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Oficina Temática: Famílias Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof. Esp. Mauricio Vlamir Ferreira Revisão Técnica: Prof a. Me. Elisângela Pereira de Queiros Mazuelos Revisão Textual: Prof a. Me. Luciene Oliveira da Costa Santos EAT Famílias • A Importância da Família na Sociedade; • Conceitos de Família; • A Vida Familiar na Sociedade Atual e a sua Relação com o Sistema Capitalista; • Revisão. · Explicar de que forma os modelos de família se constituíram e foram importantes para o desenvolvimento histórico das sociedades; · Identificar como as famílias vão se adaptando aos processos de mudanças sociais, culturais e econômicas no mundo; · Evidenciar a adaptação das famílias às condições de realidade social no mundo e no Brasil; · Elucidar a compreensão de como a constituição de 1988 conseguiu garantias importantes em relação à proteção e avanços das famílias em seus vários aspectos e constituições; · Conferir como o capitalismo influencia nas relações das famílias dentro e fora de seu núcleo, e como a diferença entre ricos e pobres faz com que as famílias dependam cada vez mais do Estado, para o atendimento a suas necessidades básicas. OBJETIVO DE APRENDIZADO EAT Famílias Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como o seu “momento do estudo”. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo. No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados. Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE EAT Famílias Contextualização A origem da família vem antes da descoberta da escrita, no período Pré-Histórico, e foi um tema cientificamente estudado por Engels. A análise da origem da família começa nas relações de matriarcado. O primeiro momento é o Estado Selvagem, quando a aquisição de produtos da natureza, prontos para serem utilizados, foi aproveitada pelo homem que aprendeu a cozinhar e a modificá-los. O segundo momento é chamado de Barbárie, em que a criação de gado e o cultivo agrícola fazem surgir a produção de agricultura, com o início do incremento da produção, a partir da natureza, pelo trabalho humano. O terceiro momento compreende o início da civilização a partir da descoberta do trabalho de fundição do minério de ferro, além da descoberta da escrita alfabética, onde o homem amplia seus conhecimentos e pode ampliar a capacidade de elaboração e modificação dos produtos naturais, criando a manufatura e as manifestações artísticas. Com o passar do tempo, até a era pré-moderna, a família era um núcleo fechado que sustentava a organicidade e as relações sociais. Praticamente todos os tipos de relações religiosas, econômicas, sexuais, políticas eram organizados dentro da composição familiar. Após a Revolução Industrial, já no século XIX, muitas famílias se viram obrigadas em sua composição a participarem da atribuição de sustento conjunto, pois os integrantes dos núcleos, desde as crianças até os chefes eram praticamente obrigados a trabalhar nos turnos das fábricas, garantindo assim a precária sobrevivência família, ocorrendo transformações de costumes, valores, hábitos e relações da então chamada família nuclear. Apesar de, nos últimos anos, as políticas sociais terem desenvolvido um grande esforço no sentido da inclusão das famílias. A oposição à inclusão de famílias nos programas de distribuição de renda gerou fortes protestos pela classe média, influenciada pela minoria economicamente dominante das famílias ricas no Brasil. Quando uma família é abandonada pelo Estado, havendo assim uma condição explícita de injustiça social, ela se torna mais vulnerável a perder os pais para o desemprego, os filhos para o abandono e para a violência e, assim, a condição de enfraquecimento dos vínculos é uma ameaça potencial e real. Pensar um país sem a importância das famílias é pensar na falência das relações sociais e no fim de toda uma civilização. Figura 1 Fonte: iStock/Getty Images 8 9 A Importância da Família na Sociedade A sociedade contemporânea se baseia nas relações sociais necessárias para o estudo, o trabalho e o convívio diário. O símbolo máximo das relações sociais é o convívio familiar, uma vez que através da família é que as informações, as experiências subjetivas, as trocas de informações e, principalmente, o processo evolutivo do ser humano acontecem. Mas você já parou para pensar em como surgiu a família? A origem da família vem antes da descoberta da escrita, no período pré- histórico e, cientificamente, a análise da origem da família começa nas relações de matriarcado, de acordo com a obra “A Origem da Família da Propriedade Privada e do Estado” de Friederich Engels. Engels foi buscar na organização dos clãs indígenas estadunidenses do século XIX as bases teóricas para a organização das sociedades primitivas, e definiu três momentos importantes da evolução das famílias. Figura 1 Fonte: iStock/Getty Images O primeiro momento é o Estado Selvagem, quando a aquisição de produtos da natureza, prontos para serem utilizados, foi aproveitada pelo homem que aprendeu a cozinhar e a modificar estes produtos. O segundo momento é chamado de Barbárie, em que a criação de gado e o cultivo agrícola fazem surgir a produção de agricultura, com o início do incremento da produção, a partir da natureza, pelo trabalho humano. O terceiro momento compreende o início da civilização a partir da descoberta do trabalho de fundição do minério de ferro, além da descoberta da escrita alfabé- tica, onde o homem amplia seus conhecimentos e pode ampliar a capacidade de elaboração e modificação dos produtos naturais, criando a manufatura e as mani- festações artísticas. 9 UNIDADE EAT Famílias Segundo esta teoria, no período pré-histórico, não havia um lugar fixo de moradia, e os laços e vínculos familiares tinham como figura principal o matriarcado, onde a mulher era o símbolo máximo representativo e as uniões não eram estáveis. Conforme a necessidade de fixação das famílias em territórios para a utilização da agricultura e a definição da propriedade privada e a necessidade de sua defesa, o homem passou a ser o chefe do núcleo familiar, mudando assim o conceito matriarcal para o patriarcado. Assim, a família patriarcal tinha algumas características, como uma vida de tra- balho associada ao ambiente familiar, sendo a mulher dependente tanto nas rela- ções econômicas como sociais.A família era extensa com muitas ligações parentais tinha um grande e forte vínculo, dominando a pro- dução, possuindo grande influên- cia social, que também era ligada à religiosidade. Com o passar do tempo, até a era pré-moderna, a família era um núcleo fechado que sustentava a organicidade e as relações sociais. Praticamente todos os tipos de relações religiosas, econômicas, sexuais, políticas eram organizados dentro da composição familiar. A figura do pai como provedor e da mãe como a cuidadora da família era a expressão máxima da organização familiar desse período histórico. Qualquer outra configuração que diferenciasse esse tipo de modelo era tido como condenável, e as pessoas excluídas socialmente dos territórios vividos. Conforme a civilização foi se expandindo, e com o surgimento da necessidade de governos resolverem questões para as novas sociedades que passavam a se fortalecer, o Estado surgia como o regulador da lei e da ordem vigente e passaria a desenvolver regras e políticas comuns, que passariam a valer também para a família patriarcal. Assim, grandes civilizações como a egípcia, grega e romana, entre outras, passariam a definir o patriarcado como forma representativa e de poder. O pai passava a decidir o destino de seus familiares, incluindo o direito de seus familiares de viver ou morrer. As famílias nessas sociedades antigas eram divididas entre a nobreza e os camponeses. As famílias que herdavam a nobreza se constituíam como as donas das terras, e também faziam parte das relações de poder na Idade Antiga. 10 11 Já os núcleos familiares compostos por camponeses, que apenas trabalhavam nas terras, ou que viviam nas cidades, formavam as famílias dos plebeus. Nesse período, territórios e nações que perdiam guerras e eram subjugados pelos conquistadores, perdiam parte da população que era submetida à escravidão. Na escravidão, muitos laços familiares se partiam, uma vez que famílias eram separadas e muitas levadas para regiões distantes de sua origem, e novas configu- rações se formavam nos centros dos grandes impérios. Após a queda do Império Romano, as comunas se formaram nas terras dominadas pelas tribos bárbaras, e brevemente a necessidade de sua defesa institui a proteção exercida pelo senhor feudal, dividindo-se novamente a sociedade entre os senhores das terras (senhores feudais), os vassalos que deviam algum favor em troca da proteção de seus senhores, e os servos que ocupariam e passariam a ceder grande parte de sua produção da lavoura para seus protetores. Na formação dos reinos, após a Idade Média, a consanguinidade familiar era objeto de identificação e separação da nobreza, dos plebeus e dos burgueses. Isso acontecia como forma de preservação do poder dentro dos níveis de parentesco, havendo até guerras de algumas famílias para a chegada ao trono real, como na “Guerra das Duas Rosas” na Inglaterra do século XV. O conceito de família nuclear (pai, mãe e filhos) é definido a partir do século XVIII, constituindo-se o pai como provedor e a mãe como cuidadora. Porém, após a Revolução Industrial, já no século XIX, muitas famílias se viram obrigadas em sua composição a participarem da atribuição de sustento conjunto, pois os integrantes dos núcleos, desde as crianças até os chefes eram praticamente obrigados a trabalhar nos turnos das fábricas, garantindo assim a precária sobrevivência familiar, ocorrendo transformações de costumes, valores, hábitos e relações da então chamada família nuclear. As guerras mundiais do século XX alimentaram a máquina industrial de armas e produtos de exportação para os campos de batalha, utilizando a mão de obra feminina. Figura 2 Fonte: www.nwhm.org 11 UNIDADE EAT Famílias Assim, as mulheres, nesse período e até mesmo após a I e a II Guerras Mundiais foram bastante utilizadas pelas fábricas como trabalhadoras, conquistando novos direitos e, em muitos casos, na ausência dos homens, acabavam por se tornar as chefes de família de fato, pois seus companheiros que lutavam nos campos de batalha, não mais retornavam, mortos nas lutas de campo. A partir da década de 1960, com a intensificação dos meios de produção industriais no Brasil através da política desenvolvimentista, a mulher conquista o seu espaço no mercado de trabalho, e por muitas vezes a remuneração da mulher acabaria por ser a principal provedora da família. Na década de 1970, com as conquistas e a valorização das mulheres, a vida conjugal passa a ser mais compartilhada em direitos e deveres, sendo que os avanços sociais nos direitos dos casais também avançam no Código Civil Brasileiro. No ano de 1977, a separação conjugal perante a sociedade ganha mais uma batalha. A Lei do Divórcio foi instituída nesse ano e com isso muitos casais ganham o direito de ter a sua vida independente, constituir e assumir novos núcleos familiares. Assim, acaba por existir dentro das famílias uma nova relação conjugal, na qual todas as partes devem ser ouvidas e respeitadas e as decisões devem ser tomadas de forma conjunta. Acentuadamente a partir da década de 1980, a independência feminina e, muitas vezes, o abandono do companheiro também passa a formar o núcleo familiar das mães solteiras, e estas, por consequência, acabam por procurar o mercado de trabalho, sendo que, muitas vezes, os filhos acabam sendo criados pelos avós. A partir da década de 1990, os avós passam a ter uma maior importância no núcleo familiar e, por muitas vezes, em épocas de crise econômica, suas aposenta- dorias acabam por se tornar a condição econômica única das famílias. Figura 3 Fonte: iStock/Getty Images 12 13 No começo do século XXI, os movimentos LGBT (sigla de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) vão intensificar a luta para garantir os direitos afirmativos e, também, para obterem os direitos de constituição e reconhecimento de suas famílias homoafetivas, dando, assim, um importante passo para a as garantias sociais entre estes núcleos familiares constituídos. Para uma maior compreensão sobre o tema tratado aqui, recomendamos que você assista ao vídeo: “Café Filosófi co: A Evolução da Família”. O vídeo traz o psiquiatra Joel Birman, que nos conduz por uma história da família e mostra como a relação entre pais, mães, fi lhos a avós se transformou ao longo do tempo. Da chamada família pré-moderna, que exibia uma estrutura rigidamente patriarcal, passando pela família moderna, na qual a mulher ganha um novo poder em seu papel de mãe, nós chegamos à família contemporânea, em que os papéis e as relações de poder ainda estão sendo defi nidos. Esse passeio nos ajuda a compreender a família de ontem e de hoje. O link desse vídeo pode ser encontrado no material complementar para atividades de aprofundamento. Ex pl or Conceitos de Família O conceito de família tem sido entendido pela sociedade dentro do processo histórico de acordo com o avanço das relações sociais e dentro de fatores de interesse sociopolítico. Através do direito romano, a concei- tuação de família se ampliou para além dos laços de sangue e até sobre a autoridade, sendo a família tam- bém compreendida pela sua impor- tância de acúmulo patrimonial. A contemporaneidade define de forma ampla a constituição do núcleo familiar, que pode ter tanto uma ligação consanguínea, com um tronco de descendência linear pela hereditariedade, a família mais estrita formada pelo casal heterossexual ou homossexual, com laços de legitimidade ou convivência informal de filhos, legítimos, legitimados, ou adotivos e muitos trabalhadores domésticos (também considerados como entes familiares). O Código Civil Brasileiro cita a família para a classificação de bens, pessoas, cônjuges, entre outros sujeitos sociais em vários artigos. Veja os exemplos: “Art. 1.722. Extingue-se, igualmente, o bem de família com a morte de ambos os cônjuges e a maioridade dos filhos, desde que não sujeitos à curatela. 13 UNIDADE EAT Famílias Art. 1.723. É reconhecida comoentidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família1.” Já a Constituição Federal de 1988 cuida, em seu Capítulo VII do Título VIII, considerando os direitos à família, à criança, ao adolescente e ao idoso. O texto também determina a gratuidade do casamento civil e os efeitos civis do casamento religioso, trazendo avanços importantes nesta área. A Constituição Federal estabelece, no § 4º do seu art. 226 o entendimen- to de que a entidade familiar é a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes. Essa determinação, portanto, reconhece a família a partir da ligação parental, oportunizando inclusive a união estável como um facilitador para a consumação do casamento e fixa também a igualdade de condições de direitos e deveres comuns perante a união social dos cônjuges. Após um ano da separação judicial, e após dois anos da separação de fato do casal, o divórcio pode ser concedido. Também é determinado conforme a lei 8.408 de 13 de fevereiro de 1992 que a mulher deve usar de volta o nome de família que possuía antes do casamento, em se consumando o divórcio, a não ser que acuse algum prejuízo, ou em caso de se distinguir o seu nome de família e dos filhos da união interrompida. Segundo a lei, os direitos e as qualificações, tanto dentro como fora do casamen- to que tiveram a geração de filhos e laços de parentesco, devem permitir os mesmos direitos aos filhos, sendo estes da relação do casamento ou não, mesmo aos ado- tivos, e todos os apontamentos discriminatórios são proibidos para estas pessoas. Um outro instrumento legal que aponta a família em seu precioso conteúdo é o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), nos seus artigos 26 e 41: “Art. 26. Os filhos havidos fora do casamento poderão ser reconhecidos pelos pais, conjunta ou separadamente, no próprio termo de nascimento, por testamento, mediante escritura ou outro documento público, qualquer que seja a origem da filiação. Art. 41. A adoção atribui a condição de filho ao adotado com os mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes salvo os impedimentos matrimoniais2.” Dentro da perspectiva da identidade social, a família é o símbolo básico de transmissão de exemplos, valores e posturas dos sujeitos pertencentes ao nú- cleo familiar. 1 Fonte: Código Civil Brasileiro. In: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm 2 Estatuto da Criança e do Adolescente. In: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm 14 15 Dentro das famílias, são dadas as primeiras relações entre pessoas e também é onde conhecemos as culturas a que pertencemos, criando-se, assim, uma identidade comum entre os entes, e dão as bases das relações em sociedade, por meio da identificação de seus vínculos comunitários. A Política Nacional de Assistência Social (PNAS), dentro da resolução 145/04, define a família como uma instituição fundamental para o desencadeamento das ações das políticas da Assistência Social, uma vez que se encontra dentro de uma cadeia de relações privilegiadas e sem substituição, devendo estar sempre protegida e em estado constante de socialização dos cidadãos. Figura 4 Fonte: iStock/Getty Images Assim, a família é a instituição responsável por cuidar de seus membros, sendo o Estado o responsável pela preservação e desenvolvimento do núcleo familiar. Figura 5 Fonte: Foto Divulgação Nesse ponto, o papel do Estado é garantir e dar condições para que a família não sofra desagregação social, e no caso de esse fato acontecer, o Estado deve intervir para a recomposição do núcleo familiar, de acordo com a Constituição brasileira. 15 UNIDADE EAT Famílias Para uma maior compreensão sobre o tema tratado aqui, recomendamos que você assista ao vídeo: “O que é família?”. O vídeo do canal saúde traz a resposta em um programa com muita informação e entrevistas. O link deste vídeo pode ser encontrado no material complementar para atividades de aprofundamento. Ex pl or A Vida Familiar na Sociedade Atual e a sua Relação com o Sistema Capitalista A sociedade capitalista se desenvolve por meio das relações de produção e de consumo, e por isso as relações familiares nos dias atuais são marcadas pela inserção das famílias dentro da lógica do sistema capitalista. As relações parentais inseridas nesse sistema devem contribuir segundo a lógica do capital, para que as famílias sejam alimentadoras e também deve ser alimentadas pelo capitalismo, criando uma relação que vá muito além das relações familiares. O consumo dentro das relações familiares é um dos novos fatores determinantes na criação e manu- tenção das famílias, que muitas das vezes buscam se impor através do acúmulo da riqueza, como argu- mento principal para a manuten- ção de seus vínculos. Os modelos de organização das famílias, dentro de uma sociedade cada vez mais consumista, tendem a criar matizes diferentes de relações sociais, tanto nas relações familiares internas, como externamente entre outros núcleos familiares. As relações familiares são marcadas pelas subjetividades de seus sujeitos, e assim como as pessoas, os desentendimentos e a tranquilidade das relações familiares se alternam, muitas vezes, de uma forma não linear, que, por diversas vezes, principalmente em uma sociedade capitalista podem ser influenciada pela relação individualista de consumo, decorrendo conflitos e desentendimentos entre os familiares. As novas relações intrafamiliares desafiam homens e mulheres, marcadas pela pressão social e econômica, pelas novas condições de responsabilidade e divisão de tarefas da família, também evidenciam um maior conflito e desgaste de relações, ampliando, assim, as decisões de separação e divórcio nas famílias. O posicionamento de respeito e tolerância fundamentado no respeito às indi- vidualidades levou ao surgimento de novas características de famílias, em decor- rência também das separações conjugais, que, muitas vezes, propicia o divórcio e também a ocorrência da gravidez indesejada, o abandono do pai e a constituição e liderança da família pela mãe. 16 17 A Constituição de 1988 e as políticas de defesa dos direitos humanos acabaram nos últimos anos a garantir o direito à formação das famílias, independente do tipo de núcleo familiar constituído. Assim, dentro da realidade da sociedade capitalista, novos entrelaçamentos afe- tivos vão perfazendo as relações de facilidade e dificuldade da manutenção dos vín- culos familiares, o que acaba por formar relações complexas entre filhos, pai, mãe, padrastos, madrastas, tios, avós, enteados, com diversas relações afetivas e sanguí- neas, em relações contínuas de amor, ódio, pertença, carência, ou de abandono. A sociedade atual tolera relações extraoficiais, como os filhos fora do casamento, as novas composições familiares e as leis que colocam o respeito hierárquico para a liderança familiar, não importando se esta liderança seja masculina ou feminina, sendo contudo uma liderança que contribua efetivamente e economicamente para a unidade familiar. Na nova configuração familiar, a autoridade do líder da família é mais flexível, pelo fato de a base do núcleo familiar não estar apoiado em uma direção sólida, tanto pela diferença nas relações atuais, como pelo enfraquecimento do poder econômico do chefe familiar. Assim, peças importantes como os idosos tem grande importância na condição de sustentabilidade da família. Essa alteração e a divisão de chefia na família acabam por dar espaço a novos modelos de sociabilização e ampliação das responsabilidades em criar os filhos/ netos, com uma diversidade maior de referências de vínculos morais, afetivos e sociais, criando maiores possibilidades de intervenção e mediação dos líderes familiares em relação aos componentes, seja dentro do núcleo familiar, seja nas relações com a sociedade e como Estado. Porém, se por um lado os idosos ajudam a aumentar a composição familiar, os novos núcleos tendem a ter cada vez menos filhos em sua composição. Confira abaixo: 0 1 2 3 4 5 6 7 1940 1950 1960 1970 1980 1991 2000 2010 2020 6,2 6,2 6,3 5,5 4,4 2,9 2,4 1,9 1,7 Número médio de �lhos por mulher (TFT) Figura 6 Fonte: Artigo Trabalho e família: Articulações possíveis. http://www.scielo.br 17 UNIDADE EAT Famílias As mudanças ocorridas decorrentes do processo de globalização, em suas di- mensões sociais e culturais, acabaram por afetar os núcleos familiares em suas rela- ções internas e externas, interferindo inclusive em sua capacidade de organização. Os diferentes arranjos familiares em sua diversidade coexistem em relações fraternais, conflituosas ou ainda sob uma tolerância obrigatória diante de necessidades econômicas em que os familiares são obrigados a passar através dos momentos de desemprego e desaceleração da economia. Assim a condição de existência de um núcleo familiar não é uma estrutura rígida, mas sim adaptável às mudanças socioeconômicas. Cada núcleo familiar tem seu universo e suas dinâmicas próprias, que agregam valores, experiências e tradições tanto de seus antepassados, como em sua subjeti- vidade decorrente da história a ser traçada pelos componentes do núcleo familiar. De acordo com o gráfico acima, dentro de uma nova realidade, a mulher tem menos filhos nas novas configurações familiares, deixando a família com menos número de componentes. Desta forma, a família vai se construindo através dos aspectos do cotidiano, formando aí sua experiência própria constituída, a partir da complexidade da teia de relações de seus membros. Dentro da perspectiva do agravamento do quadro econômico no Brasil atual e para os próximos anos, a família é obrigada a depender de políticas públicas, tornando-se cada vez mais dependente do Estado. O Estado, por sua vez, deve assegurar as condições para o desenvolvimento e o sustento dos núcleos familiares, principalmente no que diz respeito à proteção dos filhos. O grande dilema e entrave acontece quando a política do Estado mínimo e o corte nas verbas de implantação das políticas sociais impedem o Estado de garantir as condições necessárias para o desenvolvimento do núcleo familiar. Problemas como a distribuição de renda e os altos níveis de pobreza, acabam por deixar à margem do acesso econômico mínimo milhões de pessoas. Famílias inteiras que acabam por perder o acesso à condição da dignidade e da cidadania. A previsão feita pelo governo atual brasileiro é que, nos próximos 20 anos, os gastos públicos sejam congelados. Diante dessa lógica, há a reflexão de que setores da Assistência, da Educação, e da Saúde tenham uma diminuição sistemática de investimentos, havendo, assim, um desmonte de toda a articulação de políticas de combate à miséria e à pobreza no Brasil. 18 19 Antes dos programas sociais de combate à pobreza como o Bolsa Família, a concentração de renda era ainda mais injusta e desigual. As diferentes formas de surgimento da pobreza faz com que o acesso aos recursos básicos de sustento das famílias seja cada vez mais escasso. Em seus novos desdobramentos, denominadas de “novas roupagens”, “novas expressões” em decorrência da história moderna, a “nova questão social”, contudo, é a ruptura da questão social que de nova não tem nada. Apenas houve a modificação de suas bases históricas, que provocaram o des- locamento da esfera pública, passando a privatizar a saúde, havendo mercantiliza- ção nos atendimentos das necessidades básicas da população (descentralização e privatização das políticas sociais públicas), surgindo novas formas de sociabilidade, existindo agora um aumento da criminalização e violência. Soma-se a esse fator o custo de vida de cidades que permitem um maior adensamento populacional em seu entorno periférico, onde a distância e o custo para o deslocamento dos meios de transporte interferem no bolso dos trabalhadores. Temos aí a cultura da subsistência e da desagregação familiar, que acaba por perder seus jovens componentes para maiores atrativos de sedução para o ganho fácil e rápido do dinheiro. Com isso, as expressões da questão social afetam os processos de trabalhos e as formas de força de trabalho, atingindo a classe trabalhadora, base populacional da periferia, que vive do trabalho e que, por muitas vezes, enfrenta o desemprego, ou seja, o mercado que exige a redução de custos e o aumento da lucratividade. Essa forma de obtenção de ganho fácil e rápido de dinheiro tem nome e sobrenome: o tráfico de drogas. Figura 7 Fonte: iStock/Getty Images 19 UNIDADE EAT Famílias A falta de intervenção e de políticas públicas na garantia de direitos aos adolescentes e suas famílias, tais como a ausência de equipamentos de cultura e lazer, de cursos profissionalizantes, de um bom atendimento de saúde, de escolas, acaba por fragilizar e expor cada vez mais os adolescentes em relação ao mundo das drogas. Isso se exemplifica pelo número de adolescentes fora da escola e do sistema produtivo, quando faltam modos de inserção social para a nossa juventude. Os programas sociais, muitas vezes, são criados para atender à adolescência, porém, seu público alvo, ou seja, os adolescentes, raramente são ouvidos. A sociedade atribui uma “infantilidade social” ao adolescente que os impede de participar quando se trata de definir ações sociais e políticas que lhes dizem respeito. Ao mesmo tempo, a panela de pressão social, muitas vezes ignorada, e muitas vezes manipulada pela mídia formal, que tende a crescer em escala geométrica de violência, acaba explodindo, em conflitos sociais, tanto nas periferias como nos centros urbanos. Figura 8 Fonte: iStock/Getty Images A exclusão social acaba por marginalizar as famílias mais pobres, impedindo-as de se organizarem para ter uma melhor qualidade de vida em seu território. A ausência do Estado nessas áreas acaba por impedir as famílias, desde as compra mais simples, até as mercadorias anunciadas na propaganda dos intervalos das novelas, impedindo a aquisição do bem de produção. Sem novos compradores, a economia não acelera e impede que a produção industrial cresça, aumentando o desemprego, no comércio e atingindo as classes econômicas menos favorecidas. A lógica da exclusão não permite que novos núcleos familiares aces- sem o mercado do consumo. 20 21 Portanto, é importante salientar que a economia é um fator preponderante para a estabilidade familiar, pois ao vivermos em uma sociedade de consumo, ter qualidade de vida significa ter poder de compra, e assim, haver uma interação social mais forte interna e externa das famílias. É importante salientar que, em um país de dimensões continentais como o Brasil, a sua riqueza é diversa e o seu poder de produção econômica é vigoroso. Sendo assim, por que existem muitas famílias em condição de vulnerabilidade socioeconômica no Brasil? A alta vulnerabilidade socioeconômica no Brasil se dá pela má condição de distribuição de suas riquezas. A alta concentração de riquezas para um grupo mínimo de famílias abastadas é preponderante para que outros tantos milhões de famílias passem por graves necessidades financeiras e dependam dos programas e políticas sociais do Estado. Portanto, a compreensão correta que devemos ter do Brasil é que este é um país rico, porém, desigual. Ao mesmo tempo em que é gigante no movimento de produção econômica, o Brasil é um país de índices comparáveis a países africanos de um desenvolvimento bem inferior em escala mundial. Apesar de, nos últimos anos, as políticas sociais terem desenvolvido um grande esforço no sentido da inclusão das famílias, a oposição à inclusão de famílias nos programas de distribuição de renda, gerou fortes protestos pela classe média, influenciada pela minoria economicamente dominante das famílias ricas no país. Essa mobilização acabou por derrubar um governo preocupadocom o desenvol- vimento econômico e social menos injusto, entrando em seguida um governo que se preocupa em frear as condições de ascensão social das classes mais pobres do Brasil, através de uma política econômica neoliberal, privatizante e recessiva. As políticas do atual governo de frear o crescimento econômico acabam por criar uma condição recessiva, na qual o salário dos trabalhadores e a renda de suas famílias caem, diante de um processo inflacionário que teima em seguir adiante. Assim, o poder de compra da classe média e baixa diminui, e as dificuldades dos chefes de família só tendem a crescer nos próximos anos no Brasil. A luta de uma família em estado de vulnerabilidade acaba por per- mitir sua desagregação, havendo a desumana violação de direitos fundamentais de sobrevivência entre os sujeitos pertencentes ao núcleo familiar. 21 UNIDADE EAT Famílias O abandono, a mendicância, a exploração do trabalho infantil, a aproximação de crianças e jovens do trabalho no tráfico de drogas, e o consequente aumento da violência urbana acabam por fazer do cotidiano das famílias que vivem nas periferias, histórias melancólicas de mortes cada vez mais precoces de jovens que poderiam ter um futuro de crescimento e fortalecimento do vínculo familiar. Nesta condição de sobrevivência, o respeito, o carinho e as relações afetivas acabam por se banalizar e enfraquecer, não havendo uma identificação clara das lideranças do núcleo familiar. Esse afrouxamento do vínculo familiar acaba por desconstruir aos poucos a unidade familiar, sendo este um perigo real de desconstrução da organicidade social. É por isso que se faz necessária a luta pelo fortalecimento das políticas sociais que efetivem de fato as condições de desenvolvimento das famílias e possibilitem o seu acesso às condições socioeconômicas que visem à sua independência e autonomia na condição de símbolo mais importante na construção de uma sociedade de oportunidades menos injustas no futuro. Do contrário, o futuro das famílias em importância para a construção de um país menos desigual estará ameaçado, e sem famílias, a sociedade dificilmente se manterá em pé. É necessário pensar sempre a família como a peça que impulsiona as relações sociais e também a economia e a produção da riqueza de nosso país. Os valores culturais, sociais, intelectuais e de consumo das famílias é que dão a base estrutural para a solidificação do Estado. Pensar um país sem a importância das famílias é pensar na falência das relações sociais e no fim de toda uma civilização, por isso é fundamental o país ter políticas de fortalecimento e valorização das famílias como avanço da sociedade contemporânea. Para uma maior compreensão sobre o tema tratado aqui, recomendamos que você assista ao vídeo: “Capitalismo: uma história de amor”. O vídeo traz a forma destrutiva da ação do capitalismo em nossos dias. O link desse vídeo pode ser encontrado no material complementar para atividades de aprofundamento. Ex pl or Revisão A origem da família vem antes da descoberta da escrita, no período Pré-Histórico, e cientificamente estudado por Engels, a análise da origem da família começa nas relações de matriarcado. O primeiro momento é o Estado Selvagem, em que a aquisição de produtos da natureza, prontos para serem utilizados, tendo o homem aproveitado este momento para aprender a cozinhar e modificar estes produtos. 22 23 O segundo momento é chamado de Barbárie, em que a criação de gado e o cultivo agrícola fazem surgir a produção agricultura, com o início do incremento da produção, a partir da natureza, pelo trabalho humano. O terceiro momento compreende o início da civilização a partir da descoberta do trabalho de fundição do minério de ferro além da descoberta da escrita alfabética, no qual o homem amplia seus conhecimentos e pode ampliar a capacidade de elaboração e modificação dos produtos naturais, criando a manufatura e as manifestações artísticas. Conforme a necessidade de fixação das famílias em territórios, para a utilização da agricultura, a definição da propriedade privada e a necessidade de sua defesa, o homem passou a ser o chefe do núcleo familiar, mudando assim o conceito matriarcal para o patriarcado. Praticamente, todos os tipos de relações religiosas, econômicas, sexuais, políticas eram organizados dentro da composição familiar. Conforme a civilização foi se expandindo, e com o surgimento da necessidade de governos que resolvam questões para as novas sociedades que passavam a se fortalecer, o Estado surgia como o regulador da lei e da ordem vigente e passaria a desenvolver regras e políticas comuns que passariam a valer também para a família patriarcal. Após a Revolução Industrial, já no século XIX, muitas famílias se viram obrigadas, em sua composição, a participarem da atribuição de sustento conjunto, pois os integrantes dos núcleos, desde as crianças até os chefes, eram praticamente obrigados a trabalhar nos turnos das fábricas, garantindo, assim, a precária sobrevivência da família, ocorrendo transformações de costumes, valores, hábitos e relações da então chamada família nuclear. Apesar de, nos últimos anos, as políticas sociais terem desenvolvido um grande esforço no sentido da inclusão das famílias, a oposição à inclusão de famílias nos programas de distribuição de renda gerou fortes protestos pela classe média, influenciada pela minoria economicamente dominante das famílias ricas no Brasil. Quando uma família é abandonada pelo Estado, havendo assim uma condição explícita de injustiça social, ela se torna mais vulnerável a perder os pais para o desemprego, os filhos para o abandono e para a violência e, assim, a condição de enfraquecimento dos vínculos é uma ameaça potencial e real. Pensar um país sem a importância das famílias é pensar na falência das relações sociais e no fim de toda uma civilização, por isso é fundamental o país ter políticas de fortalecimento e valorização das famílias como avanço da sociedade contemporânea. 23 UNIDADE EAT Famílias Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Livros A Origem da Família da Propriedade Privada e do Estado Autor: Frienderich Engels. https://goo.gl/5i5a0S Vídeos Café filosófico: A Evolução da Família - Joel Birman https://youtu.be/0et6BcO8ayY Em Família - O que é família? (Apresentação Thiago Mendonça) https://youtu.be/Vs7-Wj4PKNw Capitalismo: uma história de amor https://youtu.be/FDnbZpzsBI0 Leitura Família e proteção social. Autores: Inaiá Maria Moreira de Carvalho; Paulo Henrique de Almeida. https://goo.gl/HWCXEY Refletindo sobre a nova e velha família Autora: Maria Lúcia Boarini https://goo.gl/Cxon7k 24 25 Referências ARIES, P. História Social da Criança e da Família. 2. ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 2006. BILAC, E. D. Trabalho e família: articulações possíveis. Tempo soc. vol.26. nº.1 São Paulo Jan./June 2014.In: http://dx.doi.org/10.1590/S0103- 20702014000100010 BRASIL. Código Civil Brasileiro. In: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ leis/2002/L10406.htm BRASIL.ECA – Estatuto da Criança e Adolescente. In: http://www.planalto. gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm BRASIL. Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa Direito de Crianças e Adolescentes. Conv. Fam. Com. Brasília: Secret. Direito Humanos e Soci, 2006. BOARINI, M. L. B. Refletindo sobre a nova e velha família. Psicol. estud. vol.8 no.esp Maringá 2003. In: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttex- t&pid=S1413-73722003000300001 CARVALHO, I. M. M. de C.; ALMEIDA, P. H. de A. Família e Proteção Social. São Paulo Perspec. vol.17, no.2 São Paulo Apr./June 2003. In: http://www. scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-88392003000200012 CARVALHO, M. C. B. A Família Contemporânea em Debate. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2002. ENGELS, F. A Origem da Família da Propriedade Privada e do Estado. Trad. José Silveira Paes. 3 ed. São Paulo: Global, 1984. Famíliae trabalho social: intervenções no âmbito do Serviço Social. Florianópolis, v. 13, n. 1, 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rk/v13n1/15 >. Acesso em: 07 jan. 2013. GOMES, M. A. / PEREIRA, M. L. D. Família em situação de vulnerabilidade social: uma questão de políticas públicas. 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