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Atividade_02_Parasisotes_Prescricao Enfermeiro_REMUNE

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE – UERN
CAMPUS CAICÓ
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
Disciplina: Enfermagem e Processos Terapêuticos / 4º Período
Professor: Dulcian Azevedo/Clécio André		 Semestre: 2020.2 (REMOTO)
Monitora: Phaola Medeiros
Aluno: Isla Mayara Lúcio de Araújo
ATIVIDADE AVALIATIVA 02/UNIDADE III (2,0)
A partir da leitura do material a seguir, responda as questões que seguem:
A. Caracterização da prescrição de medicamentos por enfermeiros nos protocolos de Atenção Primária à Saúde =
 https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/enfermagemuerj/article/view/13923/19403 
B. Parasitoses intestinais: uma revisão sobre seus aspectos sociais, epidemiológicos, clínicos e terapêuticos = https://periodicos.ufjf.br/index.php/aps/article/view/14508 
C. RENAME (2020) e REMUNE (Caicó-RN)
QUESTÕES
1. A partir da experiência com a “simulação” de prescrição pelo enfermeiro, na atividade da aula anterior (02 casos clínicos para tratamento de infecções bacterianas), leia o artigo “A”, e SE POSICIONE PESSOALMENTE acerca desta prática pelo enfermeiro. O texto deverá conter: dificuldades, facilidades, potencialidades para o sistema de saúde (SUS), ganhos ou perdas para a profissão... entre outros, que ache pertinente. 
2. A partir da leitura do artigo “B”, IDENTIFIQUE QUAIS FÁRMACOS mencionados para tratamento das parasitoses estão presentes:
2.1 Na RENAME (2020), se Componente Básico, Estratégico ou Especial:
2.1 Na REMUNE (Caicó)
3. A partir da Leitura da REMUNE (Caicó)...
3.1 Identifique TODOS OS ANTIPARASITÁRIOS (para parasitoses Internas ou Externas), mencionados nesta lista municipal, inclusive aqueles da questão 2.1.
3.2 Escolha 01 antiparasitário da REMUNE (exceto metronidazol, já trabalhado em sala) e apresente: seu mecanismo de ação, posologia e eventos adversos (Consultem o Bulário Eletrônico da ANVISA – “Bula do Profissional”)
RESPOSTAS
Questão 1:
De início, é válido ressaltar a importância para o SUS da prática de prescrição de medicamentos por enfermeiros principalmente na Atenção Primária, uma vez que esse sistema atualmente possui uma demanda muito grande, visto que após reformulação do sistema de saúde com a criação do SUS nos anos 80, houve uma grande expansão da cobertura populacional promovida pelo Programa de Saúde da Família (PSF) criado em 1994, que nos anos 2000 transformou-se em estratégia nacional de organização desse nível de atenção, onde houve também a extensão do atendimento às comunidades rurais; maior racionalidade custo-benefício na gestão dos sistemas de saúde, etc. Por isso, esta prática ficando restrita ao pessoal médico, é maléfica para a boa manutenção desse sistema, ou de qualquer outro em qualquer país, uma vez que vai sobrecarregar o pessoal médico e tornar mais difícil o atendimento amplo e de qualidade para toda a população. Quando o enfermeiro, profissional que possui sim o aporte teórico necessário para essa prática uma vez que adquiriu durante sua graduação conhecimentos teóricos e práticos sobre anatomia, fisiologia, epidemiologia, farmacologia, saúde no geral, etc., tem autonomia para prescrever medicamentos o sistema pode fluir melhor, a exemplo disso, estão os países em que o enfermeiro é prescritor independente e é confirmado que neles há maior flexibilidade para o diagnóstico e prescrição, o que facilita a manutenção da saúde em tais países, como no Reino Unido, por exemplo, onde os enfermeiros prescritores independentes prescrevem qualquer medicamento, incluindo os controlados. Entretanto, apesar de o Brasil necessitar dessa prática e regulamentar a mesma por lei, como está na lei do exercício profissional da enfermagem (Lei 7.498/86), ainda existem muitas falhas no país que não fazem com que o enfermeiro se sinta confiante o suficiente para realizar essa prática e que propiciam a falta de confiança e conhecimento por parte da população sobre a mesma. Como, por exemplo, o fato de que não se observa, atualmente, a existência de pré-requisitos à prática prescricional dos enfermeiros, sendo essa permitida àqueles que tenham concluído a graduação em enfermagem. É importante que haja pelo menos algum tipo de capacitação, nem que seja de curta duração, visto que isso vai dar mais confiança ao próprio profissional e à comunidade por ele atendida, pois mesmo que o profissional enfermeiro tenha conhecimentos adquiridos na graduação, a prática de prescrição pelo enfermeiro ainda ainda não é vista com bons olhos no país em decorrência de inúmeros fatores, principalmente da autonomia imposta pelo pessoal médico nessa prática, sendo a capacitação uma boa alternativa na hora de justificar que a prática pelo enfermeiro também é segura. Além desse, muitos outros fatores podem ser colocados, como os subtipos de autonomia encontrados nos protocolos que revelam o menor ou maior grau de dependência do médico e, consequentemente, de autonomia do enfermeiro, que demonstram o quanto a autonomia do enfermeiro ainda é limitada nesse quesito; entre tantos outros que não caberiam ser listados aqui. Desta forma, pode-se concluir, que a prática de prescrição de medicamentos por parte do profissional enfermeiro, é de grande utilidade e necessidade no Brasil, principalmente no que tange ao SUS, mas que, infelizmente, ainda não é uma questão tão discutida e tão posta em prática no país em decorrência de inúmeros fatores, alguns elencados acima, o que demonstra a necessidade de se pesquisar mais e lutar mais por essa causa.
Questão 2:
2.1. RENAME 2020:
Medicamentos do artigo presentes no Componente Básico (O Componente Básico da Assistência Farmacêutica (Cbaf) é constituído por uma relação de medicamentos (Anexo I) e uma de insumos farmacêuticos (Anexo IV) voltados aos principais problemas de saúde e programas da Atenção Primária):
1- Albendazol: 40 mg/ml em suspensão oral; 24 mg a 48 mg de derivados de ácido cafeoilquínico expressos em ácido clorogênico (dose diária) em capsula; 24 mg a 48 mg de derivados de ácido cafeoilquínico expressos em ácido clorogênico (dose diária) em comprimido.
2- Ivermectina: 6 mg em comprimido.
3- Metronidazol: 100 mg/g (10%) em gel vaginal; 250 mg em comprimido; 400 mg em comprimido.
Medicamentos do artigo presentes no Componente Estratégico (O Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica (Cesaf) destina-se à garantia do acesso a medicamentos (Anexo II) e insumos (Anexo IV) para controle de doenças e agravos específicos com potencial impacto endêmico, muitas vezes relacionadas a situações de vulnerabilidade social e pobreza.):
1- Albendazol 400 mg em comprimido mastigável.
2- Praziquantel 600 mg em comprimido.
Medicamentos do artigo presentes no Componente Especializado (O Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Ceaf) é uma das estratégias de acesso aos medicamentos no âmbito do SUS que busca garantir a integralidade do tratamento medicamentoso, em nível ambulatorial, para algumas situações clínicas, principalmente, agravos crônicos, com custos de tratamento mais elevados ou de maior complexidade.):
1- Nenhum medicamento do artigo está presente no Componente Especializado.
2.2. REMUNE de Caicó:
1- Ivermectina 6 mg em comprimido.
2- Albendazol 400 mg em comprimido mastigável; 400 mg/g em suspensão oral.
3- Secnidazol 100 mg em comprimido.
4- Metronidazol 250 mg em comprimido; 400 mg em comprimido; 40 mg/ml em suspensão oral; 100 mg/g em gel vaginal.
Questão 3:
3.1.: Ivermectina, Albendazol, Secnidazol, Metronidazol.
3.2.: O fármaco de escolha foi o Secnidazol, o qual é um derivado sintético da série dos nitro-imidazóis, dotado de atividade parasiticida, que tem as concentrações plasmáticas máximas alcançadas na 3ª hora após a administração em dose única de 2 g, na forma de 4 comprimidos de 500 mg, ou de 2 comprimidos de 1000 mg. Sua meia vida plasmática é em torno de 25 horas e sua eliminação, essencialmente urinária, é lenta (cerca de 50% da dose administrada é excretada em 120 horas). Além disso, é importante destacar que o secnidazol atravessa a barreira placentária e é excretadono leite materno. Em relação a posologia e modo de usar, o secnidazol deve ser administrado com líquido, por via oral, em uma das refeições, preferencialmente à noite, após o jantar e as indicações posológicas e adultos são: em quadro de Tricomoníase, dose única de 2 comprimidos de 1000 mg (2000 mg), a mesma dose é recomendada para o cônjuge; em quadro de Amebíase intestinal e giardíase, 2 comprimidos de 1000 mg (2000 mg), em dose única; em quadro de Amebíase hepática, 1,5 g/dia a 2,0 g/dia durante 5 a 7 dias. Já em relação aos efeitos adversos, pode-se colocar distúrbios do sangue e do sistema linfático, como leucopenia moderada, reversível com a suspensão do tratamento; distúrbios do sistema imunológico, como reações de hipersensibilidade (febre, eritema, urticária, angioedema e reação anafilática); distúrbios do sistema nervoso, como vertigem, parestesia, fenômenos de incoordenação e ataxia, polineurites sensitivo-motoras, neuropatia periferal sensomotoras; distúrbios gastrointestinal, como náusea, gastralgia, dor abdominal superior, alteração do paladar (gosto metálico), glossites e estomatites; e distúrbios dos tecidos cutâneos e subcutâneos, como erupções cutâneas.

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