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PROGRAMA DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO ADOLESCENTE

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PROGRAMA DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO ADOLESCENTE 
 
Art. 4º - É dever da família, da comunidade, 
da sociedade em geral e do poder público 
assegurar, com absoluta prioridade, a 
efetivação dos direitos referentes à: 
Vida Profissionalização 
Saúde Cultura 
Alimentação Dignidade 
Educação Respeito 
Esporte Liberdade 
Lazer Convivência 
Os serviços de saúde que prestam assistência 
adequada às necessidades destes jovens são 
insuficientes, com acesso restrito, gerando 
uma demanda reprimida. 
→ Para superar esta situação e estabelecer a 
assistência adequada às necessidades dos 
jovens, é necessário conhecer seus problemas 
e suas especificidades evolutivas, discutindo 
estratégias que se constituam como conjunto 
de ações integradas e intersetoriais voltadas 
para o diagnóstico precoce, tratamento e 
recuperação e promoção à saúde, que lhes 
garantam uma assistência de forma integral, 
satisfatória e com resolubilidade. 
CONCEITOS 
Adolescência têm como marcas características a 
pluralidade e a diversidade de modos de vida. 
• A adolescência no campo da medicina e da 
psicologia se sustenta que é uma fase de 
transição da vida com grandes modificações 
físicas e psicológicas; 
• A puberdade é o marco de entrada na 
adolescência associada ao desenvolvimento 
das funções sexuais e reprodutivas e o marco 
de saída está relacionado com a aquisição da 
maioridade etária. 
• Pela OMS a adolescência está compreendida 
entre 10 e 19 anos; 
• É necessário considerá-la como um processo 
de amadurecimento e de intenso aprendizado 
de vida em vez de abordá-la como um 
período de transição, centrado somente nos 
aspectos biológicos; 
• Apesar da mudança de paradigma na 
abordagem do adolescente, as atuais ações 
desvalorizam as demandas e necessidades 
deste segmento desrespeitando seus direitos 
e exigindo, muitas vezes, de forma 
inadequada que cumpram seus deveres como 
cidadão. 
O PAPEL DO PROFISSIONAL DE SAÚDE 
• Colocar à disposição deles informações que 
contribuam positivamente para escolhas 
saudáveis e se tornarem multiplicadores 
dessas informações; 
• Estimular sua inserção nos serviços de saúde 
e em outros serviços intersetoriais como a 
educação, esporte, lazer etc... 
• Despreparo profissional e institucional em 
priorizar e atender as necessidades dos 
adolescentes como usuários do sistema de 
saúde; 
• As iniciativas de atenção aos adolescentes 
restringem-se a atendimento 
assistencialista/curativo e não educativo 
participativo. 
ECA - ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 
• Entra em vigor com base na lei Nº 8.069 de 
1990; 
• Dispõe sobre a atenção integral à criança e do 
adolescente; 
• Representa um marco legal que se dispõe a 
transformar o estatuto da menoridade 
brasileira, especialmente aos que estão em 
processo de exclusão social ou em conflito 
com a lei; 
• Se fundamenta na doutrina da proteção 
integral e reconhece todas as crianças e 
adolescentes de 12 a 18 anos como sujeitos 
de direitos nas diversas condições sociais e 
individuais. 
A ASSISTÊNCIA À SAÚDE DO ADOLESCENTE 
• Criação, em 1989, do Programa de Atenção à 
Saúde do Adolescente – PROSAD 
• As diretrizes procuram atender as principais 
demandas desta parcela da população, com 
um enfoque integral. 
• Constitui-se em um conjunto de ações 
integradas e intersetoriais, voltadas para: 
1. Diagnóstico Precoce 
2. Tratamento 
3. Recuperação 
4. Promoção à Saúde 
Para melhoria dos níveis de saúde e adolescência 
e juventude. 
• É importante dispor de uma equipe composta 
por profissionais de várias áreas, sensibilizada 
quanto à problemática dos adolescentes; 
• Os profissionais de saúde precisam estar 
capacitados a lidar com essa clientela com 
abordagens adequadas e um trabalho 
contínuo de Educação em Saúde; 
• O adolescente deve estar envolvido como 
ouvinte e intervindo com sua criatividade e 
reflexão crítica, assimilando melhor os 
conteúdos. 
ATENÇÃO AO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO 
Os procedimentos realizados devem envolver 
esforços de toda a equipe de modo a garantir: 
 Obtenção regular de dados sobre o crescimento e 
desenvolvimento; 
 Registro das informações interpretadas segundo 
parâmetros estabelecidos 
 Busca de fatores causais para eventuais 
distúrbios detectados; 
 Manutenção das atividades de forma a intervir 
sobre fatores capazes de atingir o crescimento e 
desenvolvimento. 
PROBLEMAS NA ADOLESCÊNCIA 
 
 
SEXUALIDADE E SAÚDE REPRODUTIVA 
• O despertar para a sexualidade intensifica-se 
na adolescência com a descoberta do corpo e 
de novos sentimentos. 
• O ciclo menstrual e a primeira ejaculação, 
associados a todas as mudanças percebidas 
pelos adolescentes, geram uma série de 
sensações e dúvidas; 
• É importante o diálogo, oferecer informações 
sobre essas transformações e ações 
educativas que propiciem aso adolescentes 
participação ativa nas reflexões e discussões 
sobre essa fase. 
GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA 
• A gravidez na adolescência é considerada um 
fator que pode desviar as adolescentes do seu 
projeto de vida, mas nem sempre é 
indesejada (problemas sociais); 
• A demanda por serviços de saúde entre as 
adolescentes vem crescendo para algumas 
questões: 
1. Exames para confirmar gravidez 
2. Exames preventivos de câncer uterino 
A adolescente grávida tem atendimento 
garantido no SUS: 
 Pré-natal 
 Parto 
 Pós-parto 
Durante a gravidez e a amamentação as jovens 
que estudam têm direito à reposição de provas e 
à justificativa de faltas – Lei Federal nº 6.202/75. 
PATERNIDADE ADOLESCENTE 
• Pai antes dos 20 anos; 
• O pai e a mãe adolescentes necessitam de 
atenção por parte dos serviços de saúde nas 
seguintes questões: 
1. Dar suporte à condição de pai 
2. Compreender as especificidades desse 
período de transformação vivenciado 
É importante oportunizar a inserção do pai na 
assistência pré-natal. 
SAÚDE ESCOLAR DO ADOLESCENTE 
• É importante que a escola e as unidades de 
saúde estejam integradas para que se possa 
utilizar o espaço escolar afim de promover 
atividades de Educação e Saúde com 
discussões sobre: 
 Drogas 
 Prevenção de IST’s 
 Gravidez 
Educação e Saúde devem ainda discutir meios de 
melhorar a aprendizagem do aluno e suporte nas 
questões da saúde mental e a saúde bucal. 
PREVENÇÃO A VIOLÊNCIA 
Art. 18 – É dever de todos velar pela dignidade da 
criança e do adolescente, podo-os a salvo de 
qualquer tratamento desumano, violento, 
aterrorizante, vexatório ou constrangedor (ECA). 
PREVENÇÃO DE MORTES POR CAUSAS EXTERNAS 
• O consumo de bebidas alcoólicas e de outras 
drogas ilícitas é uma das principais causas de 
acidentes, suicídio, violência, gravidez-não 
planejada e transmissão de doenças por via 
sexual; 
• A maior causa de morte entre os adolescentes 
são as causas externas, principalmente: 
 Acidentes 
 Homicídios 
 Suicídios 
Outras formas de violência: maus tratos, violência 
sexual, exploração sexual e uso de drogas. 
• Profissionais de várias áreas devem atuar na 
prevenção realizando educação em saúde 
sobre: 
 Segurança no trânsito; 
 Uso de drogas 
O profissional de saúde deve valorizar o contato 
com o adolescente e sua família afim de 
identificar precocemente situações de risco. 
→ Essas ações também devem acontecer junto 
às escolas com captação e troca de 
informações sobre condutas a serem 
adotadas nas questões de risco e violência. 
CONSULTA DE ENFERMAGEM 
• Na saúde dos adolescentes e jovens na 
Atenção Primária a abordagem do enfermeiro 
deve ser no âmbito individual e coletivo em 
encontros no mínimo anuais. 
• A consulta de enfermagem deve se basear na 
escuta e na valorização na integralidade do 
adolescente, levando em conta as 
especificidadesde cada jovem. 
Aspectos importantes durante o atendimento: 
 idade 
 estrutura familiar 
 com quem reside 
 estudo e trabalho 
 hábitos de higiene e alimentação 
 orientação contraceptiva 
 orientação para o exercício da sexualidade 
com segurança 
 desenvolvimento e maturação sexual 
 vacinas 
 risco de violência sexual e uso de droga 
 evasão escolar e fuga de casa. 
 
PAPEL DO ENFERMEIRO 
• Fazer o encaminhamento para outros 
setores; 
• Agendar retornos de acordo com o caso; 
• Priorizar situações de risco; 
• Notificações de violência contra crianças e 
adolescentes. 
A FAMÍLIA E O ADOLESCENTE 
• A família é um núcleo da comunidade 
onde nossa atuação pode ser muito 
produtiva; 
• Muitos problemas dos adolescentes têm 
origem nesse contexto e quando se 
consegue detectar e intervir junto a esses 
fatores a família, torna-se elemento 
facilitador para o êxito das ações; 
• O importante é abandonar preconceitos e 
aproveitar oportunidades procurando 
envolver as famílias nas atividades 
desenvolvidas com o adolescente 
CONCLUSÃO 
Precisamos para além da Clínica na conformação 
de práticas de cuidado com a saúde dos jovens 
Não podemos considerá-los como portadores de 
problemas apenas pela ótica biologicista e de 
risco, mas sim numa perspectiva contextual 
A articulação com projetos sociais, culturais, 
esportivos, religiosos e governamentais da 
comunidade proporciona uma interação mais 
efetiva.

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