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Streptococcus pyogenes como agente de infecção da pele e tecidos moles Streptococcus pyogenes: Pode ser transmitidos por gotículas, colonizam de forma transiente a orofaringe, embora não sejam componentes comuns da microbiota. Podem colonizar a pele também, pertencem ao grupo A Fatores de virulência: - Adesinas (para adesão no tecido do hospedeiro) - Cápsula (inibe a fagocitose ou seja é uma forma de escape do sistema imunológico) - Produz enzimas ( essas enzimas degradam a C5a peptidase do sistema complemento) - Liberam toxinas que agem como superantígenos e estimulam respostas exageradas. - Produz etreptoquinase a qual lisa coágulos e facilita a disseminação -Também produzem estreptolisina que lisam as células - Também produz Dnases A e D as quais lisam o DNA e reduzem a viscosidade do abcesso facilitando sua disseminação. Nosso corpo produz anticorpos anti DNase B. - Também possuem proteínas N que interferem na fagocitose e bloqueia a ligação de C3b. Essa bactéria primeiramente coloniza, e em caso de perda de barreira essa bactéria irá invadir e causar a infecção Doenças provocadas por esse MO: Celulite, fasceíte necrosante, síndrome do choque tóxico, impetigo, escarlatina. ESCARLATINA Erupção eritematosa que se inicia no tórax e se espalha para as extremidades. Um bacteriófago interage com o vírus e faz com que esse vírus seja capaz de produzir uma exotoxina pirogênica (que provoca as erupções). Se inicia de1 a 2 dias após os sintomas iniciais de faringite. Forma linhas de pastia que são visualizadas nas dobras cutâneas. Alem disso a região perioral as palmas das mãos e dos pés ficam pálidas. Além disso a língua fica de morango (avermelhada e com camada branca). A pele descasca. IMPETIGO É uma infecção purulenta da pele que pode ser provocado tanto por staphilococcus aureus quanto por pioderma. Primeiramente esse MO coloniza a pele e espera uma oportunidade para infectar o hospedeiro. No impetigo não se tem sinal de infecção sistêmica, os sintomas são mais localizados na pele. O impetigo afeta principalmente áreas expostas como face, braços e pernas. Primeiro se forma uma vesícula que progride para uma pústula e se rompe formando uma crosta na superfície. Pode acontecer disseminação secundária por autoinoculação como por exemplo quando o paciente coça a lesão e passa a mão contaminada em outra parte do corpo. ERISIPELA É uma infecção aguda da pele. Nessa infecção tem-se uma dor localizada na região inflamada. O paciente pode apresentar sintomas sistêmicos, leucocitose, aumento dos linfonodos, febre. A área afetada fica edemecciada. Podem aparecer bolhas no tecido. Essas lesões são mais comuns nos membros inferiores pois estão mais expostos e sujeitos a lesões. É mais comum em crianças pequenas e idosos CELULITE É uma infecção da pele e tecidos subcutâneos mais profundos. A lesão e perda de barreira facilita a infecção por esse patógeno. A diferença entre região infectada e não afectada não é clara porque acomete os tecidos mais profundos e menos o superficial. Apresenta sinais sistêmicos. Pode ser causado por diversas espécies, não é exclusica de pyogenes. Provoca inflamação, rubor, edema. FASCEÍTE NECROSANTE Também chamada de gangrena estreptocócica, também se referem a ela como bactéria carnívora. Provoca infecções no tecido subcutâneo profundo e se dissemina ao longo dos planos fasciais, ela também pode destruir o músculo e tecido adiposo. A perda de barreira também pode levar a entrada do patógeno. As manifestações iniciais são: formação de uma bolha e o tecido começa a gangrenar (necrose tecidual). Essa infecção também apresenta sintomas sistémicos. Acomete tecidos profundos e as vezes não é tão aparente externamente mesmo internamente o tecido estando bem destruído. Pode provocar toxicidade, falência de múltiplos órgãos e morte. O tratamento é agressivo realizado por debridamento cirúrgico do tecido infectado e em alguns casos imputação. Bactérias que produzem exotoxinas (SpeA, SpeB, SpeC e SpeF e proteína M estão relacionadas com a fasceíte necrosante. Essas exotoxinas provocam uma resposta imune exagerada, necrose tecidual e rápida disseminação da infecção. SINDROME DO CHOQUE TOXICO ESTREPTOCOCICO Os sintomas são dor, e sintomas sistêmicos inespecíficos. A dor se intensifica a medida que a doença progride para o choque e a falência de órgãos como rins, pulmões, fígado e coração. É causada pela disseminação da bactéria, bacteremia ou consequência de uma fasceíte necrosante não contida. Pacientes mais acometidas são pessoas portadoras de HIV, diabetes mellito, doença cardíaca ou pulmunoar e usuários de drogas. Essa síndrome é provocada por sorotipos M3 ou M1 que possuem uma cápsula de ácido hialurônico que protege a bactéria da resposta imunológica. A resposta imune é exagerada (super antígeno) e ativa neutrófilos Também corre a produção de toxinas SpeA e SpeC. Coloniza a pele de forma transitória, essa colonização precede a infecção. DIAGNÓSTICO: análise dos sinais e sintomas, microscopia, cultura, testes sorológicos na procura de anti corpo anti-DNase B. TRATAMENTO: Uso de antimicrobianos tópicos ou parenterais, em casos mais graves o debridamento.
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