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Evolução Livro

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© 2009
Qualquer parte desta publicação pode ser reproduzida, desde que citada a fonte,
Todos os direitos desta edição reservados a editora.
Gravura da capa: Francisca Carolina do Val
Sene, Fábio de Melo
Cada Caso, Um Caso... Puro Acaso: Os processos de
evolução biológica dos seres vivos / Fábiode Melo Sene. — Ribeirão
Preto — SP: Sociedade Brasileira de Genética, 2009.
252 p.
ISBN 978—85—89265—11—9
1_ Evolução biológica. 2. Seres vivos. 3. Biologia Genética.
4. Biologia Evolutiva. |.Autor. II.Título.
Diagramação e capa:
ª?cubº f
Editora SBG
Sociedade Brasileira de Genética
Ribeirão Preto, SP
St,)ctiednde
Brasileira de
Genética
Sumário
Agradecimentos............................................................................viii
Apresentação .................................................................................ix
Prefãcio ..........................................................................................xi
Capitulo 1
Primeiras Palavras ......................................................................... 7
Capítulo 2
Charles R. Darwin eAlfred R, Wallace ......................................... 77
Capítulo 3
Conceitos Básicospara o Entendimento da
Evolução Biológica ....................................................................... 31
Capítulo 4
Teoria Sintética ou Neodarvvinisrno ..........................'....................45
Capítulo 5
Revisão da Teoria Sintética ..........................................................53
Capítulo 6
Os FatoresEvolutivos .................................................................. 67
Capítulo 7
Adaptação .................................................................................... 77
Capítulo 8
Interação entre os FatoresEvolutivos..........................................95
© 2009
Qualquer parte desta publicação pode ser
direitos desta edição reservados à editora,
Gravura da capa FranciscaCarolina do Val
Sene. Fábio de Melo
Cada Caso. Um Caso
,
Puro Acaso: Os processos de
ão biológi a dos seres vivo / Fábio de Melo Sene — Ríbeirão
Preto SP Sociedade Brasileira de Genética, 2009,
2_ 2 p,
ISBN 97875578926571 1-9
1.Evolução biológica. 2.Seres vivos 3. BiologiaGenética
4 Biologia Evolutiva Autor II, Título
Diagramação & capa:
ªri/cubo '
Edwtnrá SEG
»dadc Brasilcwra (lc Gen..»uça
Ribe'rão Preto, SP
& : dade-
B..z»,.wu._. .h-
(: Wézlca
reproduzida. desde que cilada a |o|Rev Sumário
Agradeníl77er7tas., ..... .
Apre.-
PrefáCNO .
Capítulo 1
Primeiras Palavras . ..
Capitulo 2
Charles R,Darwin eAlfred R. Wal/acc.'.
Capmno 3
Concellvs Bá icms ,para oEntendimento da
Evolução Uzoiúgiua.....
,,
Capitulo 4
Teoria Sintéilca ou Nevdarwinisrno,
Capítulo 5
Revisão da Teoria Sintética”
Capítulo 6
Os Fatores“Evolutivos .........
Capitulo 7
Adaptação
Capítulo &
Interação entre as FSÍCUVÉES EV|)Í£Ill-V(7_Q,,
Amanda Trovati
Realce
Capítulo 9
Diferenciação entre PopL/façóes e
Origem das Espécies
, ,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,, , ,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,
103
Capitulo 1!)
Evolução dos Grandes Grupos .................................
, ,,,,,,,, ,,
. 129
Capítulo 11
O Documeníán'o FOSSA-l, ,,,,,,,,,,,,,,,,,,
Ca ulo 12
O Cenário da Fun/ug:"
Capitulo 13
A Distribuição dos Seres Vivos na Terra
,,
161
Capítulo 14
A Espécie llumana,.. ........................................................ 179
Capitulo 15
Ult/“rn 3- Palavras,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,, 207
Índice rernissivo,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,, 231
Referências bibliográficas ........................................................ 237
_
.-.—.
Dadl'cató a (6/17 linha [ji/ªcta)
f 7 Palrí 'a e Fabiana, que—nuas ninas;
f2 Burma o Maiªíama, amadas nczas.
das ,c-ngénma ::UInpa/lllfrarja ::urnAluna Clê/la,
”unha.:- "nunc—fas urud/leiaà'
AgradeCImentos
Soi.mi grato aos sagu iles eniigos e colegas por terem o total ou
Darc simer-te a pruva deste livro e apresentado sugestões para corrlgirlo,
quer lessemerros ou emissoes, os biólogos7 Eliana MariaBoluzzoDes en
Fernando rarie Franco Luis EduardoMae“trcl Bizzo,MariaÃngela Niero
M, Muralra. Maura Helena Manfrin. Rogerio PincolaMateus Vera Nisaka
Soltenni- ::medico Renato Barroso Peire dc Caeiro, as professoras de
portuguêse literatura Flisehetede Carvalho Spoeilo, MariaMartaBotelho
de sa cabe te Marine rerreira- as profe«— ulLe Reg wa Raquete
Loures e Marisa Colherlnhss Alarcon pelo senso Crlll — ,e. pela rÚrITISÇãO
religioso. Ncnhulh deles e responsável pelos erros e pelas nm ões que
everilualmomo ainda persistirem no livro pois nao eoetei todas as sligeslnes
que me furam dadas e lalhbérn porque.depo do ser lido por eles, o vm
re rev seria sem que eles pudessem opinar sobre o que foi alterado.
Agradecimento especial aminha companheiraAlzira celiaSuaies
Sene. educadora, escritora, pela leitura. correção, reorganizaçãodo lexlu
em todas as etapas .:vcrsõeº do trabalho, e nelaso eussees sobre pontos
polêmicos que ajudaram mL to no ajuste das idea Durante mais de um
ano, este !ivroocupou principalmentemeus finais de semana, quando aquei
por mala de dez horas por dia. no escritório de casa, por ela apalldadn de
caverna.
Apresentação
Escrever um livro—lexlu sobre evolução exige. de parte do oulor. ou
como umagrande dose de nteresse noseventuais Ieltorcs,A presenteobra
não e um iivrotexto nosentido trad eional, masas demais quali ieaçoessee
DIOde MeloSerie e um professor com largacxperlencia no
rio, lanlnnn nivelda graduação como do pósgraduaçao.
)rrl() pesquisador de genéticae evolução das moscasdo- , sempre estiveramjuntas corn ;.ativiqaue didaticae sem
a], onde os CDHCSIIOS, os metodos
de estudo da evolução. bem como suas impli ações, são tratados na
forma de uma 'longa conveisa , qual um "iongn argumento" da
notável a capacidade do autor de apresenier e disrutir tomas complexos,
como se eSÍiVCSSU a conversar cºm seu leitor ou [ ora Não há CItaÇÓeS
bibliográficas que x(errurllpam esta sonversamarratlva. Certamente que foi
uma obra amadurecida uu ILH'Ig(J da tempº, commulta reflexãoe naturalmente
com a criatividade de quen] convive com o tema ea evolução, no campo
e no Iaborató o. o IIVIU e lei qual ráhn Sene "vê“ a evolução ! TC. o
privilégio de ler esta obia prevamenie me lembrou de outro inesquecivel
professor, escritor e evoluuiurllsla bras eirn- New—tori FroiroJVlaia.Ambos,
Fábio e Newton. se aproximem quanto en estiáo da narrativa, de fluência
argumentativa e do interesse em transm ir se le or(a) todo o entusiasmo
pelo torne da evoluçao,
Cadacaso umcaso,.puroacaso, trata dos problemasquassa usuamirnente
apre enredos em disciplinas de evolução noscursos de graduaç o da ria
dades brasileiras.Ema_, uniméritodo livro:qualquer estudante
te.xtnnsponiveis, É como
se ano as aulas ele fosse conversar com outro professor para ajuda7lo a
entender os padrõeso os processosdaevoluçâu, ruascom uma linguagem
diferente daquela que ele ouviu em sala de aula,
' ad()|:hin pordisponibillzares aos! orcs brasdeírus um texto tão
pessoei, [ao rr:o e ]nformativo como este. Cre o quo CIE] :»que le faltava
para completar o dito popular que fala de riso aç o pessoal atrav s
um fiihu uma arvore. um vro !
Aldo Met/ender deAraújo
ências, UFRGbDepartamento de Genética, Imer/tuto do Bíuc
Prefácio
Geralrnenle e explanação sobre se ideias. que exp "earn o processo
evolutivo leiri sempre um caráter pessoale variamuitode umautor paraoutro,
muitome de que em quelqiier outro assunto em Biologia, provavelmente
DeiaColhplexldade oes- releçoes e peles. implicaçõesdecorrentes das ideias.
Este iivro neo fugiu deste Gerente ee, Qi ento mais estudo o processo
evolutivo, mais dúvidas surgem e, s respe to dele. ter eonviecocs rígidas.ou
se achar eiitoridade no assunto mu to pe goso. Em relação a assuntos
que envolvem etica, morsl e rellglão. como no caso da origem da especie
humana, ev ei expor opin ões pessoais que oxtrapolas emo uurlhecmento
cientifico No entanto. foi impossivel evitei everlluaís ieririenr'nsinenes
provooadsspela minha formação o... gc (Karn especieiineee em
genetica de populações.
oo emente nãotive a intençãode esgotai todos os aspectos que
envolvem o assunto e procurei abordar os que fundalherltulrl as Ideias
sobre o processoevolutivo.o pri 1cipoi interesse sobre si teor si de evolueee
ses e teorias que a compõem e. por isso, em tocos os
preeiire aprP<ehlár aº,
Prlmeiras Palavras
Lºlªlldºº
"soa dúvida seiva,"
Mim—,, reinante;-
rJaobservação de lodosos seres vivos atua s. dois fatos se costaearn:a
incrivelvarlsdade clas formas de vida de organisnius aceluleres, unicelulares
comopluricelulares. todos representados pelos organismos atug'
r ,, , os fungos, as plantas.
e e
os virus, as algas, as bacteras, os plulu£()
onde vivem, (:!)mnos organismos aquáticos.de água
doce ou saigada, os tei reslres,vlvendn em diferentes temperaturas altitudes.
luz ou menos luz e nos mais diversos an1bie|1tes daLnTlidadeS. com mais
Terre — das profundezas dos oceanos ao picodas cadeias de montanhas.
dos desertos as florestas úmidas, dos polos as regiões equatoriais — e,
ainda, os parasitas intracelulares.
igura 1.1_ Algumas riasmilhares rls formas do mundmsriirnsi que vivem nos dlfcrurrluu siriuiuriies
teiiesties,
2 Cada caso, um caso. PuroAcªso
É cornpreerislvei que um observadoi, por não saber as causas e os
processosque deram origema toda essa complexavariedade e adaptação
dos seres vivos atuais nãoaceite facilmente, a exp cacao clentiricade que
tudo tenha sulgdo sem intenção por puro acaso, neipalmente porque
nesse processo, um dos casos e a origem da especie humana,
Supondo que a oien ia seja uma coisa seria, ou deveria ser, e que
stas nao sejam bobos e nem totalmente loucos. e natural que
haja curlosrdade em saoer em quais Informações cientificas eles estao se
apoiando paraalirrnareni, namais de 150anos, que o processo evolutivo
ocorre sem planejamento,
A dúvida subre a origem e a diversidade da vida deve ter sempre
acompanhado a humanidade sendo que os prime ros registrosde tentativas
de explicação para a diversidade dos seres Vivos sao encontrados nos
gregos Porém,apenas emmeadosdo s ,culo 15;o ar.urniilo de iirorrriac es
i.entirio sperniitiuque o estudo na forma como entendemos atualmente,
tenha s do inicia
Com o eonhecmnento sientmco atual, estamos Vivendo, no miolo de
secuto21, ummomentomuito importante parao destino davida humana na
'rerra,A d erença entre nossageraçao e as gF-reçoe humana, ,
e que nos temos consCieneia do risco de exllnção e, portanto,
responsabildade de tentar lex/[tariª i—ia séculos a e per.e humana tem
destruído o ambiente noqualevoluiu. Naoestou ral doapenas da de-
das matase da poluiçãodos riose oceanos que sao questoes ma
Faloem termos do ambiente terrestre como um todo da temperatura, da
conipos çáo atrnosférlca. da umidadedo ar,Tambem me refreao tamanho
da populaçao humana atual, que ja passou de seis:llhõesde individuos,
Essee o rnalor r'sco ,ela a sohrevivn a da e -p A dificuldade parao
eontiole do tamanho populaisienal.eue necessariamente passa pelo controle
da nata dade. e agravada pelafalta de informaçao/conhecimento, pelafalta
de ass stencia médicae pelas restriçoes impostas por muitas religoes.
Este livro
o objetivo deste livroe expor os dados e as informações nos duals os
cientistas baseiam se para eon car a teora evolucionista. ou o processo
evnlulivndos seres vvi>S. Esvandnas dlsuussões aus Iln [susdu conhec.: TlellÉD
atual sobre O aSSurJKQ.
Não Sãodlscutldasas hipotesesCientlficãs sobreos eventos que cu[minarsm
naorigem davida, quando uma prrimeiraestrutura foi capaz de auloduplipiars
se, Essaestrutura, umamoléculade RNAoudeDNA, tanto pode ter surg do
espontaneamente naTerra corno podeter vindo do espaço, Indopcndcntcmcntc
dsso, fo'l aqu , naTerra, que elaevoluiu paraos seresv vos qiie conhecemos
e e. esse proc—,e so de evoluçao o assunto deste livro.
Serao expostas as provas cient ficas de que todos%os seres vvos
da Terra surgem e se extinguem por processos natura , sem eventos
sobrenatural S.
As lnrorrr ações a respeitodos conhecimentos científicos referentesao
processode evolução dos seres v vcs e que norteiamo trajeto deste texto
portanto. a atençao do livro . vnHada para o queja e conhecido.
Urnconhecuncnio novo so iern sentido quando o novosaber é acrescentado
a um saber anierior (Juandeministrocursos, tenho uni-o ideiageraldo que
os estudantes ja ouviram ou sabem sobre o assunto e busco acrescentar
eonhec mentos ao saoer anterior, Quando sou palestranteja e me s dit cil
uurisegulr adequar o assunto por não saber o grau de Conhecimento de um
publicomas amplo, Quanto à exposição em vrc, srnto que a situação e
intormediaria, poso fato de o texto ser escrlto permiteao le or a reletura de
que tiver diflcuidade paraentender e, eventualmente, antes de pros-seguir,
osqu ar algum conhecimento preu/ln em outras fontes,
Para assurltu ' [)(nlerrllnns há a tentativa de não ultrapassa" O Ilnllle do
cnnhaclmento e entifieo atual, ev tando espeeuiaç )es,A teoria evolucionista
ja e interessantee impiexaem s e naoprecisade polêmicasespeculativas
para se tornar atraente.
Como o processo evolutivo e biocenmco, voltado para a vida. e não
antropocenzrico, voltado para o Homem, a espec e humana e tratada
como urnaespeoe animal parteda cadea ar mentar.Algumas pessoasse
Incomodam com essa designeeao, mas isso e apenas uma clas icaçao
b ologica (taxonomiea),o decorre entre outras coisas, da óbvia constateçeo
de que a esper— humana não e vegetal. Quando na o curso primar o,
decada de 1950.fo me ensinado que os animais se dividiam em racionais
e frias/anais, sendo que a Únicaespecie pertencenteao grupo dos racionais
era a espécie humana,Asdemais espec'es do reino animal perten am ao
outro grupo. Este, para anrrl, e o melhorexemplo de taxonomia com visão
sntroooc ntrica,Taxonom a (taxado grego tásseina sgiuoar. class near +
nomiado latim non1inaree dar nomes)e a ela sifioação dos seres vlvos
em gruoos semelhantes de acordo com correlações evolutivas.
A evolução dos seres v vos como um problema científico
para que a ciência ou um Cientista se preocupe com um a sumo e
precisoque hajaduvidas sobre ele e que exlstªm perguntas paraas quais
nao existem respostas satisfatórias,
Quantoa origeme adiversificaçao dos seresvivºs. ate o ll'uiudoseculo
1B, havia urna explicaçãoque satisfazia os estiid'osos e, portanto, nao era
um prublesrna que deveria ser Investigado,A explicação de que tudo teria
s do projeto e obra de um criador onipotente era perfeita e rnconiestavel
A teoria do foESIIiu da - especies, dominante na epoca. propunha que as
esp ,r.es laríam sido criadas CDITI :; rnesn'iu forrila e estrutura atuais, e
seriam muta'veis, rixas.
:: Caos Casa. umosso Flii.)A. ,.en
Considerando o fixismo oas espec es nnrrtr)verdadelro, Llnneu (17077
1Tra) (, ou o codigo oe nomenclatura Sysrema Natur-as, pub! cado em 1735.
somo umamane' 'ade catalogar e organizar a o assmoaçao clas espécies.
A ele e atiibulda a frase "Deus oreavir. Linnaeus dieposuit“ (Deus orou,
Linneuorganizou). Chegoth e a imaginar naepocaque com certo esforço,
chegariao momentoemque todos as espécies existentes nomundo ter am
sido descrita
relaçaoa vlda, Mesmoa iinooitanteviagem deCharles Darwin iniciadaem
1531,a bordodo navioBeagle coletando amost as da fauna e flora poronde
passava. tinha como objetivo inieal uma catalogação, o lemada viagem
do Beagle oro: admajoremDeigloria". (paramaiorglória de Deus).
EmBiologiaextatem os fatos, Os biologostentam encontrar exp ioações
para os fatos Ass n—i cialrnerite fazeiri hipóteses. as mais lá "cas
pussívciª. Se a hipótese for confirmada, vira uma teoria, Se a teoria for
sempre uu ri. “ada. v ra uma lei.Quando uma teorra deixa de explicar os
tato , prer -er revista e, eventua mente, alterada, lmpossive e mudar
os fatos, Em pesquisaoiologioa, os fatos sao revelados polos dados tanto
os coletados na nature7a somo os resultantes de experimentos e, quando
não estao de acordo com a teoria, nuneadevem ser alterados para serem
ajustados a ela,A coleta ou o experimento deveser refetto.Nunca -dcvc
descartar a possibilidadede a teoria estar errada, Foio que aconteceu no
fiel do seculo 19e durante o seculo 19,
A teoria do rissmo das especies começou a nao exp ear os fatos.
fazendo com que a origem dos seres vivos passasse a ser um problema
a ser investigado oientitioamerite, varios eventos foram resporisaves pela
daria-oraçao dos processosde contestaçãoa entre elas, dn s fatores elevem
ser destacados
f'ltcir' n ampliação ter orial das coletas biologicas possívelgraças 5.
Enquantoos taxonomistae trabalhavam apenas corn
a
amp açao das coletas paraaAsia e outros continentes, começou—SEa observar
que os seres VIVOS apresentavam oiterenças de lima regiaoparaoutra, o que se
convencionouonamar de vunuçdu geografica,A variaçan tanto not-liaser gradual,
criando umgraoiente oe variar,-eee cun nuas.oomo ser snr-ipva, com variaçao
descontínua, Começou a tioar oi I estabelecer ate' que ponto o .diferenças
entre os organismos dislantes geograficarn-z'rlle eiam suflcãcntcs paraque eles
fossem olassif eaoos on.-rio espéc s diferentes. abalando o conceito de fixisino
mites oa especie. com base l o lixismo,
curneçuu 'ara origem da variaeao oeogra ca.A
enorme diversldade ue seres vivos encontrada a partir da amollaoao da area
de observação para alem da Eurasia tomou oirie a manutenção ria nranças
ate entao indiscutiveise alem do fixismo os o . ..os larnbén] foi abalada a
lendada area ale Noa,sao muitas as historias incriveis riaa'unle,a humandaoo
acredllou por fa ta os informaçao e de conheutrnunlu.
Caclluln i, primeiras Palavras 5
e segundo lalor;e momento hlstórch/Culnlrslnaepooa Erao fin] de inquisiçeu
religiosaeo aparecimento oe filosofos do movmontoconhecido como iluir sriiu,
entre eles.Voltaire (169471770), Rousseau (171z71/ ra).Didelul (1713—1784),
d Aiemosrt (171771783) A pesquisa eien isa. como nois e eurilieuda. teve
ini na nossa épmoal baseadanas an... açoes de que o uso leigo cla razao. na
oesq. sa nissofica e , en mea, [lllliuuolnumissaoComum:
a) oron ovei o saber antimetar's'eo, fundado no eu so do metouo
cxpel' ieiital,
o) oeiiii os preuorlceilcs e as supers ,oes,
i,) faser triunfar o espirito de toleram—..e
o) iurninar as consciências.
e) diluiiuir. em lodos os extratos sooiai
r; reformaras Instituiçõ s
9] limitar a influencia das areias nos Estadose ri.—. educaçao,
,a educaçao a a cultura;
Daquelemovimentofez pane o nie—todo Clellll' ro de Descartes (René
Descartes. 1596-1850)que, em h'nle e, di7 o segt te
a) janisgs aceitar couto cxutu cota-J alguma oa qual nãose ronneoaa evidencia
ooino [ , evitar-ue a oreoipitaçao e se fazendo o esp aeairar aquilo
claro e uislirito. sobre o qual nao sairem dúvidas;
b) aivio . uuuu r_lili —uloaue a ser examinada em quai—nas pai-resforem passive
e lleuessárlas para resolve-la;
e) por em ordern os pensamentos.comecando pelosmais_
de serem Conhecidos, para =Hng , aos poucos, os me
a) fazer. paracadacaso, umaenumeração tao exatae uma revi o tao :trrlplfi |?
geral para se ter a certeza da que nao se tenha a quem-lr. ni.om oalgo,
A partirdo anel do século 1s. naquelaarntnenle oiiitiiral, a o sousa-io sobre
u origem das espécies e ou origem da diversidade oiologioamtensifirou se
no irieio entirioo,
molese mais mar— a
complexos.
As primeiras hipóteses sobre a evolução dos seres VIVOS
Umadas primeiraspublicaçõesos textos sobre evolução foi Zoonomia
puolioaooem 1795 por Erasmus Darwm (1731 1302). Emboranaomeneionasse
a seleç o ! atuial, dãSUu a a questao das adaptações e espeoiilava sobre
a Dosslbllldsde de uma especie poder evoluir a partir de outra esueoie.
Embora sem muitos dados ou experimentos, o lraoalrio mostra que o
fiXismo ja estava sendo questionado e tem importância historica pelo fato
de o autor ser avô paterno izle Charles DarWin.
Em 1808,o blólogofrancês Jean Baptiste l_amaiek piopos uma n pote e
para explicar a incrível adaptaçao das esposo es aos diferentes ambientes,
kmhora essa hipotese seja tratada nos livros escolares como uma teoria
evolutiva. o impacto neoon-al para a epoca ri o foi muito grande porque
s 7 Cada Caso. um casa PurºAcuso
propunha uma explicação para a adaptaçao das especles, mas nao puslulava.
necessarlamente que, atraves das adaptações—, a espeoie poderia passar
a ser outra sspéue. Ou se a. a hipótese de Lamarck não questionava a
urlgetn das especies.As hipoteses sobre o t so e desuso e da transmissão
dos caracteres adquiridos tiveram muito suoe so, tendo s do adotadas ate
pelo proprio narWin a partir da sexta ediçao do livroOngn? das Espécies,
As principais raaoes p ra o sucesso e que elas sao muito logioas, lntuitivas
e r ce- s do Sºrel“ expl caldas e entendidas, É muito tacil SXpEICFlr a leona
de Lamarck até para uma criança e costumamos dizer que as pessoas
nascem lamarckisfas Para surpresa nossa. há alguns anos. estudantes
do Último ano do curso de crer".- as Biológicas, embora tenham ouvido,
desde o ensino fundamental e medio, que a teoria de Lamarok e errada.
ao serem instigados a resolver questões evolutivas. cerca de Gº“/o deles
empregaram um raciocinio Ianvarckista Muito importante para a epoca, o
trabalho de Lamarok. elnbora muito log o. contém erros bioldgioos graves
e fundamentais e deixou de ser considerado a partir do final do seco e 19.
me o pelo qual não sera discutido neste livro,
A diversidade biológica
Quando os inglese (:hartes Robe t Daiw n (180931332) eAlfred Russel
grande diversidade o o
laera conhecida.Antes deles. inúmeros pesqulsadores/nolstnres europeus Ja
haviamestado aquí & proniov do verdadeiros arrastões. coletando espénímPs
da flora e da fauna, dandu inicio ao que se denomina. hoje, bloplralaria, Entre
dezenas e talvez centenas de nomes,eitsre Johann von Spix (175171325);
Karl von Martius (17944son); SaintsHllaire (1779-1553); Johann Nattorer
(17874843): Max von Braunsoerg (17824se? Georg von l_arigsdorrl
(1774n1852).W heim LLIdWÍg vorl Fahhwege (1777—1855):T'homas Ender
(1xao-1375); JeanAgassiz (18074873 Robert HermannSchomburgk (1804-
1tido); PeterWilhelm l_urid (180171aaa), Ludwig R ecle! (179071561)
Todos esses pesquisadores/coletores permaneceram eu por mais
tempo do que Darwlrl e Wallace e coleta am muito mais materiais do que
os doisjuntos, com uma agravante: a maior parte do maior al coletado por
Wallace rn. perdida pelo naufrágio do navio a caminho da Europa,
por falta de uma teoria unineadore da diversidade dos seres vivos,
todo material era coletado e catalogado como uma coleçao de selos,
respeitando se a locallaaçao e data da coleta e o tipo de material coletado
Dol semelhanças e diferenças,
i Para mais xnfurmaçõcs subrc s "spt-rl , ..» H» .ml r,anmlrsr a ];vro Episódios a.)
Zunlmgís Hl'slqlllra.dr ,..ilnr...tit “uii. F. vªns—uh,“, mrbin ti em 10114Pais Editºra llucchc.
Capitulo 1e Primeiras palavras 7
Wallace e Darwun
Tentar exdlicar por que soWallace s Daru/in "veram, lndependentemente
e quase simultaneamente. a mesma ideia para explicar a origem de tanta
divers dade e um exercir— o puramente especulativo, Dizer que eles eraln
mais inte entes mais geniais ou mais espertos do que os outros tambeln
e uma afirmaçao leviana, Porém um fato mu o importante aconteceu
aos dois, depois de terem visto a grande dlversidade biologica em areas
continentais sulaamer cana . Darwin contornando o continente. e Wallace
Vtajando pela Arnaaonla, ambos entraram em contato com a fauna e flora
de arquipélagos Darwin. em Ga apagos,Wallace. na Malásia.
E. o que d erenera os arquipelagns das áreas continentais? A
descontinuidade das pnpulaçõ s. isoladas umas das outras pelos limites
das ilhas,A diferenciação entre populações isoladas e molto maior do que
se elas vessem uma dist uição geograficamente continua e, embora o
processo evolutivo atue igualmente nas ilhas ou nos contlnentes, o resultado
da difere-ic eu; D noa rnullo mais evldente nas ilhas.
Tanto as discussões anteriores sobre evolução. como as ideias de
na=lrwir1eWallace questionavam exclusivamente o fixlsrno e a origem das
especies Até então não era aventada pelos blologos a questao da origemda vida portanto não se discutia a existência ou não de um criador
Os criacionistas
Embora a aja tenha explicacao bcrrl comprovada do processo
de evolução biologica. a maioria da humandado ainda acredita que tenha
qualquer ordem de poder etnico ou religioso.
Como ninguémnasce sabendo. tudo o que a humanidadeja descobriu
ou la fez tem de ser aprendido, Não adianta a pessoa nascer no set—,uln 21
porque, se ela nao estudar. sora tao ignorante quanto uma pessoa nascida
em qualquer época anterior, na Idade Media, na preahisforia, É norn1al que
uma pe, soa sem conhecimento. ao se confrontar corn a dúvlda sobre a
origem da a. sobre a or gem das especies, pense exatamente corno
na idade Media. que tudo seja obra de um amador, que tenha seguido um
planejamento intel goi—ito perfeito.
N o e (leme to algum nao se ter conhecimento score alguma coisa que
a nda nao se aprendeu,o problema da compreensão do processo evolu ivo
e que existe resistência ao seu ensinamento e aprendizado, pois teme—se
que e se conhecimento possa abalar a fe re g osa das pessoas, Embora
essa resistencia seja bem conhecida como existindo nos Estados Unidos,
nos, aq- no Brasil. não estamos livres dela, Em 1982,dando uma palestra
para mais de 80 professores de Biologia do ensino médio, da rede pública,
(uduL.:; iii me, eliminam
eonstate' que o processoevolutivo nao era tema em cursos de nenhum deles,
Se a teoria de evolucao e cons deraria ur cadera de todo o conhec mento
biológ co, como pode um professor dar um curso de Biologia sem ensinar
Evolução?As desculpas. ora trar—,as, ora se arraoadas. veneram entre a falta
de tempo e a de interesse, Emminha opinião e falta de coritieciirienlo e/ou
medo das eventuais reações dos estudantes e de suas farrll les,
Estou usando e expressao rali-a ue conheclmenlo, pois e preciso ter
Eriibors o l mite entre o conhecimento e
a ignorância sala o mesmoe onde termina um. começo o outro e a reação
das pessoase d terente quando dito que ela nao tem conhecimento sobre
tal assunto do que quando se di7 que ele e ignorante sobre tal assunto. Ou.
simplesmente, quando se dize você e um ignorante — em vez de dizer e o
que rena e voce e conhecimento, sao diferentes modos de diser a mesma
osa e que tem efeitos diferentes.Aprendi sobre o perigo do uso do termo
ignorânc a bem no inie o de minha carreira como pa estrante, em 1967, em
Maringá PR, Depoisde uma exposicao sobre a evolucao biológica,e primeira
pergunta que ve o do prio co (só depois eu soube que a pessoa era freire)
foi;e onde está Deus ricseuprocesso») E eu,jovem. inexperiente. rapidamente
respondi. Tanto para o processo evolutivo, qtlSnfr) para a (. ))gera/,
Deus era onde sernpie esteve e no limite da ignoram a riurrieris. Nao e
preciso dizer que o que falei pegoumuito mal, Por mais demais hora tentei
Curllullíal o lha! estar causado,mas, certamente não cor! sgul, Er" vão foral“
minhas tentativas de dizer que o mite do conher— mento era o mesmo de
gnur r,icia e que a medida que o conhecimento avança o apoio a Deus se
afasta, ou seis, quando o Homem nao sabia por que chovia era Deus que
fã? a chover, quando aprendeu sobre a origem da chuva, passou a atripu r a
Deusa re ponsabilidade pela energia olar que fez a agua evaporar e formar
as nuvens-, quando Soube que no Ur verso havia varios astros como o Sol,
atribuiu a Deus a criaçao do Universo. N o adiantou dizer que o limite do
conhecimento cientnlon estava na origem dos átomos. na or gem do Universo
e, em tudo sobre ita or'gem ri o tem ainda uma expllcaçào pode se
imaginar a presença de um (:rldd()r Por rhiais exemplos que eu desse ficou
sempre no ar a ide de que se a rieoee ade de Deus esta sempre alem
do limite do conhecimento, ele estara sempre no ârnbllu do desconhecido,
ou seja, dentro da zona da gnorancia.
Apos outra palestra. anos depo ia iii-a s expo lento.diante da pergunta:
o acaso. dentro do processo evolutivo, naopode serDeus? Respondi sem
pestanejar: Poole, E passe para a pergunta segu iiie. Tudo ficou tranqu o.
pelo rato de eu ter dito que podia,ACaImDu—SE e apa4tguuu— e o anime de
todos, Ao responder. pode, eu nao afirme que era, e nem expus a minha
speito, porque se a pergunta tives e sido e não e Deus?, a
[:E
.rn e aigo que incornoda porque. como um oie-nr sra diz que nao
sabe alguma coisa? se ele fala assim, e porque não acredita,,, e esta
tamb ,rri e uma situacao difícil E famosa a pergunta feita por Boris
tiiiiilu la Hrlrvleírss Palavras
a Fernando Henrique Cardoso, durante um debate com Janlo Quadros.
candidatos a prefeitura de São Paulo, em isso: e O senhor acredita em
Deus? Ao inves de responder sim, pois com essa resposta encerraase
o assunto e ninguem pergunta por quê. a pr meire reacao de Fernando
Henrique fo' Boris, voce nr - preniez u que nao faria esta pergunla!s e
depois alegou que se tratava de questao de rolo irillrilo, sem umidade para
avaliar o desempenho d um pierc'to, Embora a iesposta lenha do dada
ao Vivo e pub cada na integra nos Jornais do dia seguinte foi interpretada
como ele tendo enrolado paia responder. o que levou a < on )de que
ele nao aoredltava em Deus. Segundo os analisla,“ pol ( da epoca foi
uma das causas- de ele ter perdido a ele çan, no at , aquele momento
tinria ampla vantagem nas pesquisas de lntençaode voto
Categoria de criaclonistas
Emboraa designaçao criacionicta seja aplicada de forma geral a todos
que acreditam que 05 seres vivos nao têni unia O ern natural, existen]
diferencas entre eles.
As p ncipa s categorias de criaciorl stas sao.
a) os que see tam literalmente o :nxlo biblico, acreditam em Adao a, Eva, no
(I ivio e na Arca rio Noé; creem qlln os rosseis de ari mas extlntos, como
os dinossauros, por exemplo, neoon-em do tato de Nos ter d lxadn alguns
anlmals na fora da ar.—,a, rei—, isam os dados de datação geoiog ca e acreditam
que a Terra rei-lha no maximo 10000 anos
e) ha os que acreditam na datação geológica e argumentam que os ta s seis dias
na crl-ação seriam s mpol cos e que cada e poderia durar m noes de anos,
e) outros sem tem a mutaçao, a seleçao natural e admitem que uma espeo e possa
darorloem a outra, Porem. o aparecimento dos grandes grupos taxonomicos,
também chamada de "macroevclucao', teria origem d vina;
a) existem tambem os que aceitam todo o processo proposto pelos cientlstas.
mas o recusam no que se refere a ideia do acaso e postulam que ele saia
produto de uma intenção, de um proleto (intelligent design) Embora alguns
desses adeptos aflrrnem que isso nao tenha eonoiaçan religiosa, e proieii (.=
e de origem sobrenatural
De mahelrª geral, a ma orla das pessoas ape ar de ter estudado
sobre evolução nasescolas, não entende Cientificamente como O processo
funciona, e esse entendimento tem importância muito grande no debate
entre evolução .:criacion smo,
Existe um outro grupo formado por cientlstas, alguns oiologos, que sabem
tudo sobre E] teo a cntl'l'lca da evolução. nin.) acredltaln llu fix 5
péClP/S E não se CIIZBI'TI criacionistas No entanto. acredltam na existência
do Cr ador. E um paradoxo interessante; acreditar no CJF-adore nao acrodi ar
que ele
caso um acaso
questionadas aqui no Brasil até bem pouco tempo, quando a polêmica
sobre
(:r
aeion emo e revoluçao ocorria em oulrus pa ses, oorrio nos Estados
Unidos., e naofazia parte das nossasdiscussões e elas podiam permanecer
"idem-idas. err. cima da
[Iru/(J
Curu a expanaau das religioes no Brasil a
questao passou a ex 5 poraqu o que cada vez rnas passa a exig r um
posicionamento dos L'cniistas sobre e assumo.
Penso que a explicação para essa postura seia decorrente da rrianeira
com que adquirimos conhecimento ao longoda vida. a medida que historias
vao ndo contadas desde a ir rência. De veL em quer do a gente (Juve
uma hlstól'ia que e oonflitante com alguma história ouvida anteriormente
e () r:()nflil() si! se reStxlve, se () (Jal) (ias frís'iKBrlas f(xr rernexidn & o embate
cnt'c as históras for resolv do. E, geralmente, quando o corlFI to envolve
historias religiosas. nem sempre a revisão e feita,
E por falar na irnporªtârlcia dashistórias, conto aqui um episodio certa
ocasião, eu estava fazendo compras em uma feira livre, vestlndo uma camiseta
uuA-aauulaçàuNacional dos Cr odores de Sac Duas senhoras. provavelmente
mais. e filha, mostraram ar de espanto ao lerem o que nela estava escrito
*
Associacao Nacionaldos Criadores de Saciee eu aproveitei paia falar;e É,
eu crio saci As duas se entreelhsram olharam de volta para mim, olhªram
para a camiseta e eu perguntei e Voces naosabem como se cria sac/? Corn
a resposta negativa, dada pelo balançar da cabeça, eu falei a É simples
,
basta contar uma história de saci para uma criança e. neste momento, um
semesfera cnaorni senil ne as umcerto ar de alivro, e a mais nova perguntou
serr mdo' eMas, você acredita em saci?Ao que respondi de promo e Claro
que siml A mais velha não se conteve e pergunlo _ Mas. ve ,a viu um
saci"? Ao que ou lan1bón1 respondi. Claro que não! Diante de sorriso meio
decepcionado das duas, eu perguntei a mais velha — Você acredita em !Esusº
Ao que ela respondeu de ;- onto: Claro que sim, Em seguida perguntei.
Ma você ja wu l)szj<? I louva um silencio lncõmodn, elas começaram a
pegar as compras para ir embora mas ainda pude acrescentar; Am E que
um ('I/F) confiaram uma historia para voa—e;
Ao contrario do que se possa pensar, a Ciência não e uma coleção
de fatos e teorias, mas sim um processo de reflexao e entendimento do
fenomenos naturais, o que exige regularmente, uma reorga zaçao mental
diante de novos conhccimcnto
lJm dos principais ar umentos dos onaoion sias Contra o acaso no
processo r.o do que o acaso nao pode oroduzii estruturas complexas. Poiem,
a eiene a dia o segu ite;
e estruturas complexas se Fixar" por seleção natural. eue e um processo
deterministieo
a os fatores casuais. ou estecastieos. no processo são a mutaçao e a deriva
gene a e eles nao sao os responsáveis pela aval“ ao de Camp exida
capiiiiin 1,Prlmell'ãn Palavras 11
De fato, quando, por algum motivo, a pressão da seleção natural e
atenuada sobre uma populaçao. estruturas complexas. como porexemplo
a pigmentaçao cla epiderme ou o olho de animais de caverna, degeneram
lentamente por mutações e deriva genet ea
As açoes .:consequencias dos fatores evolutivos como seleção natural.
iriuiaçao geniea. der ve genetica, mgraçao e os padrões de cruzamento
são tratados extens'vamente nos prhxlmns oap'iulos Visando pos *ibi itar,
com as informações deste livro, e acesso aos mecanismos propostos peles
<— entislas, Pretendo mostrar que ex ste exp (.ao-ao para a evoluçae e a
diversidade da vida e. portanto. acreditar no Crlaclonlsmo nao e a Únlca
possihilidaoe ou opçao existente
Qualquer pe, “na optar , eum mais segurança por uma explicação ou
eutia por uma questao ou outra. sobre qualquer assunto se puder confrontar
fontes rj ersas diª. lnfnrma
, (East.) (:ulllrérlu seni Lonuar como referência
outras fontes de conhecilhento, tende a acreditar na primeira historia que
contaram para ela,
.")e
() desenvolvimento do senso critico só ocorre a partir de informaçoes e a
consciência critica decorre de constantes análises e tem influência tanto na
formaçao da v da pameularde cada um, como na peru paç— o de nu (luo na
sociedade, Um individuo sem informação e sem sem o nrlricnpode ser mais
lar; mente lua de por ide as leadas ao longo de muitas histórias poli ieaa.
re g esas, terarias. lendárias,oienl
A conselência e o medo da finitude
A morte apavora a humanldade, provavelmente, desde o rnoirieiilu em
que os primeiros humanos tornaram ns ienoia dela, É normal que as
pessoas nao se conformam com a ide a de que tudo acaba no momento ea
mone.Ea ineonfermaçae e a fonte geral da origem de todas as spam ações
sobre a vida após a mone. sobre a existence de uma alma imortal. sobre
a reeriearneç o e tantas outras especulações. incluindo a existencia de um
ser superior, Corno o Homem nao consegue Ver seri ldU na sua finitude
com a morte. e normal que tenha imaginado uma mente superior Capa;
de evitásEa. No entanto, por maior que seja a fé de um lndlvldun, no fundo,
quando pensa sobre sua existenoia e morte, reflst neo sohre sua condição
de aulucvn cência e de corpo fisico. sempre existe a duvida e sera que
realmente exlsle ulgul ia coisa depois da morte? Essa dúv da talvez seja a
raspe ta a uma qu stao que eu tenho, acho que desde criança 7 Porque.
quando alguém ai; que nao acredita em .De-us, a rnaion'a das pessoas se
incomoda? Sempre pensei ser essa crença uma que, e pessoal e que nao
deveria afetar os outros Mas, por que afeta?Tªlve7 porque, quando alguénn
nega ter crença. insrigue a dúvida do outro que gera mer—ln, insegurança,
umavez que Deus.segundo a ideia de sua oniscíóncís pode descobrquiie o
iu Gal.!!! caso um su VHL“ uAtas“
questionadas aqui no Brasil até bem pouco tempo, quando a polémica
sopre cr aciori smo e evolucao ocorria em outros pa ses, como nos Estados
Unidos., e naofazia parte das nossasdiscussões e elas podiam permanecer
irideniudas. erri cirria do
[Iru/(J
Cor" e expansao das religioes no Brasil, a
questao passou a ex 5 por aqu, o que cada vez rnas passa a exig r um
pusioienaniento dos L'cntistas sobre o assunto.
Penso que a explicação para essa postura seia decurreiite oa rriarieirra
com que adquirimos conhecimento ao longoda vida. a medida que historias
vao lido contadas desde a ir rência. De vez em quer do a gente ouve
uma historia que e conflitante com alguma história ouvlda anteriormente
e () r:()nflil() si! se reStxlve, se () (Jal) (ias frís'itãrlas f(xr rernexidn & o embate
cnt'c as históras for resolv do. E, geralmente, quando o corlFI to envolve
historias religiosas. nem sempre a rewséo e feita,
E por falar na importancia das histórias, conto aqui um episodio certa
ocâslâo, eu estava fazendo compras em uma feira livre, vestindo uma camiseta
daAs—sociaeao Nacional dos Cr odores de Sac Duas senhoras. provavelmente
mae e filha, mostraram ar de espanto ao lerem o que nela estava escrito e
Associacao Nacionaldos Giradores de Saciee eu aproveitei paia falar;e É,
eu crio saci As duas se entreelhsram olharam de volta para mim, olhªrem
para a camiseta e eu perguntei e Voces naosabem corno se cria saci? Com
.a resposta negativa, dada pelo balançar da cabeça, eu falei e É simples ,
basta contar uma historia de saci para uma criança e. neste momento, um
saciesfera cnadnl Senti ne as umcerto ar de allvto, e a mais nova perguntou
sorr mdo' eMas, você acredita em saci?Ao que respondi de pronto' e Claro
que siml A mais velha não se conteve e pergunto _ Mas, ve ,a viu um
sociº.» Ao que ou tamoem respondi. Claro que naoi Diante do sorriso meio
decepcionado das duas, eu perguntei a mais velha — Você acredita em !Esusº
Ao que ela respondeu de p onto; Ciano que sim, Em seguida perguntei.
Ma você ja wu t)szjs? I louve lim silencio incomodo, elas começaram a
pegar as compras para ir embora, mas ainda pude acrescentar; Ah!Eque
um ('I/F) conferem uma historia para voce;
Ao contrario do que se possa pensar, a ciência não e uma coleção
de fatos e teorias, mas sim um processo de reflexao o entendimento do
fenomenos naturais, o que exige regularmente, uma reorga zaçao mental
diante de novos conhecimento
lJm dos principais ar umentos dos oriaoion stas contra o acaso no
processo r.o de que o acaso não pode produzir estruturas complexas. Porém,
a pleno a dia o segu ile;
e estruturas complexas se learn por seleção natural. oue e um processo
oeterminlstloo,
e os fatores casuais, ou estecasticos, no processo são a mutaçao e a deriva
gene a e eles nao sao os responsáveis pela avoiu ,ao de comp oxide
espiiuln 1e Prlmell'ãn palavras 11
De fato, quando, por algum motivo, a pressao da seleção natural e
atenuada sobre uma populaçao, estruturas complexas. como porexemplo
a pigmentação da epiderme ou o olho de animais de caverna, degenersm
lentamente por mutações e deriva genet ca
As açoes c consequencias dos fatores evolutivos como seleção natural.
iriutaçso geniea. der va genetica, mgraçao e os padrões de cruzamento
são tratados extens'vamente nos prhxlmns oap'iuios visando pos —ihi itar,
comas informações deste livro, e acesso aos mecanismos propostos pelos
<— entistas, Pretendo mostrar que ex ste exp cacao para a evolucao e a
diversidade da vida e. portanto. acreditar no criacionismo nao e a Únlca
possihilidade ou opçao existente
Qualquer po, -oa optar , corri mais segurança, por uma explicaçao ou
outia, por uma questao ou outro. sobre qualquer assunto se puder confrontar
fontes rj ersas diª. lnfnrl'rla , (East.) (:unlrérlu, seni LDnuaicomo referência
outras fontes de conhecilhento, tende a acreditar na primeira historia que
contaram para ela,
.")e
() desenvolvimento do senso critico só ocorre a partir de informaçoes e a
consciência critica decorre de constantes análises e tem influencia tanto na
formação da v de particulares cada um, como na parti peçª o do rid duo na
sociedade, Um individuo sem informação e sem sen o critico pode ser mais
lar; rrieiita lud do por ide as leadas ao longo de muitas histórias poli lcas.
ro g osas, terarias. lendárias, cient
A canseiência e o medo da finitude
A morte apavora a humanldade, provavelmente, desde o rrioirieiilo em
que os primeiros humanos tornaram ns lencia dela, É normal que as
pessoas não ao eonformem com a ido a de que tudo acaba no momento da
mone.Ea ineonformaçao e a fonte geral da origem de todas as spect ações
sobre a vida após a morte. sobre a existence. de uma alma imortal. sobre
a reericarnoc o e tantas outras especulações. incluindo a existencia de um
ser superior, Corno o Homem nao consegue ver seri ido na sua finitude
com a morte. e normal que tenha imaginado uma mente superior capaz
de evitásEa. No entanto, por maior que seja a ra de um indimdito, no fundo,
quando pensa sobre sua existencia e morte, retiet ndo sohre sua condição
de autocun cêneio e de corpo fisico. sempre existe a duvida e sera que
realmente exlsle ulgui ia coisa depois da morte? Essa dúv da talvez seja a
raspa ta a uma ou stao que eu tenho, actio que desde criança e Porque,
quando alguém diz que nao acredita em Deus, a rnai'on's das pessoas se
incomoda? Sempre pensei ser essa crença uma que, o pessoal e que nao
deveria afetar os outros Mas, por que afeta?Talvez porque, quando alguem
nega tal crença. insri'gue a dúvlda do outro que gera medo, insegurança,
umavez que Deus, segundo a ideia de sua onisciencia pode descobrquiie o
12 cada caso, umCaso, PumAcaso
divx-duo esta questionando a propria crença Lembrosme,da minha época de
primeira curnunhao, do padre perqunlanclo para mim no confessionario; Teve
misus-psrlsarrrerllth') isso me aterrori7ava, pois se ter maus pensamentos
ere peeado, eu eslava perdido, embora nunca soubesse ao certo qua s dos
meus pensamentos sr.-ani rrieus, Uma anedota sobre um padre, durante
uma rnssa, exemplifica bem essa dúvida sobre a crença, Durante a missa,
iglcj'd lotada.o padre, comvoz pausada e solene, fala do pt'ilpito- Quem, ao
morrer, quer irpara O neu, levante a mao, Houve um certo alvoroço o todos
os presentes, :eríl exeeçao, acompanhando o gesto do padre. levantaram
& m u,Algurl , *entfrldn se rria s perto da morte. pela idade. Ievanlaraln os
duas rr aos,_ pride-m abaixare disse o padre, para. em segutda. mas. novu
perguntaeQuemquer irpara o ceu agora. levante a mao. sue. isio prufun<1(z,,,
ninguem evantou a mão, nem mesmo o padre.
As premlssas para o entendlmento da evolução
Adivcrg 'ncia bus Ca elllre os (: acionistas e Os cientistas a respe m do
processo de evolução organica dos seres vivus e “la na premissa a partir
da qual nada gr po desenvolve as ideias,
segundo f osoro — reges falo eu ru— pio que
serve de base a cnrlc san de um racioclnlo,Assin1. um silogismo e ulu
argumento dedu vo rori lado pc)-rirs propos _õPes sendo. as.duas primeiras.
as premissas o. ;: Úllll'il'sl, a conclusao. Exemplo
Premissa Sign fica
e Todos os rien-lens. srie mor—tara e (premissa in:-.o. ;,
e soererss e hnmgm,(premissa menor), e
e (logo; Sócrates emorta;e (conclusão)
EmSintese podemos dizer que o silogismo (:um argumento pelo qual,
de umantecedente que liga dois termos a um tense ro, arse uma conclusão
que une esses dois teimos entre l
ng'smo e o segt nte:onisrno o ,No caso do cr'a
).
DOMS (: onipoteule , (pÍeÍVHSSd rneriur);e
(logo) se Deus sxrsm e e Drvlpotante, efe e o eu.—Joe, du todas; as cºisas e
(conclusãº).
A partir ciesse rasooinio o problema e prúv i que a prerr ssa maior
e —orreia o rir-us da prova isso e, a responsabilidade de comprovar unl
enunc15du,e , erripre (fe quem fz? a afirmação, Eis a dificuldade: provar
_ Deus exisre
,(premissa mai
« pesquisa sobre Song""; < Aali<ír15. que
se.“ ,. ra<iocíl1ícs .; (onciusoes
nm,. avr. Ing/3, as guias púcxn
.sii-rsi.1m...rrympm..“an pr,—mmm m
uim- .“i— me
r :. r.
elztulv.
as Ҽs pne-n (ivos.:u_u.
ª
[Jucu]
so. os galús “(.t. i,...sr.wc; luas não sao rtl-reas
< A “maus
capiiuig 1,Primeiras Palavras.
que Deus existe e condiçao necessária para que a premi —
verdade a, Corno ainda não foi encontrada essa prova direta
tentam, invertendo a lógica do s ogismo comprovara existo 1cia ao Deus- a
Dallll da Culvulu , e , d ersidarie e complexidade dos seres Vivos
seria uma prova cla eXistenCie de Deus.
ulra tentativa e a de transferir a responsªbilidade para o ouvinte, ou
para o interlocuto , :;quen ,a. uma estrategia de
no açao e verdadeira, caso
nao possa ser comprovada como falsa
Quanto aos boiogos evolucionistas, como de resto e..
o coletivo e sempre provarou demonstra. o exista (,l'sl dos fenômenos, dos
iates e enquanto so nao e Feito, não se pode af rmar que existam,
A cência paneda premissa da luauexisten a e lenta exp ,
paiª qL a] o processo evolutivo ocorre independentemerilede um criador um me
um projeto preconcebido por uma mente , ente (intelligent design).
O fall) de os clentlstas partlrem dª premissa de que De ª. não existe,
embora não ari monique ele neo ex ste e, nlentiflcamenle, nem poderiam,
e que as e os que temem a rnurie, Para e e , shelrgr
a termo evolucionista e aceitar que Deus não exlsle, e isso para eles e
negaç (: ds principio a, consequentement, pecado, se nao me falha a
mori one. pecado Capital.
om frequencia, durante os cursos ou palestras. sou instado puos
esiudalllcs uu uuvirlles a dar minha np W ãn sobre a existênc da aima ou
de Deus,sempre Corri El pergunta:7 você acredita? No E.,-a “(> da exlsfêrlc;da
Bima ou de Deus, a ÚH resposta possível é 7 Nao se]. Logicaníente esla
resposta nao sat staz e, na sequeneia. sempre vem outra pergunta; Mas, o
qu':- vor. achu? E a lradlçãl)de querer saber ()dspomento pessoal,Adúv da
central desta questão e se a alma ou Deus exlSleln, Como eu posso achar
alguma coisa sobre algo que eu nãoso'? Equem sabe? Suponha que Deus
-ta e eu diga que acho que ele naoexiste, Ele deixara de exist r por causa
o? Suponha que roex la e eu diga que achn que existe, Ele passara a
ex stirªso porque acho? Ou seia, o que eu acho e irrelevenle para responder
a pergunta central, uma vez que a minha primeira resposta foi Neo ser.
uíiluem 1968. por Erichvorl D'arllken, com o titulo em portugues
Eramos deuses astronautas? e exemplo (1 oaeoes o-"Jes- '()bre o que
nao se sabe Porexemplo, na época em qu
'
ro fo eserto não se seuie
e origem das famosas pedras das mas de Paºsooa, no PacificoSul e nom
CUIIIU elas haviam sido eoloeaoas nas posições em que se encantram. A
partir dessa falta do Eunheuilrlenltj, () livrt) (:()nnlu a que elas. haviam SIGO
colocadas la por seres extraterrestres.
Tive um e 'luda le CIIELILJII la que rio da do exame me prncurou
dizendo que não pode a fazer EI prova porque nao aureuilava IIHavulug.do,
Foi um imp—ae e. Eu so Li ma intenç' o de ensinar oologis mas ele estava
salvar-udg a própria alma. o dosnivol das lnlcliçuuºs; era enorme.A Soluçel
fnl propor que. ao responder as questões, ele as n' iasse escrevendo. o
O livro
(.
14 GndafG-àsn, umosso ,,rumAcaso
prof ssor falou quee nue no livro esta escrito que — ou ainda — de acordo
com fulanoea, f nal da prova,ele escrevesse— maseun o acredito em
nada disso, Deu certo. Elefez a prova, tirou nota alta, e o que vai aconteoei
com as nossas armas,eu nao se.
Sobre esea questão de anrmar que acredita ou nao na existência _cle
I,
simetria na punição porerrarno palpite, portanto, e melhor acreditar em
Deus porque. se o e estiver certo, voce podera ganhar o seu e. se
estiver errado, não fere nenhuma diferença, Porem,se voce disser que nao
acredita em Deus,e estiver errado. a chance de ir para o infernoe enorme
e, se es Ver ceriu. : o fara diferença.
As lacunas no conhecimento
Evidentemente ainda existem muitas lacunas e serem preenchidas no
cont-ec mente sobre e oi uem do Universo, a origem da a, e sobre e
prosa temente as lacunas do conhecimento que os
criacionistas tentem preencher. Essa e uma maneira de pensar perigosa
para osObjetivos deles, porque a historia mostra que a maioria das lacunas
dr) cmnheclmento do seculo 19 ÍDI preerluiildu no seculo 20, asslm carne
em toda a ti tória de hurrienidade, o que indica que as lacunas de hoje
poderaoser preenct das a medida que o conhec nentoavançar. Sabemos,
Tluje, inu o mais do que sabiam os gregos, os ilum n stas, os bic-logos da
década de 1930.Geralmente, o conhecimento cientifico avanca de forma
dendr os coma vanguarda do conhecimento se assemelhando as pontas
dos dedos de mao,deixando espaços que serao preenchidos por trabalhos
posteriores, equivalentes a palma da ineo
Como tudo em c eric a, toda vez que uma hpotesee cien
ou uma teoria cleritíf'lca edemonstrada como sendo errada. ()entendimento
sobre e problema e alterado, Muitosassuntos que expus na (1 .cada de 1960
c 1970 foram demonstrados posteriormente que estavam incorretos devido
ao avanço do oohherirnento. especialmente na area de Genet pa Molecular.
Passei a informar as novas versões, sempre atento aos pontos polemicos,
os quais sempre poderao ser alterados por novos conneeimentns,
Portanto,o que incomoda os CrldLlU iistas,e tem ação corrosiva sobre o
que e proposto por eles, e o rato de a c noe apresentar alternat va sonda.
comprovada por rniihare - de pesquisas, para a origem do Universo. da
evolui,—.ao do. sere vos, eirieacendu uu enfraquecendo a idea de quev
nn teria sido ohra de um cr ador. que e o principal argumento para se
mar que Deus sx ste
Pelosmot vos apontados,observo que os evolucionistas incomodammuito
mais os cri-e ionistas do que os criacionistas incomodam os evolucionistas
o criacionismo se incomoda quando, atraves de lobby poli ico ou pressao
popular, tonta barraro ensino do processo evolutivo nas escoias ou barrar
Capllulu 1e primeiras Faiavras
e concessão de auxílios financeiros para as pesquisasCientíficas, como ja
ocorre nos Estados Unidos.
Deve icarclaro que a BIQÍDgla,G|71bUra uma ciência que possa ser desc ta,
quantlficada, comprovada, nao c uma » oe exata como a Malemàllca
nu soa e mentes tem repetib dade baixa, decorrente,
principalmente, de cada caso ser umcaso,A Geneilcz e :.Évolução também
não sao ciências exatas porque a quant dade de varláve s que interferem
nos processos e muito grande e nao constanteª.
Aquantidade de lacunas no conhecimento aiuel naoe evldéncla de que
como o o processo evolutivo. E que o processo
nao e simples, e nem seria esperado que Fosse simples explicar algo tão
complexo como a o vers dade da vida, a o entendimento do processo, em
todos os aspectos, exige conhecrnrerito biologi —o de rnuila amplitude,
Desv os no entend mento
A evolucao biolog ra e um processocomplexo e, davtdo a mmpzsxiclaos,
e muitas vezes inal nterpretsdo, Provavelmente, por desconhecer o
processo muita gente penso que poderia ser mais simpies. Os mais graves
desvios de interpretação são feitos por profissionais da ar ologica que,
por dever de prprisseo e por lerem shinenn io biologia, iulgam-se em
con o obrigaçao de em ir opinao rc—po o. Esses comportamentos
sen encontrados entre biólogos,medicos,dentistas psicólogos Estudar-tes.
Daclentes, fsm lares dos mesmos, costumam Consideràelns nemo pessoas
informados sobre problemas biologicos e. quando ques ionados, mesmo
nao sabendo a resposta, fazem exposições sobre o assunto começando,
geralmente ess rn:e Euacho que I:,seguem com explicações geralmente
incorretas, preconceituosas, ou com afirmações infundadas —- o dente do
siso vai desaparecere as pessoasque têm o dente do siso inc/uso saomais
avoluldas do queas que se apresentam como dente normal, Falamtembem
sobre o futuio desaperso rnontp do spend oe intost nal e ass rn por diante
As interpretações errôneas ma comuns ocorrem em reação a origem
das variaooes e a aoso da seleção natural,ou Seja.as questões que) Darwm
começou a responder ha 150 anos.
Exern flco tambem como invenceo de explicação a ideia de que
ex ste compensação no processo evolutivo, Recentemente, ouvi
argiimentacan da um médico Segundo ele, a medula nervosa espinshal
no. cangurus. quando lesionada, regerase em semanas e o canguru volta
a viver normalmente, enquanto na espécie humana a ir.—sao de medula e
irreparável, acarretando paral sia permanente a partir da regao lesionado.
;. A ostenta vales: se uma tit-"tra “...s porque _. province"
mars < de “genes i.e. de Mznde] respectivamente.mep ,
lxdªdzaos san zxc=ç()=5- POIS ;distªl] ;cn:): A açao da com <: .. nªl-anlfest-Isàa da feno-inc, as
dx)minân()as, .;apossªr.e; :aracrcrcsFolígcnicos.tornain:Generica mais sujeita A variável:
du que mªt—mm as Lcls' de M
16 Cada caso umcaso puroAcaso
Estes estudos buscam decifrar as diferenças e lruturais entre a medula
do canguru e a do Homem numa tentativa de encontrar uma soluçao para
a falta de regeneraçãoda medula humana, Enquanto a exposlção sobre o
estudo lim avaese a esse aspecto, estava tudo bem e muito claro Porem, a
complicaçãoComeçou quando ele achou que preoisava dar uma explicaçao
para essa diferença, sempre na velha tentativa de querer encontrar um
motivo para o prnr seo evolu ?, seg ndoe e, o processo evol itivo deu
ao l lomem um cerebro mais.desenvolvido, mas, em compensaçao, tirou a
napacmlade de regenerªçãn da medula
O uso da especte humana como exemplo
com menos de 500 rn anos, & espec'le humana e muito recente se
comparada a outras especies de milhoes de anos Pode ser afirmado: o
Homem acabou de chegar,Ate chegar a espécie Homo sapiens, o processo
evolutivo dos hnrnírlídF-ns & (ie Seus ari:eskrais desde a (xrlgerYl da vida fui
igual ao dos dem-ais- organismos A especie ternou--se diferente das demais
Quando adquirlu & uapecldadede falar e llverarll rl
culturais que levaram o l—lo Con1eçar a controlar as condlções
s e armas dominando o fogo usando
(:()zinhandn) 'allrnenlcs Eru daugrrênpd dissº, rnu [as veLes
pode parecer dÍÍlL I eslabelecer Us (Illleã entre 'o! evoluS. () blolÚgiU e as
alteraçoes cultur ortanto. e pr o cuidado usar a espécie humana
como exemplo nasexplicações sobre evolução biologloa,
Outra confusão cornurn é a tentativa de ap car conce tos éticos e morais.
de bondade e de maldade a evolução biológica E uma visão do processo
que ap a critérios próprios da cultura humana aos outros organismos.
Linguagem fina lsta
Um recurso muito comum na tentatlva de tornar a teoria evolutiva mais
fácil de ser entendida e o uso de linguagem finallsla A linguagem finalista
explica os fenomenos natur dando para eles uma conotação determin sta
como se Fossem todos lntenclonals direcionados para, Embora generalizada
entre pao bioiogos. a Inguagcm finalista e muito empregada, mesmo por
professores de Biologia,
Exemplos de linguagem finalista: e as árvores do Cerrado têm casca
grossa para se protegerem do fogo — a lagarta da borboleta enrnlas —e em
uma folha para se proteger do mariposas ficaram escuras para
escapar dos predadores. os bcijasfiorcs tem pico comprido para penetrar
nas flores Todos os refe dos exemplos passam a idcla de que ter casca
grossa. enrolarnsc nas folhas, ficar escura, aumentar o tamanho do bico,
tenham o decisoee conscientes dos organismos, quando. na real dade.
eSSHS estruturas surgir-snr" por lrlulações e pelrnancccrarrl nas populações
por serem adaptativas e. consequentemente eunioritarc na pzoba ade
de sobrevwerie a doa idiv duos que pos uem ta s oaracteris cas.
Charles R. DarWIn e
AlfredR.Wallace
iunce sei eu (.Blluse sou um men/no de duvidas ou um
homemde fé cerleaes :;venta Ipva so duvidas continuam de pe"
Peu/o L:“rnlnskl
o processo de evolução dos seres vivus atreve da seleção natural
fo" 'maginedo por Wallace e Darwin quase , rnuitanearnente, Dzese que
quase simultaneamente porque pode haver uma d srença temporal entre
a ocorrência da formulaç
'
por um e oiilro Darw n estava na inglaterra;
Wallace. na Malásia, e o contato entre eles era procárl'o
A hipótese evolutiva tornou—se pública através da apresentaçao em 1=
dejulho de 1858, na Lynnean Society, em Londre com o titulo "Sobre a
Tendêncta das Espéciesde Formare.“Variedades; e -abre a perpetuaçao
das variedades e Especies por Meios Nslulalede Ssleg o" (Onfhe T
of Species to fonn Var 'Ues; and on zhe fºsrpsnjstiorl nf Van,
.Speciesby NaturalMeans ofSeleCtiUrl), A api—
dos dois num único loxlo fOl Ilda por colegas de Darwn que nao estava
presente por rnotivos part ulares e tambem na aiisênc a de Wallace, que
estava na MalIásla.
A exposição da teoria nao eausou nenhum impacto talvez pela Forrrla
eum que foi feita ou por apresentar ldeias novadoras cujos _.igii "Caldas e
importancia não foram compreendidos, :sso ja aconteceu varias veaes na
h teria de ciencia nnr'rl trabalhos tambem importantes. como o de Mendel,
No discurso da cerimon a de encerramento do ano acadêmico da Lynneari
Society, seu presldente lamentouque o ano do 7858tivesse se encerrado sem
que nada de muito interessante houvesse sido descuberlu em Biologia.
Histor camente, é nwulto diSCuLlLID U ÍHlK) de Darwlrl ser mui o mais
conhecido eorrio autor da hipótese do queWallªce, uma vez que a hipótese
enviada em art-a a Darwin era praticamente giial a dele e. tanto quanto
se saDDWaI13celá nawa publicado parte da ideia antes de enviar a carta
a Derw i, Portanto, snb o ponto de vista formal. a prioridade e de Wallace
Darwm, uma vez que, em Correspondênclas particulares a colegas, desde
a decada de 1840, Darwin já expunha a idcla do seieçeo natural como
responsavel pela (1 eren ação das populações e anger" das espécies.
lºlnldºo
is casa Caso um casa FuroAcaso
Estes estudos niiscam decifrar as diferenças e truturais entre a medula
dn canguru e a do Homem numa tentativa de encontrar uma soluçao para
a falta de regeneraçãoda medula humana, Enquanto a exposlção sobre o
estudo lim avaase a esse aspecto, estava tudo bem e muito claro Porem, a
complicação começou quando ele achou que precisava dar uma explicação
para essa diferença, sempre na velha tentativa de querer encontrar um
motivopara o proi— sso evolti ?, seg ndoe e, o processo evo! itivo deu
ao l lcmem tim cerebro maisdesenvolvido, mas, em compensaçao, tirou a
capacidade de regeneracao da medula
O uso da especte humana como exemplo
com menos de 500 rn anos, & espéc'le humana é muito recente se
comparada a outras especues de milhoes de anos Pode ser afirmado: o
Homemacabou de chegar,Ate chegar a espécie Homosapiens, o processo
evolutivo dos hnrnírlídens & (ii—— SEUS HRKastrais, desde a ()rlgerYl da vida fui
igualao dos dem-als organismos A especie tornou--se diferente das demais
Quando adquiriu a capacidadede falar &! llverarll rl
cultutais que levaram o l—lo Con1eçar a controlar as condições
s e armas dominando o fogo, usando
(:()zinhandn) 'allrnanlcs Eru daugrrênpd dissº, rnu [as veLes
pode parecer dÍÍlL I estabelecer os (Illleã entre 'cl evoluç () blolÚgiU e as
alteraçoes cultur onanto. e pr o cuidado usar a espécie humana
como exemplo nasexplicações sobre evoluçãobiológica,
Outra confusão cornurn é a tentativa de ap car conce tos éticos e morais.
de bondade e de maldade a evolução biológica E uma visão do processo
que ap a critérios próprios da cultura humana aos outros organismos.
Linguagem fina lsta
Um recursomuito comum na tentatlva de tornar a teoria evolutiva mais
facil de ser entendida e o uso de linguagem finalista A linguagem finalista
explica os fenomenos rlatur dando para eles uma conotação determin sta,
como se Fossem todos lntenclonals, direcionados para, Embora generalizada
entre nao oioiogos. a Inguagem Finalista e muito empregada, mesmo por
professores de Biologia,
Exemplos de linguagem finalista: e as árvores do Cerrado têm casca
grossa para se protegerem do fogo — a lagarta da borboleta enrnlae —e em
uma folha para se proteger do mariposas ficaram escuras para
escapar dos predadores. os bcijaafiorcs tem pico comprido para penetrar
nas flores Todos os refe dos exemplos passam a idcla de que ter casca
grossa. enrolarnsc nas folhas, ficar escura, aumentar o tamanho do bico,
tenham o decisoes conscientes dos organismos, quando. na real dado,
eSSHS estruturas surgir-cult por lrlulações e peirnancccrarrl nas populações
porserem adaptativas e. consequentemente, auniontarc na prosa ado
de sobrevivenc a dos idiv duos qui.- pos uom ta s coracteris cas.
Charles R. DarWIn e
Alfred R.Wallace
iunca sei ao (.Bllu se sou um mei-imo de duvidas ou um
homemde fé cede—<a> o vento leva so duvidas continuam de pe"
Peti/o L:“rnlnski
o processo de evolução dos seres vivos atreve oa seleçao natural
fo" 'maginado porWallace e Darwin ooase , muitaneamente, Dzase que
quase srmultaneamente porque pode haver uma d erença temporal entre
a ocorrência da formuleç
'
por um e outro Darw n estava na inglaterra;
Wall—acc. na Malásia, e o contato entre eles era procárl'o
A hipotese evolutiva tornou—se pública através da apresentação em 1=
dejtilho de 1858, na Lynnean Society, em Loiidre com o titulo "Sobre a
Tendênc1a das Especiesde Formare.“Variedades; e -ohre a perpettiaçao
das variedades e Especiespor Meios Natuialsde Sslag o" (On the T
of Species to form Var «res; and on the fºsrpstljstlorl nf Van,
.Speciescy Namie-1Means orSeiec—tiori), A apr
dos dois num único texto foi lida por colegas da |)arwn, que nao estava
presente por rnotivos part ulares e tambem na ausenc a deWallace, que
estava na MalIásla.
A exposiçao da teoria nao causou nenhum impacto, talvez pola forma
corn que foi feita ou por apresentar ideias novadoras cujos sign "Caldas a
importancia nao foram compreendidos, tsso ja aconteceu varias veses na
h tons da ciencia com trabalhos tambem importantes. como o de Mendel,
No discurso da cerimõn a de encerramento do ano acadêmico da Lynneaii
Society, seu presidente lamentouque o ano do 7858 tivesse se encerrado sem
que nada de muito interessante houvesse sido descuberlu em Biologia.
Histor camente, é ntulto diSCuLlLID U ÍHlK) de Darwin ser mul o mais
conhccldo como autor da hipótese do queWallace, uma vez que a hipótese
enviada em arte a Darwin era praticamente giial ,a dele e. tanto quanto
se sabeWallace la navia publicado parte da ideia antes de enviar a carta
a Darvv i, Portanto, sob o ponto de vista formal. a prloridade o deWallace
DaiWin, uma vez que, em Correspondênclas particulares a colegas, desde
a decada de 1840, Darwin já expunha a ideia do scieçao natural como
responsavel pela d eren ação das populações e anger" das especies.
iºlnlldºo
18 Cada Caso. um Caso...PuroAcaso
Se foi assim, por que Darwin ficou mais conhecido e a ele é atribuído o
papel principal como autor da ideia? Não entrarei profundamente nomérito
dessa polêmica, mas o fato é que Darwin já era mais conhecido do que
Wailace no meio acadêmico e, a partir da apresentação de 1858, Darwin
publicou vários livros sobre o assunto, e sobre biologia em geral, resultado
de décadas de trabalho, e essas publicações provavelmente tenham
auxiliado na ampla divulgação das ideias evolutivas e na consolidação
de seu nome. Os biógrafos consideram uma possível inibição deWallace
em publicar detalhes dos seus dados e ideias, uma vez que Darwin ja o
havia feito. O primeiro livro de Darwin foi publicado em 1859 com o título:
"Origem das Espécies” (do original, em inglês, On the Origin of Species
byMeans ofNaturalSelection, or The PreservationofFavouredRaces in
the Struggle for Life).Segundo a história, esse livro teve a primeira edição,
de 1250 exemplares, esgotada rapidamente. Todos os conceitos e bases
da teoria proposta estão expostosnessa edição. O impacto do livro, na
época, limitou—se ao ambiente científico. Nos anos seguintes, ele publicou
outros livros sobre biologia e entre eles destaca—se “AVariação deAnimais
e Plantas sob Domesticação (The Variation ofAnimals and Plants under
Domestication).
Figura 2.1 — Seleção artificial em pombos selvagens (1), resulta linhagens com estruturas bizarras,
como as expostas em (2), (3) e (4).
Capitulo 2
,
Charles R. Darwin eAlfred R.Wallace 19
A teoria causa impacto ao falar da evolução do Homem
Em 1871 ,doze anos após a publicação da Origem dasEspécies,Darwin
publicou o livro que realmente levantou a polêmica sobre a teoria, uma
vez que ele estendeu, explicitamente, para a espécie humana, todos os
conceitos que havia postulado para os demais seres vivos, em 1858e 1859,
A publicação do livro A Descendência do Homem e Seleção em Relação
ao Sexo (TheDescentofMan, andSelection inRelation to Sex, 1871 ), por
ter inserido o Homem no restante do mundo animal, e considerada uma
das ideias que produziram os três maiores traumas pelos quais passou a
humanidade.Os outros dois traumas teriam sido infringidos porCopérnico,
ao afirmar que a Terra não era o centro do Universo, e por Freud,ao postular
que o ego estava sujeito a determinismos internos cuja verdadeira natureza
permanecia inconsciente.
A reação a publicação de 1871, nos meios científicos e na sociedade,
foi imediata. Afirmar que a espécie humana teria surgido a partir de outra
espécie e, portanto, não seria obra direta de uma criação, abalou a sociedade.
Historicamente, consta que Darwin, ao ser pressionado, teria procurado
Wallace como um aliado, porémWallace não concordou com a extensão
da teoria da seleção natural a espécie humana. SegundoWallace, a teoria
só se aplicaria aos demais seres vivos e a origem do Homem seria mais
transcendental. Assim, Wallace afastou—se da polêmica e diminuiu sua
responsabilidade pelas consequências da teoria e, praticamente, abriumão,
em vida, de assumir a polêmica sobre a teoria que propunha a evolução
dos seres vivos através da seleção natural.A meu ver, essa foi a principal
razão de ele ter sido colocado, historicamente, em um segundo plano como
autor da ideia.
Poucos tiveram acesso ao livroescrito porDarwin, embora muitos tenham
lidoe ouvido opiniões sobre ele. Emdecorrência,muitas ideias não formuladas
por Darwin foram atribuídas a ele e muitas outras, estabelecidas por ele,
ficaram negligenciadas. Apenas como exemplo, cito o fato de Darwin ter
proposto uma teoria para o surgimento de novas espécies a partir de outras
e não para a origem da primeira espécie (ou seja, para a origem da vida).
O não entendimento e extrapolação de ideias e informações novas é
problema comum. Com frequência em cursos ou palestras sobre evolução,
após a exposição ou apresentação de uma nova ideia ou raciocínio,ocorre
a intervenção de algum estudante ou ouvinte começando uma pergunta da
seguinte maneira: então querdizerque... e, na maioria dos casos, o que é
dito é um viés sobre o que foi falado ou, algumas vezes, não tem nada a ver
com o assunto. No entanto, se não tivesse sido feita a pergunta, a pessoa
sairia dizendo que o professor, ou o palestrante, teria dito alguma coisa que
na realidade ele não disse. Corno a maioria dos ouvintes não faz perguntas,
esses mal—entendidos devem acontecermuitas vezes, especialmente sobre
assuntos polêmicos, sobre os quais cada um tem a tendência a filtrar o
20 Cada Caso, um Caso.,.PuroAcaso
que escuta, ajustando as ideias a conhecimentos anteriores aos próprios
interesses e emoções. Certa ocasião, numa palestra para um público
diverso, falando sobre o conceito de população,afirmei que nos organismos
de reprodução sexuada um indivíduo sempre depende de outro para poder
se reproduzir. No final da palestra, uma senhora procurou—me dizendo que
tinha adorado quando eu disse que as pessoas não podemviver sozinhas,
que dependem sempre umas das outras. Demorei alguns segundos para
entender o que eu teria falado que dera a ela tal interpretação.
Toda vez que uma pessoa recebe uma informação nova, ela tenta
conectar a informação ao que já sabia ou pensava sobre o assunto. Por
outro lado, se ela nada sabia, a informação é recebida de forma mais
passiva, aceita ou não,mas passiva.Tal situação émuito comum em relação
às informações científicas que são passadas a sociedade. Poderiam ser
citados muitos casos para mostrar essa realidade,mas cito apenas a teoria
da relatividade proposta por Einsten (1879—1955). Embora importante para
a Física,de enorme divulgação e aparente facilidade de entendimento, não
comoveu os leigos. Porquê? Talvez porque pareça uma informação distante
da realidade do cotidiano e em nada interfira em conceitos ou modos de
viver de cada um.
O mesmo não aconteceu com a teoria evolutiva. É difícil encontrar
alguem, em qualquer nível de escolaridade, que já não tenha pensado
sobre o assunto elou já não tenha tornado uma posição pessoal a respeito,
geralmente começando com as palavras: Eu acredito que, eu acho que,
na minha opinião, e assim por diante. Observo isso em reuniões sociais,
quando alguém descobre que sou biólogo e que trabalho na área de
Evolução e procura me dizer o que acha a respeito, mesmo que eu não
tenha perguntado. Escuto, simplesmente escuto,mesmo que não concorde.
Não interfiro porque do contrário terei de dar explicações e a conversa
pode se prolongare geralmente omomento não é adequado. Só respondo
quando questionado e de forma rápida, Reajo quando, na empolgação da
argumentação, o interlocutor dispara — Você não acha? Ao que respondo:
Eunão acho nada... você fala e euescuto.Outra tática e levantar polêmica
sobre o problema proposto para deslocar o foco da questão. Urna ocasião,
abordado por um psicólogo que insistia em expor suas ideias evolutivas,
em um estacionamento do campus, tive de ouvir um discurso racista por
uns 5 minutos, tempo no qual fiquei tentando encontrar uma maneira para
sair da conversa sem rebater ou contra—argumentar sobre o que ele falava.
Na quinta vez que ele usou a expressão a espécie humana atual, achei a
brecha que eu esperava, interrompi e perguntei:—De que espécie humana
atual você está falando? Dos esquimós, dos aborígines da Austrália, dos
índios Yanomamis, dospigmeus, dos bosquímanos, dos negros nilóticos?
Surpreso com a pergunta, balbuciou: — Estou falando de nós...Ao que eu
prontamente completei: —Ah!De nós, descendentes de europeus, indios,
africanos, asiáticos...Aconversa acabou e provavelmente ele tenha ficado
pensando sobre a diversidade da espécie humana atual.
Capítulo 2
,
Charles R, Darwin eAlfred R,Wallace 21
. O interesse pela evolução biológica decorre do fato de discutir problemas
basicos e por apresentar explicações que se chocam com dogmas de fé
sobre a origem dos seres vivos na Terra. E, se questiona os dogmas sobre
a origem, também mexe com o conceito de fim da vida de cada indivíduo
e esse é o ponto mais crítico. No entanto, ela e simplesmente uma teoria
científica que tenta explicar os fatos com o conhecimento que se tem e, como
tal, sujeita a alterações e ajustes decorrentes do avanço do conhecimento.
Embora ela possa abalar dogmas de fé, não foi feita para isso e nem pode
ser responsabilizada por tal. Em nenhummomento Darwin aborda questões
religiosas em seus livros. Se um dogma e abalado por uma explicação
científica, e o dogma que deve ser revisto e não a explicação científica.A
teoria da evolução, como de resto toda a ciência, também não pretende ser
uma filosofia de vida nem materialista nem espiritualista, ou seja, não foi
feita para orientar o comportamento e nem a filosofia de vida das pessoas.
Na informalidade familiar, eu já ouvi o seguinte comentário: —Nossa, apesar
de ser evolucionista, você é uma pessoa legal, tanto no convívio familiar
corno social. Ou seja, para quem fez esse comentário, um evolucionista
deveria ser um sujeito meio perigoso, sem ética ou moral,que usaria a luta
pela vida ao pé da letra, eliminando seus concorrentes e assim por diante.
Foi o que supus após talcomentário.
Premissas e conclusões da teoria
Voltando à teoria deWallace e Darvvin,éevidente que 150 anos depois,
embora confirmada em sua quase totalidade e em sua essência, elajá tenha
sido alterada em alguns aspectos e corrigida em outros. Nesses 150 anos,
milhares de pesquisadores estudaram o assunto realizando pesquisas em
laboratório e/ou na natureza. É importante notar que há mais de 100 anos
não é publicado nenhum trabalho que conteste a ideia de que os seres
vivos evoluem, apesar do enorme volume de pesquisa sobre o assunto
durante o período.
Como a ideia desta publicação éapresentar o pensamento atual, comento
rapidamente alguns fatos históricos. Antes porém, apresento, de forma
esquemática, a ideia básica da teoria de Darwin e deWallace e discuto os
problemas não resolvidos por ela, na época, e que fizeram com que ficasse
quase ignorada durante uns 50 anos, de 1880 a 1930 aproximadamente.
Não há dúvidas históricas de que tanto Darwin comoWallace tinham
conhecimento dos livros publicados por Thomas Robert Malthus (1766—
1834).- Há alguma controvérsia sobre o impacto que isso tenha causado
em ambos e a real influência deles na formulação da teoria evolutiva, mas
essa é uma questão especulativa.
O primeiro livro deMalthusfoi publicado em 1798 com o título Umensaio
sobre o princípio da população na medida em que afeta o melhoramento
futuro da sociedade (An Essayon the Principle ofPopulation, as lt affects
22 Cada Caso, um Caso...PuroAcaso
the Future ImprovementofSociety) e o segundo, quase uma reedição do
primeiro, foi publicado em 1803com um título quemais parece um resumo:
Um ensaio sobre o principio da população ou uma visão de seus efeitos
passados e presentes na felicidade humana, com uma investigação das
nossas expectativas quanto a remoção oumitigação futura dosmales que
ocasiona (An Essay on the Principle of Population; or a View of lts Past
andPresentEffectsonHumanHappines;With an inquiry intoourProspects
Respecting the FutureRemovalofMitigationsof the Evilswhich ltOccasions).
Esses livros, com enfoque maior em sociologia econômica e não em
biologia, tratavam principalmente da questão do tamanho populacional e do
crescimento da população humana e suas consequências na sobrevivência
da humanidade.
A postulação básica diz que potencialmente as populações tendem
naturalmente a crescer numa progressão geométrica (2, 4, 8, 16, 32,
64, 128, 256, 512, 1024) enquanto os alimentos tendem a crescer em
uma progressão aritmética (2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18, 20). Assim, a
capacidade potencial de a população crescer e muitas vezes maior do que
a capacidade da Terra de produzir alimentos, o que previa a ocorrência
de uma crise de alimentos capaz de comprometer a sobrevivência das
populações. Segundo Malthus, essa crise só não havia ocorrido ainda em
decorrência da alta mortalidade de população por outras causas como,
as doenças, as epidemias, as guerras. Esse é o ponto principal que deve
ter causado impacto em Darwin e Wallace, embora os livros de Malthus
enfoquern outros pontos muito interessantes sob o ponto de vista social,
discutindo, já em 1803, o problema do controle da natalidade e os impactos
econômicos, sociais e de sobrevivência causados por uma superpopulação
humana do planeta.
Na natureza, essa progressão de crescimento populacional estudado
porMalthusé, na absoluta maioria das espécies, ainda mais intensa, porque
a base da progressão não e 2. Por exemplo, um casal de moscas, ou de
peixes, sapos, ratos, baratas podem potencialmente gerardezenas, centenas
ou milhares de filhos. Se a mortalidade dos filhotes não fosse enorme,
cada casal seria capaz de atingir cifras astronômicas de descendentes em
poucas gerações.
Assim, a teoria proposta por Darwin eWallace considerou, como fenômeno
fundamental na estrutura biológica das populações e espécies, o equilíbrio
entre a potencialidade reprodutiva e o fato de as populações não explodiram
em tamanho populacional em decorrência da alta mortalidade porgeração.
A teoria pode ser simplificada em fatos e deduções, como se segue:
Fatos observados na natureza:
1. A potencialidade reprodutiva das espécies faz com que elas cresçam em
progressão geométrica,"
2. O aumento da produção de alimento cresce em progressão aritmética;
Capitulo 2 e Charles R. Darwin eAlfred R.Wallace 23
3. Os indivíduos de populações naturais apresentam variações entre si,
Deduções que servem de base à teoria:
1, Como em geral as populações permanecem sem grandes alterações de
tamanho populacional ao longo das gerações, deve ocorrer sempre grande
mortalidade.
2. As mortes, responsáveis pela manutenção do tamanho populacional, não
ocorrer/am ao acaso. Os indivíduos que possuissem qualquer variação que
fosse vantajosa teriam mais chances de sobrevivência.
. A grande novidade da teoria é o fato 3 e a dedução 2, ou seja, as
d_|ferenças encontradas entre os indivíduos da população poderiam
Significar diferença na capacidade de sobrevivência e, em decorrência, a
probabilidade de morrer ou sobreviver não seria ao acaso, mas dependeria
das características de cada um.
Textos de Darwin
A seguir, transcrevo trechos do texto original de Darwin para mostrar
a maneira pela qual as ideias sobre variação e seleção natural foram
apresentadas por ele:
(._.) Como nascem mais indivíduos do que o número dos que poderiam
sobreviver, sempre haverá uma luta pela existência, seja entre os da mesma
espécie, seja entre eles e os de outras espécies distintas, ou seja, os indivíduos
e as condições de vida existentes em seu habitat. Trata—se da doutrina de
Malthus aplicada com redobrada força a todo o reino vegetal e animal, uma
vez que nesse caso não pode acontecer o aumento artificial dos alimentos
ou a restrição prudente dos acasalamentos, (...)
(...)A esse princípio atraves do qual toda variação, pormenorque seja, deve
preservar—se, desde que apresente utilidadepara o indivíduo, denominei “princípio
de seleção natural", a fim de frisar sua relação com a capacidade humana
de seleção.A seleção naturalé uma força que se encontra incessantemente
pronta a atuar, sendo incomensuravelrnente superioraos frágeis esforços do
Homemnessemesmo sentido. (...)
(___) O Homem pode agir apenas sobre os caracteres externos e visíveis,
enquanto que a natureza não cuida das aparências, salvo naquelesaspectos
que se possam revelarúteis a cada ser vivo. Elapodeagirsobre qualquerórgão
interno,modificando qualquercaracterística estrutural,pormais insignificante
que seja, do complexo mecanismo vital do indivíduo.A seleção dirigida pelo
Homem visa apenas seupróprio bem; a da natureza se volta exclusivamente
para o bem do indivíduomodificado. (...)
(...) Como será que a luta pela existência age com respeito a variação? Sera
que o princípio de seleção, que vimos ser tão potente quando dirigido pela
mão do Homem,poderia seraplicado na natureza?Os indivíduos dotados de
alguma vantagem, mínima que seja, teriammaiorprobabilidade de sobreviver
24 Cada Caso. um Caso._.Pur0Acaso
e reproduzir seu tipo? Por outro lado, podemos estar certos de que qualquer
variaçãoque se mostre nociva, por menor que seja, acarretaria inflexívelmente
a destruição do individuo, Éa essa preservação das variações favoráveis e
eliminação das variações nocivas que dou o nome de seleção natural, (...)
(...)Pode—se dizer que a seleção natural, onde quer que ocorra, estápassando
por seu crivo, dia a dia e a cada hora quepassa, toda variaçãosurgida, mesmo
amais insignificante, rejeitando a nociva, preservando e ampliando a que for
útil, trabalhando de maneira silenciosa e imperceptível, quando e onde se
oferece a oportunidade, no sentido de aprimorar os seres vivos no tocante
às suas condições de vida orgânicas e inorgânicas. Não somos capazes
de perceber essas modificações tão lentas, ate que a mão do tempo tenha
marcado os longos lapsos das eras, (...)
(“.) Sementes do mesmo fruto e filhotes da mesma ninhada eventualmente
diferem consideravelrnente entre si, ainda que tantopais como filhos tenham
sido aparentemente expostos às

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