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DOENÇA DE ALZHEIMER É uma doença neurodegenerativa, progressiva e irreversível caracterizada por um prejuízo na memoria (perda na capacidade de aprendizado e de evocação) e cognição. É a principal causa de demência. Acomete 8 a 15% da população acima de 65 anos. Com maior predisposição do sexo feminino. Estágios: 1. Pré-clínico: Individuo assintomático Alterações neuroquímicas (acumulo da proteína beta-amilóide e proteína Tau). 2. Sintomatologia Leve Comprometimento cognitivo leve, sem limitações às atividades diárias. 3. Neurodegeneração progressiva Perda progressiva das capacidades funcionais. Óbito em 6 a 12 anos após o inicio: complicações de falta de movimento (pneumonia ou embolia pulmonar); Diagnóstico clínico: Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para o tratamento do Alzheimer. Quadro de demência: sintomas cognitivos e neuropsiquiátricos: a) Interferência nas atividades usuais b) Declínio das funções cognitivas c) Sintomas não explicados por delirium ou doenças psicóticas Demência decorrente do Alzheimer Quadro de demência Inicio insidioso Historia da perda cognitiva referida pelo paciente Déficit cognitivo mais proeminente Amnésico: mais comum Não amnésico: linguagem, habilidade viso- espaciais e função executiva. TC e RM: diagnostico diferencial e MINI EXAME DO ESTADO MENTAL Farmacologia do Alzheimer ETIOPATOGENIA E FISIOPATOLOGIA É uma neurodegeneração em nível de córtex e hipocampo. Formação de placas senis – acúmulo da proteína beta-amiloide Proteína beta- amiloide (normalmente função protetora, quando loiberada em excesso causa problemas) Regulação da neurotransmissao glutamatergica. Inibição da auto-oxidação de lipoproteínas plasmáticas. Redução da neurotoxicidade associada ao ferro e cobre. A produção da beta-amiloide surge da proteína APP, ela é sintetizada por uma proteína localizada no gene 21. No processamento dessa APP, vamos ter a clivagem dessa proteína por alfa e beta redutase. Na fase 2, o produto beta-secretase é clivado pela gama-secretora. Isso vai gerar fragmentos pequenos funcionais. Portanto, sua produção excessiva causa excitotocicidade, formação dos agregados de beta- amilóide, inflamação na região (células da glia como mediadoras) e uma hiperfosforilação da proteína TAU, formando emaranhados com os microtubulos. Tudo isso leva a morte celular, levando a perda cognitiva e comportamental do Alzheimer. Normalmente nos estágios iniciais, observa-se a formação essas placas senis com os processos amiloides. Já em estágios mais avançados é comum encontrar os emaranhados de proteína TAU. Morte de neurônios colinérgicos do Córtex: Pré- frontal e hipocampo. Diminuição da expressão de colina-acetil- transferase; Diminuição das sinapses colinérgicas – Teoria colinérgica. Outros neurotransmissores: 5-HT (serotonina), glutamato e neuropeptídios – comportamentais. FATORES DE RISCO Fatores intrínsecos: Idade Sexo feminino Histórico familiar Fatores genéticos Síndrome de Down – pois o cromossomo na qual esta a proteína amiloide é o 21, o mesmo dessa síndrome, podendo levar a produção excessiva dessa proteína. Traumatismo craniano encefálico Fatores relacionados à aterosclerose: ApoE – a hiperexpressão dela desencadeia a produção da beta-amilóide. TRATAMENTO FARMACOLOGICO Tratamento curativo: inexistente Opções terapêuticas disponíveis: Tratamento cognitivo Tratamento dos sintomas comportamentais. Irritabilidade Agitação TRATAMENTO DOS SINTOMAS COGNITIVOS Inibidores reversíveis da Acetilcolinesterase: Tacrina, Donepezila, Rivastigmina e Galantamina. Uso na DA leve a moderada: não reduzem os sintomas, mas retardam a progressão. Boa lipossolubilidade: atravessa BHE. TACRINA: primeiro inibidor de Ache utilizado na DA. No entanto, o uso hoje é limitado devido à hepatoxicidade. DONEPEZILA: fármaco primário para o tratamento da DA. Administração dose de 5m -> 10mg a depender da tolerância do tratamento. Efeitos adversos: estimulação colinérgica excessiva (nasofaringite, diarreia, náuseas e êmese). Interações medicamentosas: Carbamazepina, dexametasona, fenobarbital, fenitoína: aumento do metabolismo. Cetoconazol: diminuição do metabolismo. RIVASTIGMINA: lipossolúvel Disponível na forma oral e também adesivo transdérmico. Maior incidência de fatalidades Critérios para interrupção dos inibidores de AchE: Não observação de melhora após 4 meses Declínio do MEEM. MEMANTINA: bloqueador de receptor glutamatérgico NMDA Glutamina: aumentado na DA (excitotoxicidade). Utilização como alternativa aos inibidores de Ache Retarda a deterioração em pacientes com DA grave. Eliminação renal: dose reduzida em pacientes com doença renal grave. TRATAMENTO DOS SINTOMAS COMPORTAMENTAIS Agitação: Citalopram: Inibidor de receptação de serotonina. Antipsicoticos atípicos (risperidona, quetiapina e olanzapina) Aumento do risco de AVE em paciente com psicose associado À demência. OUTRAS OPÇÕES TERAPÊUTICAS Uso profilático: Antioxidantes Estrogênios AINES Estatinas Ginkobiloba Efeitos evidenciados pré-clinicamente: sem correlação em estudos clínicos.
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