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DOENÇAS CAUSADAS POR PROTOZOÁRIOS EM PACIENTES IMUNOCOMPROMETIDOS e DOENÇA POR TREMATÓDEOS INTESTINAIS EXÓTICOS E DE IMPORTAÇÃO

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DOENÇAS CAUSADAS POR PROTOZOÁRIOS EM PACIENTES IMUNOCOMPROMETIDOS
· Imunodeficiências: São pessoas que têm o seu sistema imunológico comprometido, pela presença de AIDS ou doenças autoimunes. A granulocitopenia, caracterizada pela diminuição do número de neutrófilos, relaciona-se com infecções bacterianas.
· Alterações do tegumento, como lesões cutâneas, mucosite e colite também são enquadradas em imunodeficiências; causadas por inúmeros agentes infecciosos, infecções bacterianas e fúngicas principalmente.
· Alterações da imunidade adaptativa celular (relacionada com a atividade dos linfócitos) apresentam um número grande de alterações e correlacionam-se com infecções por vírus, bactérias, fungos e protozoários. Os linfócitos são as primeiras células que vão ter ação realizando fagocitose. 
IMUNODEFICIÊNCIAS E PROTOZOÁRIOS:
· Alguns desses agentes podem causar infecção, principalmente pela reativação de uma infecção latente. A imunodeficiência promove o aparecimento de sintomas em infecções normalmente assintomáticas, podendo também se apresentar com maior gravidade que a infecção primária.
· Tem sintomas que normalmente não aparecem em indivíduos normais que tem o sistema imune íntegro
· Os principais protozoários relacionados com a imunodeficiência, principalmente por HIV e transplantes de órgãos são: Toxoplasma gondii, Isospora belli, Cryptosporidium spp, Mycrosporidium, Leismania spp, Trypanosoma spp, entre outros.
· A desnutrição também se relaciona com o aumento da infecção por protozoários pois leva à disfunção imune celular (mexe com os glóbulos brancos), gerando o despertar de infecções latentes e facilitando o aparecimento de sintomas e sinais de infecção recém-adquiridas.
LEISHMANIOSE
· Em indivíduos infectados por HIV, o calazar (visceral) costuma surgir com níveis de linfócitos CD4+ abaixo de 200 células/mm3 Muito baixa). 
· A tríade clássica → febre, hepatoesplenomegalia, pancitopenia (diminuição de todas as células do sangue), se manifesta em 75% dos casos. O acometimento do trato gastrointestinal é frequente, podendo ocorrer diarréia, desconforto retal, disfagia e epigastralgia. A presença de formas amastigotas do parasita no trato gastrointestinal em 3,2% dos casos, faz com que a leishmaniose passe a ser considerada como um dos diferenciais de diarreia crônica em aidéticos. Sendo assim, a leishmaniose visceral tem características que podem levar a esse diagnóstico em pessoas imunocomprometidas
· A chance de cura diminui nesse grupo de pacientes, principalmente pelo fato de a resposta clínica depender da destruição do parasito pelas células imunes (se não tenho a destruição, não tenho a cura). A chance de recidiva tardia também é maior (não consegue zerar a doença). Nos pacientes com leishmaniose visceral, exames sorológicos podem ser falso-positivo, incluindo o teste imunoenzimático para HIV. Repetir exame.
TRIPANOSSOMÍASE
· Pode apresentar seu curso alterado em pacientes com imunossupressão e, principalmente, ocorrer reativação em pacientes que evoluem por imunossupressão, seja por HIV ou por medicações, em casos de transplante de órgãos.
· Nos pacientes com AIDS ocorre o desenvolvimento predominante de sintomas cerebrais na reativação da doença de Chagas, podendo ser focais (hemiplegia ou hemiparesia, alterações visuais e sensitivas) ou difusos (encefalopatia,confusão mental e coma). As manifestações cerebrais são bem características e ocorrem em mais de ¾ dos pacientes, geralmente configurando uma síndrome clínica de meningoencefalite herpética.
· Ocorre acometimento do coração na reativação da infecção em pacientes com HIV, no líquor aparecem formas tripomastigotas (protozoário que apresenta flagelo) fechando o diagnóstico (alta mortalidade).
· Pode ocorrer reativação em pacientes transplantados.
TOXOPLASMOSE 
→ Praticamente TODO o indivíduo aidetico tem toxoplasmose, que por essa imunossupressão gera uma manifestação muito evidente. É a mais evidente em AIDS.
· Toxoplasma gondii apresenta uma relação bastante estreita com o sistema imune. Com o advento da AIDS, tornou-se comum o diagnóstico de neurotoxoplasmose, instalada como infecção oportunista (75 e 90% na América Latina/ Europa). A encefalite pode ser abrupta com um quadro clínico grave: confusão mental, torpor, convulsões, delírio, etc.
· Depois da encefalite, a manifestação mais comum é a pneumonia.
· Crianças com toxoplasmose congênita, filhas de mães aidéticas, podem também ter adquirido o vírus; a toxoplasmose, nesses casos, costuma apresentar evolução mais grave. As gestantes com AIDS têm maior propensão de apresentar toxoplasmose do SNC.
GIARDÍASE E TRICOMONÍASE
· Giardíase está relacionada com aidéticos do sexo masculino que tenham relações sexuais com sintomas, devido à transmissão fecal/oral deste protozoário. Os sintomas tendem a ser mais prolongados nesses pacientes e nos que usam corticóides (transplantados).
· Com relação à tricomoníase, a prevalência dessa infecção em pacientes com HIV é superior em comparação aos não aidéticos. Existe uma alteração imune local, seja vaginal ou uretral, o que pode facilitar a manutenção do Trichomonas vaginalis no ser humano.
BLASTOCISTOSE E AMEBÍASE
· Blastocystis hominis provoca grandes distúrbios gastrintestinais em pacientes aidéticos. Foi descrito inicialmente em pacientes com o vírus HIV. O tratamento promove melhora completa da sintomatologia.
· Em relação às amebas, em pacientes transplantados usando corticóides, a prevalência é superior quando comparada aos que não se enquadram nesta situação. 
· Apresentam maior gravidade dos quadros de colite (colite aguda necrosante e óbito).
CRIPTOSPORIDIOSE
· A pandemia de AIDS propiciou um aumento drástico das infecções por Cryptosporidium spp, Cyclospora cayetanensis, Isospora belli e microsporídeos.
· A criptosporidiose é considerada uma das infecções definidoras de AIDS. Pacientes com deficiência imune adaptativa humoral ou celular podem ser acometidos desta infecção. Em pacientes imunocomprometidos a diarreia tem uma durabilidade muito acentuada e grande intensidade. Pode ocorrer comprometimento das vias biliares.
ISOSPORÍASE E CICLOSPORÍASE
· A Isospora belli torna-se patogênica em indivíduos com HIV. Apresentam uma diarréia crônica e grave, com até 10 evacuações diárias, desnutrição, etc.
· Na ciclosporíase, C. cayetanensis, a transmissão ocorre por alimentos contaminados e água. Nos pacientes com AIDS e outros imunodeprimidos, a ciclosporíase gera diarréia mais prolongada, superior a 30 dias, podendo ser recorrente.
MICROSPORIDIOSE
· O filo Microsporidia compreende diversas espécies de parasitos humanos. As síndromes clínicas variam desde ceratites, encefalites, colangites e quadros gastrointestinais (diarréias). 
· Em pacientes imunocomprometidos, podem causar doença disseminada, representada por hepatite, icterícia, renal, respiratória e genital. São frequentemente transmitidos pelo contato com água contaminada, e diversos animais.
· Nos pacientes com AIDS e diarréia com causa infecciosa identificada, os microsporídios são responsáveis por até metade dos casos. Os principais protozoários deste filo são: Enterocytozoon bieneusi e Encephalitozoon intestinalis.
TREMATÓDEOS e CESTÓDEOS 
· Trematódeos: é a esquistossomose, que precisa de um hospedeiro intermediário e o hospedeiro definitivo libera ovos 
· Cestódeos são as tênias 
· Em relação aos cestódeos a alteração da resposta imune celular ou adaptativa, que ocorre nos pacientes com HIV e nos transplantados mantidos com imunossupressão importante, está sujeita a uma prevalência maior de teníase, e nos casos com himenolepíase ou equinococose (hidatidose) e neurocisticercose as repercussões clínicas podem ser mais graves.
DOENÇA POR TREMATÓDEOS INTESTINAIS EXÓTICOS E DE IMPORTAÇÃO (4):
Se sao intestinais, seus vermes adultos estarao presentes no intestino delgado
FASCIOLEPÍASE
· Fasciolopsíase é a infecção causada pelo trematódeo intestinal Fasciolopsis buski, adquirido na ingestão de plantas aquáticas (algas, principalmente na comida japonesa).· No semestre anterior estudamos sobre a Esquistossomose causada por um Trematoda.
Localização:
· A Fasciolopsíase é uma doença endêmica na China, Índia , Malásia, Taiwan e Sudeste Asiático, especialmente em áreas onde os porcos são criados e alimentados com plantas de água doce. Os porcos são hospedeiros definitivos. 
Classificação do AE:
· Parasita eurixeno - não é exclusivo de uma espécie (homem e porco)
· Baixa especificidade parasitária
· Heteroxeno - tem mais de um hospedeiro (HD - homem e porco/ HI - caramujo)
· Baixo potencial biótico
· Endoparasita
Transmissão:
· A infecção humana é adquirida pela ingestão de plantas aquáticas (p. ex.,castanha-d’água), contaminadas por metacercárias infecciosas (fase encistada da cercária).
Sintomas:
· A maioria das infecções são leves e assintomáticas, mas infecções graves podem provocar anemia, ascite, diarréia,febre, dor no estômago , síndrome de má absorção intestinal.
Diagnóstico:
· O diagnóstico da fasciolopsíase é feito pela descoberta de ovos ou, mais raramente, de vermes adultos nas fezes. Os ovos são indiferenciáveis dos ovos de Fasciola hepática.
Profilaxia:
· Limpar bem plantas aquáticas .
· Saneamento básico.
Tratamento:
· O tratamento da fasciolopsíase é feito com Praziquantel ou Mebendazol.
GASTRODISCOIDÍASE
· Doença exótica e de importação , que não é comum no nosso país, por isso é sempre importante perguntar se viajou. 
· É uma infecção geralmente assintomática que afeta o intestino delgado.
· Causada por um trematódeo, denominado: Gastrodiscoides hominis
· É geralmente encontrada em animais → porcos (HD → homem e porco). O homem não é primordial para essa doença, logo dá para acontecer essa doença sem o homem, pois o porco também será um reservatório
· Quando encontrado em seres humanos → acarretam sérios problemas de saúde
· Prevalente na Índia e no Sudeste Asiático.
· Contaminação pela ingestão de peixes crus ou vegetais que tenham metacercária
Agente etiológico: 
· O Gastrodiscoides hominis; é um parasita de cor avermelhada com um sugador ventral localizado na extremidade posterior.
· A região anterior é estreita e termina com uma ponta arredondada.
Características do Agente Etiológico:
· Endoparasita
· Heteroxeno – baixo potencial biótico (Além do homem e do porco tem um molusco que participa do ciclo)
· Eurixeno – baixa especificidade parasitária (homem e porco)
Patologia/ sintomatologia: 
· Geralmente é assintomática. Ocasionalmente pode causar problemas intestinais como diarreia, febre (inflamação da mucosa intestinal), dor abdominal, cólica e aumento da produção de muco.
· Em casos graves com quantidades grandes de ovos pode resultar em reações teciduais no coração ou nos linfáticos mesentéricos. Se negligenciada pode levar à morte.
Mecanismo de transmissão: 
· Através de vegetais e água contaminados pelo ovo do parasita (metacercariae)ou por consumo de peixes contaminados crus. 
· O Gastrodiscoides hominis é eliminado através das fezes, contendo ovo, onde pode entrar em contato direto com o suprimento de água ou vegetação ou é usado como "solo noturno" (adubo com fezes humanas). Se eue adubar com as fezes de um indivíduo contaminado vai facilitar a transmissão
· Ele também pode ser transmitido através da ingestão de peixes infectados com o parasita, que não foram cozidos adequadamente.
· Os seres humanos são considerados um hospedeiro acidental porque o parasita pode sobreviver sem a existência do homem.
· No entanto, o hospedeiro intermediário caracol é necessário no desenvolvimento do parasita. Sem o caracol não tem cercaria, sem a cercária não tem a metacercária, assim, não tem a contaminação
Ciclo de vida: 
1) Os ovos de G. Hominis são passados ​​em fezes não contaminadas geralmente para algum tipo de fonte de água onde são ingeridos pelo hospedeiro intermediário do caramujo. Os ovos eclodem e liberam miracídio que se desenvolve a partir daí no estágio do esporocisto, seguido por uma ou mais gerações de redia. Finalmente, as rédeas se transformam no estágio cercarial . Todo esse processo ocorre em menos de 20 dias normalmente.
2) As cercárias buscam e penetram um segundo hospedeiro intermediário, um peixe, onde elas se encapsulam como metacercárias. Essas metacercárias podem se ligar à vegetação (onde o "solo noturno" é usado) ou permanecer nos peixes.
3) Este hospedeiro intermediário pode ou não existir (peixe).
4) O hospedeiro final (homem/porco) ingere a metacercária (aproximadamente 30 a 150 dias depois de se alojar no caracol), seja pelo peixe infectado ou pela vegetação contaminada. O parasita viaja através do trato gastrointestinal para o duodeno, em seguida, continua pelo intestino, onde se auto infesta. Move-se para o ceco e cólon ascendente, onde se liga e coloca centenas de ovos. Finalmente os ovos são passados ​​pelas fezes, e o ciclo continua.
Homem e porco elimina ovos que se transforma em uma larva miracídio que é ingerida pelo Hi (caracol) depois elimina e essa larva vai se encistar em peixes e vegetais. 
Relato de caso: 
· Idade: 20 anos.
· Local: Bihar, na Índia
· Edema há 2 meses acompanhado de um leve desconforto abdominal, com náuseas há 1 semana.
· Nega outros sintomas sistêmicos.
· Consumo de dieta predominantemente vegetariana, que inclui peixes duas vezes ao mês, sem histórico de ingestão de plantas aquáticas → o que chama a atenção são os peixes
· a coloração escurecida da pele também pode ser uma característica dessa doença
Exames complementares: 
· Análise laboratorial: Anemia microcítica, proteinemia.
· Ultrassonografia: revelou um quadro de ascite leve.
· Doppler de MMII: edema difuso de tecidos moles.
· Endoscopia digestiva alta revelou múltiplos vermes móveis variando de 1 a 5 cm de comprimento e 0,5-2cm de largura.
· Colonoscopia: infestação no íleo terminal e no cólon direito.
Importante:
· Gastrodiscoides hominis e Fasciolopsis buski utilizam a mesma espécie de molusco como hospedeiro intermediário. 
· Em Baireilly, na Índia, 27% de um total de 233 abatedouros foram infectados com Gastrodiscoides hominis e em 50% destes casos era concomitante com Fasciolopsis buski
· Prevalências de 41% por Gastrodiscoides hominis e de 59,7% por Fasciolopsis buski na mesma população, segundo um levantamento obtido em humanos.
· Falta de saneamento básico. 
Diagnóstico:
· Identificação do parasita, possui formação rombóide.
· O diagnóstico é feito através do exame das fezes e detecção de ovos de G. Hominis. Somente após várias reproduções do parasita, os níveis mais elevados podem ser detectados, pois o paciente começa a apresentar os sintomas mencionados anteriormente. 
Profilaxia: 
· A prevenção desta doença não é difícil quando medidas sanitárias simples são tomadas. "Night Soil“ (solo noturno) nunca deve ser usado como fertilizante porque pode conter ovos de parasitas. 
· Além disso, todos os alimentos devem ser lavados com água filtrada e devem ser observadas técnicas adequadas para descarte de resíduos fecais.
Tratamento:
· O fármaco de primeira escolha - o prazinquantel, que é menos tóxico e elimina a maior parte do parasita com 3 doses (25 mg / kg) num dia. 
EQUINOSTOMÍASE: 
· Doença causada por um Trematódeo do gênero Echinostoma. 
· Infecta uma grande variedade de aves e mamíferos (eurixeno). 
· Em humanos pode acarretar uma zoonose conhecida como equinostomíase, endêmica da região asiática.
· Existem, no mundo, aproximadamente 16 espécies de Echinostomatídeos .
· Agente etiológico: Echinostoma spp.
· Ciclo heteroxênico (baixo P.B.) 
· Eurixeno (baixa E.P.) 
· Hospedeiros Definitivos: aves, humanos, cães, peixes, anfíbios (rãs de água doce).
· Caramujos (hospedeiros intermediários)
Mecanismo de transmissão: 
· Ingestão de peixes, crustáceos, moluscos e/ou rãs contendo as formas infectantes do parasita, denominadas metacercárias. 
Ciclo de vida:
· Os ovos não embrionados liberados nas fezes entram em contato com a água. Numa média de dez dias, o ovo libera um miracídio que nada e penetra o caramujo (primeiro hospedeiro intermediário). 
· Geralmente no local da penetração,o miracídio se transforma em esporocisto, que migra para a cavidade cardíaca ou aorta, para se desenvolver. 
· Depois de uma semana o esporocisto produz a primeira geração de rédia. Esta irá produzir novas gerações de rédia. Mas da segunda geração em diante observa-se tanto produção de rédia como cercária. 
· Após migrarem para várias partes do corpo do hospedeiro, as cercárias aumentam de tamanho e são liberadas na água. O encistamento das cercárias ocorre na superfície ou dentro do segundo hospedeiro intermediário (caramujo ou outro invertebrado, alguns anfíbios e peixes).
· A cercária encistada, agora conhecida como metacercária, é ingerida pelo hospedeiro definitivo (neste caso o ser humano) quando este consome um hospedeiro intermediário contaminado. Uma vez dentro do organismo, a metacercária se desenvolve dando origem a adultos localizados em lugares específicos no tubo digestivo do hospedeiro. 
Ciclo evolutivo:
· Metacercárias → ovos → miracídio → cercárias → metacercárias 
· Ovo 🡪 miracídio 🡪 esporocisto 🡪 rédia 🡪 cercaria 🡪 metacercária 🡪 adulto 
Patogenia: 
· O parasita apresenta um colar de espinhos nas ventosas que provocam lesões intestinais e os sintomas, são decorrentes dessa agressão. (inflamação na mucosa intestinal).
Sintomatologia (ligados à carga parasitária):
· Infecções leves: anemia, dor de cabeça, vertigem, dor gástrica, fezes amolecidas e eosinofilia.
· Infecções maciças: dor abdominal, diarreia aquosa profusa, anemia, edema e anorexia
Diagnóstico: 
· Presença, geralmente em grande quantidade, de ovos não embrionados nas fezes. Eles têm um opérculo imperceptível e a extremidade opercular é muitas vezes espessada. Os ovos maiores são muito semelhantes aos de Fasciola e Fasciolopsis.
Epidemiologia: 
· Dados de morbidade e mortalidade por equinostomíase são difíceis de serem obtidos.
· Pobreza, desnutrição, condições sanitárias precárias e falta de fiscalização entre outros, são fatores que contribuem para sua ocorrência.
Prevenção:
· Alteração socioeconômica, condições sanitárias e mudanças alimentares (evitar alimentos crus).
Tratamento: 
· A equinostomíase pode ser tratada com o anti helmíntico Praziquantel e Mebendazol.
No Brasil: 
· Um registro de infecção humana foi relatado em uma revisão feita por Fried & Graczyk (2000), mas descrita como infecção isolada provavelmente adquirida fora do continente. 
· No norte de Minas Gerais, os exames das fezes de uma múmia que viveu entre 600 e 1.200 anos atrás, mostraram a presença de ovos do verme Echinostoma sp. É a primeira vez que esses helmintos são encontrados em coprólitos (fezes fossilizadas). É também o primeiro registro de infecção por vermes do gênero Echinostoma em humanos na América do Sul.
HETEROFÍASE
· É um termo utilizado para agrupar todas as trematodioses causadas por várias espécies de helmintos da família Heterophyidae.
· Parasitas intestinais de mamíferos e aves, com cerca de 35 espécies zoonóticas.
· As espécies que se destacam: Heterophyes heterophyes e Metagonimus yokogawai 
· Endêmico no Extremo Oriente, no Sudeste Asiático e no Egito.
Características do agente etiológico:
· Heterophyes heterophyes e Metagonimus yokogawai
· Ciclo heteroxênico e eurixeno: participam do ciclo: caramujos aquáticos, peixes, humanos
Mecanismo de transmissão: ingestão de metacercárias presentes na musculatura de peixes de água doce contaminados, mal cozidos ou crus
Patogenia:
· Ovos: comprometimento de órgãos vitais como coração, cérebro e coluna vertebral pela invasão do sistema circulatório
· Adulto: atrofia das vilosidades, hiperplasia de criptas e reação inflamatória no intestino delgado
Sintomas:
· Dor epigástrica
· Diarreia
· Anorexia
· Cólicas abdominais
· Má absorção de nutrientes
· Perda de peso significativa 
Transmissão: 
· A infecção é adquirida pela ingestão de peixe cru ou mal cozido contendo metacercárias (fase encistada). 
· Após a ingestão, as metacercárias são liberadas e aderem-se à mucosa do intestino delgado. 
· Tornam-se adultos no intestino, crescendo até cerca de 1 a 1,7 mm por 0,3 a 0,4 mm.
Patogenia: 
· Não totalmente compreendida. 
· Observa-se que algumas espécies podem causar doença fatal em seres humanos, pelo comprometimento de órgãos vitais (coração/ cérebro), decorrente da invasão do sistema circulatório por ovos. 
· Os estágios adultos localizam-se na mucosa do intestino delgado, onde causam atrofia de vilosidades, hiperplasia de criptas, com graus variáveis de reação inflamatória.
Ciclo de vida:
1. No hospedeiro, o verme adulto liberta os ovos embrionados; cada ovo contém um miracídio totalmente desenvolvido. Os ovos são passados nas fezes do hospedeiro.
2. Caracol ingere os ovos (hospedeiro intermediário) os quais eclodem e liberam miracídios e penetram o seu intestino. Miracídios desenvolvem-se em esporocistos, então rédeas e, em seguida, cercárias. Muitas cercárias são produzidas a partir de cada rédea.
3. Cercárias são liberadas a partir do caracol.
4. As cercárias encistam como metacercárias em tecidos de peixes de água doce ou salgada (segundo hospedeiro intermediário).
5. O hospedeiro definitivo é infectado pela ingestão de carne crua, mal cozida ou peixe salgado contendo metacercárias.
6. Após a ingestão, as metacercárias são liberadas e aderem-se à mucosa do intestino delgado.
7. Lá, eles se transformam em adultos.
8. Além de seres humanos, vários mamíferos que se alimentam de peixes (p. ex., gatos, cães) e aves podem ser infectadas por Heterophyes heterophyes.
Epidemiologia:
· No Brasil só foram registradas ocorrências de heterofíase humana causada pela espécie Ascocotyle (Phagicola) nos municípios paulistas de Registro e Cananéia. Foram confirmados 10 casos positivos entre 102 pacientes suspeitos que haviam ingerido tainha crua. 
· A similaridade dos ovos entre os trematódeos zoonóticos existentes, a ausência de sintomatologia característica, prejudicam o correto diagnóstico desta parasitose, tornando sua prevalência subestimada no Brasil.
Diagnóstico
· Descoberta de ovos nas fezes;
· Os ovos de H. heterophyes são indistinguíveis aos de M. yokogawai e semelhantes aos de Clonorchis e Opisthorchis
Tratamento
· Praziquantel, 25 mg/kg, VO, 3 vezes/dia, durante 1 dia. 
	 DOENÇA
TREMATÓDEOS EXÓTICOS E IMPORTAÇÃO (INTESTINAIS)
	A.E
	TRANSMISSÃO
	PATOGENIA
	SINTOMAS 
	DIAGNÓSTICO
	
Fasciolíase
	Fasciolopsis buski
	A infecção humana é pela ingestão de PLANTAS DA ÁGUA contaminadas por metacercária
	Adesão na parede do intestino 🡪 lesões intestinais 
	Infecções são leves e assintomáticas, mas as graves podem apresentar: 
Ascite, anemia, diarreia e febre
	Descoberta de ovos ou, raramente, de verme adultos nas fezes
	
Gastrodiscoídiase
	Gastrodiscoi-des hominis
	VEGETAIS E ÁGUA contaminados pelos ovos, ou peixe contaminados pelo ovo do parasita
	Movimento do parasita no TGI e causa LESÕES 
	Geralmente, assintomática mas podem causar:
Diarreia, febre e em casos graves reações teciduais no coração e linfáticos mesentéricos, pode levar a morte 
	Identificação dos ovos do parasita, possui: formação rombóide
	Equinostomíase
	Echinostoma spp.
	Ingestão de peixes, crustáceos, moluscos e/ou RÃS contendo metacercária
	Parasita apresenta COLAR DE ESPINHOS nas ventosas que provocam LESÕES intestinais 
	Leves: 
Anemia, dor de cabeça, vertigem
Maciça:
Dor no abdominal, diarreia aguda e profusa e edema
	Presença de ovos não embrionados nas fezes
	Heterofíase
	Heterophyes heterophyes
Metagonimus yokogawai
	Ingestão de metacercária presente na musculatura do peixe de água doce
	Ovos: comprometimento de órgãos vitais (coração, cérebro, coluna vertebral)
Adulto: 
Atrofia das vilosidades e hiperplasia de criptas 
	Dor epigástrica, diarreia, anorexia, cólicas abdominais, má absorção de nutrientes, perda de peso
	Descoberta de ovos nas fezes
OBS: Todas essas doenças é através da ingestão de metacercárias 
OBS: todos são intestinais, além do mais a equinostomíase pode ser tanto intestinais quanto pode atingir coração, cérebro. 
As semelhanças entre os parasitascausadores de doenças exóticas e de importação são:
· ingestão de metacercárias do parasita
· todas tem patogenia intestinal, causando lesões no trato gastrointestinal e sintomatologia como diarreia, febre, anemia e dor abdominal, por exemplo
· apresentam ciclo de vida e característica do agente etiológico igual, ou seja, todas têm ciclo heteroxênico, baixo potencial biótico, sendo o parasita eurixeno, tendo baixa especificidade parasitária e sendo endoparasita
· o tratamento de todas essas doenças é feito através do medicamento Praziquantel
A diferença está em relação ao tipo de agente etiológico e da quantidade de hospedeiros para cada doença é diferente, por exemplo, na gastrodiscoidiase e fasciolopsíase que tem como hospedeiro definitivo o porco e o homem, já na equinostomíase o hospedeiro definitivo pode ser aves, humanos, cães, peixes , anfíbios (rãs de água doce) e, por último, na heterofíase o hospedeiro definitivo são os humanos 
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