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BIANCA DE FREITAS FRANCA EXPERIÊNCIA Nº 03 – LEIS DE KIRCHHOFF Relatório de aula prática apresentado à disciplina de Eletricidade Aplicada, do Curso de Engenharia Civil da Universidade Federal do Espírito Santo, como requisito parcial para avaliação. VITÓRIA 2021 2 1. OBJETIVO ● Verificar experimentalmente a Lei de Kirchhoff das Correntes; ● Verificar experimentalmente a Lei de Kirchhoff das Tensões. 2. INTRODUÇÃO Para a realização do experimento torna-se necessária uma breve explicação sobre duas leis básicas, conhecidas como “Leis de Kirchhoff”, que tratam das leis da conservação da carga e da energia existentes no circuito, elaboradas pelo físico alemão Gustav Robert Kirchhoff. As Leis de Kirchhoff dividem-se em: ● Lei de Kirchhoff das Correntes Diz respeito às correntes do circuito e é baseada no Princípio da Conservação da Carga Elétrica. “O somatório algébrico das correntes em qualquer nó de um circuito é nulo.” Neste somatório, adota-se que as correntes que chegam ao nó são positivas e as correntes que saem do nó são negativas. 3 ● Lei de Kirchhoff das Tensões Trata-se das tensões do circuito e é baseada no Princípio da Conservação da Energia. “O somatório algébrico das tensões em qualquer malha de um circuito é nulo.” Quando se trata do somatório das tensões, as quedas de potencial elétrico no percurso da malha são positivas e as elevações de potencial elétrico no percurso da malha são negativas. 3. PROCEDIMENTO A. MATERIAIS UTILIZADOS Ao longo do experimento foi utilizado os seguintes instrumentos: ● Duas fontes de tensão variável; ● um multímetro digital; ● um protoboard; ● Resistores de tolerância igual a 1% e potência igual a 0,5 W com os seguintes valores de resistência: 180 Ω, 280 Ω e 560 Ω; B. EXPERIMENTO Iniciou-se o procedimento com a montagem de um circuito previamente determinado. No circuito havia três resistores, sendo dois em paralelo (R1 e R2) e um em série (R3) a cada um dos dois. Os valores dos resistores eram de 280Ω, 560Ω e 180Ω respectivamente. 4 Uma vez montado o circuito no protoboard, ele foi ligado a duas fontes de tensão sendo V1: 10V e V2: 10V, para que assim fosse medido os valores das tensões e das correntes nos três resistores. Respeitando os sentidos e as polaridades mostrados no circuito dado, foram medidas as tensões. Ligou-se os cabos positivos (vermelho) e negativo (preto), respeitando as devidas polaridades do resistor, nos lados de R1, garantido que o voltimetro estava conectado em paralelo, e assim foi medida a tensão. Em seguida foi repetido o mesmo processo nos outros dois resistores, descobrindo os valores de v1, v2 e v3. Visto que as tensões foram devidamente medidas, iniciou-se o processo de medição da corrente de cada resistor. Para o resistor 1 foi mantido o cabo positivo no lado da polaridade positiva, e o cabo negativo foi ligado à ponta do do cabo que conectava ao multímetro, estando, assim, ligado em série ao circuito. O mesmo processo feito para calcular a corrente do R1 foi utilizado para calcular a corrente de R2. Houve uma diferença para a medição da corrente de R3. Como o resistor ligava duas malhas, dois ganchos do cabo ligados ao multímetro tiveram de ser conectados no lado devido do resistor, assim medindo a corrente i3. Figura 3 - Simulação feita e resultados medidos. 4. RESULTADOS E CONCLUSÃO Com as correntes e tensões devidamente medidas no circuito com o auxílio dos devidos instrumentos, foi calculado os valores para os mesmos v1, v2, v3, i1, i2 e i3, e, a partir desses valores e dos valores medidos, foi calculado o erro. 5 ● Malha 1, sentido horário: o − 𝑉1 − 𝑣2 + 𝑣3 = 0 (𝐴) o ►− 10 − 𝑅2 * 𝑖2 + 𝑅3 * 𝑖3 = 0 − 560 * 𝑖2 + 180 * 𝑖3 = 10 ● Malha 2, sentido horário: o 𝑉2 − 𝑣3 − 𝑣1 = 0 (𝐵) o ►10 − 𝑅3 * 𝑖3 − 𝑅1 * 𝑖1 = 0 − 180 * 𝑖3 − 280 * 𝑖1 =− 10 Nó “b” − 𝑖1 + 𝑖2 + 𝑖3 = 0 → 𝑖1 = 𝑖2 + 𝑖3 ● Por fim, tem-se as seguintes equações: o − 560 * 𝑖2 + 180 * 𝑖3 = 10 (1) o − 180 * 𝑖3 − 280 * 𝑖1 =− 10 (2) o 𝑖2 + 𝑖3 = 𝑖1 (3) ● Substituindo (3) em (2), tem-se: o − 180 * 𝑖3 − 280(𝑖2 + 𝑖3) =− 10 → 𝑖2 = 128 − 23 14 * 𝑖3 (4) ● Substituindo (4) em (1), tem-se: o − 560 ( 128 − 23 14 * 𝑖3) + 180 * 𝑖3 = 10 → 𝑖3 = 30 1100 = 0, 0273 𝐴 = 27, 3 𝑚𝐴 ● Substituindo o valor de i3 em (1), tem-se: o − 560 * 𝑖2 + 180 * (0, 0273) = 10 → 𝑖2 = − 9, 08214 𝑚𝐴 ● Substituindo o resultado de i2 e i3 em (3), tem-se: o 𝑖2 + 𝑖3 = 𝑖1 → − 9, 08214 + 27, 3 = 𝑖1 → 𝑖1 = 18, 21786 𝑚𝐴 Para calcular as tensões: ● Equação (a) 6 − 𝑉1 − 𝑣2 + 𝑣3 = 0 → 𝑣3 − 𝑉1 + 𝑣2 → 𝑣3 = 10 + 𝑅2 * 𝑖2 = 10 + 560 * (− 0, 0098214) → 𝑣 ● Equação (b) 𝑉2 − 𝑣3 − 𝑣1 = 0 → 𝑣1 = 𝑉2 − 𝑣3 → 𝑣1 = 10 − 4, 50 = 5, 50 𝑉 ● Finalmente, − 𝑉1 − 𝑣2 + 𝑣3 = 0 → 𝑣2 = 𝑣3 − 𝑉1 → 𝑣2 = 4, 50 − 10 = − 5, 50 𝑉 Figura 4 - Simulação feita para encontrar os valores das tensões. Fórmula utilizada para o cálculo do erro: Erro = (Valor Calculado – Valor Medido)/Valor Calculado x 100 VALOR MEDIDO VALOR CALCULADO ERRO v1 5,09 5,50 7,45% v2 -5,09 -5,50 7,45% v3 4,91 4,50 -9,11% i1 18,2 18,21786 0,098% i2 -9,09 -9,08214 0,086% 7 i3 27,3 27,3 0% Tabela 1 - Erros calculados. Em seguida aplicamos a Lei de Kirchhoff das Correntes ao nó "b" do circuito usando os valores medidos: 𝑖1 + 𝑖2 = 𝑖3 → − 18, 21786 − 9, 08214 + 27, 3 = 0 𝐴 Também aplicamos a Lei de Kirchhoff das Tensões as duas malhas do circuito utilizando os valores medidos: − 𝑉1 − 𝑣2 + 𝑣3 → − 10 + 5, 09 + 4, 91 = 0 𝑉 − 𝑉2 + 𝑣1 + 𝑣3 =− 10 + 5, 09 + 4, 91 = 0 𝑉 Pelos valores calculados, pudemos demonstrar corretamente as Leis de Kirchhoff, pois os valores das correntes de entrada foram iguais aos valores das correntes de saída, e o somatório dos valores das tensões medidas foi igual à zero, seguindo os princípios das Leis. Os valores dos erros calculados foram aceitáveis para as tensões, e alto para as correntes. Esses erros são, provavelmente, oriundos de arredondamentos e cálculos incorretos.
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