos ombros).. 
As Expressões Não Manuais podem ainda demonstrar afeições como: alegria, tristeza, dor, angústia, 
ansiedade, etc. Normalmente, as ENM vêm associadas ao uso de sinais manuais, mas também 
podem ser realizados sem eles, como nos clássicos exemplos em Libras de LADRÃO e ATO-
SEXUAL. 
 
 
 
19 
6. NOÇÕES DE TRADUÇÃO E INTERPRETAÇÃO PARA LIBRAS 
 
Por tradução entende-se como um processo que envolve pelo ao menos uma língua 
escrita, sendo, portanto, o tradutora pessoa que traduz um texto escrito de uma língua para 
a outra. Por outro lado o intérprete é a pessoa que interpreta de umal língua (fonte) para 
outra (língua alvo) o que foi dito. 
Um mecanismo bastante utilizado e que contribui com o processo de tradução para Língua 
de Sinais é o Sistema de Transcrição para Libras abordado logo abaixo. 
2.2. Sistema de Transcrição para a libras 
Este sistema vem sendo adotado por pesquisadores de línguas de sinais em outros 
países, e aqui no Brasil tem este nome porque as palavras de uma língua oral-
auditiva são utilizadas para representar aproximadamente os sinais. 
Assim, a LIBRAS será representada a partir das seguintes convenções: 
1. Os sinais da LIBRAS, para efeito de simplificação, serão representados por 
itens lexicais da Língua Portuguesa (LP) em letras maiúsculas. 
 
Exemplos: CASA, ESTUDAR, CRIANÇA. 
 
2. Um sinal, que é traduzido por duas ou mais palavras em língua portuguesa, 
será representado pelas palavras correspondentes separadas por hífen. 
 
Exemplos: CORTAR-COM-FACA, QUERER-NÃO "não querer", MEIO-DIA, AINDA-
NÃO, etc. 
 
3. Um sinal composto, formado por dois ou mais sinais, que será representado 
por duas ou mais palavras, mas com a ideia de uma única coisa, será separado pelo 
símbolo ^ . 
 
Exemplos:CAVALO^LISTRA = “zebra” 
 CASA^CRUZ = “igreja” 
 MAÇA^VÁRIAS = “frutas” 
 
4. A datilologia (alfabeto manual), que é usada para expressar nome de 
pessoas, de localidades e outras palavras que não possuem um sinal, está 
representada pela palavra separada, letra por letra, por hífen. 
 
Exemplos:J-O-Ã-O, A-N-E-S-T-E-S-I-A; 
 
5. O sinal soletrado, ou seja, uma palavra da língua portuguesa que, por 
empréstimo, passou a pertencer à LIBRAS por ser expressa pelo alfabeto manual 
com uma incorporação de movimento próprio desta língua, está sendo representado 
pela datilologia do sinal em itálico. 
 
Exemplos:R-S “reais”, A-C-H-O, QUM “quem”, N-U-N-C-A, etc. 
 
6. Na LIBRAS não há desinências para gêneros (masculino e feminino) e número 
(plural), o sinal, representado por palavra da língua portuguesa que possui estas 
 
 
20 
marcas, está terminado com o símbolo @ para reforçar a ideia de ausência e não 
haver confusão. 
 
Exemplos: AMIG@ “amiga(s) e amigo(s)” , FRI@ “fria(s) e frio(s)”, MUIT@ 
“muita(s) e muito(s)”, TOD@, “toda(s) e todo(s)”, EL@ “ela(s), ele(s)”, ME@ 
“minha(s) e meu(s)” etc. 
 
7. Os traços não-manuais: expressões facial e corporal, que são feitos 
simultaneamente com um sinal, estão representados acima do sinal ao qual está 
acrescentando alguma ideia, que pode ser em relação ao: 
 a) tipo de frase ou advérbio de modo: interrogativa ou... i ... negativa ou ... neg ... etc 
Para simplificação, serão utilizados, para a representação de frases nas formas 
exclamativas e interrogativas, os sinais de pontuação utilizados na escrita das línguas 
orais-auditivas, ou seja: !, ? e ?! 
 b) advérbio de modo ou um intensificador: muito rapidamente exp.f "espantado"etc. 
 interrogativa exclamativo muito 
 Exemplos: NOME ADMIRAR LONGE 
8. Os verbos que possuem concordância de gênero (pessoa, coisa, animal), através 
de classificadores, estão representados tipo de classificador em subescrito. 
 
Exemplos:pessoaANDAR, veículoANDAR, coisa-arredondadaCOLOCAR 
 
9. Os verbos que possuem concordância de lugar ou número-pessoal, através do 
movimento direcionado, estão representados pela palavra correspondente com uma 
letra em subescrito que indicará: 
a) a variável para o lugar: 
 
 i = ponto próximo à 1ª pessoa, 
 j = ponto próximo à 2ª pessoa, 
 k = pontos próximos à 3ª pessoa, 
e = esquerda 
d = direita; 
 
b) as pessoas gramaticais: 
 
1s, 2s, 3s = 1
a, 2a e 3a pessoas do singular; 
1d, 2d, 3d = 1
a, 2a e 3a pessoas do dual; 
 1p, 2p, 3p = 1
a, 2a e 3a pessoas do plural; 
 Exemplos: 1s DAR2S "eu dou para "você", 
 2sPERGUNTAR3P "você pergunta para eles/elas", 
 k pessoaANDARke "andar da direita (d) para a esquerda (e). 
 
 
 
21 
10. Às vezes há uma marca de plural pela repetição do sinal. Esta marca será 
representada por uma cruz no lado direto acima do sinal que está sendo repetido: 
 Exemplo: GAROTA + 
11. Quando um sinal, que geralmente é feito somente com uma das mãos, ou dois 
sinais estão sendo feitos pelas duas mãos simultaneamente, serão representados 
um abaixo do outro com indicação das mãos: direita (md) e esquerda (me). 
 Exemplos: IGUAL (md) PESSO@-MUIT@ANDAR (me) 
 ` IGUAL (me) PESSOAEM-PÉ (md) 
 
Estas convenções vêm sendo utilizadas para poder representar, linearmente, uma 
língua espaço-visual, que é tridimensional. Felipe (1988, 1991,1993,1994,1995,1996) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
7. MORFOLOGIA DA LIBRAS 
Em nossa língua há muitas palavras de tamanhos e significados diferentes, e essas palavras 
são formadas por unidades menores chamadas morfemas, que nada mais são do que os pedaços das 
palavras. 
Ex: INFELICIDADE. 
 
Esta palavra é resultado da combinação de três morfemas: 
 
1. o prefixo In 
2. o radical Felic- 
3. o sufixo -idade 
 
Cada um desses elementos é um morfema da língua portuguesa e são usados para a 
construção de novas palavras. Ex: “involuntário”; “infelicitar”; “velocidade”. É importante salientar 
que estes morfemas não podem ocorrer isoladamente sendo considerados morfemas presos. Se, no 
entanto, utilizarmos como exemplo a palavra FELIZMENTE podemos perceber que tanto o 
morfema FELIZ como o morfema MENTE são morfemas livres uma vez que isoladamente eles 
apresentam significado. É importante ainda pontuar que quanto a significação os morfemas podem 
ser considerados lexicais ou gramaticais: 
 
4.1. Processo de formação de sinais 
Na Libras a formação dos sinais é realizada a partir da: configuração de mãos (CM), 
movimento (M) , Expressão facial (EF), orientação (Or) e ponto de articulação (PA). Estes cinco 
parâmetros podem expressar morfemas através de algumas configurações de mão, de alguns 
movimentos direcionados, de algumas alterações na frequência do movimento, de alguns pontos de 
articulação na estrutura morfológica e de alguma expressão facial ou movimento de cabeça 
concomitante ao sinal, que, através de alterações, em suas combinações, formam os itens lexicais 
das línguas de sinais. 
Um exemplo de morfema bem conhecido é o sinal que representa os meses do ano: um-mês, 
dois-meses, três-meses, quatro-meses. Mudamos CM referente aos números, essa configuração de 
mão é o pedaço da palavra e é, portanto o morfema. Ferreira-Brito (2006) apresenta alguns 
exemplos de morfemas lexicais e gramaticais em Libras: 
 
 
 
23 
 
Na língua portuguesa, como já mencionado anteriormente, os morfemas são livres quando não 
precisam de outro morfema para constituir-se uma palavra e os morfemas presos, que precisam de 
outro morfema para formar uma palavra. Esses morfemas presos são chamados de prefixo e sufixo. 
Os prefixos se colocam antes dos radicais basicamente a fim de modificar-lhes o sentido e 
raramente produzemmudanças na classe gramatical da palavra primitiva. Já o sufixo é adicionado 
ao final da palavra e é responsável pela formação de novas palavras: nomes, verbos e advérbios. 
Na Libras, assim como em qualquer outra língua existem processos na formação das palavras, 
os quais são gramaticalmente classificados em: derivação, incorporação e empréstimos linguísticos. 
De acordo com as regras gramaticais da Libras, os processos de formação de palavras ocorrem 
através de: 
1. Modificações de adição à raiz – pode-se modificar a raiz do sinal, por meio da adição de 
afixos. A incorporação da negação é um exemplo de adição de afixo, tanto como sufixo 
(QUERER/QUERER-NÃO; GOSTAR / GOSTAR-NÃO), quanto como infixo (TER/ TER–NÃO; 
PODER/PODER–NÃO). Além da construção morfológica da negação, pode se realizar 
sintaticamente com o movimento da cabeça como nos advérbios NÃO e NADA. A raiz ainda pode 
ser modificada na incorporação do intensificador MUITO ou ainda por advérbios de modo. 
2. Modificação interna da raiz: a modificação de uma raiz pode se realizar por três tipos de 
acréscimos: 
a) flexão: marca as pessoas do discurso através da direcionalidade, fazendo com que a raiz se 
inverta: ELE / ELA 
b) aspecto verbal: É através da mudança na frequência do movimento da raiz que se marca o 
aspecto durativo, continuo etc. 
c) marcador de concordância de gênero: através da CM (classificadores) especifica coisas: 
objetos plano vertical/ horizontal, redondo etc. 
3. Processos de derivação: No inglês há muitos verbos e substantivos verbais que são 
invariáveis e somente no contexto perceber se estão sendo utilizados com função de verbo ou de 
nome, isso acontece também na LIBRAS. Vejamos alguns exemplos: AVIÃO/IR DE AVIÃO; 
SENTAR/CADEIRA; PORTA/ABRIR A PORTA; BICICLETA/ANDAR DE BICICLETA. 
Encontramos outras formas de marcas de concordância com objeto, como na estrutura OV: 
 
 
24 
CORTAR-COM-TESOURA. Pode também ter prolongamento do movimento, no caso de IR-DE-
AVIÃO. 
4. Processo de composição: duas ou mais raízes se juntam e dão origem a outro sinal. EX: 
CAVALO^LISTRA-PELO-CORPO “zebra” ; MULHER^BEIJO-NA-MÃO “mãe” 
CASA^ESTUDAR “escola”; CASAR^SEPARAR “divorciar”; COMER^MEIO-DIA “almoço”; 
etc. 
A seguir serão apresentados alguns exemplos de formação de sinais na língua brasileira de 
sinais, que ilustram tanto processos concatenativos (ou seja, a combinação de vários elementos que 
compõem um sinal), quanto ao processos de incorporação de diferentes elementos dentro dos sinais. 
 
1.1.1. Derivando nome de verbos:É um processo morfológico bastante comum na Língua 
Brasileira de Sinais. Essa derivação ocorre pela mudança no tipo de movimento. O 
movimento dos nomes repete e encurta o movimento dos verbos. 
 
VERBOS SUBSTANTIVOS 
Telefonar Telefone 
Sentar Cadeira 
Perfumar Perfume 
Pentear Pente 
Ouvir Ouvinte 
Roubar Ladrão 
Fonte: QUADROS, Ronice Muller 
de; KARNOPP, Lodenir Becker. 
Língua Brasileira de Sinais: estudos 
linguísticos. Porto Alegre: Artmed, 
2004, p.100. 
 
1.1.2. Formação de compostos: além da derivação, como observado acima, outra forma de 
criar novos sinais é através da composição, processo em que se juntam duas bases pré-
existentes na língua para a criação de um novo vocábulo, dito composto. Este também é 
um processo bastante comum na Língua Brasileira de Sinais. 
EX: escola; acreditar; boa noite. 
1.1.3. Incorporação de numeral: ocorre com a adição de um morfema preso à raiz para a 
formação de um novo sinal. Neste processo a locação, a orientação e as expressões não 
 
 
25 
manuais permanecem as mesmas. É importante destacar que existe um limite para o 
acréscimo à raiz, geralmente até o número quatro. 
Ex: mês; dia; hora; 
 
1.1.4. Incorporação de negação: Ferreira-Brito menciona que essa incorporação ocorre através 
de vários processos, o item a ser negado sofre alteração em um dos parâmetros, 
especialmente o parâmetro movimento. 
Ex: ter; gostar; saber; conhecer. 
 
4.2 Flexão na Língua De Sinais 
Envolve o estudo dos processos que acrescentam informação gramatical à palavra que já 
existe. Segundo Quadros e Karnopp (2004) os estudos feitos por Klima e Bellugi (1979) na língua 
de sinais americana (ASL) sobre flexão se aplicam também na língua brasileira de sinais. Desta 
forma assim como no ASL a LIBRAS apresentaria oito diferentes processos de flexão sendo eles: 
1. Pessoa; 
2. Número; 
3. Grau; 
4. Modo; 
5. Reciprocidade; 
6. Foco temporal; 
7. Aspecto temporal; 
8. Aspecto distributivo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
8. ARTIGOS: 
No português nós temos artigos definidos e indefinidos. Nos sinais isso não existe, podem 
estar incorporados dentro do próprio sinal. 
 Ex: SENTAR 
a) Uma pessoa sentada. 
b) Várias pessoas sentadas. 
 Usamos classificadores,Também, às vezes, está incorporada a posição de 
como as pessoas estão sentadas, etc. 
 
9. CONJUNÇÕES/PREPOSIÇÕES 
 
Ex: mas, porém, etc. diferente do português. 
a) As frases não são soltas, o sentido das palavras vai fazendo o ligamento da ideia. 
b) A coesão textual é mais uma questão lógica do que gramática, não precisa estar 
explícito o conectivo. 
c) Na maioria das vezes, vêm incorporadas ao verbo, principalmente ao verbo e 
movimentos. Eu não preciso dizer “ir para”, não preciso fazer “para” em sinais, ou 
“vir de”, a ideia já está explícita na sinalização. 
 
10. ADVÉRBIOS/SUBSTANTIVOS; 
a) Sinais Específicos – EX: “beijar” (normal) 
b) Expressão Facial ou Corporal – EX: “beijar muito” “ 
 “mais ou menos cansado” 
c) Movimento – EX: “beijar caliente” 
 “muito cansado” 
É como se o advérbio viesse junto com o adjetivo. 
 
11. PRONOMES/DÊITICO/ÍNDICES: 
a) PRONOMES PESSOAIS: em LS normalmente é um índice apontar. 
EX: 1ª pessoa singular (EU) 
 2ª pessoa singular (TU) 
 2ª pessoa dual (vocês dois) 
 2ª pessoa Trial (vocês três) 
 2ª pessoa plural (NÓS) 
3ª pessoa singular (apontar para outra pessoa) 
 3ª pessoa dual (apontar para mais duas pessoas) 
 
 
27 
b) PRONOMES DEMONSTRATIVOS: Na LIBRAS os pronomes demonstrativos e os 
advérbios de lugar tem o mesmo sinal, sendo diferenciado no contexto. 
ESTE/AQUI – Olhar para o lugar apontado, perto da 1ª pessoa. 
ESSE/AI – Olhar para o lugar apontado, perto da 2ª pessoa. 
AQUELE/LÁ – Olhar para o lugar distante apontado. 
TIPOS DE REFERENTES: 
 Referentes presentes. Ex: EU, VOCÊ, ELE... 
 Referentes ausentes com localização reais. Ex: RECIFE, PREFEITURA, EUROPA... 
 Referentes ausentes sem localização. 
 
c) PRONOMES POSSESSIVOS: meu, teu, seu, deles, delas. 
 
12. TIPOS DE VERBOS: VERBOS SIMPLES, VERBOS E FENÔMENOS DA 
NATUREZA, VERBOS COM CONCORDÂNCIA E VERBOS ESPACIAIS. 
a) VERBOS SIMPLES – não tem flexão nem movimento. 
EX: brincar, trabalhar, estudar, nunca variam, são os mesmos para qualquer 
pessoa. 
Geralmente são feitos em espaços neutros, fora do corpo. 
Eu trabalho. 
Você trabalha. 
Ele trabalha. 
 
b) VERBOS E FENÔMENOS DA NATUREZA - são intransitivos e não têm sujeito, 
porque o próprio verbo indica ação. 
EX: chover, relampejar/ trovejar; nevar 
GERÚNDIO = movimento constante 
 
c) VERBOS COM CONCORDÂNCIA: têm movimento com concordância de pessoas. 
EX: Perguntar, responder, avisar, dar, telefonar, mostrar. 
ATIVIDADE 
Em trio, treine as seguintes frases: 
 EU AVISAR VOCÊ. 
 VOCÊ AVISAR EU. 
 EU AVISAR VOCÊ E ELE. 
 EU DAR VOCÊ 
 EU DAR ELE. 
 EU DAR VOCÊ E ELE. 
 EU PERGUNTAR VOCÊ. 
 VOCÊ PERGUNTAR EU. 
 
 
28 
 
d) VERBOS ESPACIAIS: são verbos mais complexos, eles não têm só ação, mas 
podem ter “direção” também. 
Verbos e “raiz para” ou raiz “de” (ir para ou vir de) 
 
Os verbos espaciais indicam, com a configuração de mão, os classificadores: 
EX: verbos classificadores – eles incorporam mais ideias, o objeto direto ouinstrumento. 
 
Esses verbos têm uma raiz de representação icônica, eles imitam de alguma 
forma a sua realidade. 
VIR ( avião, carro, carroça, etc.) 
LAVAR (roupa, louça, casa, etc.) 
PEGAR (dependendo do objeto) 
 
e) VERBOS MULTIDIRECIONAIS – representam vários lugares, não estão presos 
a um lugar só. EX: ANDAR (eu posso andar para várias direções). O VIR e o IR 
normalmente mostram a procedência. 
 
ATIVIDADE 
1. INTERPRETE AS FRASES ABAIXO 
a) Minha vovó me pediu para pegar uma agulha. 
b) Vi um ladrão caminhando em minha direção, fiquei com muito medo. 
c) Vi um avião voando em minha direção. 
d) Lavei toda a louça da minha mãe. 
e) Lavei a casa da minha tia, mais tava suja! 
f) Peguei a mochila da minha filha e dei pra ela. 
g) Meu filho segurou o capacete vermelho. 
h) Minha amiga me deu uma flor. 
i) Por favor, entregue essa flor para minha mãe. 
j) Meu pai me deu 5 moedas de ouro. 
k) Pegue seu notebook, não quero mais. 
l) Queria falar com minha amiga, mas, olhei na porta, não tinha ninguém. 
m) Peguei na prateleira um livro de libras muito grosso. 
n) O garçom pegou a maquina de cartão de credito, para eu pagar a conta. 
o) Peguei a vassoura para bater no cachorro da vizinha. 
 
 
 
 
 
 
29 
 
13. CLASSIFICADORES: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
Os classificadores utilizam configurações de mãos que representam alguma propriedade 
física de uma classe. A seguir apresentamos alguns exemplos de configurações de mãos 
(CM) para classificadores de tamanho e forma (baseado em Supalla, 1982): 
Categoria CM Exemplo de CL 
Fino 5 
45 
BARRA-FERRO-CONSTRUÇÃO 
FIO-DENTAL-FINO 
Plano 56 ou 53 MESA-PLANA 
TELHADO-RETO 
Plano com ângulo 30 PRATELEIRA/ESTANTE 
 
Espessura fina 17 
 
45 
LÂMINA-FERRO 
LIVRO-FINO 
ALIANÇA-FINA 
Espessura média 18 LIVRO-MÉDIO/ALIANÇA-MÉDIA 
 
Espessura grossa 19 LIVRO-GROSSO/ALIANÇA-GROSSA 
 
Espessura grossa e densa 28 ESPESSURA-SAPATO 
 
Arredondado 22 CABO-VASSOURA 
CANO 
Arredondado médio e 
grosso 
29 LUMINÁRIA-ARREDONDADA 
CANECA-COPO 
Retângulo 18 RÉGUA 
FAIXA-TESTA/FAIXA CABELO 
Quadrado 38 PORTA-RETRATO 
QUADRO 
Largura 14 
53 
MEDIDA DE ALGUMA COISA PEQUENA 
MEDIDA DE ALGUMA COISA GRANDE 
Altura 56 HOMEM-ALTO 
HOMEM-BAIXINHO 
OBJETO-NO-ALTO 
OBJETO-EM-BAIXO 
 
 
 
 
 
31 
 
A seguir apresentamos alguns exemplos de configurações de mãos (CM) para 
classificadores de entidades (baseado em Supalla, 1982): 
Categoria CM Exemplos de CL 
Humano – 1 pessoa 14 
 
 
48 
PESSOA/ROBÔ/ET – PASSANDO-
UMA- PELA-OUTRA 
PESSOA/ROBÔ/ET – PASSANDO 
PESSOA-CAINDO 
Humano – 2 pessoas 49 2-PESSOAS/ROBÔ/ET – PASSANDO 
 
Humano – 3 pessoas 51 3-PESSOA/ROBÔ/ET – PASSANDO 
 
Humano – 4 pessoas 54 4-PESSOA/ROBÔ/ET – PASSANDO 
 
Humano – 5 ou mais 
pessoas 
61 PLATEIA-EM-AUDITÓRIO 
MUITAS-PESSOAS-CAMINHANDO 
MUITAS-PESSOAS-VINDO 
Animal andando 07 (grandes animais) 
48 ou 56 (animais em 
geral, especialmente de 
pequeno porte) 
36 (aves em geral) 
ELEFANTE-ANDANDO 
CACHORRO-ANDANDO 
GATO-ANDANDO 
 
AVES-ANDANDO 
Animal andando 57 PEIXE-NADANDO 
GOLFINHO-NADANDO 
Animal rastejando 57 
14 
JACARÉ-RASTEJANDO 
COBRA-RASTEJANDO 
LESMA-RASTEJANDO 
Animal voando 61 BORBOLETA-VOANDO 
PÁSSARO-VOANDO 
Animal pulando 58 COELHO-PULANDO,SAPO-PULANDO 
 
Veículos em geral em 
locomoção 
57 ÔNIBUS/TREM/METRÔ/CAMINHÃO 
 LOCOMOVENDO-SE 
Veículos de duas 
rodas em locomoção 
57 MOTO-LOCOMOVENDO-SE 
BICICLETA-LOCOMOVENDO-SE 
 
 
 
32 
A categoria “humano” inclui todos os seres que apresentam a configuração física humana, 
mesmo não sendo necessariamente humanos de fato, tais como robôs, seres 
extraterrestres, etc. 
 
A seguir apresentamos alguns exemplos de configurações de mãos (CM) para 
classificadores manuais (incluindo verbos manuais e verbos classificadores) (baseado em 
Sandler e Lillo-Martin, 2006 e Ferreira-Brito, 1995): 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Categorias de verbos 
Manuais 
CM Exemplo de CL 
17 e 44 PINCELAR 
PEGAR-LÁPIS 
PEGAR-FOLHA 
 
28 PEGAR-LIVRO 
PUXAR-PRATELEIRA 
 
1 e 7 PASSAR-ROUPA 
PINTAR-COM-PINCEL-GROSSO 
PINTAR-COM-ROLO 
COZINHAR 
VARRER 
 
29 PEGAR-CELULAR 
PASSAR-ESCOVA-SAPATO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
14. TIPOS DE CLASSIFICADORES ENCONTRADOS NAS LÍNGUAS DE 
SINAIS 
1) Classificadores descritivos 
 
As descrições visuais podem ser captadas de acordo com as imagens dos objetos 
animados ou inanimados. Observam-se aspectos, tais como: som, tamanho, textura, 
paladar, tato, cheiro, “olhar”, sentimentos ou formas visuais, bem como a localização e a 
ação incorporada ao classificador. 
 
Na descrição visual, para referir a forma, tamanho, textura, paladar, cheiro, sentimentos, 
“olhar”, ou desenhos de forma assimétrica ou simétrica é utilizado, dependendo da 
Situação usa-se uma mão ou duas. 
 
 
 
 
 
SENTIMENTOS DE UMA PESSOA AO 
PRESTAR VESTIBULAR EM LIBRAS 
 
 
 
 
 
 
OLHAR DE UM HOMEM CIUMENTO E 
BRAVO 
 
 
Há também o classificador descritivo locativo que envolve uma ação que determina o 
O bjeto em relação ao outro objeto, seja animado ou inanimado. São usados com uma ou 
duas configurações de mãos. 
 
 
 
 
 
 
CARRO BATENDO NO POSTE 
 
 
34 
 
 
 
 
ÁRVORE SENDO CORTADA 
 
 
Outro classificador descritivo envolve uma ação ou posição de várias partes do corpo 
humano, objetos animados e inanimados. 
 
 
 
 
 
BOCA DE JACARÉ 
 
 
 
 
 
 
LÍNGUA SABOREANDO COMIDA GOSTOSA 
 
2) Classificadores especificadores 
 
A sua função é descrever visualmente a forma, o tamanho, a textura, o paladar, o cheiro, 
os sentimentos, o “olhar”, os “sons” do material, do corpo da pessoa e dos animais. 
 
 
 
 
 
FORMA HUMANA 
 
 
 
35 
 
Há também os classificadores que especificam elementos gasosos. 
 
 
 
 
 
 
FUMAÇA DO CHURRASCO 
 
 
Outro especificador é a descrição dos símbolos e nomes das logomarcas. 
 
 
 
 
 
 
MCDONALD´S 
 
 
 
 
 
CRISTO REDENTOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
Também há o classificador especificador que descreve os números relacionados ao 
objetoanimado e inanimado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
NÚMERO DE TELEFONE 
 
 
 
3) Classificadores de plural 
 
A configuração de mão substitui o objeto em si, sendo repetidas várias vezes. 
 
Exemplos com a incorporação do objeto repetido várias vezes: um conjunto de potes lado 
a lado, quadros espalhados na parede. 
 
 
 
 
 
 
 
INDICANDO VÁRIOS LIVROS 
NAESTANTE NA POSIÇÃO VERTICAL 
 
 
 
 
EM MOVIMENTO PARA CIMA 
INDICANDO VÁRIOS LIVROS 
EMPILHADOS 
 
 
37 
 
 
 
 
 
 
 
MUITA GENTE (MULTIDÃO) 
 
 
 
 
 
 
 
CADEIRAS NA RODA PARA 
BRINCADEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
CADEIRAS ENFILEIRADAS EM 
AUDITÓRIO 
 
 
 
4) Classificadores instrumentais 
 
É a incorporação do instrumento descrevendo a ação gerada por ele. 
 
 
 
 
USAR A FURADEIRA 
 
 
38 
 
 
 
 
PINTAR A PAREDE COM ROLO 
 
 
 
 
PINTAR COM O LÁPIS NO PAPEL 
 
 
 
 
ESCREVER NO PAPEL 
 
 
 
 
 
ESCREVER NA AREIA 
 
 
 
 
ESCREVER NO TECLADO 
 
 
39 
 
 
 
 
 
ESCOVAR CABELO 
 
 
 
 
ESCOVAR DENTES 
 
 
 
5) Classificadores de corpo 
 
É o classificador que descreve como uma ação acontece na realidade por meio da 
expressão corporal de seres animados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REAÇÃO FACIAL DO GATO 
 
 
 
 
O ANDAR DO CACHORRO 
 
 
40 
 
 
 
 
 
O ANDAR DO ELEFANTE 
 
 
 
a) É como se fosse uma espécie de pronome “espacial” que substitui o nome. 
Trazem consigo gênero, número, etc. 
b) Os classificadores trazem ideia de tamanho, volume, quantidade, etc. 
c) É próprio dos sinais, não tem em português e evita o português sinalizado. 
d) Substituem alguns substantivos, adjetivos locativos. Classificador é uma 
figuração com que se representa uma classe e objetos, qualidadesou 
localizações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
15. ESTRUTURA SINTÁTICA DA LIBRAS 
 
Segundo Saussure (2006), a língua é constituída de signos, e esses signos são constituídos de 
significante e significado. O significante é o conceito e o significado é a representação mental que 
temos, ou seja, essa representação ocorre através de sons nas línguas orais e de imagens nas línguas 
de sinais. 
. Qualquer referencia usada no discurso na Libras requer o estabelecimento de um local no 
espalho de sinalização (espaço definido a frente do corpo do sinalizador) observando várias 
restrições. 
a) Direcionar a cabeça e os olhos em direção ao sinal produzido no espaço escolhido pelo 
sinalizante. 
b) Usar a apontação antes do sinal para referenciar o substantivo. 
c) Fazer o sinal em um lugar particular, quando a referência for óbvia. 
d) Usar o pronome no espaço escolhido para enfatizar o substantivo. 
e) Usar um classificador, que representa um sinal ou referente, em uma localização particular. 
f) Usar um verbo direcional para incorporar o referente no espaço. 
 
Verbos direcionais ou verbos com concordância. Estes verbos têm a função de concordar com 
o sujeito e/ou com o objeto direto/indireto da sentença produzida. Quando o sinalizador produz uma 
sentença e usa os verbos direcionais, ele estabelece os referenciais que podem estar presentes ou 
não, ou melhor, o sinalizador estabelece um ponto que será o referencial para indicar tal elemento 
naquele espaço. Por exemplo, um sinalizador (ponto A) inicia a sentença dizendo Paulo (ponto B) 
por soletração P-A-U-L-O ou o sinal de Paulo, há a marcação deste referente em um determinado 
espaço, através da apontação, podendo ser à sua direita ou sua esquerda. 
Ao sinalizar “EU AVISAR ELE”, teremos ponto A-B. Então, a direção do sinal AVISAR vai 
se dirigir da primeira pessoa para o espaço marcado para o referente Paulo. Se desejar continuar o 
diálogo dizendo “ANA”, o sinalizador marcará outro local (ponto C) e poderá dizer: “ELA 
AVISAR ELE” (ponto C-B). O sinal AVISAR concorda com o referente localizado espacialmente. 
Ex.: PAULO IR CASA ANA ANDAR-CAVALO. 
Paulo vai à casa da Ana a cavalo. 
Qual a ordem básica das frases na Libras? Na língua de sinais existe uma ordem básica que 
determina o domínio do aspecto formal da língua pelo sinalizador. Portanto, a ordem básica da 
língua de sinais é sujeito-verbo-objeto (SVO). Outras ordens também podem ser encontradas. É 
importante que saibamos que a ordem SVO na Libras prevalece quando o sujeito e o objeto estão 
explicito na sentença. 
 
 
42 
 
EX: FÁBIO COMER MAÇÃ. 
 (Fábio come maçã) 
 
 MARCOS AMAR LÍGIA 
 (Marcos ama Lígia) 
 
Felipe (1997) afirma que esta ordem pode ser flexível devido a omissão do sujeito em 
algumas sentenças, porém, segundo Quadros, na Libras, mesmo com a omissão do sujeito e do 
objeto nas sentenças ainda assim é possível permanecer a ordem SVO. 
 
EX:ELE FALAR PRECISAR DINHEIRO COMER 
 (Ele- Paulo fala que precisa de dinheiro para comer) 
 
 
 
Na Libras não pronunciar o sujeito e o objeto é possível, é só observar o contexto sintático em 
que o sujeito e o objeto são recuperáveis. Vejamos outras possíveis ordens das sentenças na Libras. 
 
SV – ELE ELA DORMIR 
 (ele e ela dormiram) 
 
SOV – PAULO ELE CARLOS BATER. 
 (Carlos bateu em Paulo) 
 
OSV – CARRO JOÃO COMPRAR. 
 (João comprou um carro) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRÁTICA DE LIBRAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
Países e Continentes 
 
 CONTINENTE AMERICANO AMÉRICA DO NORTE CANADÁ EUA 
 
 
 
 
 
 MÉXICO=-98 
1 2 
 
 
 
 
 
 AMERICA CENTRAL COSTA RICA GUATEMALA 
 1 2 
 
 
 
 
 CUBA EL SALVADOR 
 1 2 1 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
 HAITI JAMAICA 
 1 2 1 2 
 
 
 
 HONDURAS REPUBLICA DOMINICANA PANAMÁ 
 1 2 
 
 
 
 PORTO RICO TRINIDAD E TOBAGO 
 1 2 1 2 
 
 
 
 
 AMERICA DO SUL ARGENTINA BOLÍVIA BRASIL 
 
 
 
 
 
 CHILE COLÔMBIA EQUADOR 
 1 2
 
 
46 
 GUIANA GUIANA FRANCESA PARAGUAI 
 1 2 
 
 
 
 PERU URUGUAI SURINAME VENEZUELA 
 
 
 
 
 
 EUROPA ALEMANHA ÁUSTRIA 
 1 2 
 
 
 
 
 BÉLGICA BULGÁRIA CROÁCIA 
 1 2 
 
 
 
 
 DINAMARCA ESCÓCIA ESPANHA 
 1 2 
 
 
 
 
47 
 ESLOVÁQUIA FINLÂNDIA FRANÇA 
 1 2 
 
 
 
 GEÓRGIA GRÉCIA HOLANDA HUNGRIA 
 
 
 
 
 INGLATERRA IRLANDA ISLÂNDIA ITÁLIA 
 
 
 
 
 MÔNACO PAÍS DE GALES 
 1 2 1 2 
 
 
 
 NORUEGA POLÔNIA PORTUGAL REPUBLICA TCHECA 
 
 
 
 
 
48 
 ROMÊNIA RÚSSIA SAN MARINO SUÉCIA 
 
 
 
 
 SÉRVIA E MONTENEGRO SUÍÇA 
 1 2 1 2 
 
 
 
 UCRÂNIA VATICANO 
 1 2 
 
 
 
 ÁSIAAFEGANISTÃO 
 1 2 1 2 
 
 
 
 ARÁBIA SAUDITA CHINA 
 1 2 1 2 
 
 
 
49 
 CORÉIA DO NORTE CORÉIA DO SUL 
 1 2 1 2 
 
 
 
CINGAPURA EMIRADOS ÁRABES UNIDOS HONG KONG 
 1 2 
 
 
 
 ÍNDIA INDONÉSIA IRÃ IRAQUE 
 
 
 
 
 ISRAEL LÍBANO 
 1 2 1 2 
 
 
 
 JAPÃO JORDANIA KUWAIT MALÁSIA 
 
 
 
50 
 PALESTINA PAQUISTÃO 
 1 2 1 2 
 
 
 
 SÍRIA TAILÂNDIA TURQUIA 
 1 2 
 
 
 
 VIETNÃ ÁFRICA ÁFRICA DO SUL 
 
 
 
 
 ANGOLA CAMARÕES ETIÓPIA 
 1 2 
 
 
 
 COSTA DO MARFIM EGITO 
 1 2 1 2 
 
 
51 
 GANA MADAGASCAR 
 1 2 1 2 
 
 
 
 LÍBIA MARROCOS MOÇAMBIQUE 
 1 2 
 
 
 
 NIGÉRIA QUÊNIA SENEGAL 
 1 2 
 
 
 
 TOGO TUNÍSIA OCEANIA 
 1 2 
 
 
 
 AUSTRÁLIA FIDJI NOVA ZELÂNDIA 
 1 2
 
 
52 
Estados Brasileiros 
 
 
 
 PARANÁ ACRE SANTA CATARINA PIAUÍ 
 1 2 
 
 
 
MATO GROSSO DO SUL RIO DE JANEIRO AMAZONAS BRASÍLIA 
 1 2 
 
 
 
PARAÍBA RIO GRANDE DO NORTE RORAIMA RIO GRANDE DO SUL ALAGOAS 
 
 
 
 
 AMAPÁ SERGIPE GOIÁS PERNAMBUCO 
 1 2 
 
 
 
 
 
 
 
53 
ES ESPÍRITO SANTO RONDÔNIA MATO GROSSO SÃO PAULO PARÁ 
 
 
 
 
 
 MARANHÃO TOCANTINS MINAS GERAIS 
 
 
 
 
 BAHIA DISTRITO FEDERAL CEARÁ 
 1 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
54 
 
 
 
Esportes 
 
 NATAÇÃO VOLEY FUTEBOL JUDÔ 
 
 
 
 
 HIPISMO HANDEBOL 
 1 2 1 2 
 
 
 
 CAPOEIRA GINÁSTICA OLIMPICA BASQUETE 
 1 2 
 
 
 
 GOLF SALTOS ORNAMENTAIS CORRIDA CICLISMO 
 
 
 
 
55 
 BOXE BALONISMO XADREZ 
 1 2 
 
 
 
 DAMA BASEBOLL LARGADA 
 1 2 
 
 
 
 CHEGADA OLIMPÍADAS ESTÁDIO 
 1 2 
 
 
 
 CAMPEONATO JUIZ TÉCNICO 
 1 2 
 
 
 
 CLUBE QUADRA CAMPO 
 1 2 
 
 
56 
 
 
ANIMAIS 
 
 
57 
ANIMAIS AQUÁTICOS 
 
 
 
 
58 
BALEIA 
 
 
 
 
CAMARÃO 
 
 
 
 
CARANGUEJO 
 
 
 
 
CAVALO-MARINHO 
 
 
 
 
ESTRELA DO MAR 
 
 
 
 
 
59 
FOCA 
 
 
 
 
 
 
GOLFINHO 
 
 
 
 
 
PEIXE- ESPADA 
 
 
 
 
 
 
PEIXE 
 
 
 
 
 
 
60 
PINGUIM 
 
 
 
 
POLVO 
 
 
 
 
 
TARTARUGA 
 
 
 
 
 
TUBARÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
61 
ANIMAIS TERRESTRES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
62 
BARATA (INSETO) 
 
BOI 
 
 
 
 
 
BODE 
 
 
 
 
CACHORRO 
 
 
 
 
 
CAMELO 
 
 
 
 
 
63 
CANGURU 
 
CAVALO 
 
 
 
 
CARNEIRO 
 
 
 
 
 
 
COELHO 
 
 
 
 
 
COBRA 
 
 
 
 
 
 
64 
ELEFANTE 
 
 
 
 
FORMIGA (INSETO) 
 
 
GATO 
 
 
 
 
GIRAFA 
 
 
 
 
HIPOPÓTAMO 
 
 
 
 
 
65 
 
JACARÉ 
 
LEÃO 
 
 
 
 
LOBO 
 
 MACACO 
 
 
 
 ONÇA 
 
 
 
66 
PORCO 
 
 
RATO 
 
RINOCERONTE 
 
SAPO 
 
TIGRE 
 
 
 
67 
 
VACA 
 
 
ZEBRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
68 
 
 
AVES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
69 
AVESTRUZ 
 
 
CORUJA 
 
 
 
 
GALINHA 
 
 
 
 
GAVIÃO 
 
 
 
 
 PAPAGAIO70 
 
 
PÁSSARO 
 
 
 
 
PATO 
 
 
 
 
PERU 
 
 
 
 
URUBU 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
71 
 
SEXUALIDADE E SAÚDE (ATIVIDADES E CARGOS) 
 
 
 
 
HOSPITAL MÉDIC@ ENFERMEIR@ GINECOLOGISTA 
 
 
 
 
ORTOPEDISTA CIRURGIÃO 
 1 2 1 2 
 
 
 
CLINICO GERAL GERIATRA 
 1 2 1 2 
 
 
 
 HEMATOLOGISTA 
 1 2 3 
 
 
 
 
 
 
72 
 OTORRINO 
 1 2 3 4 
 
 
 
UROLOGISTA DERMATOLOGISTA 
 1 2 1 2 
 
 
 
OBSTETRA PEDIATRA 
 1 2 1 2 
 
 
 
LABORATÓRIO EXAME INJEÇÃO 
 1 2 
 
 
 
DENTISTA REMÉDIO 1 REMÉDIO 2 
 1 2 
 
 
 
73 
 
 SORO PRAZER SEXUAL(ORGASMO) 
 1 2 3 
 
 
 
 EJACULAÇÃO PÊNIS VAGINA 
1 2 
 
 
 
SEXO IMPOTÊNCIA VIRGEM 
 1 2 
 
 
=-98 
 FIMOSE CAMISINHA FEMININA CAMISINHA MASCULINA 
 1 2 
 
 
 
 ESTUPRO MASTURBAÇÃO FEMININA MASTURBAÇÃO MASCULINA MENSTRUAÇÃO 
 
 
 
=-98 
 
 
74 
 LÉSBICA/LS SAFADO GRÁVIDA GAY 
 
 
 
 
GAY(informal) PALAVRÃO AIDS (HIV) 
 1 2 
 
 
 
 
 PROSTITUTA HOTEL MOTEL SEIO 
 
 
 
 
 
 CÂNCER EREÇÃO 
 1 2 1 2 
 
 
 
 
 PAQUERAR TRAVESTIR SEXO ANAL 
 
 
 
 
 
75 
 SEXO ORAL MASCULINO SEXO ORAL FEMININO SACANAGEM/PORNOGRAFIA 
 1 2 
 
 
 
 
 MUDANÇA DE SEXO DROGA MACONHA 
 1 2 
 
 
 
 
 COCAÍNA CRACK 
 1 2 
 
 
 
 
 SAÚDE VÍRUS 
 1 2 1 2 
 
 
 
 
 VIAGRA 
1 2 3 4 
 
 
 
 
 
76 
 
 
 
 
Miscelânea 
 PROVAR EXPERIÊNCIA SIGNIFICADO 
 1 2 
 
 
 
 ORALIZAÇÃO LEITURA LABIAL RESUMIR(SINTETIZAR) 
 1 2 
 
 
 
 DISCORDAR REGRAS 
 1 2 1 2 
 
 
 
 MOSTRAR (ASSUMIR) CARA DE PAU ACONTECER 
 1 2 
 
 
 
 
 
 
77 
 AUDIOMETRIA TRAUMA 
 1 2 1 2 
 
 
 
 SACRIFÍCIO ENGANAR DOAR 
 1 2 
 
 
 
 ADOTAR ROUBO ÍNTIMO 
 1 2 
 
 
 
 DESDECRIANÇA APROVEITAR ESTÁTICO(NÃORESPONDER) MOTIVO(POR CAUSA DE) 
 
 
 
 
 CADA (CL) MEMORIZAR(INTERNALIZAR) MEMÓRIA 
 1 2 
 
 
 
 
 
78 
 MENTE DIRETO AINDA ENTEDIADO 
 
 
 
 
 SURDO-CEGO MOVIMENTO TESTEMUNHA 
 1 2 
 
 
 
 CÉREBRO SISTEMA ABSURDO 
 1 2 
 
 
 
 CLARO (INTERJEIÇÃO) DECRETO CONTATO 
 1 2 
 
 
 
 RESOLVER OCASIÃO (ACONTECIMENTO) POLÍTICA 
 1 2 
 
 
 
 
 
 
79 
 
 POLO PRESIDENTE SENADOR 
 1 2VEREADOR DEPUTADO PREFEITO (PREFEITURA) 
 1 2 
 
 
 
 GOVERNO ELEIÇÃO DIRETOR 
 1 2 
 
 
 
 FUNCIONÁRIO JUIZ BANCADA 
 1 2 
 
 
 
 CONSELHO 
 1 2 
 
 
 
 
 
80 
HISTÓRIAS INFANTIS EM CONTEXTO DE ANIMAIS 
 
A CIGARRA E A FORMIGA 
Num dia soalheiro de Verão, a Cigarra cantava feliz. Enquanto isso, uma Formiga 
passou por perto. Vinha afadigada, carregando penosamente um grão de milho que 
arrastava para o formigueiro. - Por que não ficas aqui a conversar um pouco comigo, 
em vez de te afadigares tanto? – Perguntou-lhe a Cigarra. - Preciso de arrecadar 
comida para o Inverno – respondeu-lhe a Formiga. – Aconselho-te a fazeres o mesmo. - 
Por que me hei-de preocupar com o Inverno? Comida não nos falta... – respondeu a 
Cigarra, olhando em redor. A Formiga não respondeu, continuou o seu trabalho e foi-se 
embora. Quando o Inverno chegou, a Cigarra não tinha nada para comer. No entanto, 
viu que as Formigas tinham muita comida porque a tinham guardado no Verão. 
Distribuíam-na diariamente entre si e não tinham fome como ela. A Cigarra 
compreendeu que tinha feito mal... 
Moral da história: Não penses só em divertir-te. Trabalha e pensa no futuro. 
 
 
A LEBRE E A TARTARUGA 
Era uma vez... uma lebre e uma tartaruga. 
A lebre vivia caçoando da lerdeza da tartaruga. 
Certa vez, a tartaruga já muito cansada por ser alvo de gozações, desafiou a lebre 
para uma corrida. 
A lebre muito segura de si, aceitou prontamente. 
Não perdendo tempo, a tartaruga pois-se a caminhar, com seus passinhos lentos, 
porém, firmes. 
Logo a lebre ultrapassou a adversária, e vendo que ganharia fácil, parou e resolveu 
cochilar. 
Quando acordou, não viu a tartaruga e começou a correr. 
Já na reta final, viu finalmente a sua adversária cruzando a linha de chegada,, toda 
sorridente. 
Moral da história: Devagar se vai ao longe! 
 
http://images.google.pt/imgres?imgurl=http://www.rosanevolpatto.trd.br/fourmi2.jpg&imgrefurl=http://www.rosanevolpatto.trd.br/cigarra.html&usg=__AFLNi-DYQgchxnFMN23lwME2qKI=&h=257&w=236&sz=14&hl=pt-PT&start=2&tbnid=KkAtMmw9bo8EwM:&tbnh=112&tbnw=103&prev=/images?q=A+cigarra&gbv=2&hl=pt-PT
 
 
81 
 
A RAPOSA E O CORVO 
Um corvo que passeava pelo campo, apanhou um pedaço de queijo que estava no chão e 
fugiu, acabando por pousar sobre uma árvore. 
A raposa observando-o de longe sentiu uma enorme inveja e desejou de todo, comer-
lhe o queijo. Assim pós-se ao pé da árvore e disse: Por certo que és formoso, e gentil-
homem, e poucos pássaros há que te ganhem. Tu és bem-disposto e muito falante; se 
acertaras de saber cantar, nenhuma ave se comparará contigo. 
O corvo soberbo de todos estes elogios, levanta o pescoço para cantar, porém abrindo 
a boca o queijo caiu-lhe. A raposa apanhou e foi-se embora, ficando o corvo faminto e 
corrido da sua própria ignorância. 
 
Moral da história: Não dês ouvidos a quem te inveja. 
 
 
 
O LEÃO E O RATINHO 
Um leão, cansado de tanto caçar, dormia espichado à sombra de uma boa árvore. 
Vieram uns ratinhos passear em cima dele e ele acordou. 
Todos conseguiram fugir, menos um, que o leão prendeu embaixo da pata. 
Tanto o ratinho pediu e implorou que o leão desistiu de esmagá-lo e deixou que 
fosse embora. 
Algum tempo depois, o leão ficou preso na rede de uns caçadores. Não 
conseguia se soltar, e fazia a floresta inteira tremer com seus urros de raiva. 
Nisso, apareceu o ratinho. Com seus dentes afiados, roeu as cordas e soltou o 
leão. 
 
 
 
http://www.qdivertido.com.br/verconto.php?codigo=10
 
 
82 
MUSICALIDADE NA LIBRAS
 
É Preciso Saber Viver 
Titãs 
Quem espera que a vida 
Seja feita de ilusão 
Pode até ficar maluco 
Ou morrer na solidão 
É preciso ter cuidado 
Pra mais tarde não sofrer 
É preciso saber viver 
Toda pedra do caminho 
Você pode retirar 
Numa flor que tem espinhos 
Você pode se arranhar 
Se o bem e o mal existem 
Você pode escolher 
É preciso saber viver 
É preciso saber viver 
É preciso saber viver 
É preciso saber viver 
Saber viver, saber viver! 
Ao Único 
Aline Barros 
Ao único,que é digno de receber 
A honra e a glória, a força e o poder 
Ao rei eterno imortal, invisível mas real 
A ele ministramos o louvor 
Coroamos a ti ó rei Jesus 
Adoramos o teu nome 
Nos rendemos ao seus pés 
Consagramos todo nosso ser a ti... 
Ao Deus eterno imortal, invisível mas real 
A ele ministramos o louvor 
Coroamos a ti ó rei Jesus 
Adoramos o teu nome 
Nos rendemos ao seus pés 
Consagramos todo nosso ser a ti (2x) 
 
 
 
http://letras.mus.br/titas/
http://letras.mus.br/aline-barros/
 
 
83 
Não Precisa Mudar 
Ivete Sangalo 
(Ivete) 
Não precisa mudar 
Vou me adaptar ao seu jeito 
Seus costumes, seus defeitos 
Seu ciúme, suas caras 
Pra quê mudá-las? 
Não precisa mudar 
Vou saber fazer o seu jogo 
Saber tudo do seu gosto 
Sem deixar nenhuma mágoa 
Sem cobrar nada 
Se eu sei que no final fica tudo bem 
A gente se ajeita numa cama pequena 
Te faço um poema, te cubro de amor 
Então você adormece 
Meu coração enobrece 
E a gente sempre se esquece 
De tudo o que passou [2x] 
 
MUSICA? 
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________________________________________________________________________ 
http://letras.mus.br/ivete-sangalo/
 
 
84 
ANOTAÇÕES PESSOAIS
 
 
85

Outros materiais