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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO INSTITUTO DE CIENCIAS EXATAS E NATURAIS/ICEN DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS AMANDA FREITAS SILVA GARCIA AMANDA VARAGO DANIELE MENIN EVERTON DOS SANTOS GOMES GABRIELA DUMONT DOMINGUES SILVA METAIS PESADOS TÓXICOS Rondonópolis 2018 2 AMANDA FREITAS SILVA GARCIA AMANDA VARAGO DANIELE MENIN EVERTON DOS SANTOS GOMES GABRIELA DUMONT DOMINGUES SILVA METAIS TÓXICOS PESADOS Trabalho apresentado à disciplina de Química Geral, do Curso de Ciências Biológicas, Bacharelado, para obtenção da avaliação do 1º semestre. Docente responsável pela disciplina: Lucas Lecci Rondonópolis 2018 3 SUMÁRIO 1. CONTEXTUALIZAÇÃO ........................................................................................................... 4 1.1 Bioacumulação .......................................................................................................................... 4 1.2 Biomagnificação ...................................................................... Erro! Indicador não definido. 2. ARSÊNIO.................................................................................................................................... 6 2.1 Definição ................................................................................................................................... 6 2.2 Fontes ........................................................................................................................................ 6 2.3 Utilização .................................................................................................................................. 6 2.4 Intoxicação ................................................................................................................................ 6 2.5 Efeitos ao corpo humano .......................................................................................................... 6 2.6 Problemas ambientais ............................................................................................................... 6 3. MERCÚRIO ................................................................................................................................ 8 3.1 Definição ................................................................................................................................... 8 3.2 Aplicações ................................................................................................................................. 8 3.3 Intoxicação ................................................................................................................................ 8 3.4 Sintomas .................................................................................................................................... 8 3.5 Acidentes ambientais ................................................................................................................ 8 4. CHUMBO ................................................................................................................................... 8 4.1 Definição ................................................................................................................................... 8 4.2 Fontes ........................................................................................................................................ 9 4.3 Aplicações ................................................................................................................................. 9 4.4 Intoxicação ................................................................................................................................ 9 4.5 Efeitos na saúde humana ......................................................................................................... 10 4.6 Sintomas .................................................................................................................................. 10 4.7 Como evitar ............................................................................................................................. 10 4.8 Acidentes ambientais .............................................................................................................. 11 5. CÁDMIO ................................................................................................................................... 13 4 5.1 Definição ................................................................................................................................. 13 5.2 Utilização ................................................................................................................................ 14 5.3 Efeitos na saúde humana ......................................................................................................... 14 5.4 Acidentes ambientais .............................................................................................................. 15 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................... 15 5 1. CONTEXTUALIZAÇÃO O termo metais pesados é um pouco controverso, uma vez que há confusão entre as classificações química e biológica. Na classificação química, qualquer metal cujo raio atômico esteja situado entre 63,546 Å e 200,590 Å e cuja densidade seja superior a 4,0 g/cm³ se enquadra entre os metais pesados. Além disso, eles se caracterizam por: • brilho • cor amarelada a prateada • excelente condutividade de calor • maleabilidade • elevados pontos de fusão e ebulição Nesse sentido, muitos metais essenciais para o organismo humano seriam enquadrados como metais pesados. Por exemplo: • o cobre compõe diversas enzimas e cofatores essenciais para a síntese da hemoglobina • o cobalto é essencial para a produção das hemácias na medula óssea • o zinco é fundamental para uma resposta imunológica adequada em crianças e em adolescentes • o vanádio participa da regulação da atividade da insulina no metabolismo da glicose Todos esses elementos estão presentes no nosso dia-a-dia, mas precisam de concentrações muito altas para nos causar algum mal. Por isso, o conceito biológico nos interessa mais. Ele caracteriza como metal pesado somente aqueles que geram efeitos negativos para a saúde e para o meio ambiente em menores concentrações. Nesse caso, serão todos aqueles que tendem ao processo bioacumulação, ou seja, que não são metabolizados pelos organismos vivos e que tendem a se acumular, causando doenças. Isso ocorre porque eles são muito reativos, isto é, interagem facilmente com outras substâncias químicas para formar reações. Assim, agridem rapidamente as moléculas orgânicas do nosso organismo e comprometem permanentemente a sua função. Para piorar, como não são passíveis de metabolização, tornam-se um veneno silencioso e duradouro. Assim, eles acabam danificando a saúde do indivíduo lentamente ao longo dos anos sem que ele sequer sinta os seus efeitos. A magnificação biológica, magnificação trófica, ou ainda bioacumulação é um evento negativo originário de uma quantidade significativa de resíduos ou substâncias tóxicas acumuladas em um nível trófico da cadeia alimentar, com capacidade de atingir outros níveis tróficos da cadeia, prejudicando o equilíbrio dos organismos envolvidos, pois eles irão absorver essas substâncias futuramente. 1.1 Bioacumulação A Bioacumulação é um processo que ocorre quando um composto químico, um elemento químico ou um isótopo se acumulam em elevadas concentraçõesnos organismos, independente do nível trófico (Nível Trófico é o nível de nutrição a que pertence um indivíduo ou uma espécie, que indica a passagem de energia entre os seres vivos num ecossistema). O processo pode ocorrer de forma direta, efetuada diretamente a partir do meio ambiente, ou indireta, quando ocorre por meio de alimentação, frequentemente de forma simultânea, em especial em ambientes 4 6 aquáticos. A exposição de um ser vivo aquático a um água contaminada por metais pesados pode provocar absorção pelo organismo, entrando assim nos seus tecidos, e posteriormente, ao servir de alimento a seres de um nível trófico mais elevado, contaminará esse outro organismo, fazendo com que o contaminante suba na cadeia alimentar. A contaminação da cadeia alimentar provoca um aumento da concentração do contaminante a cada nível trófico, designando-se o processo por bioampliação. O nível trófico é o nível de nutrição a que pertence um indivíduo ou uma espécie, que indica a passagem de energia entre os seres vivos num ecossistema. Bioacumulação (ou bioconcentração) é a absorção de compostos orgânicos por biota de água ou alimento. Muitos produtos químicos orgânicos tóxicos atingir concentrações em várias ordens de biota de magnitude maior do que as suas concentrações aquosas e, portanto, a bioacumulação representa uma séria ameaça para ambos o biota das águas de superfície e os seres humanos que se alimentam dessas espécies de superfície de água "-. Smith e outros , 1988. 1.2 Biomagnificação Magnificação trófica é um fenômeno que ocorre quando há acúmulo progressivamente maior de uma substância tóxica de um nível trófico para outro ao longo da cadeia alimentar por causa da redução da biomassa. Desse modo os consumidores apresentam maior concentração dos produtos tóxicos que os produtores. Os seres dos últimos níveis acabam absorvendo doses altas dessas substancias prejudicial a saúde. Esse fenômeno é conhecido como magnificação trófica Biomagnificação "é a sequencia de processos em um ecossistema em que altas concentrações de uma determinada substância química, como o pesticida DDT, são alcançadas em organismos mais acima na cadeia alimentar, geralmente através de uma série de relações presa-predador" Exemplo de bioacumulação: água contém 0,10 ppt (partes por trilhão de mercurio). Esta concentração pode chegar a 4,8 milhões ppt em um ovo de uma ave que se alimenta de peixes. Exemplo de bioacumulação / magnificação biológica: água contém 0,10 ppt (partes por trilhão de mercurio). Esta concentração pode chegar a 4,8 milhões ppt em um ovo de uma ave que se alimenta de peixes. O excesso dessas substâncias representa uma ameaça direta para os organismos vegetais e animais presentes no ambiente. A forma indireta ocorre por meio da ingestão de alimentos contaminados. Na segunda situação o homem também é prejudicado. De forma resumida, a bioacumulação é o aumento de concentrações de substâncias químicas em organismos biológicos ao longo do tempo. Consideramos bioacumulação quando as células de um organismo começam a absorver matéria não natural do ambiente. Existem alguns fatores que podem aumentar o potencial químico das substâncias absorvidas. Substâncias lipofílicas e hidrofóbicas são exemplos, em ambos os casos a mistura com a água é prejudicada, o que diminui a capacidade de dispersão, porém mantém o alto nível de concentração da substância. 5 7 Geralmente as substâncias químicas apresentam fácil capacidade de dispersão na água, esse fator é determinante para o armazenamento de substâncias na própria água. Metais pesados podem ser considerados exceções. O processo de eliminação dos organismos após sofrerem com a bioacumulação é variado. Alguns organismos podem excretar o produto absorvido, o modo com que seu metabolismo funciona e suas habilidades individuais que irão determinar o quanto serão capazes. Substâncias químicas que se dissolvem em gorduras geralmente são mais difíceis de serem eliminadas do que as que se dissolvem na água. A bioacumulação acontece com maior frequência nos ecossistemas aquáticos. Existem alguns fatores importantes que contribuem para que esse evento aconteça com maior frequência no ambiente aquático: As substâncias tóxicas envolvidas no processo de bioacumulação não são biodegradáveis, o que representa uma grande ameaça aos seres vivos, pois essas substâncias estarão percorrendo quilômetros de distância por muitos anos e afetando diversos organismos em diferentes níveis tróficos da cadeia. Algumas substâncias tóxicas são lipossolúveis (podem ser dissolvidas em gorduras), podendo se fixar com facilidade em tecidos de organismos vivos. Dos poluentes não biodegradáveis que se acumulam ao longo da cadeia, merecem destaque os metais pesados, como o mercúrio, o chumbo e o cádmio, elementos frequentemente presentes em processos industriais, no lixo eletrônico e garimpos irregulares (mercúrio). Também contribuem para a magnificação biológica os compostos organoclorados, como o DDT e o BHC (inseticidas), o cloreto de vinila, que são substâncias muito usadas na indústria, principalmente na produção de plásticos e insumos agrícolas, e os organofosforados, também utilizados na produção de pesticidas e são altamente tóxicos. O uso de muitas dessas substâncias como o DDT, já foi proibido por vários países, exatamente devido ao alto teor de toxidez. Processo da bioacumulação ou magnificação biológica O processo de bioacumulação não é totalmente natural, porém é um processo normal e essencial para controle, crescimento e cultivo de organismos. O processo de bioacumulação envolve também uma vasta gama de nutrientes que são vitais para a vida, entre eles a vitamina A, D e K, alguns minerais, aminoácidos e também gorduras. 2. ARSÊNIO 2.1 Definição É um elemento químico do grupo 5A da tabela periódica, de número atômico e número de massa 33 e 74,92 respectivamente. Metal pesado conhecido desde a idade média. Possui coloração cinza metálica, é encontrado sólido em temperatura ambiente, é cristalino e quebradiço. É conhecido por ser uma substância letal, podendo ter sido o responsável pela morte de grandes nomes da história como Napoleão Bonaparte, Alexandre o Grande, Shakespeare e João IV. Atualmente, o processo mais usado para remover arsênio é passar água potável sobre a superfície de alumina ativada (óxido de alumínio) na qual o arsênio é adsorvido. A osmose reversa também pode ser usada para remoção de arsênio. É utilizado também óxido de ferro para remover a maior parte do arsênio (Baird; Cann, 2012). 6 8 2.2 Fonte Pode ser encontrado na atmosfera, em solos e rochas, águas naturais (nascentes) e organismos. É emitido a partir de atividades vulcânicas e industriais. Uma pequena quantidade pode ser liberada através de usinas de energia movidas a carvão mineral. Esse elemento possui vários estados de oxidação (-3, 0, 3, 5), podendo aparecer no ambiente nesses estados, ou em forma inorgânica em águas naturais. Isso faz com que o arsênio se torne um dos mais perigosos íons no ambiente, devido o seu amplo conjunto de condições redox. Pode ser usado como um uma substituição para outros elementos em rede cristalina que possuam a mesma forma e é um dos principais componentes em minerais de sulfureto. 2.3 Utilização O consumo de arsênio no mundo atinge os 70%, é utilizado como conservante de couro e madeira, aditivo em algumas ligas metálicas, também pode ser encontrado em pesticidas, mineração, fundição (ouro, chumbo, cobre e níquel) e na produção de ferro e aço. É empregado em alguns circuitos integrados com papel de semicondutor, está também na composição de fogos de artifício. 2.4 Intoxicação A absorção de arsênio pelo ser humano pode ser por inalação ou ingestão. O arsênio inorgânico trivalente interage de forma grave com os grupos de sulfidrilas de moléculas orgânicas, que afetam enzimas e ocasionam sérios danosa sistemas celulares. A principal forma de contato com os seres humanos é através da água potável, devido a depósitos de terra ou utilização na agricultura e na indústria. 2.5 Efeitos A ingestão ou inalação pode causar diversas doenças nos seres humanos, como câncer de pele, diabetes, doenças vasculares, digestivas, nervosas, renais e hepáticas. Mesmo sendo perigoso, em pequena quantidade ele é essencial para a saúde das pessoas. Recentemente foi constatado que o trióxido de arsênio pode ser utilizado no tratamento de pessoas que sofrem com a leucemia. A intoxicação por Arsênio provoca o aparecimento de feridas na pele que não cicatrizam, podendo aparecer grandenas, após os órgãos vitais sofrerem danos, levando ao câncer. 2.6 Problemas ambientais No brasil, existem regiões que possuem significativa contaminação ambiental por arsênio, como Nova Lima, Ouro Preto, Mariana e áreas próximas, resultante de extensiva exploração mineral. Segundo a Organização Mundial da Saúde, devido a sua toxidade e ocorrência, hoje é reconhecido como um dos mais perigosos poluentes inorgânicos, e ameaça a água potável. A concentração máxima recomendada é de 10 mg/L de arsênio na água. Encontrado principalmente no arroz, em alguns casos acima da quantidade permitida, podendo ser causada a intoxicação pelo elemento. No brasil recentemente foi feita uma pesquisa pela BBC Brasil, que confirma que a quantidade de arsênio é segura. Já no Reino Unido, a segurança do consumo de arroz está sendo questionada, pois recebem grande parte do cereal de Bangladesh, que está enfrentando uma crise de contaminação por arsênio. Inclusive no ano de 1995, 7 9 Bangladesh, já havia sofrido uma crise de contaminação pelo mesmo elemento, que estava presente na água potável, e mesmo depois de mais de 20 anos, cerca de 20 milhões de pessoas continuam bebendo água contaminada. Cerca de 137 milhões de pessoas, em 70 países, sofrem pela contaminação por arsênio. Ainda não existe um tratamento contra o envenenamento. 3. MERCÚRIO 3.1 Definição Elemento químico do grupo 2B na tabela periódica, possui número atômico 80, massa atômica 200,5 e também é conhecido como hidrargírio ou prata-viva. Possui o símbolo Hg para se diferenciar do hidrogênio(H). 3.2 Aplicações Termômetros, lâmpadas fluorescentes, espelhos, eletrodos, aparelhos odontológicos, garimpo. 3.3 Intoxicação Quando entra em contato com o organismo o mercúrio se concentra nos rins, fígado, parede intestinal, pulmões, cérebro e ossos. Provoca inibição dos sistemas enzimáticos, desintegração de tecidos, e problemas neurológicos. 3.4 Sintomas Perda da coordenação motora, tremores, contrações musculares, dor de cabeça, náuseas, etc. 3.5 Acidentes ambientais Desastre de Minamata (1956): A cidade do Japão teve muitos casos registrados de pessoas intoxicadas por mercúrio. Havia uma indústria que liberava na água dejetos contento esse metal, contaminando os peixes e mariscos que eram consumidos pela população. Pesquisas mostram que mais de 3.000 pessoas foram afetadas e perto de 1.800 morreram. 4. CHUMBO 4.1 Definição O chumbo é um elemento químico de número atômico 82, massa atômica 207,2 e pertencente ao grupo 14 da tabela periódica. Ele caracteriza-se por ser um metal pesado, tóxico e maleável. O chumbo se funde com facilidade (327,4ºC), com temperatura de vaporização a 1725ºC Em temperatura ambiente, é encontrado no estado sólido, com coloração branco-azulada e que em contato com ar torna-se acinzentado. É ainda mau condutor de eletricidade e bastante resistente à corrosão. É relativamente resistente ao ataque dos ácidos sulfúrico e clorídrico, porém se dissolve lentamente em ácido nítrico. O chumbo em sua forma elementar raramente é encontrado na natureza. Assim, é mais comum encontrá-lo em minerais como galena, anglesita e cerusita. Estados Unidos, Austrália, Canadá, Perú e México são os maiores produtores de chumbo no mundo. 8 10 4.2 Fontes O chumbo é encontrado na natureza na forma de compostos minerais, como o sulfeto de chumbo. É um poluidor muito eficaz, pois é capaz de contaminar vegetais e animais das mais diferentes formas. Nas plantações, ele é capaz de penetrar por meio das raízes das plantas e das folhas, quando está presente no ar. 4.3 Aplicações O chumbo apresenta diversos tipos de utilidades, sendo encontrado em inúmeros produtos. É um metal usado desde a antiguidade pelo homem. Podemos listar a presença e utilidade do chumbo em variados setores e produtos: • Diversos equipamentos e utensílios em indústrias e na construção civil; • Munições; • Cosméticos e pigmentos, especialmente batons e tinturas de cabelo. Por conta da sua toxicidade, alguns países já baniram a sua presença em cosméticos; • Ligas metálicas; • Aditivo de combustíveis. Em 1992, o Brasil baniu o uso do chumbo na gasolina, pois ao ser liberado no ar causa contaminação ambiental. O chumbo pode ser empregado na fabricação de baterias para automóveis, em ligas metálicas para a fabricação de solda, fusíveis e revestimentos elétricos, entre outras utilidades. Outras fontes antropogênicas desse elemento são a mineração, a fundição, o refino e a reciclagem de chumbo, fabricação de joias, cerâmicas com chumbo, resíduos eletrônicos e a utilização em tubulações de água. Vários produtos comuns encontrados em casa podem conter chumbo em sua composição, como materiais de PVC, bebidas alcoólicas e alimentos industrializados. O chumbo também é usado nas mantas protetoras para blindagem contra radiação (geralmente em locais em que há aparelhos de raio X). Alguns compostos de chumbo são coloridos e foram amplamente utilizados em tintas, constituindo uma importante rota de exposição ao chumbo em crianças. Um estudo realizado entre 1998 e 2000 descobriu que 38 milhões de unidades de habitação nos Estados Unidos tinham tintas à base de chumbo. A deterioração dessas tintas podem produzir níveis perigosos de chumbo na poeira doméstica e no solo. Essa tem sido uma das principais causas de intoxicação crônica no meio urbano. 4.4 Intoxicação O chumbo é um elemento prejudicial para a saúde humana e o contato com o metal ocorre de forma oral, inalatória ou através da pele. As crianças e grávidas são mais susceptíveis à intoxicação por chumbo. Alguns casos de intoxicação podem ocorrer por meio de utensílios domésticos revestidos com esmaltes cerâmicos a base de cobre. Ao entrar em contato com substâncias ácidas, o chumbo pode se lixiviar e passar para o alimento. É importante ressaltar que o chumbo não se decompõe com o tempo e nem é degradado pelo efeito do calor. 9 https://www.todamateria.com.br/ligas-metalicas/ http://www.inchem.org/documents/ehc/ehc/ehc165.htm#PartNumber:8 https://www.ecycle.com.br/component/content/article/44-guia-da-reciclagem/460-tres-passos-para-conhecer-os-problemas-e-saber-encontrar-solucoes-para-o-lixo-eletronico.html http://www.who.int/ipcs/features/lead..pdf http://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/226/227 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1241046/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost 11 4.5 Efeitos na saúde Chumbo no organismo é distribuído para o cérebro, fígado, rim e ossos. Ele é acumulado ao longo do tempo. Sua quantidade presente no corpo pode ser medida diretamente por meio de sangue, dentes ou ossos. Crianças e mulheres grávidas são mais suscetíveis aos efeitos do chumbo. Dentre os problemas agudos causados pelo chumbo estão perturbações gastrointestinais (náuseas, vômitos, dor abdominal), danos hepáticos e renais, hipertensão e alguns efeitos neurológicos (mal-estar, sonolência, encefalopatia). Os efeitos em longo prazo mais comuns são anemia, distúrbios neurológicos, incluindo dor de cabeça, irritabilidade, letargia, convulsões, fraqueza muscular, ataxia, tremores e paralisia, além de alguns estudos indicarem a relação do chumbo com o déficit de atenção e máformação do feto em grávidas. A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) classificou os compostos de chumbo inorgânicos como provavelmente cancerígenos para os seres humanos. Além disso, estudos indicam o chumbo como um disruptor endócrino, podendo alterar a forma natural de regulação hormonal do organismo. Trabalhadores expostos a níveis de chumbo abaixo dos limites regulados no Brasil apresentaram efeitos tóxicos da substância. O nível de chumbo no organismo pode ser verificado com exame de sangue e em alguns casos radiografias. A pessoa intoxicada deve receber auxílio médico. 4.6 Sintomas No envenenamento agudo, os sinais neurológicos típicos são dor, fraqueza muscular, dormência e formigamento e, raramente, sintomas associados à inflamação do cérebro. Outros sintomas comuns são dor abdominal, náuseas, vômitos, diarreia e constipação. Na boca, surge um dos primeiros sintomas identificáveis: o gosto metálico. Além disso, a absorção de grandes quantidades de chumbo durante um curto período de tempo pode causar choque hipovolêmico (quantidade de líquido insuficiente no sistema circulatório devido à perda de água do trato gastrointestinal). Uma outra consequência grave é a hemólise, que pode causar anemia e hemoglobina na urina. Também, as pessoas que sobrevivem ao envenenamento agudo costumam apresentar sintomas de intoxicação crônica com o passar dos anos. Já o envenenamento crônico geralmente apresenta sintomas que afetam múltiplos sistemas, mas está associado a 3 principais: o gastrointestinal, o neuromuscular e o nervoso central. Os sinais de exposição crônica incluem perda da memória de curto prazo e da concentração, depressão, náusea, dor abdominal, perda de coordenação, dormência e formigamento nas extremidades. Fadiga, insônia, dores de cabeça, estupor, fala arrastada e anemia também são encontrados frequentemente no plumbismo crônico. Em alguns casos, um sinal mais aparente pode surgir: uma linha azul ao longo da gengiva com borda negra azulada no limite com os dentes. Ela é conhecida como linha de Burton. 4.7 Como evitar Como os níveis regulados no Brasil não são seguros de ingestão de chumbo, algumas medidas podem ser tomadas para evitar o contato com esse elemento. 10 http://www.who.int/quantifying_ehimpacts/publications/en/leadebd2.pdf http://www.who.int/ipcs/features/lead..pdf http://www.inchem.org/documents/ehc/ehc/ehc165.htm#PartNumber:8 https://www.ecycle.com.br/component/content/article/38-no-mundo/1853-iarc-agencia-internacional-de-pesquisa-em-cancer.html http://www.cancer.org/cancer/cancercauses/othercarcinogens/athome/lead http://bvsms.saude.gov.br/bvs/trabalhador/pdf/texto_disruptores.pdf https://repositorio.unesp.br/handle/11449/64796 https://repositorio.unesp.br/handle/11449/64796 12 Quando for comprar um produto cosmético, como batons, esmaltes, tintas para o cabelo, certifique-se que não haja chumbo na composição do produto e busque marcas reconhecidamente confiáveis. Na hora de pintar a casa, procure se informar se a tinta possui algum traço de chumbo no seu processo de fabricação. Nunca utilize soldas a base de chumbo, pois o mesmo pode ser lixiviado pela água e acabar sendo ingerido futuramente. 4.8 Acidentes ambientais Hungria e Nigéria O que Hungria e Nigéria têm em comum? A semelhança que envolve o país europeu e o africano, respectivamente, não é nada animadora: as duas nações sofrem atualmente em razão de desastres ambientais relacionados ao vazamento e envenenamento por chumbo. Na Hungria, o vazamento de lama tóxica de uma empresa de alumínio na segunda-feira, 4 de outubro, deixou quatro mortos, seis desaparecidos e 116 feridos. O acidente na cidade de Ajka ocorreu depois que um dique repleto de "barro vermelho" (substância tóxica, corrosiva e alcalina) rompeu. As vítimas que não sobreviveram foram arrastadas pelo lodo formado por um milhão de metros cúbicos da substância química e água, segundo informações das autoridades. "É uma catástrofe ecológica", definiu o secretário de Estado do Meio Ambiente, Zoltán Illés, que indicou que o vazamento ameaça três rios húngaros. A Hungria abriu um inquérito criminal nesta quarta-feira, 6 de outubro, para apurar o vazamento de lama tóxica e a União Europeia pediu às autoridades que se esforcem para deixar a substância contaminada longe do Danúbio (o segundo maior rio da Europa), o que afetaria outras seis nações: Croácia, Sérvia, Romênia, Bulgária, Ucrânia e Moldávia. Nigéria, chumbo e ouro Já a Nigéria sofre desde março com a contaminação de 18 mil pessoas, das quais 400 são crianças com idade inferior a 5 anos, em razão da mineração ilegal de ouro no estado de Zamfra, segundo dados divulgados na terça-feira (5) pela ONU (Organização das Nações Unidas). O envenenamento foi descoberto no início do ano durante o programa de imunização anual feita pela agência humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF), quando os doutores perceberam que a maioria das crianças da região estava morrendo - algumas vilas não tinham crianças com menos de 5 anos. Os moradores alegaram que as mortes foram causadas pela malária, mas os exames de sangue feitos pelo MSF apontaram a contaminação por produtos químicos. O minério garimpado nas redondezas é levado aos vilarejos para processamento adicional, trabalho que com frequência é feito por mulheres e crianças pequenas. Os produtos químicos contaminaram o solo, a água e os que inalaram as partículas de poeira. Segundo agências internacionais, a pobreza da população é um estímulo para a prática da mineração ilegal. A busca por ouro em jazidas onde se encontram também minerais como chumbo, cobre e mercúrio, é uma fonte de renda primordial para as pessoas destas localidades. O ouro artesanal dá maiores rendimentos que a agricultura. Um grama de ouro é vendido a 3.500 nairas (US$ 26), enquanto 50 kg de milho valem 6.000 nairas (US$ 45). 11 http://www.who.int/ipcs/features/lead..pdf 13 Brasil Os principais incidentes de Saúde Pública envolvendo chumbo no Brasil ocorreram em Adrianópolis/PR e Santo Amaro da Purificação/BA. Adrianópolis (PR) O município de Adrianópolis pertence à região do Vale da Ribeira e foi palco de intensa atividade de mineração de chumbo durante mais de cinquenta anos, tendo sido responsável por todo o minério de chumbo produzido no Brasil até 1954. A partir de 1945, passou a desenvolver atividades metalúrgicas, com a instalação da usina de refiro da Plumbum Mineração e Metalurgia Ltda. Como consequência dessas atividades, cerca de três milhões de toneladas de rejeitos de chumbo foram lançados diretamente no Rio Ribeira, sem tratamento, ou depositados no entorno da usina. Mais tarde, em 1995, as minas e a refinaria encerraram suas atividades, deixando para trás um importante passivo ambiental que ameaça a saúde da população. Diante dos riscos comprovados à saúde humana e das frequentes denúncias de contaminação da área da Plumbum, a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná decidiu aplicar a metodologia de Avaliação de Risco à Saúde Humana da Agency for Toxic Substances and Disease Registry (ATSDR), com assessoria do Ministério da Saúde, em 2006. Segundo os resultados obtidos, o nível de perigo caracterizado correspondia à “Categoria B – Perigo para a Saúde Pública”. Em face disso, elaborou-se o Relatório “Avaliação de Risco à Saúde Humana por Exposição aos Resíduos da Plumbum no município de Adrianópolis – PR”, em que foram divulgados os seguintes dados: a) Contaminantes de interesse identificados nos compartimentos ambientais: cádmio, chumbo, cobre e zinco; b) Populações expostas no momento da avaliação: c) Rotas de exposição completas no passado, presente e futuro: solo superficial, poeira domiciliar, água superficial, alimentos e sedimentos do Rio Ribeira. Essas informações subsidiaram a construção do Protocolo de Atenção e Vigilância à Saúde de Populações Expostas aos resíduos da Plumbum, Adrianópolis(PR), que tem como objetivo orientar a organização dos serviços de saúde para a identificação e o acompanhamento de populações expostas ou potencialmente expostas a contaminantes químicos. Santo Amaro da Purificação (BA) Em 1989, a Companhia Brasileira de Chumbo (COBRAC), empresa de capital francês e nacional incorporada à Plumbum Mineração e Metalurgia Ltda., se instalou no município de Santo Amaro da Purificação, no Recôncavo Baiano, a 73 km de Salvador. As principais atividades da COBRAC eram o beneficiamento de minérios e a produção de lingotes de chumbo. Durante seu funcionamento, entre 1960 e 1993, cerca de 490.000 toneladas de escória contaminada com metais, sobretudo chumbo e cádmio, foram depositadas nas áreas adjacentes à fábrica. Além do depósito desses resíduos nas áreas da fábrica, a COBRAC doou escória à Prefeitura Municipal, que a utilizou para pavimentar as vias públicas. Essa escória foi empregada, ainda, na pavimentação das vias de acesso e fundações de casas pela população. Esse material foi amplamente utilizado devido às suas características, que permitiam boa impermeabilização do solo. Diante dos riscos à saúde humana, a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS), a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia 12 https://www.atsdr.cdc.gov/ https://am37.files.wordpress.com/2015/09/avaliac3a7ao-de-risco-em-andrinc3b3polis-paranc3a1.pdf https://am37.files.wordpress.com/2015/09/avaliac3a7ao-de-risco-em-andrinc3b3polis-paranc3a1.pdf https://am37.files.wordpress.com/2015/09/avaliac3a7ao-de-risco-em-andrinc3b3polis-paranc3a1.pdf 14 (SESAB) e a Secretaria Municipal de Saúde de Santo Amaro vêm trabalhando em parceria, destacando-se as seguintes ações realizadas: • Estudo de Avaliação de Risco, que estabeleceu as recomendações para o acompanhamento da saúde das populações expostas: a) Identificação e avaliação de saúde das populações expostas no passado, presente ou potencialmente no futuro; b) Estudos de indicadores biológicos de exposição e de efeito para chumbo, cádmio, zinco e cobre em todos os grupos populacionais expostos; c) Organização e implementação de um programa de vigilância e atenção à saúde, contemplando os seguintes aspectos: • Formação de profissionais de saúde e da comunidade para a prevenção e identificação precoce da ocorrência de eventos associados com a exposição aos compostos identificados; • Construção de sistema de informações em saúde com o objetivo de monitorar os eventos relacionados à saúde das populações expostas; • Monitoramento das populações expostas para a identificação precoce dos agravos à saúde, decorrentes da contaminação ambiental, bem como seu acompanhamento; • Estabelecimento de parcerias com instituições de saúde e ensino, a fim de oferecer assistência especializada e realizar pesquisas científicas que contribuam para a melhoria da assistência à saúde destas populações; • Controle dos níveis de exposição através de indicadores biológicos; • Estabelecimento de programa de educação em saúde ambiental e comunicação de risco, para que a população possa atuar com autonomia na proteção e promoção de sua própria saúde. • Construção do Plano de Ação Atenção e Vigilância à Saúde da População Exposta a Chumbo, Cádmio, Zinco e Cobre em Santo Amaro (BA); • Construção e implantação do Protocolo de Vigilância e Atenção à Saúde das Populações Expostas a Chumbo, Cádmio, Cobre e Zinco no município de Santo Amaro, sendo este um documento orientador às equipes de saúde da família do município. Além disso, foi instituído o Grupo de Trabalho - Setor Saúde Santo Amaro, composto por representantes da Secretaria Estadual de Saúde, cujo objetivo é apoiar a implementação de ações de saúde para as populações expostas aos metais pesados. Embora esse grupo tenha sido constituído em âmbito estadual, conta com a participação da Secretaria Municipal de Saúde de Santo Amaro e com o apoio do Ministério da Saúde. 5. CÁDMIO 5.1 Definição Metal de transição, branco prateado, maleável e dúctil, apresenta resistência química e mecânica. Foi descoberto no ano de 1817 pelo químico alemão Stromeyer, que observou uma coloração diferente ao aquecer a calamita (carbonato de zinco), durante o experimento com o minério suspeitou que a coloração fosse um metal desconhecido. O nome “cádmio” deriva do latim “cadmia”, que significa calamita. O cádmio é um subproduto da mineração do zinco, é um metal raro, facilmente encontrado em ambientes aquáticos, mas em forma de greennokite 13 http://pesquisa.bvsalud.org/bvsms/resource/pt/mis-38692 http://pesquisa.bvsalud.org/bvsms/resource/pt/mis-38692 http://pesquisa.bvsalud.org/bvsms/resource/pt/mis-38692 15 (CdS), e possui a propriedade de ser insolúvel, por isso se acumula em gramíneas, aves, gado, cavalos e animais selvagens. Derivados de cádmio são utilizados em pigmentos e pinturas, baterias, processos de galvanoplastia, solda, acumuladores, estabilizadores de PVC, reatores nucleares O cádmio possui: Símbolo: Cd Número atômico (Z): 48 Massa atômica: 112,41u Ponto de fusão: 321ºC Ponto de ebulição: 765ºC O cádmio é um metal reativo, assim que exposto é possível observar o aparecimento de manchas, óxido de cádmio. O metal reage com ácidos diluídos e libera hidrogênio, porém não reage com hidróxidos. Quando fundido, apresenta coloração azulada. Apresenta propriedades semelhantes a do zinco, ou seja, qualquer composto de cádmio são extremamente tóxicos. Foi considerado metal pesado a partir de estudos que avaliaram a sua concentração em verduras plantadas. No experimento foi utilizado adubo proveniente da compostagem de lixo orgânico. Os resultados revelaram que as hortaliças continham níveis de cádmio que representavam riscos à saúde. 5.2 Utilização • Agentes de luminescência colorida em tubos de imagem de televisores; • Ligas com baixo ponto de fusão, utilizadas para produção de mancais devido a sua resistência mecânica; • Antigamente era utilizado como amálgama por dentistas; • Atualmente tem aplicação em baterias (Cádmio-níquel) de celulares e em pilhas recarregáveis, esse é o maior direcionamento do material; • Ligas de cádmio com telúrio são utilizados na fabricação de células fotovoltaicas, devido o seu baixo custo e eficiência de captação da luz solar; • Também utilizado como pigmento corante nas formas: a) Seleneto de cádmio: vermelho; b) Sulfeto de cádmio: amarelo; c) Compostos de fósforo: azuis e verdes em tubos de imagem. 5.3 Efeitos Por ser uma substância com toxidez próxima ao do mercúrio, o contato com esse metal pode causar sérios problemas de saúde. O pior tipo de contato ocorre pelas vias aéreas devido o material tóxico entrar em contato direto com os pulmões e corrente sanguínea, nesse caso o organismo absorve uma alta quantidade do material. Em outros casos, como bijuterias, a absorção ocorre por contato, principalmente em pessoas com alto teor de ácido úrico, onde o metal é absorvido e segue através da corrente sanguínea se alojando nos rins e fígados. O organismo humano acumula cádmio, e aos 50 anos o homem pode estar com carga de 20 a 30 mg, concentrados nos rins e paredes das artérias. A acumulação de cádmio no organismo da origem a diversos problemas de saúde, como a doença “Itai-Itai”. Essa doença gera problemas no metabolismo, tais como: descalcificações e reumatismos. Efeitos mais graves são decorrentes da alta concentração do metal nos organismos, isso pode acarretar na destruição de tecido testicular e hemácias sanguíneas. Além dos problemas já citados o cádmio pode causar fibrose e edema pulmonar, hipertensão arterial e anemia. Em caso de 14 16 contaminação, o cádmio apresenta sintomas, como: diminuição da temperatura corporal, náuseas, vômitos cólicas abdominais, perda de dentes, dores abdominais e articulares. O metal está presente em mariscos, ostras e peixes de água salgada, também em alguns tipos de chá e na fumaçado cigarro. Ultimamente, a maior preocupação com relação a poluição do ambiente por esse metal é o descarte de pilhas recarregáveis e baterias de celulares feito sem as devidas medidas necessárias. 5.4 Acidentes ambientais Pelo menos 26 pessoas morreram de envenenamento por cádmio e outras centenas ficaram doentes desde 2009 perto de uma fábrica de produtos químicos abandonada no centro da china, com o abandono uma enorme pilha de lixo permanece no local, provocando forte odor. Amostras do solo de Shuangqiao, na província de Hunan, continham níveis de cádmio 300 vezes acima do permitido e quantidades excessivas foram encontradas em 500 dos 3 mil moradores testados pelas autoridades de saúde. Foi informado que pelo menos 26 pessoas morreram devido a exposição do metal, oito delas com menos de 60 anos e 20 dela de câncer, enquanto crianças da aldeia nasceram com deformidades. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DIAS, D.L. Metais pesados. Química Geral. Disponível em: <https://eur04.safelinks.protection.outlook.com/?url=https%3A%2F%2Fmundoeduca cao.bol.uol.com.br%2Fquimica%2Fmetais- pesados.htm&data=02%7C01%7C%7Cb3887ecf4a42455f42d908d61073ad97 %7C84df9e7fe9f640afb435aaaaaaaaaaaa%7C1%7C0%7C636714486349066193&a mp;sdata=q1Werfdvtc%2FtAcUr9bSdMosJvzAqOfJ8TJT%2F9ya04aA%3D&res erved=0>. Acesso em: 28 Ago. 2018. EcoD. Biodiversidade. Desastres ambientais com chumbo assolam Hungria e Nigéria. Disponível em: <http://www.ecodesenvolvimento.org/noticias/desastres- ambientais-com-chumbo-assolam-hungria-e>. Acesso em: 25 Ago. 2018. eCycle. Chumbo: aplicações riscos e prevenção. Disponível em: <https://www.ecycle.com.br/component/content/article/63-meio-ambiente/2190-o- que-e-chumbo-metal-pesado-onde-esta-cosmeticos-batons-gasolina-cigarro- esmalte-produtos-de-beleza-tintura-cabelo-riscos-efeitos-na-saude-nauseas-vomitos- neurologicos-como-evitar-pervencao.html>. Acesso em: 26 Ago. 2018. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Vigilância em Saúde. Incidentes de chumbo no Brasil. Disponível em: <http://portalms.saude.gov.br/vigilancia-em-saude/vigilancia- ambiental/vigipeq/contaminantes-quimicos/chumbo/incidentes-com-chumbo-no- brasil>. Acesso em 24 Ago. 2018. QUÍMICA. Arsênio. Toda matéria. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/arsenio/>. 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