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1 Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e de Atendimento às Pessoas com Surdez – CAS Língua Brasileira de sinais - Libras Intermediário 4ª Edição (Edição Renovada Agosto/ 2014) 2 GOVERNO DO ESTADO DO PIAUÍ Wilson Nunes Martins SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO E CULTURA Átila de Freitas Lira SUPERINTENDÊNCIA DE ENSINO Joara Delane Sousa Ribeiro DIRETORA DA UNIDADE DE ENSINO- APRENDIZAGEM Marta Lúcia de Medonça Freitas GERENTE DE EDUCAÇÃO EDUCACIAL Márcia Raika e Silva Lima DIRETORA DO CAS Rachel Medeiros Benigno de Andrade COORDENADORA PEDAGÓGICA DO CAS Elizabeth Coêlho de Sousa TERESINA – PI 2013 3 EQUIPE DE EXECUÇÃO - EQUIPE DO CAS INSTRUTORES SURDOS José Ramos Melo Prudêncio Marcela Kelly Lima de Queiroz INTÉRPRETES Márcia Rúbia de Oliveira Lima ValdenyCosta de Aragão Campelo COLABORAÇÃO Elizabeth Coêlho de Sousa Rachel Medeiros Benigno de Andrade REVISÃO GERAL Djanes Lemos Ferreira Gabriel Márcia Rúbia de Oliveira Lima Elizabeth Coêlho de Sousa Rachel Medeiros Benigno de Andrade Ilustração da capa: Mapa do Piauí. FONTE: http://portalcostanorte.meionorte.com/pib-do-piaui- registra-aumenta-de-42-o-menor-nos-ultimos-3-anos/mapa-do-piaui/ 4 Conteúdo Apresentação .................................................................................................................................. 5 Orientações para o aluno ................................................................................................................ 6 1. Relembrando o alfabeto manual .............................................................................................. 7 2. Soletração rítmica .................................................................................................................... 8 3. Numerais em libras ................................................................................................................ 10 4. Aspectos linguísticos das línguas de sinais e da libras .......................................................... 14 5. Aspectos fonológicos da libras ............................................................................................... 15 6. Noções de tradução e interpretação para libras ..................................................................... 19 7. Morfologia da libras ................................................................................................................ 22 8. Artigos: .................................................................................................................................. 26 9. Conjunções/preposições ........................................................................................................ 26 10. Advérbios/substantivos; ...................................................................................................... 26 11. Pronomes/dêitico/índices: .................................................................................................. 26 12. Tipos de verbos: verbos simples, verbos com concordância e verbos espaciais. ............... 27 13. Classificadores: .................................................................................................................. 29 14. Tipos de classificadores encontrados nas línguas de sinais ............................................... 33 15. Estrutura sintática da libras ................................................................................................ 41 Prática de libras ............................................................................................................................ 43 Países e continentes ..................................................................................................................... 44 Estados brasileiros ........................................................................................................................ 52 Esportes ....................................................................................................................................... 54 Animais ............................................................................................. Erro! Indicador não definido. Sexualidade e saúde (atividades e cargos) ................................................................................... 71 Miscelânea.................................................................................................................................... 76 Histórias infantis em contexto de animais ..................................................................................... 80 Musicalidade na libras .................................................................................................................. 82 Anotações pessoais ...................................................................................................................... 84 5 APRESENTAÇÃO O curso LIBRAS intermediário desenvolvido pelo CAS – Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e Atendimento à Pessoa Surda é um difusor da Língua e da Cultura do povo surdo. Objetivando favorecer um suporte intelectual para quem tem o interesse de se aprofundar na Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS. A Língua Brasileira de Sinais é uma Língua que vem ganhando espaço na sociedade por conta dos movimentos surdos em prol de seus direitos, é uma luta de muitos anos que caracteriza o povo surdo como um povo de cultura e língua próprias que é oprimido pela sociedade majoritária, impondo um padrão de cidadão sem levar em conta as especificidades linguísticas, sociais e culturais do surdo. Sendo assim, através de anos de luta o povo surdo conquistou o direito de usar sua língua que possibilita não só a comunicação, mas também sua efetiva participação na sociedade. Então, para que essa participação seja efetiva, é preciso difundir a língua, a cultura, as histórias e a concepção de mundo dos surdos. E para isso o Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e Atendimento à Pessoa Surda – CASelaborou este material com conteúdo fundamental para o aprofundamento desta segunda língua. Esperamos despertar em você o desejo de continuar o conhecimento e aprendizagem dessa língua, a Língua Brasileira de Sinais. "Quando eu aceito a língua de outra pessoa, eu aceito a pessoa. Quando eu rejeito a língua, eu rejeitei a pessoa porque a língua é parte de nós mesmos. Quando eu aceito a língua de sinais, eu aceito o surdo, e é importante ter sempre em mente que o surdo tem o direito de ser surdo. Nós não devemos mudá-lo, devemos ensiná-lo, ajudá-lo, mas temos que permitir-lhe ser surdo." TerjeBasilier 6 ORIENTAÇÕES PARA O ALUNO FREQUÊNCIA E PARTICIPAÇÃO: O curso é 100% presencial. É primordial a presença de todos durante o curso. O excesso de faltas não dá direito ao aluno de receber o certificado; será observado também o desempenho dos alunos em sala de aula, bem como a participação constante e interesse, atividades individuais e em grupos e assiduidade. PRINCÍPIOS GERAIS PARA O ALUNO: 1. Evite falar durante as aulas e use o máximo a LIBRAS. 2. Use a expressão corporal e facial para se expressar sem se envergonhar. 3. Não tenha medo de errar – pense na mensagem que quer transmitir e não nas palavras. 4. Sempre fixe o olhar na face do emissor da mensagem. 5. Atente-se para tudo que estiver acontecendo durante a aula. Tudo é aprendizagem. 6. Troque opiniões com seus colegas e forme grupos de estudos. 7. Envolva-se com a comunidade surda. 7 1. RELEMBRANDO O ALFABETO MANUAL Vamos treinar o alfabeto atentando para a orientaçãodo professor. (velocidade) DATILOLOGIA E SOLETRAÇÃO RÍTMICA O alfabeto manual é usado na Libras para nomes de pessoas e lugares ou de expressões em português que não possuem sinais correspondentes ou conhecidos em Libras. Não é uma representação direta do português, e sim da ortografia. Agora vamos sinalizar algumas sílabas. LA PA DO MA NA CI LU DA CO LI JO AS SA TRA BA LHA LHO GA VI VO OS PO CHO SU PE XA NO MI RA TU RI JÁ PRA JÃO CE ____________________________________ ATIVIDADE Faça a datilologia das palavras: TRABALHO SUCESSO LIÇÃO ILHA DOIDO FUJÃO TRAMAMARTELO CADERNO LIBRAS LUCAS CALHA MALHO CHÃO MACHÃO ALHO TRAPALHÃO CIÊNCIASCILADAMOC HILA CHATOCAIXA 8 2. SOLETRAÇÃO RÍTMICA É um estágio da datilologia que apresenta forma, ritmo e movimento próprios. Algumas palavras parecem transformar-se em sinais (sinal soletrado), equivalente ao timbre das palavras. Quase sempre há supressão ou aglutinação de letras. Ocorre frequentemente em nomes próprios e geralmente é derivada de empréstimos linguísticos da Língua Portuguesa. ALGUMAS REGRAS: 1. FORMA. a) Arco lateral EX: O-I, D-I-A, O-V-O, O-B-A b) Arco para frente e para baixo EX: F-M, B-E-M 2. SOLETRADOS PARA CIMA. Ex: V-A-I, 3. SOLETRADOS PARA BAIXO EX: P-A-Z, 4. INVERSÃO DA O.M (ORIENTAÇÃO DA MÃO) EX: O-U, V-I-U, E-X, M-A-U, O-U-R-O Exemplos: Exemplos: S-M (sim),P-Y( pai), Q-U-M (quem), M-E (mãe),N-U-N (nunca), L-I-N-D-O (lindo), B-E-M (bem), V-Y (vai), V-O-U (vou), M-Ç-O (março), C--D (coordenador, cd), O-U (ou), S-I (se), V-O-V-@ (vovô, vovó), C-L (classificador, claro), A-P (aposentadoria), T-O (Tocantins), S-C (Santa Catarina),S-L (São Luís), E-X (ex), F-M (fim), D-I-A (dia), A-P-A (nada), C-H-A (chá),C-E-D-O (cedo), L-E-I (lei), O-I (oi), G-Y (gay), H-S (homossexual), L-S (lésbica), A-I-D-S (AIDS), O-B-A (oba), T-J (Testemunha de Jeová),J-P(João Pessoa), H-I-V (HIV) ,S-H (shopping), O-K (ok), .B-I (bissexual), M-I-L (mil), B-E-B-E (bebê), M-A-L (mal), S-A-L (sal), O-U-R-O- (ouro), A-V (avenida), R-I-O (rio) B-A-R (bar), P-A-Z (paz), M-A-U (mau),M-E-L-(mel) 9 ATIVIDADE Em duplas, criem diálogos de até 5 frases utilizando os sinais soletrados ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 10 3. NUMERAIS EM LIBRAS CARDINAL/ ORDINAL (com movimento) QUANTITATIVO A LIBRAS apresenta diferentes formas de sinalizar os numerais, a depender da situação. CARDINAIS – Até 4, representações são diferentes para quantidades e cardinais; a partir de 5 são idênticos. Não possui movimento. ORDINAIS – Possuem movimentos. Os ordinais do 1º ao 4º têm movimento para cima e para baixo e os ordinais 5º ao 9º têm movimentos para os lados. A partir do numeral 10 não há diferenças. VALORES MONETÁRIOS – Para representar valores monetários de 1 até 9, tem movimento de rotação incorporado, a partir do 10, usa-se o sinal do numeral correspondente acrescentando-se o sinal “R”. . NÚMEROS REPETIDOS – são as configurações de números que têm movimentos repetidos. Geralmente são sinalizados em números decimais. 11 EX: 11, 22, 33, 44, 77... DEZENAS – são sinalizadas de modo flexível. Ex: 10, 20, 40, 60, 70, 80... CENTENAS – são sinalizadas com movimento lateral sem pausa. O sinal de 100 deve ser sinalizado o número 1 referente à quantidade. Ex: 100, 200, 500, 800... MILHAR – para os sinais de milhar, os números de 1 mil a 9 mil são sinalizados com movimentos de vírgula incorporado, a partir de 10 mil são sinalizados com os números e mais um sinal de ponto. NÚMEROS COM MOVIMENTOS ESPECIAIS – são números que têm movimentos especiais. Veja a sinalização do professor: Ex: 15, 69 ou 96, 12 ou 21, 16, 17, 18, 19, 26, 27, 34, 51, 58, 72... NÚMEROS QUANTITATIVOS EM EXPRESSÕES CRONOLÓGICAS – os numerais de 1 a 4 são incorporados ao DIA, SEMANA, MÊS, ANO e VEZ. Ex: 1 DIA 2 DIAS 3 DIAS 4 DIAS 1 SEMANA 2 SEMANAS 3 SEMANAS 4 SEMANAS VEZ -1 VEZ – 2 VEZ – 3 VEZ – 4 12 ANO – 1 ANO – 2 ANO – 3 ANO – 4 Podendo incorporar até o 7, a partir do número 8 não pode incorporar ao advérbio de tempo e sinaliza normalmente. HORAS - Os números incorporados ao “relógio” se referem à duração. Há diferença do tempo e duração: a) Duração: é baseada na sinalização que está sendo realizada, os números em quantidade de 1 a 4 no rosto em movimento circular, e a partir do 5 é sinalizado depois de uma rotação no rosto com a configuração de “1 em quantidade”, e quanto ao “minuto” e “segundo”, é sinalizado conforme o seu sinal mais os números em quantidade. HORA – 1 HORA – 3 HORA - 4 Exemplos: ÔNIBUS TERESINA ATÉ BRASÍLIA 26 HORAS AULAS LIBRAS DURAÇÃO 4h30 MIN. b) Tempo: é sinalizado com os números cardinais de acordo com os sinais de horas, minutos e segundos. Hora (ponto) Minuto Segundo 13 Exemplos: AULA LIBRAS COMEÇAR 8h AULA LIBRAS TERMINAR 11h30 Assista agora ao vídeo sobre numerais em LIBRAS e escreva abaixo os números sinalizados pelo professor. ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 14 4. ASPECTOS LINGUÍSTICOS DAS LÍNGUAS DE SINAISE DA LIBRAS a. ICONICIDADE E ARBITRARIEDADE A modalidade gestual-visual-espacial pela qual a LIBRAS é produzida epercebida pelos surdos leva, muitas vezes, as pessoas a pensarem que todosos sinais são o “desenho” no ar do referente que representam. É claro que, pordecorrência de sua natureza linguística, a realização de um sinal pode sermotivada pelas características do dado da realidade a que se refere, mas issonão é uma regra. A maioria dos sinais da LIBRAS são arbitrários, nãomantendo relação de semelhança alguma com seu referente. Vejamos algunsexemplos entre os sinais icônicos e arbitrários. SINAIS ICÔNICOS Uma foto é icônica porque reproduz a imagem do referente, isto é, a pessoa oucoisa fotografada. Assim também são alguns sinais da LIBRAS, gestos quefazem alusão à imagem do seu significado. Ex.: TELEFONE - BORBOLETA Isso não significa que os sinais icônicos são iguais em todas as línguas. Cadasociedade capta facetas diferentes do mesmo referente, representadas atravésde seus próprios sinais, convencionalmente, (FERREIRA BRITO, 1993)conforme os exemplos abaixo: ÁRVORE LIBRAS - representa o tronco usando o antebraço e a mão aberta, as folhas em movimento. LSC (Língua de Sinais Chinesa) - representa apenas o tronco da árvore com as duas mãos (os dedos indicador e polegar ficam abertos e curvos). LIBRAS - CASA ASL - CASA SINAIS ARBITRÁRIOS São aqueles que não mantêm nenhuma semelhança com o dado da realidade que representam. Uma das propriedades básicas de uma língua é a arbitrariedade existente entresignificante e referente. Durante muito tempo afirmou-se que as línguas desinais não eram línguas por serem icônicas, não representando, portanto,conceitos abstratos. Isto não é verdade, pois em língua de sinais tais conceitostambém podem ser representados, em toda sua complexidade. Ex.: CONVERSAR - DEPRESSA 15 5. ASPECTOS FONOLÓGICOS DA LIBRAS 2.1 OS PARÂMETROS A Fonologia estuda a menor unidade da língua, os fonemas: suas diferenças e correlações de significado. Nas línguas de sinais, a fonologia tem por objetivo determinar quais são as unidades mínimas que formam os sinais, estabelecer quais são os padrões possíveis de combinação entre essas unidades e as variações possíveis no ambiente fonológico. Segundo Quadros e Karnopp (2005), analisando a língua de sinais americana, ASL, o pesquisador William Stokoe, em 1960, nos Estados Unidos, propôs a decomposição dos sinais em três aspectos ou parâmetros que não carregam significado isoladamente. Estes são considerados os parâmetros primários, a saber: Configuração de Mão (CM); Locação da Mão (L) e Movimento (M). Tais parâmetros equiparavam-se aos fonemas das línguas orais diferenciando-se destas por se apresentarem, em geral, de forma simultânea, pois os sinais possuem uma estrutura paralela, podendo-se sinalizar utilizando várias partes do corpo ao mesmo tempo, inclusive modificando o sentido com a expressão facial (QUADROS, KARNOPP, 2004), enquanto nas línguas orais eles ocorrem de forma linear, isto é, os fonemas se sucedem um após o outro. Análises nas unidades formacionais dos sinais posteriores a de Stokoe sugerem o acréscimo de outros dois parâmetros, considerados parâmetros secundários, a saber: Orientação da palma da mão (Or) e os aspectos não manuais (NM), expressões faciais e corporais. No Brasil, os estudos sobre as línguas de sinais se iniciam na década de 1980, por Ferreira- Brito e Felipe, seguidos por Karnopp e Quadros. (FERREIRA-BRITO, 1995; QUADROS, KARNOPP, 2004; FELIPE, 2006).Segundo ela, a Libras possui cinco parâmetros: Configuração de Mão (CM); Ponto de Articulação (PA) ou Locação (L); Movimento(M); Orientação da palma da Mão (Or) e Expressões Não Manuais (ENM). * Configuração de Mão (CM) – este é o primeiro dos parâmetros, dentre os articuladores primários. São compostos por diversas formas que a(s) mão(s) toma(m) na realização de um sinal. As CM podem variar quanto ao uso das mãos para a realização do sinal, apresentando (a) uma só mão configurada (Fig. 02); (b) duas mãos com configurações diferentes (Fig. 03); (c) duas mãos com a mesma configuração (figura 04); (d) mão configurada sobre a outra que serve de apoio, tendo sua própria configuração (Fig. 05); 16 Fig. 02 – CEARÁ Fig. 03– MÊS Fig. 04– ÀS VEZES Fig. 05– DOENTE * Movimento (M): para que seja realizado é preciso haver um objeto (o sinal) e um espaço (realização do sinal). Os movimentos, na Libras, segundo Ferreira Brito (1990), apresentam categorias que diferenciam-se quanto ao tipo, direcionalidade, maneira e frequência do movimento. Categorias do parâmetro movimento na língua de sinais brasileira (Ferreira-Brito, 1990) TIPO DE MOVIMENTO Contorno ou forma geométrica: retilíneo, helicoidal, circular, semicircular, sinuoso, angular; Interação: alternado, de aproximação, de separação, de inserção, cruzado; Contato: de agarrar, de deslizamento, de toque, de esfregar, de riscar, de escovar ou de pincelar; Torcedura do pulso: para cima, para baixo; Interno das mãos: abertura, fechamento. DIRECIONALIDADE Direcional -Unidirecional: para cima, para baixo, para a direita, para a esquerda, para dentro, para fora, para o centro. - Bidirecional: para cima e para baixo, para a esquerda e para a direita, para dentro e para fora, para laterais opostas. -Não-direcional 17 FREQUÊNCIA - Repetição - Simples Fonte: QUADROS, Ronice Muller de; KARNOPP, Lodenir Becker. Língua Brasileira de Sinais: estudos linguísticos. Porto Alegre: Artmed, 2004, p.56. * Locação da Mão (L) ou Ponto de Articulação (PA): refere-se ao local do corpo do sinalizador em que o sinal é realizado. Esse espaço é definido pela área de alcance das mãos. Por uma questão de facilitação na visualização da sinalização e consequentemente da comunicação, elencamos como espaço ideal aquele que se estende desde o topo da cabeça até a cintura. Dentro deste espaço ideal, imaginando os interlocutores frente a frente, as locações dividem-se em quatro regiões principais: cabeça, mão, tronco e espaço neutro, quando não há contato das mãos com o corpo. Locações (Ferreira-Brito e Langevin, 1995) Cabeça Tronco topo cabeça - Paraná testa – Esquecer rosto – Hora (duração) parte superior do rosto – Amazonas parte inferior do rosto – Oralizar orelha – Surdez olhos – Espanhol nariz – Mau cheiro boca – Inveja bochechas – Estados Unidos queixo – Frio Pescoço – Minas Gerais Ombro – Passear Busto – Amigo Estômago – Fome Cintura – Sofrer Braços – Bebê Braço – Branco Antebraço – Curso Cotovelo – Ciúmes Pulso – Segredo Mão Espaço Neutro Palma – Ajudar dorso das mãos – Conversar lado do indicador – Perguntar lado do dedo mínimo – Idêntico dedos – Confusão 18 ponta dos dedos – Casa dedo mínimo – Amante anelar – Noivo dedo médio – Contato indicador – Também polegar – Fazer Fonte: QUADROS, Ronice Muller de; KARNOPP, Lodenir Becker. Língua Brasileira de Sinais: estudos linguísticos. Porto Alegre: Artmed, 2004, p.58. * Orientação da Mão (Or): Por definição orientação da mão é a direção que a palma da mão assume na execução do sinal. Ferreira Brito (1995) identifica seis tipos de orientação da palma da mão na LIBRAS: para cima (Fig. 06); para baixo (Fig. 07), para dentro (palma voltada para o corpo) (Fig. 08), para fora (palma voltada para frente) (Fig. 09), para a direita (Fig. 10), para a esquerda (Fig. 11). Fig. 06 – EVANGÉLICO Fig. 07 – ARANHA Fig. 08 – BANHAR Fig. 09 – FEBRE Fig. 10 – AVISAR Fig.11 – CONHECER * Expressões Não Manuais (ENM): constituem-se por movimentos elaborados na articulação da cabeça (lateralizaçãodireita/esquerda, inclinaçãofrente/trás), da face (sobrancelhas, olhos, bochechas, língua, lábios, nariz) ou do tronco (inclinação frente/trás, balanceamento dos ombros).. As Expressões Não Manuais podem ainda demonstrar afeições como: alegria, tristeza, dor, angústia, ansiedade, etc. Normalmente, as ENM vêm associadas ao uso de sinais manuais, mas também podem ser realizados sem eles, como nos clássicos exemplos em Libras de LADRÃO e ATO- SEXUAL. 19 6. NOÇÕES DE TRADUÇÃO E INTERPRETAÇÃO PARA LIBRAS Por tradução entende-se como um processo que envolve pelo ao menos uma língua escrita, sendo, portanto, o tradutora pessoa que traduz um texto escrito de uma língua para a outra. Por outro lado o intérprete é a pessoa que interpreta de umal língua (fonte) para outra (língua alvo) o que foi dito. Um mecanismo bastante utilizado e que contribui com o processo de tradução para Língua de Sinais é o Sistema de Transcrição para Libras abordado logo abaixo. 2.2. Sistema de Transcrição para a libras Este sistema vem sendo adotado por pesquisadores de línguas de sinais em outros países, e aqui no Brasil tem este nome porque as palavras de uma língua oral- auditiva são utilizadas para representar aproximadamente os sinais. Assim, a LIBRAS será representada a partir das seguintes convenções: 1. Os sinais da LIBRAS, para efeito de simplificação, serão representados por itens lexicais da Língua Portuguesa (LP) em letras maiúsculas. Exemplos: CASA, ESTUDAR, CRIANÇA. 2. Um sinal, que é traduzido por duas ou mais palavras em língua portuguesa, será representado pelas palavras correspondentes separadas por hífen. Exemplos: CORTAR-COM-FACA, QUERER-NÃO "não querer", MEIO-DIA, AINDA- NÃO, etc. 3. Um sinal composto, formado por dois ou mais sinais, que será representado por duas ou mais palavras, mas com a ideia de uma única coisa, será separado pelo símbolo ^ . Exemplos:CAVALO^LISTRA = “zebra” CASA^CRUZ = “igreja” MAÇA^VÁRIAS = “frutas” 4. A datilologia (alfabeto manual), que é usada para expressar nome de pessoas, de localidades e outras palavras que não possuem um sinal, está representada pela palavra separada, letra por letra, por hífen. Exemplos:J-O-Ã-O, A-N-E-S-T-E-S-I-A; 5. O sinal soletrado, ou seja, uma palavra da língua portuguesa que, por empréstimo, passou a pertencer à LIBRAS por ser expressa pelo alfabeto manual com uma incorporação de movimento próprio desta língua, está sendo representado pela datilologia do sinal em itálico. Exemplos:R-S “reais”, A-C-H-O, QUM “quem”, N-U-N-C-A, etc. 6. Na LIBRAS não há desinências para gêneros (masculino e feminino) e número (plural), o sinal, representado por palavra da língua portuguesa que possui estas 20 marcas, está terminado com o símbolo @ para reforçar a ideia de ausência e não haver confusão. Exemplos: AMIG@ “amiga(s) e amigo(s)” , FRI@ “fria(s) e frio(s)”, MUIT@ “muita(s) e muito(s)”, TOD@, “toda(s) e todo(s)”, EL@ “ela(s), ele(s)”, ME@ “minha(s) e meu(s)” etc. 7. Os traços não-manuais: expressões facial e corporal, que são feitos simultaneamente com um sinal, estão representados acima do sinal ao qual está acrescentando alguma ideia, que pode ser em relação ao: a) tipo de frase ou advérbio de modo: interrogativa ou... i ... negativa ou ... neg ... etc Para simplificação, serão utilizados, para a representação de frases nas formas exclamativas e interrogativas, os sinais de pontuação utilizados na escrita das línguas orais-auditivas, ou seja: !, ? e ?! b) advérbio de modo ou um intensificador: muito rapidamente exp.f "espantado"etc. interrogativa exclamativo muito Exemplos: NOME ADMIRAR LONGE 8. Os verbos que possuem concordância de gênero (pessoa, coisa, animal), através de classificadores, estão representados tipo de classificador em subescrito. Exemplos:pessoaANDAR, veículoANDAR, coisa-arredondadaCOLOCAR 9. Os verbos que possuem concordância de lugar ou número-pessoal, através do movimento direcionado, estão representados pela palavra correspondente com uma letra em subescrito que indicará: a) a variável para o lugar: i = ponto próximo à 1ª pessoa, j = ponto próximo à 2ª pessoa, k = pontos próximos à 3ª pessoa, e = esquerda d = direita; b) as pessoas gramaticais: 1s, 2s, 3s = 1 a, 2a e 3a pessoas do singular; 1d, 2d, 3d = 1 a, 2a e 3a pessoas do dual; 1p, 2p, 3p = 1 a, 2a e 3a pessoas do plural; Exemplos: 1s DAR2S "eu dou para "você", 2sPERGUNTAR3P "você pergunta para eles/elas", k pessoaANDARke "andar da direita (d) para a esquerda (e). 21 10. Às vezes há uma marca de plural pela repetição do sinal. Esta marca será representada por uma cruz no lado direto acima do sinal que está sendo repetido: Exemplo: GAROTA + 11. Quando um sinal, que geralmente é feito somente com uma das mãos, ou dois sinais estão sendo feitos pelas duas mãos simultaneamente, serão representados um abaixo do outro com indicação das mãos: direita (md) e esquerda (me). Exemplos: IGUAL (md) PESSO@-MUIT@ANDAR (me) ` IGUAL (me) PESSOAEM-PÉ (md) Estas convenções vêm sendo utilizadas para poder representar, linearmente, uma língua espaço-visual, que é tridimensional. Felipe (1988, 1991,1993,1994,1995,1996) 22 7. MORFOLOGIA DA LIBRAS Em nossa língua há muitas palavras de tamanhos e significados diferentes, e essas palavras são formadas por unidades menores chamadas morfemas, que nada mais são do que os pedaços das palavras. Ex: INFELICIDADE. Esta palavra é resultado da combinação de três morfemas: 1. o prefixo In 2. o radical Felic- 3. o sufixo -idade Cada um desses elementos é um morfema da língua portuguesa e são usados para a construção de novas palavras. Ex: “involuntário”; “infelicitar”; “velocidade”. É importante salientar que estes morfemas não podem ocorrer isoladamente sendo considerados morfemas presos. Se, no entanto, utilizarmos como exemplo a palavra FELIZMENTE podemos perceber que tanto o morfema FELIZ como o morfema MENTE são morfemas livres uma vez que isoladamente eles apresentam significado. É importante ainda pontuar que quanto a significação os morfemas podem ser considerados lexicais ou gramaticais: 4.1. Processo de formação de sinais Na Libras a formação dos sinais é realizada a partir da: configuração de mãos (CM), movimento (M) , Expressão facial (EF), orientação (Or) e ponto de articulação (PA). Estes cinco parâmetros podem expressar morfemas através de algumas configurações de mão, de alguns movimentos direcionados, de algumas alterações na frequência do movimento, de alguns pontos de articulação na estrutura morfológica e de alguma expressão facial ou movimento de cabeça concomitante ao sinal, que, através de alterações, em suas combinações, formam os itens lexicais das línguas de sinais. Um exemplo de morfema bem conhecido é o sinal que representa os meses do ano: um-mês, dois-meses, três-meses, quatro-meses. Mudamos CM referente aos números, essa configuração de mão é o pedaço da palavra e é, portanto o morfema. Ferreira-Brito (2006) apresenta alguns exemplos de morfemas lexicais e gramaticais em Libras: 23 Na língua portuguesa, como já mencionado anteriormente, os morfemas são livres quando não precisam de outro morfema para constituir-se uma palavra e os morfemas presos, que precisam de outro morfema para formar uma palavra. Esses morfemas presos são chamados de prefixo e sufixo. Os prefixos se colocam antes dos radicais basicamente a fim de modificar-lhes o sentido e raramente produzemmudanças na classe gramatical da palavra primitiva. Já o sufixo é adicionado ao final da palavra e é responsável pela formação de novas palavras: nomes, verbos e advérbios. Na Libras, assim como em qualquer outra língua existem processos na formação das palavras, os quais são gramaticalmente classificados em: derivação, incorporação e empréstimos linguísticos. De acordo com as regras gramaticais da Libras, os processos de formação de palavras ocorrem através de: 1. Modificações de adição à raiz – pode-se modificar a raiz do sinal, por meio da adição de afixos. A incorporação da negação é um exemplo de adição de afixo, tanto como sufixo (QUERER/QUERER-NÃO; GOSTAR / GOSTAR-NÃO), quanto como infixo (TER/ TER–NÃO; PODER/PODER–NÃO). Além da construção morfológica da negação, pode se realizar sintaticamente com o movimento da cabeça como nos advérbios NÃO e NADA. A raiz ainda pode ser modificada na incorporação do intensificador MUITO ou ainda por advérbios de modo. 2. Modificação interna da raiz: a modificação de uma raiz pode se realizar por três tipos de acréscimos: a) flexão: marca as pessoas do discurso através da direcionalidade, fazendo com que a raiz se inverta: ELE / ELA b) aspecto verbal: É através da mudança na frequência do movimento da raiz que se marca o aspecto durativo, continuo etc. c) marcador de concordância de gênero: através da CM (classificadores) especifica coisas: objetos plano vertical/ horizontal, redondo etc. 3. Processos de derivação: No inglês há muitos verbos e substantivos verbais que são invariáveis e somente no contexto perceber se estão sendo utilizados com função de verbo ou de nome, isso acontece também na LIBRAS. Vejamos alguns exemplos: AVIÃO/IR DE AVIÃO; SENTAR/CADEIRA; PORTA/ABRIR A PORTA; BICICLETA/ANDAR DE BICICLETA. Encontramos outras formas de marcas de concordância com objeto, como na estrutura OV: 24 CORTAR-COM-TESOURA. Pode também ter prolongamento do movimento, no caso de IR-DE- AVIÃO. 4. Processo de composição: duas ou mais raízes se juntam e dão origem a outro sinal. EX: CAVALO^LISTRA-PELO-CORPO “zebra” ; MULHER^BEIJO-NA-MÃO “mãe” CASA^ESTUDAR “escola”; CASAR^SEPARAR “divorciar”; COMER^MEIO-DIA “almoço”; etc. A seguir serão apresentados alguns exemplos de formação de sinais na língua brasileira de sinais, que ilustram tanto processos concatenativos (ou seja, a combinação de vários elementos que compõem um sinal), quanto ao processos de incorporação de diferentes elementos dentro dos sinais. 1.1.1. Derivando nome de verbos:É um processo morfológico bastante comum na Língua Brasileira de Sinais. Essa derivação ocorre pela mudança no tipo de movimento. O movimento dos nomes repete e encurta o movimento dos verbos. VERBOS SUBSTANTIVOS Telefonar Telefone Sentar Cadeira Perfumar Perfume Pentear Pente Ouvir Ouvinte Roubar Ladrão Fonte: QUADROS, Ronice Muller de; KARNOPP, Lodenir Becker. Língua Brasileira de Sinais: estudos linguísticos. Porto Alegre: Artmed, 2004, p.100. 1.1.2. Formação de compostos: além da derivação, como observado acima, outra forma de criar novos sinais é através da composição, processo em que se juntam duas bases pré- existentes na língua para a criação de um novo vocábulo, dito composto. Este também é um processo bastante comum na Língua Brasileira de Sinais. EX: escola; acreditar; boa noite. 1.1.3. Incorporação de numeral: ocorre com a adição de um morfema preso à raiz para a formação de um novo sinal. Neste processo a locação, a orientação e as expressões não 25 manuais permanecem as mesmas. É importante destacar que existe um limite para o acréscimo à raiz, geralmente até o número quatro. Ex: mês; dia; hora; 1.1.4. Incorporação de negação: Ferreira-Brito menciona que essa incorporação ocorre através de vários processos, o item a ser negado sofre alteração em um dos parâmetros, especialmente o parâmetro movimento. Ex: ter; gostar; saber; conhecer. 4.2 Flexão na Língua De Sinais Envolve o estudo dos processos que acrescentam informação gramatical à palavra que já existe. Segundo Quadros e Karnopp (2004) os estudos feitos por Klima e Bellugi (1979) na língua de sinais americana (ASL) sobre flexão se aplicam também na língua brasileira de sinais. Desta forma assim como no ASL a LIBRAS apresentaria oito diferentes processos de flexão sendo eles: 1. Pessoa; 2. Número; 3. Grau; 4. Modo; 5. Reciprocidade; 6. Foco temporal; 7. Aspecto temporal; 8. Aspecto distributivo 26 8. ARTIGOS: No português nós temos artigos definidos e indefinidos. Nos sinais isso não existe, podem estar incorporados dentro do próprio sinal. Ex: SENTAR a) Uma pessoa sentada. b) Várias pessoas sentadas. Usamos classificadores,Também, às vezes, está incorporada a posição de como as pessoas estão sentadas, etc. 9. CONJUNÇÕES/PREPOSIÇÕES Ex: mas, porém, etc. diferente do português. a) As frases não são soltas, o sentido das palavras vai fazendo o ligamento da ideia. b) A coesão textual é mais uma questão lógica do que gramática, não precisa estar explícito o conectivo. c) Na maioria das vezes, vêm incorporadas ao verbo, principalmente ao verbo e movimentos. Eu não preciso dizer “ir para”, não preciso fazer “para” em sinais, ou “vir de”, a ideia já está explícita na sinalização. 10. ADVÉRBIOS/SUBSTANTIVOS; a) Sinais Específicos – EX: “beijar” (normal) b) Expressão Facial ou Corporal – EX: “beijar muito” “ “mais ou menos cansado” c) Movimento – EX: “beijar caliente” “muito cansado” É como se o advérbio viesse junto com o adjetivo. 11. PRONOMES/DÊITICO/ÍNDICES: a) PRONOMES PESSOAIS: em LS normalmente é um índice apontar. EX: 1ª pessoa singular (EU) 2ª pessoa singular (TU) 2ª pessoa dual (vocês dois) 2ª pessoa Trial (vocês três) 2ª pessoa plural (NÓS) 3ª pessoa singular (apontar para outra pessoa) 3ª pessoa dual (apontar para mais duas pessoas) 27 b) PRONOMES DEMONSTRATIVOS: Na LIBRAS os pronomes demonstrativos e os advérbios de lugar tem o mesmo sinal, sendo diferenciado no contexto. ESTE/AQUI – Olhar para o lugar apontado, perto da 1ª pessoa. ESSE/AI – Olhar para o lugar apontado, perto da 2ª pessoa. AQUELE/LÁ – Olhar para o lugar distante apontado. TIPOS DE REFERENTES: Referentes presentes. Ex: EU, VOCÊ, ELE... Referentes ausentes com localização reais. Ex: RECIFE, PREFEITURA, EUROPA... Referentes ausentes sem localização. c) PRONOMES POSSESSIVOS: meu, teu, seu, deles, delas. 12. TIPOS DE VERBOS: VERBOS SIMPLES, VERBOS E FENÔMENOS DA NATUREZA, VERBOS COM CONCORDÂNCIA E VERBOS ESPACIAIS. a) VERBOS SIMPLES – não tem flexão nem movimento. EX: brincar, trabalhar, estudar, nunca variam, são os mesmos para qualquer pessoa. Geralmente são feitos em espaços neutros, fora do corpo. Eu trabalho. Você trabalha. Ele trabalha. b) VERBOS E FENÔMENOS DA NATUREZA - são intransitivos e não têm sujeito, porque o próprio verbo indica ação. EX: chover, relampejar/ trovejar; nevar GERÚNDIO = movimento constante c) VERBOS COM CONCORDÂNCIA: têm movimento com concordância de pessoas. EX: Perguntar, responder, avisar, dar, telefonar, mostrar. ATIVIDADE Em trio, treine as seguintes frases: EU AVISAR VOCÊ. VOCÊ AVISAR EU. EU AVISAR VOCÊ E ELE. EU DAR VOCÊ EU DAR ELE. EU DAR VOCÊ E ELE. EU PERGUNTAR VOCÊ. VOCÊ PERGUNTAR EU. 28 d) VERBOS ESPACIAIS: são verbos mais complexos, eles não têm só ação, mas podem ter “direção” também. Verbos e “raiz para” ou raiz “de” (ir para ou vir de) Os verbos espaciais indicam, com a configuração de mão, os classificadores: EX: verbos classificadores – eles incorporam mais ideias, o objeto direto ouinstrumento. Esses verbos têm uma raiz de representação icônica, eles imitam de alguma forma a sua realidade. VIR ( avião, carro, carroça, etc.) LAVAR (roupa, louça, casa, etc.) PEGAR (dependendo do objeto) e) VERBOS MULTIDIRECIONAIS – representam vários lugares, não estão presos a um lugar só. EX: ANDAR (eu posso andar para várias direções). O VIR e o IR normalmente mostram a procedência. ATIVIDADE 1. INTERPRETE AS FRASES ABAIXO a) Minha vovó me pediu para pegar uma agulha. b) Vi um ladrão caminhando em minha direção, fiquei com muito medo. c) Vi um avião voando em minha direção. d) Lavei toda a louça da minha mãe. e) Lavei a casa da minha tia, mais tava suja! f) Peguei a mochila da minha filha e dei pra ela. g) Meu filho segurou o capacete vermelho. h) Minha amiga me deu uma flor. i) Por favor, entregue essa flor para minha mãe. j) Meu pai me deu 5 moedas de ouro. k) Pegue seu notebook, não quero mais. l) Queria falar com minha amiga, mas, olhei na porta, não tinha ninguém. m) Peguei na prateleira um livro de libras muito grosso. n) O garçom pegou a maquina de cartão de credito, para eu pagar a conta. o) Peguei a vassoura para bater no cachorro da vizinha. 29 13. CLASSIFICADORES: 30 Os classificadores utilizam configurações de mãos que representam alguma propriedade física de uma classe. A seguir apresentamos alguns exemplos de configurações de mãos (CM) para classificadores de tamanho e forma (baseado em Supalla, 1982): Categoria CM Exemplo de CL Fino 5 45 BARRA-FERRO-CONSTRUÇÃO FIO-DENTAL-FINO Plano 56 ou 53 MESA-PLANA TELHADO-RETO Plano com ângulo 30 PRATELEIRA/ESTANTE Espessura fina 17 45 LÂMINA-FERRO LIVRO-FINO ALIANÇA-FINA Espessura média 18 LIVRO-MÉDIO/ALIANÇA-MÉDIA Espessura grossa 19 LIVRO-GROSSO/ALIANÇA-GROSSA Espessura grossa e densa 28 ESPESSURA-SAPATO Arredondado 22 CABO-VASSOURA CANO Arredondado médio e grosso 29 LUMINÁRIA-ARREDONDADA CANECA-COPO Retângulo 18 RÉGUA FAIXA-TESTA/FAIXA CABELO Quadrado 38 PORTA-RETRATO QUADRO Largura 14 53 MEDIDA DE ALGUMA COISA PEQUENA MEDIDA DE ALGUMA COISA GRANDE Altura 56 HOMEM-ALTO HOMEM-BAIXINHO OBJETO-NO-ALTO OBJETO-EM-BAIXO 31 A seguir apresentamos alguns exemplos de configurações de mãos (CM) para classificadores de entidades (baseado em Supalla, 1982): Categoria CM Exemplos de CL Humano – 1 pessoa 14 48 PESSOA/ROBÔ/ET – PASSANDO- UMA- PELA-OUTRA PESSOA/ROBÔ/ET – PASSANDO PESSOA-CAINDO Humano – 2 pessoas 49 2-PESSOAS/ROBÔ/ET – PASSANDO Humano – 3 pessoas 51 3-PESSOA/ROBÔ/ET – PASSANDO Humano – 4 pessoas 54 4-PESSOA/ROBÔ/ET – PASSANDO Humano – 5 ou mais pessoas 61 PLATEIA-EM-AUDITÓRIO MUITAS-PESSOAS-CAMINHANDO MUITAS-PESSOAS-VINDO Animal andando 07 (grandes animais) 48 ou 56 (animais em geral, especialmente de pequeno porte) 36 (aves em geral) ELEFANTE-ANDANDO CACHORRO-ANDANDO GATO-ANDANDO AVES-ANDANDO Animal andando 57 PEIXE-NADANDO GOLFINHO-NADANDO Animal rastejando 57 14 JACARÉ-RASTEJANDO COBRA-RASTEJANDO LESMA-RASTEJANDO Animal voando 61 BORBOLETA-VOANDO PÁSSARO-VOANDO Animal pulando 58 COELHO-PULANDO,SAPO-PULANDO Veículos em geral em locomoção 57 ÔNIBUS/TREM/METRÔ/CAMINHÃO LOCOMOVENDO-SE Veículos de duas rodas em locomoção 57 MOTO-LOCOMOVENDO-SE BICICLETA-LOCOMOVENDO-SE 32 A categoria “humano” inclui todos os seres que apresentam a configuração física humana, mesmo não sendo necessariamente humanos de fato, tais como robôs, seres extraterrestres, etc. A seguir apresentamos alguns exemplos de configurações de mãos (CM) para classificadores manuais (incluindo verbos manuais e verbos classificadores) (baseado em Sandler e Lillo-Martin, 2006 e Ferreira-Brito, 1995): Categorias de verbos Manuais CM Exemplo de CL 17 e 44 PINCELAR PEGAR-LÁPIS PEGAR-FOLHA 28 PEGAR-LIVRO PUXAR-PRATELEIRA 1 e 7 PASSAR-ROUPA PINTAR-COM-PINCEL-GROSSO PINTAR-COM-ROLO COZINHAR VARRER 29 PEGAR-CELULAR PASSAR-ESCOVA-SAPATO 33 14. TIPOS DE CLASSIFICADORES ENCONTRADOS NAS LÍNGUAS DE SINAIS 1) Classificadores descritivos As descrições visuais podem ser captadas de acordo com as imagens dos objetos animados ou inanimados. Observam-se aspectos, tais como: som, tamanho, textura, paladar, tato, cheiro, “olhar”, sentimentos ou formas visuais, bem como a localização e a ação incorporada ao classificador. Na descrição visual, para referir a forma, tamanho, textura, paladar, cheiro, sentimentos, “olhar”, ou desenhos de forma assimétrica ou simétrica é utilizado, dependendo da Situação usa-se uma mão ou duas. SENTIMENTOS DE UMA PESSOA AO PRESTAR VESTIBULAR EM LIBRAS OLHAR DE UM HOMEM CIUMENTO E BRAVO Há também o classificador descritivo locativo que envolve uma ação que determina o O bjeto em relação ao outro objeto, seja animado ou inanimado. São usados com uma ou duas configurações de mãos. CARRO BATENDO NO POSTE 34 ÁRVORE SENDO CORTADA Outro classificador descritivo envolve uma ação ou posição de várias partes do corpo humano, objetos animados e inanimados. BOCA DE JACARÉ LÍNGUA SABOREANDO COMIDA GOSTOSA 2) Classificadores especificadores A sua função é descrever visualmente a forma, o tamanho, a textura, o paladar, o cheiro, os sentimentos, o “olhar”, os “sons” do material, do corpo da pessoa e dos animais. FORMA HUMANA 35 Há também os classificadores que especificam elementos gasosos. FUMAÇA DO CHURRASCO Outro especificador é a descrição dos símbolos e nomes das logomarcas. MCDONALD´S CRISTO REDENTOR 36 Também há o classificador especificador que descreve os números relacionados ao objetoanimado e inanimado. NÚMERO DE TELEFONE 3) Classificadores de plural A configuração de mão substitui o objeto em si, sendo repetidas várias vezes. Exemplos com a incorporação do objeto repetido várias vezes: um conjunto de potes lado a lado, quadros espalhados na parede. INDICANDO VÁRIOS LIVROS NAESTANTE NA POSIÇÃO VERTICAL EM MOVIMENTO PARA CIMA INDICANDO VÁRIOS LIVROS EMPILHADOS 37 MUITA GENTE (MULTIDÃO) CADEIRAS NA RODA PARA BRINCADEIRA CADEIRAS ENFILEIRADAS EM AUDITÓRIO 4) Classificadores instrumentais É a incorporação do instrumento descrevendo a ação gerada por ele. USAR A FURADEIRA 38 PINTAR A PAREDE COM ROLO PINTAR COM O LÁPIS NO PAPEL ESCREVER NO PAPEL ESCREVER NA AREIA ESCREVER NO TECLADO 39 ESCOVAR CABELO ESCOVAR DENTES 5) Classificadores de corpo É o classificador que descreve como uma ação acontece na realidade por meio da expressão corporal de seres animados. REAÇÃO FACIAL DO GATO O ANDAR DO CACHORRO 40 O ANDAR DO ELEFANTE a) É como se fosse uma espécie de pronome “espacial” que substitui o nome. Trazem consigo gênero, número, etc. b) Os classificadores trazem ideia de tamanho, volume, quantidade, etc. c) É próprio dos sinais, não tem em português e evita o português sinalizado. d) Substituem alguns substantivos, adjetivos locativos. Classificador é uma figuração com que se representa uma classe e objetos, qualidadesou localizações. 41 15. ESTRUTURA SINTÁTICA DA LIBRAS Segundo Saussure (2006), a língua é constituída de signos, e esses signos são constituídos de significante e significado. O significante é o conceito e o significado é a representação mental que temos, ou seja, essa representação ocorre através de sons nas línguas orais e de imagens nas línguas de sinais. . Qualquer referencia usada no discurso na Libras requer o estabelecimento de um local no espalho de sinalização (espaço definido a frente do corpo do sinalizador) observando várias restrições. a) Direcionar a cabeça e os olhos em direção ao sinal produzido no espaço escolhido pelo sinalizante. b) Usar a apontação antes do sinal para referenciar o substantivo. c) Fazer o sinal em um lugar particular, quando a referência for óbvia. d) Usar o pronome no espaço escolhido para enfatizar o substantivo. e) Usar um classificador, que representa um sinal ou referente, em uma localização particular. f) Usar um verbo direcional para incorporar o referente no espaço. Verbos direcionais ou verbos com concordância. Estes verbos têm a função de concordar com o sujeito e/ou com o objeto direto/indireto da sentença produzida. Quando o sinalizador produz uma sentença e usa os verbos direcionais, ele estabelece os referenciais que podem estar presentes ou não, ou melhor, o sinalizador estabelece um ponto que será o referencial para indicar tal elemento naquele espaço. Por exemplo, um sinalizador (ponto A) inicia a sentença dizendo Paulo (ponto B) por soletração P-A-U-L-O ou o sinal de Paulo, há a marcação deste referente em um determinado espaço, através da apontação, podendo ser à sua direita ou sua esquerda. Ao sinalizar “EU AVISAR ELE”, teremos ponto A-B. Então, a direção do sinal AVISAR vai se dirigir da primeira pessoa para o espaço marcado para o referente Paulo. Se desejar continuar o diálogo dizendo “ANA”, o sinalizador marcará outro local (ponto C) e poderá dizer: “ELA AVISAR ELE” (ponto C-B). O sinal AVISAR concorda com o referente localizado espacialmente. Ex.: PAULO IR CASA ANA ANDAR-CAVALO. Paulo vai à casa da Ana a cavalo. Qual a ordem básica das frases na Libras? Na língua de sinais existe uma ordem básica que determina o domínio do aspecto formal da língua pelo sinalizador. Portanto, a ordem básica da língua de sinais é sujeito-verbo-objeto (SVO). Outras ordens também podem ser encontradas. É importante que saibamos que a ordem SVO na Libras prevalece quando o sujeito e o objeto estão explicito na sentença. 42 EX: FÁBIO COMER MAÇÃ. (Fábio come maçã) MARCOS AMAR LÍGIA (Marcos ama Lígia) Felipe (1997) afirma que esta ordem pode ser flexível devido a omissão do sujeito em algumas sentenças, porém, segundo Quadros, na Libras, mesmo com a omissão do sujeito e do objeto nas sentenças ainda assim é possível permanecer a ordem SVO. EX:ELE FALAR PRECISAR DINHEIRO COMER (Ele- Paulo fala que precisa de dinheiro para comer) Na Libras não pronunciar o sujeito e o objeto é possível, é só observar o contexto sintático em que o sujeito e o objeto são recuperáveis. Vejamos outras possíveis ordens das sentenças na Libras. SV – ELE ELA DORMIR (ele e ela dormiram) SOV – PAULO ELE CARLOS BATER. (Carlos bateu em Paulo) OSV – CARRO JOÃO COMPRAR. (João comprou um carro) 43 PRÁTICA DE LIBRAS 44 Países e Continentes CONTINENTE AMERICANO AMÉRICA DO NORTE CANADÁ EUA MÉXICO=-98 1 2 AMERICA CENTRAL COSTA RICA GUATEMALA 1 2 CUBA EL SALVADOR 1 2 1 2 45 HAITI JAMAICA 1 2 1 2 HONDURAS REPUBLICA DOMINICANA PANAMÁ 1 2 PORTO RICO TRINIDAD E TOBAGO 1 2 1 2 AMERICA DO SUL ARGENTINA BOLÍVIA BRASIL CHILE COLÔMBIA EQUADOR 1 2 46 GUIANA GUIANA FRANCESA PARAGUAI 1 2 PERU URUGUAI SURINAME VENEZUELA EUROPA ALEMANHA ÁUSTRIA 1 2 BÉLGICA BULGÁRIA CROÁCIA 1 2 DINAMARCA ESCÓCIA ESPANHA 1 2 47 ESLOVÁQUIA FINLÂNDIA FRANÇA 1 2 GEÓRGIA GRÉCIA HOLANDA HUNGRIA INGLATERRA IRLANDA ISLÂNDIA ITÁLIA MÔNACO PAÍS DE GALES 1 2 1 2 NORUEGA POLÔNIA PORTUGAL REPUBLICA TCHECA 48 ROMÊNIA RÚSSIA SAN MARINO SUÉCIA SÉRVIA E MONTENEGRO SUÍÇA 1 2 1 2 UCRÂNIA VATICANO 1 2 ÁSIAAFEGANISTÃO 1 2 1 2 ARÁBIA SAUDITA CHINA 1 2 1 2 49 CORÉIA DO NORTE CORÉIA DO SUL 1 2 1 2 CINGAPURA EMIRADOS ÁRABES UNIDOS HONG KONG 1 2 ÍNDIA INDONÉSIA IRÃ IRAQUE ISRAEL LÍBANO 1 2 1 2 JAPÃO JORDANIA KUWAIT MALÁSIA 50 PALESTINA PAQUISTÃO 1 2 1 2 SÍRIA TAILÂNDIA TURQUIA 1 2 VIETNÃ ÁFRICA ÁFRICA DO SUL ANGOLA CAMARÕES ETIÓPIA 1 2 COSTA DO MARFIM EGITO 1 2 1 2 51 GANA MADAGASCAR 1 2 1 2 LÍBIA MARROCOS MOÇAMBIQUE 1 2 NIGÉRIA QUÊNIA SENEGAL 1 2 TOGO TUNÍSIA OCEANIA 1 2 AUSTRÁLIA FIDJI NOVA ZELÂNDIA 1 2 52 Estados Brasileiros PARANÁ ACRE SANTA CATARINA PIAUÍ 1 2 MATO GROSSO DO SUL RIO DE JANEIRO AMAZONAS BRASÍLIA 1 2 PARAÍBA RIO GRANDE DO NORTE RORAIMA RIO GRANDE DO SUL ALAGOAS AMAPÁ SERGIPE GOIÁS PERNAMBUCO 1 2 53 ES ESPÍRITO SANTO RONDÔNIA MATO GROSSO SÃO PAULO PARÁ MARANHÃO TOCANTINS MINAS GERAIS BAHIA DISTRITO FEDERAL CEARÁ 1 2 54 Esportes NATAÇÃO VOLEY FUTEBOL JUDÔ HIPISMO HANDEBOL 1 2 1 2 CAPOEIRA GINÁSTICA OLIMPICA BASQUETE 1 2 GOLF SALTOS ORNAMENTAIS CORRIDA CICLISMO 55 BOXE BALONISMO XADREZ 1 2 DAMA BASEBOLL LARGADA 1 2 CHEGADA OLIMPÍADAS ESTÁDIO 1 2 CAMPEONATO JUIZ TÉCNICO 1 2 CLUBE QUADRA CAMPO 1 2 56 ANIMAIS 57 ANIMAIS AQUÁTICOS 58 BALEIA CAMARÃO CARANGUEJO CAVALO-MARINHO ESTRELA DO MAR 59 FOCA GOLFINHO PEIXE- ESPADA PEIXE 60 PINGUIM POLVO TARTARUGA TUBARÃO 61 ANIMAIS TERRESTRES 62 BARATA (INSETO) BOI BODE CACHORRO CAMELO 63 CANGURU CAVALO CARNEIRO COELHO COBRA 64 ELEFANTE FORMIGA (INSETO) GATO GIRAFA HIPOPÓTAMO 65 JACARÉ LEÃO LOBO MACACO ONÇA 66 PORCO RATO RINOCERONTE SAPO TIGRE 67 VACA ZEBRA 68 AVES 69 AVESTRUZ CORUJA GALINHA GAVIÃO PAPAGAIO70 PÁSSARO PATO PERU URUBU 71 SEXUALIDADE E SAÚDE (ATIVIDADES E CARGOS) HOSPITAL MÉDIC@ ENFERMEIR@ GINECOLOGISTA ORTOPEDISTA CIRURGIÃO 1 2 1 2 CLINICO GERAL GERIATRA 1 2 1 2 HEMATOLOGISTA 1 2 3 72 OTORRINO 1 2 3 4 UROLOGISTA DERMATOLOGISTA 1 2 1 2 OBSTETRA PEDIATRA 1 2 1 2 LABORATÓRIO EXAME INJEÇÃO 1 2 DENTISTA REMÉDIO 1 REMÉDIO 2 1 2 73 SORO PRAZER SEXUAL(ORGASMO) 1 2 3 EJACULAÇÃO PÊNIS VAGINA 1 2 SEXO IMPOTÊNCIA VIRGEM 1 2 =-98 FIMOSE CAMISINHA FEMININA CAMISINHA MASCULINA 1 2 ESTUPRO MASTURBAÇÃO FEMININA MASTURBAÇÃO MASCULINA MENSTRUAÇÃO =-98 74 LÉSBICA/LS SAFADO GRÁVIDA GAY GAY(informal) PALAVRÃO AIDS (HIV) 1 2 PROSTITUTA HOTEL MOTEL SEIO CÂNCER EREÇÃO 1 2 1 2 PAQUERAR TRAVESTIR SEXO ANAL 75 SEXO ORAL MASCULINO SEXO ORAL FEMININO SACANAGEM/PORNOGRAFIA 1 2 MUDANÇA DE SEXO DROGA MACONHA 1 2 COCAÍNA CRACK 1 2 SAÚDE VÍRUS 1 2 1 2 VIAGRA 1 2 3 4 76 Miscelânea PROVAR EXPERIÊNCIA SIGNIFICADO 1 2 ORALIZAÇÃO LEITURA LABIAL RESUMIR(SINTETIZAR) 1 2 DISCORDAR REGRAS 1 2 1 2 MOSTRAR (ASSUMIR) CARA DE PAU ACONTECER 1 2 77 AUDIOMETRIA TRAUMA 1 2 1 2 SACRIFÍCIO ENGANAR DOAR 1 2 ADOTAR ROUBO ÍNTIMO 1 2 DESDECRIANÇA APROVEITAR ESTÁTICO(NÃORESPONDER) MOTIVO(POR CAUSA DE) CADA (CL) MEMORIZAR(INTERNALIZAR) MEMÓRIA 1 2 78 MENTE DIRETO AINDA ENTEDIADO SURDO-CEGO MOVIMENTO TESTEMUNHA 1 2 CÉREBRO SISTEMA ABSURDO 1 2 CLARO (INTERJEIÇÃO) DECRETO CONTATO 1 2 RESOLVER OCASIÃO (ACONTECIMENTO) POLÍTICA 1 2 79 POLO PRESIDENTE SENADOR 1 2VEREADOR DEPUTADO PREFEITO (PREFEITURA) 1 2 GOVERNO ELEIÇÃO DIRETOR 1 2 FUNCIONÁRIO JUIZ BANCADA 1 2 CONSELHO 1 2 80 HISTÓRIAS INFANTIS EM CONTEXTO DE ANIMAIS A CIGARRA E A FORMIGA Num dia soalheiro de Verão, a Cigarra cantava feliz. Enquanto isso, uma Formiga passou por perto. Vinha afadigada, carregando penosamente um grão de milho que arrastava para o formigueiro. - Por que não ficas aqui a conversar um pouco comigo, em vez de te afadigares tanto? – Perguntou-lhe a Cigarra. - Preciso de arrecadar comida para o Inverno – respondeu-lhe a Formiga. – Aconselho-te a fazeres o mesmo. - Por que me hei-de preocupar com o Inverno? Comida não nos falta... – respondeu a Cigarra, olhando em redor. A Formiga não respondeu, continuou o seu trabalho e foi-se embora. Quando o Inverno chegou, a Cigarra não tinha nada para comer. No entanto, viu que as Formigas tinham muita comida porque a tinham guardado no Verão. Distribuíam-na diariamente entre si e não tinham fome como ela. A Cigarra compreendeu que tinha feito mal... Moral da história: Não penses só em divertir-te. Trabalha e pensa no futuro. A LEBRE E A TARTARUGA Era uma vez... uma lebre e uma tartaruga. A lebre vivia caçoando da lerdeza da tartaruga. Certa vez, a tartaruga já muito cansada por ser alvo de gozações, desafiou a lebre para uma corrida. A lebre muito segura de si, aceitou prontamente. Não perdendo tempo, a tartaruga pois-se a caminhar, com seus passinhos lentos, porém, firmes. Logo a lebre ultrapassou a adversária, e vendo que ganharia fácil, parou e resolveu cochilar. Quando acordou, não viu a tartaruga e começou a correr. Já na reta final, viu finalmente a sua adversária cruzando a linha de chegada,, toda sorridente. Moral da história: Devagar se vai ao longe! http://images.google.pt/imgres?imgurl=http://www.rosanevolpatto.trd.br/fourmi2.jpg&imgrefurl=http://www.rosanevolpatto.trd.br/cigarra.html&usg=__AFLNi-DYQgchxnFMN23lwME2qKI=&h=257&w=236&sz=14&hl=pt-PT&start=2&tbnid=KkAtMmw9bo8EwM:&tbnh=112&tbnw=103&prev=/images?q=A+cigarra&gbv=2&hl=pt-PT 81 A RAPOSA E O CORVO Um corvo que passeava pelo campo, apanhou um pedaço de queijo que estava no chão e fugiu, acabando por pousar sobre uma árvore. A raposa observando-o de longe sentiu uma enorme inveja e desejou de todo, comer- lhe o queijo. Assim pós-se ao pé da árvore e disse: Por certo que és formoso, e gentil- homem, e poucos pássaros há que te ganhem. Tu és bem-disposto e muito falante; se acertaras de saber cantar, nenhuma ave se comparará contigo. O corvo soberbo de todos estes elogios, levanta o pescoço para cantar, porém abrindo a boca o queijo caiu-lhe. A raposa apanhou e foi-se embora, ficando o corvo faminto e corrido da sua própria ignorância. Moral da história: Não dês ouvidos a quem te inveja. O LEÃO E O RATINHO Um leão, cansado de tanto caçar, dormia espichado à sombra de uma boa árvore. Vieram uns ratinhos passear em cima dele e ele acordou. Todos conseguiram fugir, menos um, que o leão prendeu embaixo da pata. Tanto o ratinho pediu e implorou que o leão desistiu de esmagá-lo e deixou que fosse embora. Algum tempo depois, o leão ficou preso na rede de uns caçadores. Não conseguia se soltar, e fazia a floresta inteira tremer com seus urros de raiva. Nisso, apareceu o ratinho. Com seus dentes afiados, roeu as cordas e soltou o leão. http://www.qdivertido.com.br/verconto.php?codigo=10 82 MUSICALIDADE NA LIBRAS É Preciso Saber Viver Titãs Quem espera que a vida Seja feita de ilusão Pode até ficar maluco Ou morrer na solidão É preciso ter cuidado Pra mais tarde não sofrer É preciso saber viver Toda pedra do caminho Você pode retirar Numa flor que tem espinhos Você pode se arranhar Se o bem e o mal existem Você pode escolher É preciso saber viver É preciso saber viver É preciso saber viver É preciso saber viver Saber viver, saber viver! Ao Único Aline Barros Ao único,que é digno de receber A honra e a glória, a força e o poder Ao rei eterno imortal, invisível mas real A ele ministramos o louvor Coroamos a ti ó rei Jesus Adoramos o teu nome Nos rendemos ao seus pés Consagramos todo nosso ser a ti... Ao Deus eterno imortal, invisível mas real A ele ministramos o louvor Coroamos a ti ó rei Jesus Adoramos o teu nome Nos rendemos ao seus pés Consagramos todo nosso ser a ti (2x) http://letras.mus.br/titas/ http://letras.mus.br/aline-barros/ 83 Não Precisa Mudar Ivete Sangalo (Ivete) Não precisa mudar Vou me adaptar ao seu jeito Seus costumes, seus defeitos Seu ciúme, suas caras Pra quê mudá-las? Não precisa mudar Vou saber fazer o seu jogo Saber tudo do seu gosto Sem deixar nenhuma mágoa Sem cobrar nada Se eu sei que no final fica tudo bem A gente se ajeita numa cama pequena Te faço um poema, te cubro de amor Então você adormece Meu coração enobrece E a gente sempre se esquece De tudo o que passou [2x] MUSICA? ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ http://letras.mus.br/ivete-sangalo/ 84 ANOTAÇÕES PESSOAIS 85
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