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Prévia do material em texto

Oficina Temática: 
Famílias
Material Teórico
A Família e a Sociedade II
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Esp. Mauricio Vlamir Ferreira
Revisão Técnica:
Prof a. Me. Elisângela Pereira de Queiros Mazuelos
Revisão Textual:
Prof a. Me. Luciene Oliveira da Costa Santos
• A Evolução Social e Histórica da Família no Ocidente;
• Conceituação Teórica das Famílias;
• As famílias no Brasil: Classes Sociais, Relações de 
Geração e Gênero na Família;
• Os Novos Desafios Enfrentados pelas Famílias 
na Contemporaneidade;
• Revisão.
 · Explicar de que forma a evolução histórica das famílias contribuiu 
para o desenvolvimento das relações humanas e da sociedade;
 · Identificar de que forma as famílias no Brasil se constituíram desde 
os tempos da colônia, até os dias atuais;
 · Evidenciar as diferentes formas de arranjos familiares;
 · Elucidar de que forma a contemporaneidade influi nas famílias e 
quais os desafios enfrentados por elas nos dias atuais.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
A Família e a Sociedade II
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também 
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, 
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato 
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE A Família e a Sociedade II
Contextualização
O termo “família” é uma expressão comum e muito difundida ao longo do 
processo histórico-social, ocorrendo tanto em relação ao aspecto popular como 
nos conceitos de estudos científicos e acadêmicos.
As linhagens e parentescos paternos e maternos formaram as unidades parentais, 
criando-se as parentelas ou amplitude familiar, sendo maiores ou menores os seus 
vínculos de acordo com tradições, cultura e vivência social.
A evolução das famílias em seus aspectos teóricos, dentro das experiências 
sociais vividas, trazem novos arranjos e ampliam a concepção contemporânea 
das famílias.
Dessa forma, novos conceitos, valores e características específicas acabam por 
dar novas identificações às famílias contemporâneas, uma vez que não existem 
mais um modelo único a ser seguido.
Os diferentes arranjos e tipos de família não se igualam, sendo um organismo 
diferente e com características próprias dentro do cosmo social.
Os núcleos familiares podem ser constituídos pela ligação consanguínea, afetiva, 
ou em convívio, em períodos que possibilitem uma subjetividade única e comum 
constituída entre os seus sujeitos.
Atualmente, os modelos da monoparentalidade ainda sonham em obter, pelo 
menos perante a sociedade, o ideal da família burguesa, ainda que exista na 
sociedade contemporânea superficialmente.
As mulheres, na atualidade, travam a batalha para se apropriar por direito de sua 
capacidade reprodutiva, lutando pela igualdade de condições em diversos aspectos 
na sociedade, como no trabalho. 
A vivência do cotidiano é que vai influenciar e definir os rumos das famílias, uma 
vez que o homem é a peça fundamental de suas experiências subjetivas, o que tor-
na o universo das famílias uma das formas mais complexas das relações humanas.
Também se faz necessário abordar a questão que, em muitas famílias, é vivida 
e que, por muitas vezes, acaba por fragilizar vínculos, como casos de drogadição 
na família e violência doméstica – leis como a Lei Maria da Penha são importantes 
para assegurar a proteção contra mulheres vítimas de violência em família.
Por fim, é importante salientar que viver em família é fundamental para que o 
homem aprenda a viver em sociedade e que a contemporaneidade faz com que 
muitos tabus e preconceitos acabem por gerar novas formas de convivência, que 
podem favorecer o avanço das relações para a convivência e o respeito entre os 
diversos tipos de famílias.
8
9
A Evolução Social e Histórica 
da Família no Ocidente
Figura 1
Fonte: iStock/Getty Images
O termo “família” é uma expressão comum e muito difundida ao longo do 
processo histórico-social, ocorrendo tanto no aspecto popular como nos conceitos 
de estudos científicos e acadêmicos.
O estudo das famílias exige a compreensão histórica do desenvolvimento humano 
no mundo ocidental, e tem em Roma a solidez da instituição que traduz o “servir”, 
pois considerava a família o conjunto de funcionários, escravos, englobando a casa 
de uma maneira geral.
O homem, como o senhor, era o dono das posses e dono inclusive das vidas 
existentes em sua propriedade, era o ser dominante, feitor da linha paterna de 
futuras gerações.
As linhagens e parentescos paternos e maternos formaram as unidades parentais, 
criando as parentelas ou amplitude familiar, sendo maiores ou menores os seus 
vínculos de acordo com as tradições, cultura e vivência social.
Durante as transformações históricas, sociais e econômicas, o processo de 
vivência familiar se adaptou aos mais diversos modos e conceitos culturais de 
vivências impostas.
Sobre este aspecto, a sobrevivência em sociedade deve muito à adaptação das 
famílias em torno das novas mudanças ocorridas dentro do processo histórico, uma 
vez que, em comunidade, a conservação e os cuidados são maiores, assim como 
as relações afetivas podem ser a chave para as uniões familiares e, assim, manter 
a preservação dos vínculos.
9
UNIDADE A Família e a Sociedade II
A sociedade, portanto, ao longo do processo histórico, constituiu-se or meio 
da manutenção das famílias, mesmo em períodos de epidemias, guerras, crises 
econômicas e períodos de fome.
As mudanças sociais desencadeadas no poder para a formação do Estado 
centralizado e forte, que, no decorrer dos séculos, evoluiu para formas de participação 
social e democrática no mundo ocidental, desencadeou transformações dos núcleos 
familiares em sua condição existencial.
A família romana patrícia passou a ser família europeia comunal e, posterior-
mente, feudal, baseada no campesinato.
Da opressão cultural, social e econômica, a família passou a se constituir em 
modelo de interação e evolução intelectual, racional e, sobretudo, cada vez mais 
em protagonista das decisões locais e nacionais, conforme o período democrático 
foi fortalecendo os núcleos familiares.
Esse processo evolui à medida que as relações do sistema capitalista no mundo 
ocidental ampliam a condição de participação das famílias no mercado e no poder 
de tomada de decisões, até atingir a obtenção da cidadania e da garantia de direitos, 
como preconiza a atualidade da vida em sociedade nos dias atuais.Apesar da diversidade de pensamento, do aumento das relações de mais dife-
rentes formas, a família possui grande capilaridade entre as mais diversas formas 
de relações, relacionamentos e formação.
No continente europeu, os diferentes modelos de famílias têm formado uma 
construção ampla social desde o período medieval.
Em algumas regiões, o modelo mais tradicional de famílias é o de ramificação 
em troncos, enquanto, em outras regiões, a formação familiar é originária do mo-
delo nuclear. 
Essas ramificações familiares variam de acordo com as tradições regionais, as 
necessidades de agrupamento em maior e menor número e a necessidade de um 
maior ou menor contato de relação social regional.
Esse aspecto também está ligado ao fator de desenvolvimento rural e urbano, 
uma vez que a necessidade de famílias nucleares em centros urbanos é mais usual, 
devido a fatores como o custo de vida, as taxas de impostos e a participação dos 
familiares no mercado de trabalho.
Assim, a capacidade de adaptação aliada à resistência e à sobrevivência das 
famílias perante os novos arranjos sociais é que vão definir as formas de organização 
das famílias do mundo ocidental.
As formas da transição e do desenvolvimento das nações europeias, nos períodos 
de ampliação do comércio, das grandes navegações e da produção industrial, a 
partir da Revolução Industrial, vão formando os arranjos familiares de acordo com 
a necessidade socioeconômica de desenvolvimento familiar.
10
11
A natalidade e a mortalidade, no decorrer da Idade Média, principalmente, no 
continente europeu, alteravam-se conforme as condições precárias de sobrevivência 
de sua população.
As consequentes guerras, como a “Guerra dos Cem Anos” entre França e 
Inglaterra, afetou diretamente natalidade e mortalidade não apenas de recém-
nascidos, como a dizimação de famílias inteiras nos campos e nas cidades.
Outro fator que contribuiu para o alto número de mortalidade da população 
foram as epidemias, como a “peste negra”, atualmente conhecida como peste 
bubônica, originada dos ratos, como hospedeiros roedores que se alimentavam do 
lixo não recolhido que se espalhava nas cidades e também no campo.
Passados os períodos medievais, e com a ascensão do sistema capitalista como 
fator de dominação da classe trabalhadora, as famílias passaram a se concentrar 
em centros urbanos, abandonando o campo e constituindo pequenos núcleos com 
pai, mãe e filhos, advindo, assim, a família nuclear, que trabalharia por horas a fio 
nas fábricas dos países europeus.
A partir do crescimento do sistema capi-
talista, a população começa a aumentar nos 
centros urbanos, e a cultura do individualis-
mo se expande entre as famílias, ausentando 
cada vez mais o senso de solidariedade.
Os filhos passavam a ser encorajados cada vez mais a sair do núcleo familiar 
e constituir novas famílias, principalmente na Inglaterra do século XVIII, valori-
zando apenas o primogênito, como herdeiro principal da família, sendo poste-
riormente discutidas as formas de partilhas de bens de acordo com o aumento 
demográfico populacional.
Em outros lugares menos industrializados da Europa, existiam as famílias tronco, 
sendo considerado o herdeiro, o filho de maior confiança, independente de ele ser 
o mais velho dentro do seio familiar.
Em nossa sociedade contemporânea, a complexidade familiar acentua as novas 
formas de organização dos núcleos, podendo haver a correlação entre dois núcleos 
ou mais, possibilitando a integração entre pais e filhos de diferentes núcleos.
Atualmente, nos novos arranjos familiares um cônjuge pode ter filhos, e o(a) seu 
(sua) companheiro(a) pode ou não ter filhos de outros núcleos.
Sabemos que, atualmente, a família é importante para a integração social de 
indivíduos, bem como a sua identidade.
A família é o espelho de seus componentes, norteando as relações sociais mais 
amplas, onde se desenvolve a comunicação que será responsável pela integração 
com lado externo do lar.
A alta taxa de mortalidade, somado 
aos grandes impostos, também 
foram aspectos importantes para a 
concentração mínima das famílias.
11
UNIDADE A Família e a Sociedade II
Porém, conforme visto, a família não fica em um modelo sólido eternamente, 
não havendo a possibilidade de se criar um estereótipo comum na sociedade de 
apenas um núcleo familiar ou de um modelo correto.
Para uma maior compreensão sobre o tema tratado aqui, recomendamos que você assista 
aos vídeos: 
Retratos de Família;
A família contemporânea em cena, o qual aborda também as novas identidades sexuais, 
e os novos pais.
 Os links podem ser encontrados no material complementar para atividades d 
e aprofundamento.
Ex
pl
or
Conceituação Teórica das Famílias
A evolução das famílias em seus aspectos teóricos dentro das experiências so-
ciais vividas trazem novos arranjos e ampliam as suas concepções contemporâneas. 
Dessa forma, novos conceitos, valores e características específicas acabam por 
dar novas identificações às famílias contemporâneas, uma vez que não existe mais 
um modelo único a ser seguido.
Este fenômeno não é identificado apenas em uma região de uma cidade ou 
país, mas vem de forma global, de modo que o modelo tradicional se adaptou 
rapidamente às novas necessidades orgânicas dos componentes familiares.
Os novos tipos de relações, as novas responsabilidades das mulheres, através de 
sua importância considerável, atualmente, no trabalho, na casa, na vida política e 
social, faz com que as famílias sejam um reflexo dos novos tempos.
Os diferentes arranjos e tipos de família não se igualam, sendo um organismo 
diferente e com características próprias dentro do cosmo social.
Os núcleos familiares podem ser constituídos pela ligação consanguínea, afetiva 
ou em convívio em períodos que possibilitem uma subjetividade única e comum 
constituída entre os seus sujeitos.
0
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20
30
40
50
60
70
Unipessoal Casal sem
�lhos
Casal com
�lhos
Mulher sem
cônjuge com
�lhos
Outros tipos
1992 2002
7,3 9,3
12,9 14,1
59,4
52,8
15,1 17,9
5,2 5,7
Distribuição das famílias por tipo - Brasil - 1992-2002
Figura 2
12
13
O gráfico acima demonstra um crescimento nas últimas décadas de famílias, 
sendo constituídas de diversas formas e modelos, se contraponto à tradicional 
união de casais com filhos.
Assim, podemos identificar as famílias na contemporaneidade das seguintes formas:
 · Família nuclear – formada por dois responsáveis adultos de sexos opostos, 
constituída de filhos naturais ou adotados, sendo um dos modelos mais 
antigos dentro do processo histórico das relações humanas.
 · Uniões de fato – semelhante ao casamento, porém, não existindo um 
contrato formal por escrito, apenas acordos informais.
 · Uniões livres – convívio estável, porém, sem nenhum tipo de contrato, 
acordo formal ou informal.
 · Famílias recompostas – famílias formadas após separações e divórcios, 
podendo existir novas composições de filhos de outros casamentos no novo 
arranjo, passando a serem meio-irmãos.
 · Famílias monoparentais – famílias lideradas por mães ou pais com filhos, 
advindas de divórcio, ou da morte de um dos cônjuges. 
Também podem ser monoparentais as famílias constituídas de mães, ou pais 
solteiros, bem como pai ou mãe com filhos adotados, ou ainda aquele pai ou mãe 
que decidiu ter seu filho através de reprodução assistida.
Em muitas famílias monoparentais, os filhos podem ter tido a origem de vários 
pais ou mães de parceiros ou parceiras diferentes.
 · Famílias homossexuais – são constituídas por pessoas do mesmo sexo, 
que podem ou não ter filhos em sua configuração.
A contemporaneidade e a complexidade das famílias não significam que as 
relações se perdem dentro delas, mas que as relações interpessoais é que passam a 
condicionar seu desenvolvimento e sua identificação sociocultural. 
De toda maneira, é preciso ressaltar que todas as famílias possuem regras que 
internamente devem ser respeitadas em favor do convívio harmônico de respeito 
e convivência mútua.
Cada membrodentro de uma família tem suas responsabilidades e seu 
desenvolvimento depende da forma como este convívio se dará em relação às 
mudanças das relações da sociedade e como cada família se adapta às mudanças 
dentro de seu ambiente de convívio social.
A experiência do casal em convívio com os ciclos de relação começa com a 
chegada dos filhos e se desenvolve de acordo com o convívio comum nas fases de 
crescimento deles, desde a natalidade, passando pela infância, adolescência, até 
a chegada à fase adulta e a saída dos filhos para a constituição de novas famílias, 
havendo a possibilidade de aumento das relações entre os novos arranjos familiares 
a serem formados.
13
UNIDADE A Família e a Sociedade II
As dificuldades de adaptação de qualquer uma das fases vividas com os cônjuges, 
com os filhos, ou até netos, pode ocasionar uma crise de convivência familiar, oca-
sionando dificuldades de relação e problemas de convivência mútua, possibilitando 
o enfraquecimento e até mesmo o rompimento dos vínculos familiares.
As Famílias no Brasil: Classes Sociais, 
Relações de Geração e Gênero na Família
A história das famílias no Brasil retrata fielmente os movimentos sociais brasilei-
ros desde a chegada dos portugueses e os seus primeiros contatos com os índios.
Esta troca cultural, quase nunca benéfica para os índios colonizados e 
posteriormente também com os negros escravizados, acaba por chegar ao final do 
século XIX em uma população diversa étnico-racial.
Isso significa dizer que muitas famílias no Brasil foram criadas e originadas 
fora das relações formais, sendo muitos filhos, frutos da dominação dos senhores 
exploradores e desbravadores do interior brasileiro, dentro das invasões às tribos 
indígenas, ou mesmo em fazendas coloniais, onde o senhor da casa grande impunha 
suas vontades sexuais às escravas da senzala, e que muitas vezes eram trazidas ao 
lar do seu dono como serviçais domésticas de dia e exploradas sexualmente à noite, 
numa forma de concubinato, até o momento da abolição da escravatura.
A formação dessas famílias em nada tinha de formalidades da composição 
familiar europeia e, portanto, eram configurações limitadas às relações paternas 
não oficiais com os filhos.
Após a abolição, e com o advento da República, o distanciamento étnico e social 
acabou por criar uma situação de afastamento entre as famílias aristocratas e as 
famílias libertas e empobrecidas de ex-escravos.
A miscigenação, isto é, a mistura de raças que origina o povo brasileiro foi a 
base da integração das famílias já no período republicano, uma vez que as famílias 
oriundas da Europa e do Japão no início do século XX também formariam a base 
complementar para as diferentes etnias que iriam dar a amálgama à população 
do Brasil.
Diferenças culturais, de língua, de alimentação, foram sendo deixadas de lado 
e passaram a se complementar, formando novas famílias integradas com as 
peculiaridades rurais e urbanas do Brasil do século XX.
14
15
O crescimento da produção industrial, a partir da década de 1930, trouxe a 
família nuclear como conceito para a classe trabalhadora, e a família burguesa 
constituída nos clãs oligárquicos rurais e industriais, que passariam a compor a 
nova classe dominante brasileira, dentro de um modelo de Estado forte durante a 
Era Vargas.
O modelo de consumo do capitalismo se ampliou com o desenvolvimentismo, e 
tem o seu ápice no período do Governo de Juscelino Kubitschek, fazendo emergir 
uma classe média e a família consumidora, dentro de uma perspectiva que faria 
mudar as relações entre pais e filhos, acentuando-se, assim, a caraterística do 
individualismo nas relações da família nuclear, seguindo-se a imposição sociocultural 
imposta pela influência dos Estados Unidos da América.
A década 1960 colocou a revolução sexual e a descoberta da pílula 
anticoncepcional como avanços importantes para os novos arranjos familiares, 
assim como o papel da mulher, que passou a assumir o seu protagonismo, como 
parceira e não apenas como integrante subserviente da família. 
As lutas dos movimentos feministas pelos direitos de igualdade das mulheres, e 
também a importante participação feminina no mercado de trabalho impulsionaram 
a mulher como parte equivalente à figura masculina na composição familiar, com a 
divisão de responsabilidades e tarefas. 
A criação dos filhos, por exemplo, deixou de ser apenas uma responsabilidade 
da mulher, mas igualmente como responsabilidade do companheiro, e a mulher 
passou a decidir sobre o futuro do lar, uma vez que também passou também a 
contribuir economicamente para o sustento familiar.
Porém, diferenças ainda são perceptivas, uma vez que em muitos aspectos a 
participação social do homem é permissiva, mas em relação à mulher o campo 
decisório ainda permaneceria socialmente proibido.
Para a sociedade, seria compreensivo o homem ter filhos em uma relação 
extraconjugal, não valendo o mesmo juízo moral para a mulher que tivesse filhos 
em uma outra relação, sendo muitas vezes violentada pelo marido. 
A crise econômica mundial de 1973 acabou por trazer graves consequências 
econômicas às famílias brasileiras, onde a classe média começou a sentir os efeitos 
da recessão, da inflação e do desemprego. 
O empobrecimento das famílias chega aos anos 1980 e a dependência 
econômica fazem as famílias ampliarem suas relações com os avós, primos, tios e, 
assim, diversos e complexos novos arranjos familiares surgem como forma de se 
adaptar aos novos tempos do modelo econômico neoliberal.
15
UNIDADE A Família e a Sociedade II
Figura 3
Fonte: Correio Braziliense
A informalidade da inserção eco-
nômica como estratégia de so-
brevivência da classe trabalhadora 
também acabam por agregar as 
famílias, independentemente da 
formalização de sua união oficial.
Para uma maior compreensão sobre o tema tratado aqui, recomendamos que você assista 
ao vídeo: Contraponto – Novos Arranjos Familiares.
O vídeo em forma de programa de entrevistas questiona o modelo tradicional de família, 
formado por pai, mãe e fi lhos, o qual vem sofrendo alterações ao longo do tempo. As 
transformações resultaram em novos arranjos familiares, com núcleos formados, por 
exemplo, por casais homoafetivos que decidem adotar ou ter fi lhos biológicos, casais que 
vem de outros relacionamentos trazendo os fi lhos e decidem ter mais fi lhos juntos, entre 
outros exemplos. Para discutir o assunto, o programa recebe a professora universitária e 
advogada especialista em Direito de Família, Flávia Brandão, e a psicóloga e psicanalista 
Glenda Almeida Pratti.
 O link deste vídeo pode ser encontrado no material complementar para atividades 
de aprofundamento.
Ex
pl
or
16
17
Os Novos Desafios Enfrentados pelas 
Famílias na Contemporaneidade
As famílias no período contemporâneo não conseguem ser identificadas em 
apenas um modelo rígido estruturado.
Isso acontece pelo fato de as relações da contemporaneidade serem complexas, 
tecidas por também complexos eixos comunicativos e mutáveis conforme a 
necessidade dos sujeitos em suas ações coletivas ou individuais.
Porém, em contraponto às mudanças sociais das famílias, o sistema capitalista 
tenta definir, e impor, um modelo fixo e ideal em propagandas e também nas 
tendências comportamentais dentro de uma linha estática que sugere o que as 
famílias devem vestir, comer, consumir, interagir culturalmente, dentro de um 
modelo padronizado de consumo e relações.
Assim, a família burguesa é até hoje moldada nos interesses da classe dominante, 
no sentido da obtenção da educação dentro da divisão de funções sociais, no 
sentido da obtenção de seres competitivos, almejando o controle dos negócios e, 
por consequência, o controle do clã familiar.
Atualmente, os modelos da monoparentalidade ainda sonham em obter pelo 
menos perante a sociedade, o ideal da família burguesa, ainda que superficialmente 
exista na sociedade contemporânea.
As mulheres na atualidade travam a batalha para se apropriar por direito de sua 
capacidadereprodutiva, lutando pela igualdade de condições em diversos aspectos 
na sociedade, como o trabalho. 
Seu tempo para a convivência com os filhos é escasso, porém, ao mesmo 
tempo, a sua importância econômica de mantenedora da família acaba por superar 
a antiga dependência do seu companheiro. 
Figura 4
Fonte: iStock/Getty Images
17
UNIDADE A Família e a Sociedade II
A divisão de tarefas possibilita tam-
bém a divisão responsável pela 
manutenção da família, dividindo-
-se, assim, até os afazeres domésti-
cos, antes relegados às funções das 
chamadas “donas de casa”.
O poder familiar aos poucos constituiu novas relações de equilíbrio das 
responsabilidades dos núcleos familiares, em substituição ao patriarcado existente, 
e, dessa forma, o conceito burguês de família vai sendo ultrapassado.
Questões como a estabilidade financeira estão mais presentes do que nunca em 
muitas famíias, se sobrepondo inclusive ao verdadeiro interesse de união conjugal, 
sendo que em muitas das vezes os anseios e desejos individuais dão forma a inte-
resses coletivos.
A questão é que, ao se negar a vontade do indivíduo, os componentes familiares 
nem sempre conseguem a reciprocidade e, por muitas vezes, acabam se sentindo 
frustrados em relações infelizes em nome da estabilidade familiar.
Esse fenômeno acaba por alterar a vida cotidiana das famílias, e reflete inclusive 
nas relações internas e externas, impactando na formação da identidade dos 
componentes familiares. 
Em nosso tempo atual, a organicidade das famílias é um ponto totalmente 
mutável e definido pelas suas relações de adaptação às diferentes necessidades 
do cotidiano, uma vez que uma gama de possibilidades e formas de dar conti-
nuidade às relações, que podem ser construídas e reconstruídas de acordo com 
a realidade imposta.
Em nosso país, a instituição do casamento nos dias atuais vai dando cada vez mais 
espaço às novas formas de união, principalmente posteriormente à regulamentação 
do divórcio na década de 1970.
Os novos arranjos familiares cada vez mais acabam por se fazer presentes, 
porém, nos dias atuais, nem sempre é fácil o reconhecimento de certos arranjos 
familiares perante a sociedade.
A diversidade das relações acaba, muitas vezes, a trazer à tona o preconceito 
velado ou explícito perante as diversas formas de união.
Além disso, significados e nomeações simples como os termos “madrasta”, 
“meio-irmão”, ou, ainda, “enteado” acabam por ter um sentido pejorativo perante 
o meio social em que os sujeitos das famílias vivem.
É necessária uma reflexão sobre as formas de preconceito que a sociedade 
impõe sobre as pessoas que vivenciam tal realidade, e que a sociedade esteja 
preparada para aceitar a diversidade das famílias, bem como que respeite a sub-
jetividade das pessoas.
18
19
Hoje em dia, é comum que se confunda o tipo de família em sua estrutura, com 
a sua forma de relação interna e externa, sendo construída uma caricatura, ou seja, 
um estereótipo no imaginário coletivo de como seja a relação de determinado tipo 
de família.
Sobre esse aspecto, é necessária a compreensão de que as famílias seguem 
sempre as mudanças da sociedade, e que, por sua vez, determinam novas formas 
de relações entre os sujeitos, dentro de sua perspectiva histórica e socioeconômica.
Assim, em dias de consumismo exacerbado, a chamada ostentação e a busca 
por status acabam por significar algo maior do que os valores pessoais inerentes 
aos sujeitos.
A partir do reconhecimento da monoparentalidade pela Constituição de 1988, 
a valorização e o respeito pelas relações de gênero começam a evidenciar um novo 
entendimento de relação entre as lideranças familiares, uma vez que não existe a 
figura compartilhada do pai e da mãe, havendo a necessidade da compreensão e 
o diálogo entre os componentes deste arranjo familiar no sentido de possibilitar a 
coexistência familiar.
Porém, um aspecto importante que pode alterar as formas de configuração 
familiar e inclusive enfraquecer os vínculos é a desigualdade social, pois influencia 
na sobrevivência e na unidade das famílias.
Fatores como a negação de direitos básicos, como o acesso à saúde, educação, 
assistência social, emprego e renda, podem ser um dos fatores de desmobilização 
e desagregação das famílias, principalmente em regiões agrárias sem perspectivas 
de prosperidade econômica, onde é comum o chefe da casa abandonar a esposa e 
os filhos por, muitas das vezes, constituir novas famílias nos centros urbanos.
Dessa forma, a monoparentalidade feminina supera a masculina, no sentido de 
que a mulher passa a ter a responsabilidade de garantir a condição de sobrevivência 
dos filhos na ausência da referência paterna.
Em muitos casos, as necessidades e não as vontades da família é que vão 
possibilitar escrever a sua trajetória. 
Nessa perspectiva, a família está diretamente ligada à conjuntura social, uma 
vez que depende dos avanços da sociedade e do Estado para dar condições aos 
componentes familiares.
A família, portanto, deve ser mais vivenciada do que idealizada, uma vez que a 
complexidades de suas relações é que as define, e não a imposição exterior de um 
modelo pronto e definido.
Suas especificidades, sua forma única e, ao mesmo tempo, complexa de ser é 
que fazem da família um organismo vivo para a sociedade. 
E a capacidade de evolução das famílias é que impulsiona a sociedade.
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UNIDADE A Família e a Sociedade II
Apesar da vivência cotidiana, a percepção humana de sua existência dentro de 
um núcleo familiar é importante para o seu desenvolvimento sociocultural. 
Por isso a família tem importância fundamental e mesmo que haja crises na sua 
constituição, a família exerce um papel vital na construção de novas formas de 
aprimoramento da coexistência entre os sujeitos sociais.
A vivência do cotidiano é que vai influenciar e definir os rumos das famílias, uma 
vez que o homem é a peça fundamental de suas experiências subjetivas, o que tor-
na o universo das famílias uma das formas mais complexas das relações humanas.
Para tanto, as famílias devem assumir cada vez mais o compromisso de propor-
cionar a educação básica de seus filhos dentro de seu núcleo, não esperando que 
a sociedade se encarregue de moldar os novos cidadãos, uma vez que as primeiras 
regras de cidadania devem surgir dentro do lar.
Também se faz necessário abordar a questão que, em muitas famílias, é vivida e 
que por muitas vezes acaba por fragilizar vínculos: a drogadição.
O uso de drogas lícitas ou ilícitas pode refletir o momento vivido pela desconstrução 
dos laços fraternos e na falta de compreensão entre os componentes das famílias.
Os aspectos do uso de drogas podem es-
tar ligados ao hábito dos pais de fumarem 
ou beberem na frente dos filhos pequenos, 
ou muitas das vezes a ausência do diálogo 
entre os componentes da família tpodem 
acarretar uma grave situação de busca fora 
da família, com amigos que acabarm por 
mostrar o uso de drogas como uma possí-
vel substituição à falta do diálogo familiar.
O uso de drogas acaba por dispersar o relacionamento vital das famílias, 
tensionando as relações e criando fatores de desarmonia dentro delas, gerando 
consequências como separações e até crises com consequência de casos de 
violência familiar.
Os casos de violência contra a mulher são também fatores que levam à separação 
de famílias. 
É importante salientar que mesmo separadas dos ex-companheiros, muitas 
mulheres acabam sofrendo violência doméstica e, mesmo assim, não denunciam 
esses homens.
A Lei Maria da Penha1 torna-se em nosso tempo contemporâneo uma das 
mais importantes garantias de proteção à mulher em relação às situações de 
violência doméstica.
1 Fonte: Lei Maria da Penha. In: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm
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Por fim, é importante salientar que viver em família é fundamental para que o 
homem aprenda a viver em sociedade e que a contemporaneidade faz com que 
muitos tabus e preconceitos acabem por estabelecer novas formasde convivência, 
que podem acarretar o avanço das relações para a convivência e o respeito entre 
os diversos tipos de famílias.
Viver em família, seja qual for a sua configuração, é principalmente participar do 
avanço da vida em sociedade.
Para uma maior compreensão sobre o tema tratado aqui, recomendamos que você assista 
ao vídeo: JUSTV -- A Pluralidade da Família do séc. XXI -- Justiça em Foco.
O vídeo em forma de programa de entrevistas aborda a pluralidade das famílias 
brasileiras do século XXI é o tema dessa edição do Justiça em Foco. Não é difícil perceber 
o redimensionamento que assumiu a família brasileira ao longo das últimas décadas. O 
número de casados diminuiu, o total de divórcios aumentou. Mais de 37% dos lares no 
país são providos pelas mulheres. Os arranjos matrimonias que fogem do tradicional são 
cada vez maiores, como os homossexuais assumidos que dividem o mesmo teto em 60 mil 
domicílios, conforme dados do IBGE. E, afi nal, o que é o poliamorismo e a união poliafetiva? 
E a união homoafetiva, já alcançou ampla legitimidade social?
Os temas foram esclarecidos pelo advogado Salomão Resedá, a psicóloga Selma Evangelista, 
especializada em causas da família, e o professor da Universidade Católica de Salvador, 
doutor em Ciências Sociais na contemporaneidade, Giancarlo Petrini.
O link desse vídeo pode ser encontrado no material complementar para atividades 
de aprofundamento.
Ex
pl
or
Revisão
O termo “família” é uma expressão comum e muito difundida ao longo do 
processo histórico social, se dando tanto no aspecto popular, como nos conceitos 
de estudo científico e acadêmico.
As linhagens e parentescos paternos e maternos formaram as unidades parentais, 
criando-se as parentelas ou amplitude familiar, sendo maiores ou menores os seus 
vínculos de acordo com as tradições, cultura e vivência social.
Durante as transformações históricas, sociais e econômicas, o processo de 
vivência familiar se adaptou aos mais diversos modos e conceitos culturais de 
vivências impostas.
A evolução das famílias em seus aspectos teóricos, dentro das experiências so-
ciais vividas, trazem novos arranjos e ampliam a concepção contemporânea delas.
Dessa forma, novos conceitos, valores e características específicas acabam por 
dar novas identificações às famílias contemporâneas, uma vez que não existe mais 
um modelo único a ser seguido.
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UNIDADE A Família e a Sociedade II
Os diferentes arranjos e tipos de família não se igualam, sendo um organismo 
diferente e com características próprias dentro do cosmo social.
Os núcleos familiares podem ser constituídos pela ligação consanguínea, afetiva, 
ou em convívio em períodos que possibilitem uma subjetividade única e comum 
constituída entre os seus sujeitos.
Atualmente, os modelos da monoparentalidade ainda sonham em obter pelo 
menos perante a sociedade, o ideal da família burguesa, ainda que superficialmente 
exista na sociedade contemporânea.
As mulheres na atualidade travam a batalha para se apropriar por direito de sua 
capacidade reprodutiva, lutando pela igualdade de condições em diversos aspectos 
na sociedade, como o trabalho. 
A vivência do cotidiano é que vai influenciar e definir os rumos das famílias, uma 
vez que o homem é a peça fundamental de suas experiências subjetivas, o que tor-
na o universo das famílias uma das formas mais complexas das relações humanas.
Para tanto, as famílias devem assumir cada vez mais o compromisso de 
proporcionar a educação básica de seus filhos dentro de seu núcleo, não esperando 
que a sociedade se encarregue de moldar os novos cidadãos, uma vez que as 
primeiras regras de cidadania devem surgir dentro do lar.
Também se faz necessário abordar a questão que, em muitas famílias é vivida 
e que, por muitas vezes, acaba por fragilizar vínculos, como casos de drogadição 
na família e violência doméstica. Por isso leis como a Lei Maria da Penha são 
importantes para assegurar a proteção contra mulheres vítimas de violência 
em família.
Por fim, é importante salientar que viver em família é fundamental para que o 
homem aprenda a viver em sociedade e que a contemporaneidade faz com que 
muitos tabus e preconceitos acabem por estabelecer novas formas de convivência, 
que podem acarretar o avanço das relações para a convivência e o respeito entre 
os diversos tipos de famílias.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Recomeçar: família, filhos e desafios
Autora: Nayara Hakime Dutra Oliveira.
Família na contemporaneidade: mudanças e permanências
Autora: Carolina M. B. de Souza
https://goo.gl/o3VFPy
 Vídeos
Retratos de Família (A familia contemporânea em cena: novas identidades sexuais, novos pais)
https://youtu.be/J0xcCszAlqc
Contraponto - Novos Arranjos Familiares
https://youtu.be/AFcbI8Iz0ZI
JUSTV -- A Pluralidade da Família do séc. XXI -- Justiça em Foco
https://youtu.be/p952Ab-i2Nc
 Leitura
Família em situação de vulnerabilidade social: uma questão de políticas públicas
Autoras: Mônica Araújo Gomes e Maria Lúcia Duarte Pereira.
https://goo.gl/zgmISA
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UNIDADE A Família e a Sociedade II
Referências
ARIES, P. História Social da Criança e da Família. 2. ed. Rio de Janeiro: Livros 
Técnicos e Científicos, 2006.
BRASIL. Lei Maria da Penha. In: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_
ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm
BRASL. IBGE. Síntese de Indicadores Sociais 2000. In: http://empreende.
org.br/pdf/Programas%20e%20Políticas%20Sociais/Síntese%20de%20
Indicadores%20Sociais%20-%202000%20IBGE.pdf 
CARVALHO, M. C. B. A Família Contemporânea em Debate. 4. ed. São Paulo: 
Cortez, 2002.
ENGELS, F. A Origem da Família da Propriedade Privada e do Estado. Trad. José 
Silveira Paes. 3 ed. São Paulo: Global, 1984.
Família e trabalho social: intervenções no âmbito do Serviço Social. Florianópolis, 
v. 13, n. 1, 2010. In: http://www.scielo.br/pdf/rk/v13n1/15 
GOMES. M. A.; PEREIRA, M. L. D. Família em situação de vulnerabilidade social: 
uma questão de políticas públicas. In: http://www.scielo.br/pdf/csc/v10n2/
a13v10n2.pdf 
IBDFAM – A trajetória do divórcio no Brasil: A consolidação do Estado 
Democrático de Direito. In: http://ibdfam.jusbrasil.com.br/noticias/2273698/
a-trajetoria-do-divorcio-no-brasil-a-consolidacao-do-estado-democratico-de-
direito 
OLIVEIRA, N. H. D. Recomeçar: família, filhos e desafios [online]. São Paulo: 
Editora UNESP. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009. 236 p. ISBN 978-85-7983-
036-5. Available from SciELO Books. In: http://books.scielo.org/id/965tk/pdf/
oliveira-9788579830365-03.pdf 
SANICOLA, L. As Dinâmicas de Rede e o Trabalho Social. São Paulo: Veras, 
2008.
SARTI, C. A. A Família Como Espelho: Um Estudo Sobre a Moral. 6. ed. , v. 1. 
Campinas: Autores Associados, 2010.
UFPE. Universidade Federal de Pernambuco. Família, gênero e poder no 
Brasil do século XX. In: https://www.ufpe.br/fagesufpe/images/documentos/
Livros_Fages/famlias%20brasileiras%20poderes%20desigualdades%20e%20
solidariedades.pdf 
Referências
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CARVALHO, M. C. B. A Família Contemporânea em Debate. 4. ed. São Paulo: 
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uma questão de políticas públicas. In: http://www.scielo.br/pdf/csc/v10n2/
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Democrático de Direito. In: http://ibdfam.jusbrasil.com.br/noticias/2273698/
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2008.
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Campinas: Autores Associados, 2010.
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Brasil do século XX. In: https://www.ufpe.br/fagesufpe/images/documentos/
Livros_Fages/famlias%20brasileiras%20poderes%20desigualdades%20e%20
solidariedades.pdf 
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