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Farmacologia dos anestésicos locais

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Farmacologia Luiza Andrade @medbyluiza 
 
 
Analgesia e anestesia: são situações diferentes que utilizam os mesmos anestésicos, porém em quantidade diferente 
• Analgesia à é o alívio da dor, sem alterar a consciência do paciente. A quantidade de anestésico injetado é menor, 
sendo mais superficial, apenas para inibir a dor 
• Anestesia à utiliza um volume de anestésico maior, pois o que se pretende é, além de inibir a dor, impedir sensações 
musculares para que o médico possa executar o procedimento cirúrgico. A duração da anestesia é proporcional ao 
tempo necessário para intervenção cirúrgica ou do procedimento. 
Anestésico local à a ação se restringe ao local de atuação, e vai sofrer difusão rápida no nervo. São fármacos que inibem de 
maneira reversível o processo de excitação e condução do impulso nervoso, sem produzir inconsciência São mais efetíveis na 
mucosa e, dependendo da dose, pode causar paralisia motora. 
 
A cocaína fui utilizada como anestésico por muito 
tempo ate ser substituída pela procaína, em 1905. A 
estrutura dos anestésicos é geralmente uma amina 
terciaria ou secundaria, na metade hidrofílica, e um 
anel aromático na parte hidrofóbico. Quanto mais 
hidrofóbico, maior a potência e duração dos 
anestésicos locais à maior distribuição para os locais 
de ação, e redução do metabolismo. O local. O 
receptor para os fármacos é hidrofóbico, de modo 
que a afinidade seja maior. Além disso, os mais 
hidrofóbicos têm maior toxicidade, pela redução da 
janela terapêutica O tamanho molecular também 
altera os efeitos dos fármacos: moléculas maiores podem escapar do receptor mais rapidamente 
 
Mecanismo de ação: os anestésicos bloqueiam o 
início e a propagação dos potenciais de ação, por 
impedirem o aumento da condutância de Na 
voltagem dependente à ou seja, impedem a 
abertura dos canais de sódio e a despolarização 
sequencial do axônio. Em concentrações 
pequenas, podem reduzir a taxa do potencial de 
ação, prolongando sua duração e aumentando o 
período refratário do neurônio, reduzindo a taxa 
de resposta. Em concentrações mais elevadas, impedem o disparo do 
potencial de ação. 
Os anestésicos locais atuais, além de interagirem com os canais de sódio, 
podem se ligar a outras proteínas de membrana, sendo capazes de 
bloquear os canais de potássio (é necessário altas concentrações para 
bloquear a condução). 
 
A transmissão do sinal nervoso será interrompida pelos anestésicos locais 
ou pelo bloqueio dos canais de ódio ou pela sua ação nos canais de potássio. 
 
 
Farmacologia dos anestésicos locais 
Os nociceptores transmitem a 
mensagem de dor por vários 
mecanismos à alguns receptores 
transmitem por meio de potenciais 
elétricos, outros são estimulados por 
substâncias liberadas quando células 
adjacentes sofrem lesão (bradicinica, 
serotoninca, porstaglandinas). A 
liberação de potássio por células 
adjacentes despolariza diretamente a 
membrana dos nociceptores à causa 
sensibilização, diminuindo o limiar para 
ativação. 
 
A função de um nervo é carregar a mensagem de uma parte 
do corpo para a outra, em forma de potenciais à são os 
impulsos. Nos nervos existem as fibras mielinizadas, que são 
mais rápidas, possuem resistência elétrica alta, circundada por 
uma região de axoplasma condutora de baixa resistência, sendo 
banhada por líquido extracelular de baixa resistência. Os nervos 
mielinizados possuem uma camada de material isolante que 
separa as cargas intra e extracelulares (formadas pelas células 
de Schwann à formam a fibra de mielina). A condução dos 
nervos mielinizados é saltatória e se encontram nos músculos 
(as não mielinizados se encontram em lugares que possuem 
sensibilidade). 
 
 
O canal de sódio pode ter conformação em repouso, fechada, aberta e inativa. 
 
Os anestésicos hidrofílicos bloqueiam o anal iônico por fora (se ligam no sítio de ligação fora da célula) à impedem que o sódio 
entre na célula à não ocorre despolarização e potencial de ação. 
Os anestésicos hidrofóbicos são capazes de atravessas a membrana plasmática e bloquear o canal iônico à bloqueiam o receptor 
iônicos no estado aberto e fechado. 
 Fatores de influência: 
• Tamanho: moléculas maiores desprendem com menor facilidade do canal 
• Solubilidade lipídica: atravessam a barreira mielina 
• pH: aumentado em pH alcalino e diminuído em pH ácido à como a forma ionizada não passa pela membrana, a 
penetração é pequena em pH acido. Clínica: o LEC dos tecidos inflamados geralmente é acido e são, por isso, resistentes 
aos anestésicos locais. 
• Tipo de fibrina: as maiores (tato e função) são bloqueadas depois, e as fibras menores (aferentes e dor) são bloqueadas 
primeiro à obs: as fibras mielinizadas sempre são bloqueadas primeiro. Tipo de fibra bloqueada e sequência do bloqueio: 
primeiro à dor, frio, calor à depois à tato e pressão à se aumentar a dose à função motora. 
• Associação com vasoconstritor: 
preservam a ação dos anestésicos, 
mas impedem a vasodilatação. 
Além disso, a associação permite o 
uso de 50% a menos de anestésico 
local, o que contribui para 
diminuição de efeitos adversos. 
Reduzem o sangramento e tornam 
mais fácil e seguro o procedimento. 
Resumindo: a associação entre 
anestésico e vasoconstritor 
promove menor absorção 
sistêmica, menor toxicidade e maior 
tempo de ação dos anestésicos. 
 
Classes químicas: grupo aromático + grupo amida ou éster + 
grupo amina. A presença de éster e amida é importante pela 
sua hidrolise metabólica à éster: rapidamente inativado no 
plasma e tecidos (principalmente no fígado) e amida: estáveis e 
apresentam meia vida mais longa. 
• Ésteres: cocaína (fora de uso), procaína, tetracaína 
(uso tópico) e benzocaina (uso tópico) 
• Amidas: lidocaína, prilocaína, ripovocaína, bipovocaína 
e mepivacaína 
 
Ésteres à são facilmente hidrolisados à pela colinesterase plasmática à duração do efeito é curta. 
• Procaína: uso parenteral à grupo amina aumenta atividade anestésica 
• Tetracaína: uso tópico à grupo etilamina causa metabolismo lento 
Amidas à lidocaína 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Relação estrutura atividade: 
• lipossolubilidade: determinada pelo anel aromático e pelo comprimento da cadeia de hidrocarbonetos à estão 
relacionados a potência à quanto mais potente, menor quantidade de droga é necessária para realizar efeito no corpo 
• pKa: determina a quantidade de droga existente na forma hidrolisada em determinado pH à quanto menor o pH, a 
fração da forma não ionizada é maior à a porção não ionizada é quem atravessa a membrana e se liga aos canais -
à maior fração não ionizadas, mais rápido vai ser o alcance do receptor 
Tempo de ação: 
 
Divisão a partir das amidas e ésteres, em relação estrutura-atividade: 
• % de ionização pH 7,4 à quantidade não ionizada (a qual atravessa as barreiras) 
• Coeficiente de solubilidade à potência 
• Ligação proteica à tempo de duração no corpo 
 
 
Para uma ação 
anestésica local de ação 
rápida + duradoura à 
lidocaína (1%) +. 
Tetracaína (0,2%) 
 
 
 
 
 
 
Efeitos adversos: devem-se ao escape dos anestésicos para a circulação sistêmica 
• Efeitos cardiovasculares à diminuição da FC e colapso cardiovascular 
• Centrais à ansiedade, agitação, tremor, confusão, depressão respiratória e convulsões 
• Outros à reações alérgicas 
Cardiovascular x Sistema nervoso central 
 
 
Bloqueios contra indicações: recusa do paciente, infecção no local da punção, alterações da coagulação e alterações anatômicas 
acentuadas 
 
 
Junção neuromuscular: é a junção da parte terminal 
de um neurônio motor com uma placa motora à 
encontro do nervo com o musculo, permitindo a 
contração muscular. O neurotransmissor é a Ach e 
a fibra nervosa vai ramificar formando a placa 
terminal, a qual se invagina dentro da fibra muscular. 
O Ach, que fica armazenado nas vesículas, é liberado 
na fenda sináptica e se liga a receptores nicotínicos 
que se localizam no musculo, São receptores 
inotrópicos à canais iônicos ativados por liganteà 
essa ligação despolariza a fibra muscular, causando 
efeitos que levam a contração. 
A abertura dos receptores nicotínicos permite a entrada de sódio, ou seja, carga positiva pra dentro da célula, despolarizando-a. 
Essa despolarização promove um potencial de ação que se propaga ao longo das fibras, provocando a contração muscular. 
O bloqueio neuromuscular é um complemento a anestesia, quando ocorre ventilação superficial. Além disso, os fármacos tem 
ação pós sináptica ou bloqueando os receptores de acetilcolina ou despolarizando persistentemente (dessensibilização). 
Classificação: 
Não despolarizante (competitivo): bloqueiam a Ach 
competitivamente, ou seja, ao aumentar a Ach é 
possível reverter. Eles impedem a despolarização da 
membrana celular e inibem a contração muscular. Os 
anestesiologistas empregam essa estratégia (aumentar 
a ach) para diminuir a ação do bloqueio. 
• Efeitos: paralisia motora, ação nos músculos 
(olhos, faces, membros, faringe e músculos 
respiratórios). A consciência e a percepção da 
dor permanecem normais 
Bloqueadores neuromusculares 
Despolarizante: atuam por despolarização da membrana plasmática, similarmente a ação da Ach, entretanto são mais resistentes 
a degradação pela AchE e assim, conseguem despolarizar persistentemente. Ex: succinilcolina. 
 
Importância farmacológica: 
• Uso em grandes cirurgias abdominais 
• Intubação orotraqueal 
• Garantir a imobilidade em cirurgia 
• Coadjuvante em anestesiologia à permitem doses de anestésicos menores 
• Situações de espasticidade 
 
Reversão dos efeitos dos bloqueadores competitivos: a 
reversão pode ser feita por fármacos inibidores da 
acetilcolinesterase, como fisiostigmina, neostigmina, 
edrofonio. 
Entretanto, da mesma forma que pode reverter o quadro, 
o excesso de Ach livre pode causar bloqueio 
despolarizante. 
 
 
 
Bloqueadores neuromusculares despolarizantes: 
A succinilcolina é o único relaxante muscular despolarizante usado atualmente. 
• Mecanismo de ação: O bloqueador neuromuscular despolarizante succinilcolina liga-se ao receptor nicotínico e atua como 
a ACh, despolarizando a junção neuromuscular 
• Ações: Como ocorre com os bloqueadores competitivos, os músculos respiratórios são paralisados por último. 
• Usos terapêuticos: Devido ao rápido início, a succinilcolina é útil quando é necessária intubação endotraqueal rápida 
durante a indução da anestesia 
 
Resumo

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