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Cabeça e Pescoço · O paciente deve ser colocado sentado quando possível · Métodos propedêuticos: · Inspeção · Palpação Cabeça: · Observar a posição da cabeça do paciente · Deve estar ereta e em perfeito equilíbrio, sem movimentos involuntários · Mudanças na postura, com inclinação para frente ou para trás, podem indicar doenças do pescoço ou das meninges. · Movimentos involuntários ou tremores podem ser indicativos da Doença de Parkinson ou coreia · Movimentos de confirmação sincronizados com o pulso indicam insuficiência aórtica · Inclinação para um lado pode indicar perda unilateral da audição ou da visão Crânio: · Observar o seu tamanho, de acordo com a idade e biotipo · Alterações como Macro e Microcefalia, Hidrocefalia · Aumento desproporcional do crânio em relação à face · Pontos dolorosos · No couro cabeludo: nódulos, lesões localizadas, cistos sebáceos, tumores ósseos, hematomas · Nos cabelos, deve ser observado: distribuição, quantidade, alterações na cor, higiene, presença de parasitos Face: · Observar a coloração da pele · palidez, cianose ou icterícia, manchas · eritema nas regiões malares (Lúpus eritematoso- sinal de asa de borboleta) · Fácies: conjunto alterações na face que indicam doença · Renal: edema periorbicular bilateral e cor palha presente desde do início da manhã. · Hanseníase Virchoviana: presente de Fácies Leonina com acentuação de eritema, infiltração, pele luzidia (reluzente), poros dilatados, sobrepondo pápulas, nódulos e tubérculos na região frontal e centromedial da face e nos lóbulos da orelha. · Fácies Parkinsoniana: cabeça um pouco inclinada para frente e imóvel, olhar fixo, supercílios elevados, fronte enrugada (espanto), fisionomia impassível. · Fácies Basedowiana: indica hipertireoidismo, olhos salientes (exoftalmia), brilhantes, bem destacados no rosto magro, pode indicar espanto, vivacidade, ansiedade. · Fácies Cushingoide: indica hiperfunção da suprarrenal ou uso de corticoides arredondada (lua cheia), atenuação dos traços faciais, aparecimento secundário de acne. · Fácies Mongoloide: fenda palpebral (prega cutânea),, olhos oblíquos, distantes um do outro, rosto redondo e boca quase sempre entreaberta. · Fácies de Depressão: indivíduo cabisbaixo, olhos fixados em ponto distante, sem brilho ou voltados para o chão, sulco labial, canto da boca se rebaixa, rosto inexpressivo, fisionomia denota indiferença, tristeza e sofrimento moral. · Fácies Etílica: olhos avermelhados, ruborização da face e sorriso indefinido, com voz pastosa, hálito etílico. · Fácies Esclerodérmica: a pele se assemelha a um pergaminho, endurecida e aderente aos planos profundos, repuxamento dos lábios, afinamento do nariz, imobilidade das pálpebras, lembra uma múmia. · Fácies Acromegálica: portadores de acromegalia (hipofunção hipofisária), saliência das arcas supra orbitárias, proeminência das maçãs do rosto, maior desenvolvimento maxilar inferior, aumento do nariz, orelhas e lábios. Olhos: · Pode indicar afecções locais ou manifestações oculares de doenças sistêmicas · Síndrome ictérica · Hipotireoidismo (protusão dos olhos/exoftalmia) · Pálpebras: podem ser palpadas quando necessário para ver lesões ou nódulos · Formada por 4 camadas: pele, músculos orbicular, tarso e conjuntiva · Pele fina e recoberta por cílios na região tarsal · Fissura ou fenda palpebral: abertura das pálpebras · Avaliar a o fechamento e a abertura, se há mobilidade e movimentos conjugados (pode haver processos inflamatórios das glândulas) · Edema palpebral: pode ser unilateral (Sinal de Romaña-Doença de Chagas) e bilateral, comum em doenças renais, endócrinas, alérgicas ou inflamatórias e secundária a picadas de insetos e traumatismo · Regiões Superciliar e ciliar: observar a simetria, presença e distribuição dos pelos- ausência ou perda de pelos é denominada Madarose (parcial, difusa ou total). · Músculo orbicular: contorna toda superfície da órbita, movimento de piscar. Pode ter alterações: incapacidade total ou parcial de fechar os olhos (Lagoftalmia), inversão palpebral superior ou inferior (Entrópio), eversão palpebral inferior (Ectrópio), ptose palpebral (Queda da pálpebra)- paralisia do músculo elevador da pálpebra superior · Tarso: sustentação da pálpebra com glândulas que secretam substância oleosa para composição da lágrima. · Globos oculares: protrusos (Exoftalmia), unilateral que indica tumores e bilateral que indica hipertireoidismo, afundamento (Enoftalmia) sinal de desidratação grave. Pode haver desvios (estrabismo), movimentos involuntários, rítmicos e repetidos, nos sentidos horizontal (de um lado para outro), vertical (de cima para baixo) ou rotatório (movimentos circulares), pode dificultar a focalização das imagens. · Conjuntiva: recobre a porção visível do globo ocular, observar no exame coloração, congestão ou presença de secreção mucopurulenta e hemorragia subconjuntival. · Conjuntiva Palpebral: geralmente rósea, rede vascular (pálida-anemias, amarelada-icterícia, hiperemiada- processo inflamatório- conjuntivite) · Conjuntiva Bulbar: sobre a esclerótica · Córnea: meio refrativo do olho, alto grau de transparência, apresentar a superfície regular · Presença de catarata · Observar os reflexos · Esclerótica: observar alterações na cor, hemorragias, hepatite, rompimento de vasos · Aparelho Lacrimal: porção secretora e excretora · Ressecamento do olho: desequilíbrio da qualidade do filme lacrimal · Acuidade visual: movimentos oculares, reflexos ou voluntários · Amaurose: perda completa da função visual, pode ser uni ou bilateral, causada por problemas estruturais, metabólicos ou emocionais · Realização da mobilidade visual: direita- esquerda, para cima-baixo · Alterações: lesões oculares, labirintites, processos cerebrais · Íris: delimitada pela pupila: · Miose (constrição), Midríase (dilatação) · Pupilas: devem ser esféricas, negras e isocóricas, tamanho varia de acordo com a luz e foco ocular. Nariz e seios paranasais: · Fossas Nasais: responsáveis pela filtragem, aquecimento e umidificação do ar · Separadas pelo Septo Nasal: teocartilaginoso · Mucosa nasal: vascularização, glândulas caliciformes, produtoras de muco · Observar tamanho e forma, que podem ser alterados por traumatismos, tumores ou doenças endócrinas · Examinar a superfície externa, simetria e presença de deformidades, movimentos da asa do nariz durante a respiração (dispneia) · Exame endonasal: inclina-se a cabeça do paciente para trás, usa um otoscópio e uma espátula- observar a presença de sangue (epistaxe), secreções mucopurulentas, crostas, avaliar a integridade da mucosa, observar o septo (desvio ou sangramento). · Seios ou Cavidades paranasais: do lado das fossas nasais · 4 cavidades: seios frontais, maxilares, etmoidais e esfenomoidais,revestidos pela mucosa nasal, com cílios e vibrátil, eliminar exsudados presentes nas cavidades sinusais. · Por meio da palpação: verificar a hipersensibilidade, pressionando o osso frontal com os polegares sobre as sobrancelhas, e depois os maxilares para cima, com hipersensibilidade sugere sinusite. Ouvidos: · Constituído por 3 partes: ouvido externo (pavilhão auricular-orelha, conduto auditivo), ouvido médio (parte do tímpano, se comunica com a tuba auditiva e ossículo martelo) e ouvido interno(não pode ser visto, corresponde a cóclea) · Inspeção: · Pavilhão auricular: forma e tamanho, presença de deformações congênitas ou adquiridas- nódulos, tumorações e hematomas · Conduto auditivo externo: auxílio de um espéculo ou otoscópio, observar quantidade de cerume, com excesso pode comprometer a audição, processos inflamatórios, lesões micóticas, presença de sangue (otorragia) e pus (otorreia) sinal de otite, ruptura do tímpano, traumatismos e neoplasias. Boca: · Cavidade Bucal: revestida pela mucosa oral, vascularizada, íntegra · Deve ser inspecionada com auxílio de luvas e espátula, observando a coloração e o hálito · Os lábios podem apresentar deformações congênitas (lábio leporino. fissura labial) · Fenda palatina: atingir todo o palato e a base do nariz · Observar fissuras, rachaduras,edema(insuficiência cardíaca, hipertireoidismo, síndrome nefrótica, neoplasias, processos alérgicos) · Com ajuda da espátula, inspecionar as gengivas, lesões, processos inflamatórios periodontais, presença e conservação de dentes, cáries ou lesões em suas raízes, prótese dentária, ajustes e higiene. · Língua: superfície rugosa, papilas, levemente esbranquiçada, tamanho e coloração · Coloração avermelhada, hipertrofia das papilas, · Lesões, tumorações ou sangramento · Palato mole e a úvula: com a boca aberta, pressionando levemente a língua com a espátula · Com processo inflamatório pode acontecer volume e presença de placas de pus · Observada pela orofaringe, hiperemiada. Pescoço: · Observar o tamanho de acordo com biotipo e sua simetria · Posição sentada e ereta (alterações na postura pode ser contraturas ou paralisias da musculatura, artrite da coluna cervical · Observar presença de cicatrizes, cianose e ingurgitamento de veias jugulares e aumento das glândulas parótidas e submaxilares. · Glândula tireóide: não palpável e visível, avaliar forma, tamanho, consistência, sensibilidade, mobilidade e volume-aumento: revelar nódulo e bócio, disfunção da glândula · Veias jugulares: não são visíveis, podendo apresentar um ingurgitamento na posição supina · Estase jugular- não desaparece na posição sentada, indica insuficiência cardíaca · Artérias carótidas: não costumam ser visíveis · Muito aumentadas indica hipertireoidismo, fístulas arteriovenosas · Exame feito por meio da palpação com os dedos indicador e médio, comparando · Linfonodos: palpados com dedos indicador e médio, movendo a pele para cima sobre os tecidos subjacentes, com o dedo de uma das mãos, deixando a outra mão sob a cabeça. · Ausculta: com fluxo aumentado no hipertireoidismo e neoplasias> Sopro.
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