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UMA HISTÓRIA LOCAL, Baía Formosa PCC

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA:
DISCIPLINA: ASPECTOS ANTROPOLÓGICOS E SOCIOLÓGICOS DA
EDUCAÇÃO
PROFESSOR (A) TUTOR (A): ADALTO DA MOTTA MENDONÇA
TÍTULO DA ATIVIDADE ESTRUTURADA: UMA HISTÓRIA LOCAL
ALUNO (A) AUTOR (A) DA ATIVIDADE: SANDRA MORENO
 
INTRODUÇÃO
O presente trabalho se constitui em uma análise da história local na cidade de
Baía Formosa. A opção pela história local como objetivo de análise nesse estudo
deve-se, inicialmente, a necessidade de se entender o interesse da sociedade e da
população pesqueira com a educação sócio ambiental, no esforço de estimular
debates e reflexões sobre a história da cidade.
Os principais fatos observados são, o turismo marítimo, a pesca e o envolvimento
da escola com a população, descobrindo pontos turísticos, conhecendo o projeto
“praia limpa” e aprendendo sobre a pesca. O objetivo desse trabalho é fazer nascer
na população a vontade de querer ver as belezas naturais da cidade serem
cuidadas, serem preservadas, chegar possibilidades de crescimento turístico e
intelectual, a história da cidade ser contada, estudada e guardada.
A escola por sua vez, cumpre cada vez mais seu papel na sociedade, seja para
mantê-la tal como se apresenta, seja para transformá-la. É essa conscientização
que deve chegar a cada membro da sociedade, do vendedor de artesanato ao poder
público, a importância de se cuidar do local em que se vive, de fazer a história e
guarda a história local.
DESENVOLVIMENTO
O interesse pela história local traz um entendimento de que a sociedade na
condição de objeto de estudo necessita ter mais acesso a projetos de educação na
ecologia, sustentabilidade e desenvolvimento social. A principal interlocução ocorreu
por meio de entrevista informal com o sr. Jeuk Duarte Ribeiro, na pousada
ALBERGUE DO PORTO, de sua propriedade, entrevista estruturada por meio de
perguntas e respostas.
O principal propósito da entrevista era fazer emergir o processo de produção de
conhecimento da história local. Para compreender a concepção de como é tratada a
natureza pela comunidade pesqueira e a sociedade em torno.
Foi necessário ser feito duas entrevistas, por falta de experiência não salvei o
primeiro áudio, o que me entristeceu muito, na primeira entrevista foi dito mais sobre
o trabalho comunitário das escolas, ‘Ação praia limpa’ para incentivar a população a
cuidar e proteger principalmente as praias.
A segunda entrevista foi feita com anotações prévia das perguntas, e o
entrevistado não produzia resposta condizente em determinadas questões e
ressaltava outras, o que me levou a tentar sincronizar o áudio as fotos no vídeo em
anexo.
A relação entre entrevistado e entrevistador no que diz respeito ao trabalho
refletiu de forma positiva. Foi um ambiente amistoso, passando a ideia de que as
questões tratadas na entrevista será um elo de união entre nós, trazendo ideias
futuras.
Antes de começar a gravação de áudio, expliquei os objetivos da entrevista e o
que pretendia fazer com o material dela produzido. O primeiro contato com
entrevistado teve como finalidade pedir permissão para a entrevista e a gravação do
áudio e explicar todo o processo e utilização do material.
Ao som do mar se deu a entrevista, acredito que o nervosismo do entrevistado
tirou muito o potencial do que poderia ter sido produzido nessa entrevista.
“A sociedade como objeto de estudo
O homem é dotado de comportamento muito complexo e diversificado, cada um
de nós recebemos influências desde o nascimento, através dos pais, da escola, da
comunidade em que vivemos e com o decorrer do tempo, com o mundo. Havendo
também um retorno, com as ações do indivíduo, não sendo um produto passivo do
meio, mas construindo a si mesmo e interagindo com o meio e o modificando.“ (Profª
Ivete,2010)”
PERGUNTAS FEITAS:
Fale sobre a importância histórica do albergue para a cidade?
...Começou com a origem da pousada Miramar, primeira pousada de Baía
Formosa, de propriedade do seu pai, escrita na revista “Quatro rodas”, .... começou
com quatro quartos simples, o pai sendo muito conhecido facilitou o progresso do
negócio. Depois nasceu o Albergue do Porto se tornando uma tradição junto com a
praça da procissão...
... Esse Albergue recebe todo tipo de turista, vindos da Suíça, França, Itália, Peru
etc., o Albergue trabalha numa diária de R$50,00. O fundamental do Albergue é
essa varanda de frente para o mar, onde se pode apreciar o pôr do sol e o banho de
mar... Vem em média 100 ônibus do interior para participar da festa e comprar o
peixe.
 Entrada da pousada.
Fonte: próprio auto
Donos da pousada Sr. Jeuk e Sr Pablo
Fonte: próprio auto
Interior da pousada.
Fonte: próprio auto
Interior da pousada.
Fonte: próprio auto
O que a pesca do atum (albacora) traz para a sociedade local?
... Aqui temos a pesca do atum, pesca que é de ano a ano, trazendo pescadores
de diversos lugares como, Diego Lopes, Caiçara do Norte, ..., No dia 15 de
novembro tem uma festa muito bonita, que é tradição, sendo o feriado que mais
abriga turistas na cidade.
Colagem do Atum.
Fonte: domínio público
Embarcações chegando do alto mar.
Fonte: próprio auto
Continuando a falar de turismo, como é o passeio a barco?
... O nosso passeio de barco, cujo o nome é “O aventureiro”, que pertence a mãe
dosurfista Ítalo Ferreira..., nesse passeio se conhece as praias; do Porto; do
Bacupari, onde no tempo antigo (passado), houve um confronto entre índios da
Paraíba com os índios potiguar ..., praia do Farol..., a praia da Barreirinha..., e a
próxima e última praia do Sagi que tem encontro com o rio Guaju que divide o Rio
Grande do Norte dá Paraíba...
...Temos também a lagoa da Coca-Cola..., a lagoa do Chico do alto..., lagos do
Gravatá e do Junco...,...,..., é todo o percurso do turismo marítimo...
... O estranho ponto turístico de Baía Formosa foi o Cemitério Portuário que
existia nas antigas, onde estão enterrados meus avós, tinha também a cacimbinha,
que era um poço de água doce a cidade se abastecia quando não tinha água
encanada e o tabuleirinho, local onde tinha a lavanderia pública..., “são os três
postais mais antigos”...
Praia do Porto.
Fonte: próprio autor
 
 Praia do Bacupari.
Fonte: próprio autor
Praia do Sagi
Fonte: próprio autor
Lagoa da Coca-cola.
Fonte: próprio autor
Cemitério Portuário (antigo cemitério)
Fonte: domínio público.
Atual cemitério.
Fonte: próprio autor
O que a associação de pescadores faz para beneficiar e educar os pescadores?
...,Terá reunião e já está tendo cursos nos colégios através do SENAC, cursos
também de camareira, garçom, inglês e tudo que for necessário para aperfeiçoar um
grande da população para um grande resort de um grupo Polonês..., onde a
preferência será o povo da cidade, de início será de 4 a 8 anos a geração de
emprego para os jovens de Baía Formosa... o turismo dará uma alta muito grande ...
a cidade dará uma crescida imensa...
E o saneamento básico?
...,Está sendo esperado o novo governo para o próximo ano para a retirada do
esgoto que cai no mar...,só começará esse desenvolvimento tão esperado pela
população quando for solucionado o problema de saneamento básico na cidade...
O conto popular diz que o pescado diminuiu muito, porquê?
...O homem começou a destruir a natureza colocando tambores enferrujados e
pneus em baixo d’água para pegar lagostas, elas comem ferrugem e morrem,
diminuindo o Pescado....
O município de Baía Formosa e sua história.
A história de Baía Formosa começou com a construção de um porto de
embarcações. Esse porto originou um núcleo de pescadores e estava localizada na
única baía do Rio Grande do Norte. No século XVIII, o tal lugar serviu como sendo
umaárea de veraneio para a família Albuquerque Maranhão e fazendeiros de
lugares próximos. Em 1877, ocorreu a chamada "matança de agosto", que se
constituiu em um episódio onde dono de uma área teria ido a um vilarejo, junto com
um grupo armado, com a finalidade de tentar expulsar os moradores daquele lugar.
Nesse contexto, surgiu a figura de Francisco Magalhães, que, juntamente com
outros quatorze homens armados, conseguiram resistir aos agressores. O episódio
foi comandado por João Albuquerque Maranhão, latifundiário e dono do Engenho
Estrela, e se resumiu em uma horrível luta que resultou na morte de seis pessoas e
na prisão e julgamento do comandante da chacina.
No final do século XIX, foi construída uma capela no local, tendo como padroeira
a Imaculada Conceição, além disso, também foram criados e anexados ao município
de Canguaretama os distritos de Baía Formosa e Vila Flor. O povoado do distrito
começou a crescer, tendo como base econômica a lavoura e a pesca. Em 1933, o
distrito de Baía Formosa, que havia sido criado em 1892 e pertencia ao município de
Canguaretama, foi extinto, juntamente com o distrito de Vila Flor, sendo que depois
ambos os distritos foram recriados, mas em datas diferentes (o distrito de Vila Flor,
que depois teve seu nome alterado para "Flor" e depois o nome voltou a se chamar
"Vila Flor", foi recriado em 1938, enquanto o distrito de Baía Formosa foi recriado
somente quinze anos depois). Finalmente, em 1958, o distrito de Baía Formosa foi
desmembrado do município de Canguaretama, tornando-se novo município do
estado do Rio Grande do Norte, por força da lei estadual n° 2338. O nome do
município faz a referência à sua localização estratégica, no extremo leste potiguar e
em uma bela enseada que forma a única baía do estado.
CONCLUSÃO
Na sociedade atual se fala muito em ecologia, em educação ambiental, mas na
prática pouco se vê. Em uma cidade pequena, rodeada por uma mata atlântica com
proteção de “reserva ambiental”, não existe um projeto onde a população fique
ciente de como preservar, manter e proteger sua natureza.
A falta de empenho do poder público impede que a população tenha
conhecimento dos benefícios que o desenvolvimento econômico pode criar, um
deles é, novos empreendimentos, principalmente no turismo que seria a maior fonte
de trabalho e renda.
Atualmente existe duas fontes de trabalho, a usina de cana –de- açúcar e a
pesca, sendo que a primeira paga bem a baixo do mercado e a segunda depende
exclusivamente da natureza. As mentalidades não mudam, não existe interesse em
criar conexão e integração com outras regiões.
Não existe incentivo científico e tecnológico na educação, e mesmo com a falta
de prioridade do poder público, a escola trabalha para criar a conscientização
ambiental da população através de ações como o mutirão de limpeza nas praias, de
Baía Formosa, que foi realizado ano passado, com coleta de resíduos sólidos das
areias, foi feito distribuição de material educativo e orientações sobre educação
ambiental, e já existe projeto de limpeza nas praias de Baía Formosa para esse ano.
A questão é, como realizar projetos numa cidade em que o poder público não tem
amor a sua terra, não tem ação cívica. Uma cidade que não existe uma preservação
da história, um relato mesmo que um pouco pobre, se torna um tesouro, é relatado
com prazer, se nota o orgulho ao falar, relembrar histórias que com o passar do
tempo estão sendo esquecidos cada vez mais. Mas onde esses relatos ficam
guardados?
A cidade praticamente parou no tempo e por que?
CITAÇÕES
 “As possibilidades humanas são fantásticas, mas elas são baseadas nas
experiências e na história daqueles que nos antecederam. Preservar a memória é
fundamental para qualquer comunidade. Não existe futuro para um povo que não
preserva sua memória” (Rogério Lorenzetti em discurso)
 “Antigamente, nas primeiras comunidades, a tradição era oral. As pessoas
contavam histórias, elas se reuniam em volta de fogueiras e os mais velhos
contavam o que tinha acontecido, preservando a cultura daquela comunidade. 
 A partir da invenção da prensa, a história passou a ser impressa e tudo ficou
muito mais simples, porque o conhecimento podia ser reproduzido. Com isso,
quando a pessoa morria, não se perdia mais os seus conhecimentos – ele ficava
guardado através da escrita. Então vieram as imagens das fotografias, já existiam as
pinturas, e todas essas foram formas de o ser humano preservar a sua história e,
baseado nestas experiências vividas, o ser humano pôde avançar muito mais rápido,
porque passou-se a acumular o conhecimento de 500 anos, muitas vezes em um
livro”. (Rogério Lorenzetti em discurso) (2002, p. 66)
 "Aqueles que embarcam numa vida de diálogo com a experiência humana
deveriam abandonar todos os sonhos de um fim tranquilo de viagem. Toda a sua
felicidade se encontra na própria jornada" (ZYGMUNT BAUMAN- Sociólogo
Polonês)
 “Na etapa de caminhar e compartilhar juntos, a empatia desempenha um
papel essencial”. Gutierrez(2002, p. 66)
 A escola é, sem dúvida, o local onde podemos discutir a consciência
ambiental, pois tem como função educar os cidadãos para que venham agir de
modo responsável e quando bem realizada leva a mudanças de comportamento,
atitudes e valores de cidadania que podem ter fortes consequências sociais.
Educação ambiental, como perspectiva educativa, é um tema transversal o qual
pode estar presente em todas as disciplinas, permitindo enfocar as relações entre a
humanidade e o meio natural, sem deixar de lado as suas especificidades
(REIGOTA, 1999).
REFERÊNCIA:
 RIBEIRO, Job Antonio Garcia. Ecologia, educação ambiental, ambiente e
meio
 ambiente: modelos conceituais e representações mentais. 2012. 121 f.
Dissertação
 (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências, 2012.
 Ivete Fatima Stempkowski.Cientista Social, graduada na Universidade do
Vale do Rio
 dos Sinos - Unisinos - mestrado pela PUC-RS. Aluna do curso de
Especialização em
 Educação a Distância com Ênfase na Docência e na Tutoria em EAD.
Professora-tutora
 em EAD no curso de Especialização em Gestão Municipal pela UFRGS/UAB.
Professora
 tutora do curso de Especialização em Negociação Coletiva EA/UFRGS.
 FAGUNDES, José Evangelista. A história local e seu lugar na história:
histórias
 ensinadas em Ceará-Mirim. 2006. 195 f. Tese (Doutorado em Educação) -
Universidade
 Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2006.
 Wikipédia
 Google
 Parte do meu PCC de Antropologia. Sandra Moreno. You tube 28 de abr de
2019. 8min18s disponível em < https://www.youtube.com/watch?v=O2gELZhou6E>.
Acesso em 28 de abr de 2019.

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