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A Teoria do Conhecimento na Modernidade
A discussão que deu o que falar dentro da Teoria do Conhecimento foi o embate entre o Racionalismo e o Empirismo. Grosso modo, o Racionalismo diz que a realidade percebida através dos nossos sentidos (tato, olfato, audição, visão e paladar) é enganosa. Assim, é somente por uso do nosso intelecto que podemos alcançar o Conhecimento.
Por outro lado, o Empirismo dita que o Conhecimento vem das nossas experiências. Isto é, trata-se do conjunto das experiências vivenciadas pelos nossos sentidos. Um bom exemplo de explicação para esse discurso empirista é a metáfora da tabula rasa, a princípio usada por Aristóteles.
Essa discussão se estendeu até o século XVIII gerando diversas novas teorias. Entre as emergentes linhas de raciocínio da época, uma em particular ganhou bastante repercussão: o Criticismo de Immanuel Kant.
Kant conseguiu propor uma terceira via ao antagonismo entre Racionalismo e Empirismo. Essa via ficou conhecida como Teoria Crítica. De uma maneira bem geral, ela tende a unificar ambos os raciocínios (Racionalismo e Empirismo) para encontrar um terreno comum em ambas as concepções.
Importância dessa teoria na atualidade
Isto tudo para não sermos enganados pelos discursos falaciosos que nos cercam, uma vez que a quantidade de informação produzida com a chegada da internet é algo colossal. Assim, não é porque você tem alguma informação sobre algo que você conhece algo, ainda que essa informação seja verdadeira.
Por exemplo, eu sei que motor a combustão foi uma invenção criada durante o século XIX que utiliza a força de uma explosão para gerar movimento. Contudo, se supormos que por qualquer razão infeliz eu esteja em um veículo que venha apresentar defeito no motor, eu ainda não conseguirei consertá-lo.
Por fim, a Teoria do Conhecimento é o que nos auxilia nas descobertas e pesquisas científicas. Além disso, auxilia na garantia do Conhecimento produzido por elas e que, por meio da informação disseminada, chega a nós. Dessa forma, garantir a veracidade das coisas é de extrema importância para evitar acontecimentos potencialmente desastrosos.
O Príncipe de Nicolau Maquiavel
Nicolau Maquiavel nasceu em Florença, na Itália, em 1469, e foi um importante historiador, filósofo, diplomata, estadista e político italiano, até falecer em 1527. Suas principais obras são “O Príncipe” e “Discurso sobre a primeira década de Tito Lívio”.
O Príncipe
Na obra O Príncipe, Maquiavel escreveu sobre as relações que um soberano deve ter com a nobreza, com o clero e com o povo, demonstrando como se deve agir para conseguir chegar ao poder e também como preservá-lo. Explicou, ainda, como manipular a vontade do povo, além de dar instruções de como desfrutar de seus poderes.
Na verdade, esta obra é uma análise fiel da época em que viveu, de como era o poder político e sua atuação.
Maquiavel imaginou que um príncipe de alguma cidade italiana pudesse dominar pela argumentação, pelo dinheiro e pela força as outras cidades, tornando-se um soberano absolutista da Itália. Desse modo, a obra O Príncipe é o conjunto de recomendações para que tal governante chegue e se mantenha no poder.
Em síntese, a ideia é: “os fins justificam o meio”.
O que significa ser maquiavélico?
Principalmente pela frase: “os fins justificam o meio”, passou a ser chamada de maquiavélica a pessoa que era firme em seus propósitos.
Em suma, trata-se da pessoa que aspira uma sociedade perfeita. No entanto, com o tempo, tanto a frase dele quanto sua frase, foram mudando de sentido e o adjetivo maquiavélico foi distorcido por uma interpretação pejorativa, que agora são associadas a ser malvado, agir de forma injusta, terrível.
Virtù e Fortuna
Quando Maquiavel afirma que o príncipe deve ser virtuoso, ele não usa o conceito cristão de virtude, mas o conceito pré-socrático, onde a virtude é força, planejamento, capacidade de se impor. Neste sentido, virtù é a qualidade do homem que o capacita a realizar grandes obras e feitos, é o poder humano de efetuar mudanças e controlar eventos, em suma, é o pré-requisito da liderança.
A virtù contrapõe a fortuna, porque esta é o acaso, o curso da história, o fatalismo. Isto é, se na virtù trata-se da capacidade do príncipe em controlar as ocasiões e acontecimentos do seu governo, das questões do principado, na fortuna está relacionada às circunstâncias, ao tempo presente e às necessidades.
Embora seu pensamento não fosse compreendido corretamente, mas seu objetivo era escrever um livro com recomendações ao príncipe para que este pudesse permanecer mais tempo no poder. Neste sentido, o fim que era a permanência no poder, deveria estar acima daquilo que ele ia fazer para conquistar as pessoas. O príncipe, portanto, deveria ser virtuoso, isto é, saber governar com prudência e capacidade.

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