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1 ACOLHIMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCO RESUMOS 2 ACOLHIMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCO CONCEITO: Acolhimento é uma ação tecno-assistencial que pressupõe a mudança da relação profissional/usuário e sua rede social através de parâmetros técnicos, éticos, humanitários e de solidariedade, reconhecendo o usuário como sujeito e participante ativo no processo de produção da saúde (HumanizaSUS, 2004). A Classificação de Risco é um processo dinâmico de identificação dos pacientes que necessitam de tratamento imediato, de acordo com o potencial de risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento. ➢ ACOLHIMENTO COMO ESTRATÉGIA • O acolhimento não é um espaço ou um local, mas uma postura ética, não pressupõe hora ou profissional específico para fazê-lo. • Para colocá-lo em ação é necessário: o Protagonismo dos sujeitos envolvidos no processo de produção de saúde o Construir coletivamente propostas com a equipe local e com a rede de serviços e gerências centrais e distritais. o Uma postura de escuta e compromisso em dar respostas às necessidades de saúde trazidas pelo usuário. o Elaboração de projeto terapêutico individual e coletivo com horizontalização por linhas de cuidado. o Mudanças estruturais na forma de gestão do serviço de saúde, ampliando os espaços democráticos de discussão/decisão, de escuta, trocas e decisões coletivas. o Uma reorganização do serviço de saúde a partir da reflexão e problematização dos processos de trabalho. ➢ CLASSIFICAÇÃO DE RISCO • Corresponde à priorização do atendimento em serviços e situações de urgência/emergência como um processo complexo, que demanda competência técnica e cientifica em sua execução. • Está regulamentada pela Resolução COFEN 423/2012, que normatiza no âmbito do Sistema COFEN/Conselhos Regionais de Enfermagem, a participação do Enfermeiro na atividade de Classificação de Riscos (Brasil, 2014). ➢ COMO ACONTECE A CLASSIFICAÇÃO DE RISCO? • A Sistematização do ACOLHIMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCO deve acontecer em etapas. o 1ª Etapa: ▪ Usuários chegam à Emergência por demanda espontânea OU trazidos pelo SAMU, CBM ou outros serviços como UPAS, UBS/ESF/NASF, CAPS e atenção domiciliar. o 2ª Etapa: ▪ Abertura de Ficha de Atendimento – Guia de Atendimento de Emergência (GAE) o 3 ª Etapa: 3 ▪ Acolhimento por profissional treinado neste protocolo que acolherá a livre demanda pela escuta ativa qualificada e encaminhará para a classificação de risco. ➢ AVALIAÇÃO INICIAL • 1º Passo: o Identificar o motivo da procura a unidade/serviço (queixa principal). • 2º Passo: o A partir da queixa principal identificar o fluxograma correspondente e realizar a Classificação de Risco. Ainda neste passo, verificar ventilação, circulação, sinais vitais e, em gestantes, avaliar a dor • 3º Passo: o Avaliação secundária: refere-se aos demais sinais e sintomas que não representam risco iminente de morte ou agravo. • 4º Passo: o Avaliar a presença de fatores de risco clínicos ou de trauma. • 5º Passo: o Encaminhar a área de atendimento de acordo com a classificação e fluxograma pré- estabelecido pelo serviço/unidade. • 6 º Passo: o O tempo decorrido entre a abertura da GAE e a classificação de risco deverá ser de até 15 minutos. O tempo máximo para a Classificação é de até cinco minutos. • 7 º Passo: o Os pacientes pediátricos que não forem atendidos no tempo preconizado da classificação deverão ser reclassificados. ➢ PROTOCOLO DE MANCHESTER: ➢ CLASSIFICAÇÕES: • Classificação Vermelho: o Atendimento nas salas de emergência, bloco de emergência, sala vermelha; o São pacientes com risco iminente de morte necessitando de atendimento médico imediato; o As medidas de manutenção da vida deverão ser iniciadas em qualquer ponto de atenção da rede; o Tempo de atendimento alvo: imediato. 4 • Classificação Laranja: o Atendimento em consultório médico se condições e/ou sala de emergência, se necessário; o São pacientes com potencial risco de agravo necessitando de atendimento médico e assistência de enfermagem contínua; o As medidas de manutenção da vida deverão ser iniciadas em qualquer ponto de atenção da rede; o Tempo de atendimento alvo: 10 minutos. • Classificação Amarelo: o São pacientes que necessitam de atendimento médico mediato podendo ser atendidos nos consultórios médicos do pronto atendimento por ordem de chegada; o As medidas de promoção em saúde e prevenção de agravos deverão ser iniciadas em qualquer ponto de atenção da Rede; o Tempo de atendimento alvo: 60 minutos. • Classificação Verde o Por definição, são pacientes sem risco de agravo e serão atendidos por ordem de chegada; o Necessidade de atendimento por profissional de saúde em até 48 horas, ou mediante agendamento na mesma semana em UBS de referência; o O Classificador deverá orientar quanto à carteira/relação de serviços disponibilizados pelas Unidades Básicas de Saúde; o Tempo de atendimento alvo: 120 minutos nos casos de atendimento no Hospital ou UPA. • Classificação Azul: o Necessidade de atendimento por profissional de saúde em até 48 horas, ou mediante agendamento na mesma semana em UBS de referência; o Serão referenciados para as UBS para atendimento ou agendamento, exceto em condições que demandem atendimento mediato em horários de não funcionamento da UBS; o Se gestante, caso não haja pactuação com a atenção primária e/ou a usuária se recusar a procurar o serviço de referência, deverá ser garantido o atendimento na maternidade; o Podem ser atendidos em consultórios do pronto atendimento por ordem de chegada; o O Classificador deverá orientar quanto à carteira/relação de serviços disponibilizados pelas Unidades Básicas de Saúde; o Tempo de atendimento alvo: 240 minutos nos casos de atendimento no hospital ou UPA. Se gestante, atendimento não prioritário ou encaminhamento conforme pactuação. 5 ➢ PONTOS DE ATENÇÃO A SAÚDE • UAPS – Unidade de Atenção Primária à Saúde. o Local de atendimento de agudos. • Hospitais locais. o Têm importância na rede quando o acesso a um serviço de maior densidade tecnológica ultrapassa uma hora de deslocamento. • UPA: Unidade de Pronto Atendimento. o São estruturas intermediárias entre atenção primária e hospitais; têm sentido, portanto, em municípios maiores ou como estruturas de estabilização simples e devem ser formalmente vinculadas ao hospital de referência. • Hospitais microrregionais. o Têm que ser referência para no mínimo 100.000 habitantes e alguns deles devem responder a traumas mais complexos de forma definitiva ou como estabilização. • Hospitais macrorregionais. o Se especializam de acordo com o fluxo pré-determinado e alguns têm que ter escala mínima de um milhão de habitantes para se tornarem referência (ex: trauma maior).
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