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PROPRIEDADES ÓPTICAS DOS MATERIAIS SUMÁRIO O que é propriedade ótica? ................................................................................................... 1 Radiação eletromagnética .................................................................................................... 1 1. Conceito clássico: ...................................................................................................... 1 2. Conceito quântico-mecânico: ..................................................................................... 3 Interações com sólidos ......................................................................................................... 3 Interações atômicas e eletrônicas ......................................................................................... 4 Polarização eletrônica ........................................................................................................... 4 Transições eletrônicas .......................................................................................................... 4 Propriedades óticas dos metais ............................................................................................ 5 Propriedades óticas dos não-metais ..................................................................................... 5 Refração ............................................................................................................................ 5 Reflexão ............................................................................................................................ 8 Absorção ........................................................................................................................... 9 Transmissão .................................................................................................................... 10 Cor .................................................................................................................................. 11 Opacidade e translucidez em materiais isolantes ............................................................ 12 Aplicações dos fenômenos óticos ....................................................................................... 13 Luminescência ................................................................................................................ 13 Fotocondutividade ........................................................................................................... 14 Lasers ............................................................................................................................. 15 Fibras Óticas nas comunicações ..................................................................................... 16 Referências ......................................................................................................................... 17 1 O que é propriedade ótica? Óptica é o ramo da física que estuda os fenômenos relacionados à luz. Propriedade óptica é a resposta de um material à exposição a radiação eletromagnética e, em particular, a luz visível. Estudar as propriedades óticas de um material nos permite prever e alterar as respostas de um material quando expostos a radiação eletromagnética. Radiação eletromagnética 1. Conceito clássico: A radiação eletromagnética é uma onda, cujas propriedades estão apresentadas na figura 1. Figura 1: Características da onda. Fonte: <https://pt.khanacademy.org/science/physics/light- waves/introduction-to-light-waves/a/light-and-the-electromagnetic-spectrum>. A distância horizontal entre dois vales ou cristas consecutivas de uma onda é chamada de comprimento de onda. A frequência da onda diz respeito ao número de comprimentos de onda completos que passam por um determinado ponto no espaço a cada segundo. Essas duas propriedades são inversamente proporcionais, estando relacionadas pela seguinte equação, em que λ representa o comprimento de onda, ν é a frequência e c é a velocidade da luz, igual a 3,00 × 108 m/s: c=λν 2 Essa radiação eletromagnética apresenta componentes elétricos e magnéticos e uma direção de propagação, perpendiculares entre si, conforme figura 2, organizando-se de acordo com seu comprimento de onda e frequência. Figura 2: Componentes do campo elétrico e magnético. Fonte: LIVRO Cada radiação eletromagnética é caracterizada por uma faixa específica de comprimento de onda e frequência. O espectro eletromagnético, representado na figura 3, abrange a larga faixa que vai desde os raios γ – emitido pelos materiais radioativos - até as ondas de rádio, com comprimentos de onda mais longos. Figura 3: Espectro eletromagnético. Fonte: <https://pt.khanacademy.org/science/physics/light- waves/introduction-to-light-waves/a/light-and-the-electromagnetic-spectrum>. 3 A luz visível é a única radiação sensível à vista humana, e consiste numa região bem estreita do espectro, com comprimentos de onda que variam entre 0,4 µm e 0,7 µm (10-7 m). A cor a que enxergamos é determinada pelo comprimento de onda: a radiação com comprimento de onda de 0,4 µm tem aparência violeta, e a cor vermelha ocorre no comprimento de aproximadamente 0,65 µm. A luz branca consiste na mistura de todas as cores (CALLISTER, 2002). 2. Conceito quântico-mecânico: A radiação eletromagnética caracteriza-se por um pacote de energia, chamado de fóton. Essa energia (E) de um fóton é proporcional a frequência da radiação, e quantizada a partir da relação seguinte, onde h representa a constante de Planck (igual a 6,63 × 10-34 J.s): E=hν=hc/λ Quando os fenômenos ópticos tratam de interações entre a radiação e a matéria, a explicação é mais conveniente tratando a luz em termos de fótons. Interações com sólidos A intensidade de um feixe que incide sobre uma superfície sólida se dá pela soma das intensidades dos feixes transmitido, absorvido e refletido: I0 = IT + IA + IR Os materiais que transmitem a luz com baixa absorção e reflexão são transparentes. Aqueles através do qual a luz é transmitida de forma difusa são 4 chamados translúcidos, e os que são impenetráveis à transmissão de luz visível são os opacos. Interações atômicas e eletrônicas Dentro dos materiais sólidos ocorrem fenômenos que compreendem interações entre a radiação eletromagnética e os átomos, íons e/ou elétrons. Dentre essas interações, duas das mais importantes são a polarização e as transições eletrônicas. Polarização eletrônica Para a faixa de frequências do espectro visível, o campo elétrico interage com a nuvem eletrônica que rodeia cada átomo dentro da sua trajetória, provocando a polarização eletrônica ou afastando a nuvem eletrônica em relação ao núcleo do átomo, através das mudanças de direção do componente do campo elétrico. Duas consequências dessa polarização são: uma parte da energia de radiação pode ser absorvida e as ondas de luz têm as suas velocidades retardadas à medida que passam através do meio, cuja se apresenta na forma de refração, temática discutida posteriormente. Transições eletrônicas As transições eletrônicas de um estado de energia para outro referem-se a absorção e a emissão de radiação eletromagnética. Dessa forma, a variação de energia sofrida pelo elétron é diretamente proporcional à frequência da radiação de como mostra a expressão a seguir: ΔE=hv 5 É importante perceber que os estados de energia para átomos são modestos, logo, os valores existentes de ΔE são específicos entre os níveis de energia. Assim, somente os fótons com frequências que correspondem aos possíveis valores de ΔE para o átomo podem ser absorvidos pelas transições eletrônicas e a totalidade da energia de um fóton é absorvida em cada evento de excitação. Além disso, um elétron estimulado não permanece indefinidamentenum estado excitado, pois, após um pequeno intervalo de tempo, ele sofre uma queda ou decai novamente ao seu estado fundamental, promovendo uma reemissão de radiação eletromagnética. Propriedades óticas dos metais Os metais são opacos para toda a radiação eletromagnética desde as ondas de rádio, passando pelas radiações infravermelha e visível, até aproximadamente a metade da radiação ultravioleta. Os metais são transparentes às radiações de alta frequência (raios x e γ), além de refletir em forma de luz a maior parte da radiação que absorvem com o mesmo comprimento de onda, cujo determina a coloração apresentada, e uma pequena parte da energia dos processos de decaimento eletrônico é liberada em forma de calor. Propriedades óticas dos não-metais Os materiais não metálicos podem ser transparentes à luz visível, devido às suas estruturas da banda de energia dos elétrons. Assim, esses materiais apresentam, além dos fenômenos de reflexão e absorção, a refração e a transmissão. Refração O fenômeno da refração ocorre pela transferência de raios luminosos para o interior de materiais transparentes, sofrendo uma variação na velocidade de propagação e uma mudança na direção. O índice de refração de um material (grau de dobra) é 6 definido como a razão entre a velocidade da luz no vácuo (c) e a velocidade da luz no meio (ν) (CALLISTER, 2002): n=c/ν Este fenômeno é responsável pela distorção da imagem de objetos imersos em copos com água, no interior de piscinas, ou ainda de objetos perto do solo em dias de calor intenso (o índice de refração depende da temperatura: perto do solo o índice de refração terá um valor máximo, diminuindo à medida que nos afastamos do solo) (ARQUITETURA E VIDA, 2004). O fenômeno da refração está ilustrado na figura 4: Figura 4: Refração. Fonte: <https://azeheb.com.br/blog/entenda-a-refracao-da-luz/> A refração só ocorre se a velocidade de propagação da luz entre os meios for diferente (AZEHEB). A magnitude do grau de dobra depende do comprimento de onda da luz. Esse efeito pode ser demonstrado pela dispersão de um feixe de luz branca em suas cores componentes quando atravessa um prisma de vidro, conforme a figura 5, através da qual é notável que a velocidade de propagação das cores em um pedaço de vidro é diferente. A refração da luz na atmosfera úmida, após uma chuva, explica a ocorrência do arco íris. 7 Figura 5: Refração da luz. Fonte: <https://e-escola.com.br/Ensino- Fisica/espectroscopia_dispersaodaluz.htm> Para materiais transparentes, existe uma relação entre o índice de refração e a constante dielétrica. O fenômeno da refração está relacionado com a com a polarização eletrônica nas frequências elevadas da luz visível. O componente eletrônico da constante dielétrica pode ser determinado a partir de medições do índice de refração, empregando-se a equação (onde εr representa a constante dielétrica) (CALLISTER, 2002): n=√εr O tamanho dos átomos ou íons constituintes possui influência sobre a magnitude da refração. Quanto maior for um átomo ou íon, maior será a polarização eletrônica, menor será a velocidade, e maior será o índice de refração (CALLISTER, 2002). A tabela a seguir fornece os índices de refração de alguns materiais: 8 Tabela 1: Índices de refração para alguns materiais transparentes. Fonte: Callister, 2002. Reflexão Quando a radiação luminosa passa de um meio para outro com índice de refração diferente, uma parte da luz é refletida, ou seja, dispersada na interface entre os dois meios, mesmo que ambos sejam transparentes (CALLISTER, 2002). A refletividade (R) é expressa por: R=I0/IR Onde I0 e IR representam as intensidades dos feixes incidente e refletido, respectivamente. Quanto maior é o índice de refração de um sólido, maior é a sua refletividade, e assim como o índice de refração, a refletividade também varia com o comprimento de onda. As perdas por reflexão em lentes e outros instrumentos óticos podem ser minimizadas aplicando camadas finas de revestimento à base de materiais dielétricos, por exemplo, fluoreto de magnésio (CALLISTER, 2002). 9 Figura 6: Reflexão e refração. Fonte: <http://cfqbrunamagalhaes.blogspot.com/2014/06/reflexao-leis-refracao-reflexao- total.html> Absorção A radiação luminosa é absorvida através dos mecanismos de polarização eletrônica e transições eletrônicas da banda de valência para banda de condução, cujos também influenciam as características de transmissão desses não-metais. O primeiro mecanismo só possui relevância para frequências da luz ao redor da frequência de relaxamento dos átomos integrantes, enquanto que o segundo depende da estrutura da banda de energia dos elétrons do material (CALLISTER, 2002). As excitações dos elétrons e a absorção de energia só se dão se a energia do fóton for maior do que a energia do espaço entre as bandas, denominado de Ee, logo: hv > Ee Ou em termos de comprimento de onda 10 ℎ𝑐 𝜆 > Ee Da mesma forma, a energia máxima e mínima de espaçamento entre as bandas para a qual é possível absorção de luz visível é dada, respectivamente, por: Ee (max)= ℎ𝑐 𝜆(𝑚𝑖𝑛) Ee (min)= ℎ𝑐 𝜆(𝑚𝑎𝑥) Todo material não-metálico se torna opaco em algum comprimento de onda, além da possibilidade de ocorrer interações com a radiação luminosa nos sólidos dielétricos. Uma radiação luminosa com comprimentos de onda específicos pode ser emitida como resultado de transições eletrônicas que envolvem os níveis doador e receptor dentro do espaçamento entre bandas (CALLISTER, 2002). A intensidade da radiação líquida absorvida depende da natureza do meio, bem como do comprimento de trajetória no seu interior. A intensidade da radiação transmitida decresce continuamente em função da distância x que a luz atravessa: I’T = I’0 e-𝛽x Em que I’T representa a intensidade da radiação transmitida ou não absorvida, I’0 a intensidade da radiação incidente não refletida e 𝛽, o coeficiente de absorção cujo é característico de cada material específico. Dessa forma, 𝛽 varia em função do comprimento de onda da radiação incidente. O parâmetro distância, x, é medido da superfície incidente para dentro do material. Os materiais que possuem grandes valores de 𝛽 são considerados altamente absorventes (CALLISTER, 2002). Transmissão A intensidade transmitida para um feixe de luz incidente com intensidade lo que cai sobre a superfície anterior de uma amostra com espessura l e com um coeficiente de absorção 𝛽é de: IT=lo(1-R)² e-𝛽l 11 Em que R representa a refletância. Dessa forma, a fração de luz incidente que é transmitida através de um material transparente depende das perdas que são ocorridas pela absorção e reflexão. Cor Os materiais transparentes tendem a ser coloridos como consequência da absorção seletiva de faixas específicas de comprimento de onda da luz. Se a absorção da luz é uniforme para todos os comprimentos de onda visíveis, o material tem uma aparência incolor. A cor observada é um resultado da combinação dos comprimentos de onda que são transmitidos. No geral, qualquer absorção seletiva se dá pela excitação de elétrons e uma dessas situações envolve os materiais semicondutores que possuem espaçamentos entre bandas dentro da faixa de energia dos fótons para a luz visível que vai de 1,8 a 3,1 eV. Dessa forma, a fração da luz visível que possui energias maiores que essas, é absorvida de forma seletiva por meio de transições eletrônicas da banda de valência para a banda de condução. Assim, uma parte dessa radiação absorvida é reemitida conforme os elétrons excitados decaem novamente para o seu estado original, de menor energia. Não é necessário que a reemissão ocorra a uma mesma frequência que a absorção. Logo, a cor depende da distribuição de frequências tanto dos feixes de luz transmitidos como dos feixes de luz reemitidos(CALLISTER, 2002). Tomando o rubi como exemplo: 12 Figura 7: Transmissão da radiação luminosa como função do comprimento de onda para a safira e o rubi. Fonte: CALLISTER, 2002. A safira é um monocristal de alta pureza de óxido de alumínio e é incolor. Entretanto, o rubi, que é simplesmente a safira com teor de óxido de cromo entre 0,5 e 2%, possui uma coloração vermelha brilhante. O íon Cr3+ substitui o íon Al3+ na estrutura cristalina do Al2O3 e além disso, introduz níveis de impureza dentro do largo espaçamento entre bandas de energia da safira. Para a safira a transmitância é relativamente constante em função do comprimento de onda ao logo do espectro visível, o que é responsável pela ausência de cor exibida por esse material. A luz não absorvida ou transmitida, misturada com a luz reemitida, confere ao rubi uma coloração vermelha intensa (CALLISTER, 2002). Opacidade e translucidez em materiais isolantes Muitos materiais dielétricos transparentes podem ser tornados translúcidos ou até mesmo opacos devido à reflexão e à refração no interior dos materiais, assim, um feixe de luz tem sua direção defletida e exibe uma aparência difusa como resultado de múltiplos eventos de espalhamento. Dessa forma, a opacidade é resultado de um 13 espalhamento tão intenso de modo que virtualmente nenhuma fração do feixe incidente é transmitida, sem deflexão, para a superfície posterior e esse espalhamento da luz também ocorre em materiais bifásicos. Tanto a reflexão quanto a refração ocorrem nos contornos dos grãos, causando um desvio no feixe incidente que provém de uma pequena diferença no índice de refração, n, entre grãos adjacentes que não possuem a mesma orientação cristalográfica. Muitas peças de cerâmicas contém uma porosidade residual na forma de poros finamente dispersos como consequência de fabricação ou do processamento e esses poros também espalham a radiação luminosa de maneira efetiva. Entretanto, no caso dos polímeros intrínsecos, o grau de translucidez é influenciado principalmente pelo grau de cristalinidade, ocorrendo um espalhamento da luz visível nas fronteiras entre as regiões cristalinas e amorfas como resultado, como citado anteriormente, de diferentes índices de refração. Aplicações dos fenômenos óticos Luminescência Alguns materiais são capazes de absorver energia e depois emitir luz visível. O fenômeno da luminescência consiste na emissão de luz por uma substância previamente excitada por uma radiação eletromagnética. Os fótons de luz emitida são gerados a partir de transições eletrônicas no sólido, havendo absorção de energia quando um elétron é promovido para um estado de energia excitado (CALLISTER, 2002). A luminescência é classificada de acordo com a magnitude do tempo de retardo entre os eventos de absorção e reemissão: Quando a emissão se dá quase simultaneamente com a excitação e desaparece quando esta termina, esse fenômeno é chamado de fluorescência, porém quando a emissão persiste algum tempo depois de a excitação desaparecer, esse fenômeno é chamado de fosforescência (CALLISTER, 2002). 14 Como exemplo de fluorescência podemos citar as faixas dos uniformes de alguns trabalhadores (motoboys, garis, etc), placas de trânsito ou letreiros luminosos, conforme figura 4. A fosforescência ocorre, por exemplo, pela emissão de luz no escuro por pulseiras (figura 5), onde os átomos continuam em estado de excitação por algum tempo, mesmo após o fim desse efeito. Figura 8: Fluorescência. Fonte: <https://engcompsenac.blogspot.com/2015/06/luminescencia-fosforeceria-e.html> Figura 9: Fosforescência. Fonte: <https://www.wisegeek.com/what-is- phosphorescence.htm> Fotocondutividade A fotocondutividade é definida como a propriedade de certos materiais de se tornarem condutores pela ação da luz. A condutividade dos materiais depende do número de elétrons livres na banda de condução e do número de buracos na camada de valência. A energia associada com as vibrações podem promover excitações, gerando elétrons livres e/ou buracos. O aumento na condutividade é conhecido por fotocondutividade. Quando uma amostra de material fotocondutivo é iluminada, sua condutividade aumenta (CALLISTER, 2002). 15 Um exemplo desse fenômeno ocorre com o selênio: em suas características normais ele é um material isolante, porém, sob exposição de luz, se torna condutor. O selênio tem ampla aplicação em placas utilizadas na geração de energia solar. “Quando as partículas da luz solar (fótons) colidem com os átomos desses materiais, provocam o deslocamento dos elétrons, gerando uma corrente elétrica, usada para carregar uma bateria.” (SUPERINTERESSANTE, 2018) Uma outra aplicação da fotocondutividade se dá em fotômetros fotográficos, aparelho utilizado para medir a intensidade da luz convertendo-a em corrente elétrica. A radiação de luz induz transições eletrônicas no material fotocondutor (em geral, para este produto, sulfeto de cádmio) (CALLISTER, 2002). Lasers A palavra laser representa a sigla em inglês de amplificação da luz por emissão estimulada de radiação (light amplification by stimulated emission of radiation). A luz do laser apresenta somente um comprimento de onda e, consequentemente, uma única cor. Ele é também coerente, pois se dois feixes produzidos por um mesmo laser forem separados e, em seguida, recombinados, mesmo após percorrerem longas distâncias, ainda haverá uma relação constante entre as fases dos dois feixes. Além disso, é direcional, ou seja, o feixe de luz produzido por um laser é formado por ondas produzidas na mesma direção e é bastante estreito, ou seja, propaga-se na mesma direção e sofre o mínimo de dispersão (MENDES). O fóton emitido possui a mesma energia da radiação que estimulou a emissão e, ao atingir outro átomo em mesmo estado, também estimula a emissão de outros fótons com características iguais, produzindo um efeito em cascata. Quando o átomo está no estado excitado e novamente recebe uma radiação, esta pode estimular o átomo a passar para o estado fundamental, emitindo outro fóton de energia igual à que foi submetido. Assim, o número de fótons emitidos for maior do que os absolvidos, o laser produz luz. Entre as utilizações do raio laser, temos: a leitura de código de barras, fabricação e leitura de CDs e DVDs, cirurgias, tratamentos estéticos, 16 geração de sinais a serem transmitidos por fibra óptica, tratamento fototerapêutico, entre outras (MENDES). Fibras Óticas nas comunicações O uso de sistemas de fibras óticas possui velocidade de transmissão, densidade de informação e distância de transmissão melhoradas, com redução na taxa de erros; ainda mais, não existe qualquer interferência eletromagnética com as fibras óticas. A informação em formato eletrônico deve primeiro ser digitalizada em bits e em seguida é necessário converter esse sinal elétrico em sinal ótico, passo que se dá no conversor elétrico para ótico, cujo é geralmente um laser semicondutor em que o comprimento de onda está entre 0,78 e 1,6 µm. A saída desse conversor laser acontece na forma de pulsos de luz, cujos são alimentados e conduzidos através do cabo de fibra ótica até a extremidade receptora e esta é convertida em um sinal eletrônico que é então decodificado. O coração desse sistema de comunicações é a fibra ótica. Os componentes da fibra ótica são o núcleo, o recobrimento e o revestimento. Assim, o sinal passa através do núcleo, enquanto o recobrimento que envolve o núcleo restringe a trajetória dos rais de luz dentro do núcleo; o revestimento externo protege o núcleo e o recobrimento contra danos que possam resultar da abrasão e de pressões externas. Vidro de sílica de alta pureza é utilizado como material da fibra, cuja é relativamente livre de defeitos e consequentemente fortes e resistentes. Figura 8: Fibra ótica. Fonte:Callister, 2002. 17 Referências ARQUITETURA E VIDA. Propriedades óticas dos materiais. 2004. Disponível em: <https://fenix.tecnico.ulisboa.pt/downloadFile/3779578024775/PROP%20OPTICAS. pdf>. Acesso em: 03 set. 2019. AZEHEB. Entenda a refração da luz. Disponível em: <https://azeheb.com.br/blog/entenda-a-refracao-da-luz/>. Acesso em: 05 set. 2019. CALLISTER JR., William D; SOARES, Sérgio Murilo Stamile. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002. 589 p. ISBN: 8521612885. Luz: ondas eletromagnéticas, espectro eletromagnético e fótons. Disponível em:<https://pt.khanacademy.org/science/physics/light-waves/introduction-to-light- waves/a/light-and-the-electromagnetic-spectrum>. Acesso em: 03 set. 2019. SUPERINTERESSANTE. Como funciona a placa solar? 2018. Disponível em: <https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-funciona-a-placa-solar/>. Acesso em: 03 set. 2019.
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