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Situações de risco e vulnerabilidade na infância e na adolescência De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, instituído pela Lei nº 8.069/90, “criança é a pessoa que possui idade inferior a 12 anos incompletos e a adolescente na faixa etária entre 12 e 18 anos de idade completos”. Todos os direitos adquiridos foram resultantes de um processo de luta, marcado por transformações ocorridas no Estado, na sociedade e na família. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, instituído pela Lei nº 8.069/90, “criança é a pessoa que possui idade inferior a 12 anos incompletos e a adolescente na faixa etária entre 12 e 18 anos de idade completos”. Todos os direitos adquiridos foram resultantes de um processo de luta, marcado por transformações ocorridas no Estado, na sociedade e na família. Portanto, neste contexto entende–se que estes carregam uma bagagem desde Brasil colônia onde eram vistos como pessoas altamente invisíveis para o mundo dos direitos humanos, pois eram considerados como pequenos adultos; com uma pequena importância. Atualmente são vítimas do sistema capitalista excludente, são discriminados, são cotidianamente reconhecidos como desajustados sociais; instantaneamente se veem obrigados a possuir um bem, mesmo quando não possuem uma renda suficiente para apropriação. São vários os fatores que contribuem para tal problemática, pois os mesmos se encontram em situação de vulnerabilidade, consequentemente se deparam com exclusão social, com isso não conseguem por fatores econômicos, culturais ou sociais, cumprir seu papel na sociedade, crescendo o aumento da violência, criminalidade e dificuldade de inclusão social. No Art. 15 do ECA diz: A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis. Desde o Brasil colônia as crianças e adolescentes eram privados dos seus direitos sendo vítimas de exploração, eram submetidas a realizar tarefas de adultos além de sofrerem exploração sexual. Assim presentes estavam o descaso das autoridades competentes e o assistencialismo praticado pelas instituições que chamam a atenção através dos tempos e nos mostram o quão eram desassistidas e desrespeitadas, as crianças e adolescentes. Marluce Sousa Consequentemente nessa época as crianças e adolescentes viviam ignorados, não tendo qualquer direito assegurado, nesse momento já era visível a desigualdade social entre as classes e que o Estado se mostrava está comprometido com o poder privado e seus interesses. Dessa forma pode – se perceber as desigualdades sociais e acumulação de riqueza na mão de poucos reflete até hoje. Nesse contexto, a escravidão caracterizou-se como a forma de exploração que mais influenciou negativamente a formação de um Estado cidadão. Sendo assim o percurso histórico do direito da criança e do adolescente no Brasil foi marcada por muitos sofrimentos e humilhações. Neste sentido, percebe-se que o processo de concretização dos direitos fundamentais de crianças e adolescentes no Brasil precisa superar as práticas históricas de disciplinamento, violência e exclusão a que foram submetidas pelas instituições por longos períodos. A política de Assistência Social no Brasil ganha novo estatuto com a Constituição Federal de 1988: passa a ser política pública, compondo a seguridade social, de responsabilidade do Estado e direito do cidadão, de caráter democrático, com gestão descentralizada e participativa. A LOAS (Lei Orgânica da Assistência Social) define a Assistência Social como “direito do cidadão e dever do estado, é política de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais [...] através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas” (BRASIL, art. 1º, LOAS, 1993). Os objetivos da Assistência Social são: proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; o amparo às crianças e adolescentes carentes; a promoção da integração ao mercado de trabalho; a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras. Assim apontam as problemáticas situações aliadas ao capitalismo que consequentemente muda o padrão de vida da sociedade acarretando o trabalho informal, e o desemprego. Com isso muitos adolescentes levam em sua bagagem a responsabilidade na manutenção do lar uma vez que não é o seu papel, portanto de fato sua vida fora marcada pelo seu tardio reconhecimento como sujeitos de direitos e por uma visão não emancipatória por parte da sociedade e do Estado. Marluce Sousa Referências: BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente (1990). Estatuto da Criança e do Adolescente: Lei n. 8.069, de 13 de Julho de 1990, e Legislação Correlata. 151p. (Série fontes de referência. Legislação; n.71). Nessa perspectiva é necessário políticas sociais que contribuam para efetivação dos seus direitos, plenos, ampliando a cidadania para produzir liberdades verdadeiramente conscientes e repletas de autonomia dos sujeitos, visando a transformação de sua própria realidade, tarefa essa que não se restringe a responsabilidade de um campo profissional ou de uma área de conhecimento, mas sim a toda sociedade.
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