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Termodinâmica Química Aplicada II * *Legenda: T = temperatura, P = pressão e C = concentração. * Propriedades intensivas: São aquelas que não dependem da massa da amostra. Ex: temperatura e densidade. *Propriedade Extensiva: Dependem da massa (‘extensão’) da amostra. Ex: Volume. Equilíbrio Equilíbrio significa ausência de mudanças. Na termodinâmica, não significa apenas ausência de mudanças, mas também ausência de qualquer tendência para mudanças em uma escala macroscópica. Ou seja, em um sistema em equilíbrio, nenhuma mudança de estado pode ocorrer! A ausência da tendencia a mudanças também significa ausência de qualquer força motriz. A ocorrência de modificações em um sistema que não está em equilíbrio depende da resistência, bem como da força motriz. Diferentes forças motrizes tendem a causar diferentes tipos de modificações. Por exemplo: ausência de equilíbrio entre forças mecânica, pressão sobre um êmbolo, causa transferência de energia por trabalho, diferentes temperaturas causam transferência por calor, diferentes gradientes químicos tendem a causar que que substancias sejam transferidas de uma fase para outra. Em muitas aplicações termodinâmicas, reações não são consideradas. Se a reação química não for iniciada, o sistema pode existir por muito tempo em equilíbrio térmico e mecânico, podendo ser avaliados processos puramente físicos. A Rega das fases Atenção: O ESTADO DE UM FLUIDO PURO HOMOGÊNIO, É DETERMINADO SEMPRE QUE DUAS PROPRIEDADES TERMODINÂMICAS INTENSIVAS SÃO FIXADAS EM VALORES DEFINIDOS! Por outro lado, QUANDO DUAS FASES ESTÃO EM EQUILÍBRIO, O ESTADO DO SISTEMA É DEFINIDO QUANDO SOMENTE UMA ÚNICA PROPRIEDADE É ESPECIFICADA. Exemplo: Uma mistura de vapor e água líquida em equilíbrio, na pressão de 101.3 kPa, só pode existir a 100ºC. Não é possível variar a temperatura sem variar a pressão se quer manter o equilíbrio. Em sistemas multifásicos em equilíbrio, o número de variáveis independentes que devem ser especificadas para estabelecer seu estado intensivo é dado pela regra de fases de Gibbs: N é o número e espécies químicas, é o número de fases, e F é chamado de grau de liberdade do sistema. O estado intensivo de um sistema em equilíbrio é estabelecido quando sua temperatura, pressão e a composição de todas as suas fases são especificadas. Consequentemente, estas são as variáveis das regras das fases, porém elas não são completamente independentes. A regra das fases fornece o número de variáveis desse conjunto que devem ser especificadas arbitrariamente para fixar os valores de todas as variáveis restantes da regra das fases. E assim, o estado intensivo do sistema. Uma fase é uma região homogênea da matéria, ex: um gás, uma mistura de gases, um líquido, u sólido cristalino. Uma fase não necessita ser contínua, ex: um gás disperso como bolhas em um líquido, cristais sólidos dispersos em um líquido ou gás. Uma variação brusca nas propriedades sempre ocorre nas fronteiras entre as fases. Várias fases só podem coexistir, mas devem estar necessariamente em equilíbrio para aplicar a regra das fases! Exemplo: sistema trifásico em equilíbrio é uma solução saturada de sal em água, no seu ponto de ebulição, apresenta cristais de sal em excesso. As três fases( =3) são o sal cristalino, solução aquosa e o vapor gerado pela ebulição. As duas espécies químicas Unidade Básica: O Sistema Internacional de Unidades é completamente escrito sobre sete unidades de medida básicas, baseadas nas grandezas físicas fundamentais: comprimento, tempo, massa, corrente elétrica, temperatura termodinâmica, quantidade de matéria, e intensidade luminosa. As unidades do SI referidas a tais grandezas e seus símbolos,respectivamente: metro (m), segundo (s), quilograma (kg), ampére (A),mol (mol), kelvin (K) e candela (cd). Além dessas unidades básicas, existem outras 22 unidades derivadas, como o newton (N = kg.m/s²), o joule (kg.m²/s2) e o coulomb (A.s). Para cada unidade do SI, básica ou derivada, pode-se aplicar prefixos de unidade. (N=2) água e sal. Sendo assim, pela regra das fases F=1). As variáveis das regras das fases são propriedades intensivas, independem da extensão do sistema e de suas fases individuais. Equilíbrio Líquido/ Vapor Introdução Processos como destilação, absorção e extração, colocam diferentes composições em contato, e, quando as fases não estão em equilíbrio ocorre transferência de massa entre as fases alterando sua composição. Tanto a extensão da mudança quanto a taxa de transferência dependem do afastamento do equilíbrio. Por isso, o tratamento quantitativo de massa, T, P e composição das fases no equilíbrio deve ser conhecido. A Natureza do Equilíbrio Um sistema isolado, constituído de fases liquida e vapor em contato direto, após um tempo atinge um estado final em que não ocorrem mudanças em seu interior. A temperatura, a pressão e a composição das fases atingem valores finais que permanecem fixos, estando em equilíbrio. No entanto em nível microscópico, as condições não são estáticas. Moléculas com velocidades suficientemente altas posicionadas na proximidade da interface superam as forças superficiais e passam para outra fase. Contudo, a taxa média de passagem das moléculas é a mesma nas duas direções, não havendo transferência líquida de matéria entre as fases. A taxa líquida de reações químicas é zero Para um sistema em equilíbrio, observa-se que: •Não há forças motrizes (∇𝑇=0,∇𝑃=0e∇𝐶=0)*, o que faz com que o sistema se torne uniforme; *Legenda: T = temperatura, P = pressão e C = concentração. 1)Na prática, o estado de equilíbrio pode ser alcançado apenas em sistemas isolados (isto é, sem transferência de massa/energia) e fechados (sem transferência de massa). 2)Sistemas abertos atingem, no máximo, o estado estacionário, que não é um estado de equilíbrio! MEDIDAS DE COMPOSIÇÃO: As medidas de composição mais utilizadas são: fração mássica, fração molar e a concentração molar. Fração mássica ou molar: É a razão entre a massa ou número de moles de uma espécie química, pela massa ou número de moles total da mistura ou solução: Concentração molar: É a razão entre a fração molar de uma espécie química pelo volume molar da mistura ou solução: Essa grandeza tem unidades de mol de i por unidade de volume. Para processos de escoamento, a concentração molar deve ser apresentada como uma razão de https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/fisica/o-que-e-massa.htm https://brasilescola.uol.com.br/fisica/corrente-eletrica.htm https://brasilescola.uol.com.br/fisica/corrente-eletrica.htm https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/fisica/o-que-e-temperatura.htm https://brasilescola.uol.com.br/fisica/termodinamica.htm https://brasilescola.uol.com.br/quimica/mol-numero-avogadro-qual-relacao.htm https://brasilescola.uol.com.br/fisica/prefixos-sistema-internacional-unidades.htm https://brasilescola.uol.com.br/fisica/prefixos-sistema-internacional-unidades.htm taxas. Multiplicando e dividindo pela vazão molar de ,obtém-se: Onde é a vazão molar da espécie i, e q a vazão volumétrica. A Massa molar de uma mistura ou solução é, por definição, a soma ponderada pelas frações molares das massas molares de todas as espécies presentes: Equilíbrio Líquido Vapor para Substâncias Puras Sistemas Bifásicos Os valores molares ou específicos das propriedades termodinâmicas extensivas variam bruscamente. Dessa forma, o volume molar ou específico de um líquido saturado é muito diferente do volume molar ou específico do vapor saturado nas mesmas T e P. Isso também é verdade para energia interna, para entalpia e para a entropia. A exceção é a energia de Gibbs molar ou específica, que para espécies puras não varia duranteuma mudança de fase como a eblição, vaporização ou a sublimação. Para duas fases e de uma espécie pura coexistindo em equilíbrio, G = G Onde G e G csão energias de Gibbs molares ou específica das fases individuais. A equação de Clapeyron, resulta dessa igualdade. Se a temperatura de um sistema bifásico for mudada, então a pressão também tem que variar de acordo com a relação entre a pressão de vapor e a temperatura, se as duas fases continuarem a coexistir em equilíbrio. dG = dG. A substituição de expressões para dG = dG cmo as dadas pela Eq.(6.10), fornece: que após um rearranjo se toma: As variações de entropia S e de volume V, são variações que ocorrem quando uma quantidade unitária de uma espécie química pura é transferida da fase para a fase no equilíbrio T e P. A integração da Eq. (6.8) para essa mudança fornece o calor latente da transição de fase: Dessa forma, S,= T, se a substituição na equação anterior fornece: Para o caso particularmente importante da transição de fase do líquido l para o vapor v, a Eq. ( 6. 71) é escrita na forma: (6.72) onde lv é a variação do fator de compressibilidade na vaporização. A combinação das duas últimas equações fornece, após rearranjo: Unidade Básica: O Sistema Internacional de Unidades é completamente escrito sobre sete unidades de medida básicas, baseadas nas grandezas físicas fundamentais: comprimento, tempo, massa, corrente elétrica, temperatura termodinâmica, quantidade de matéria, e intensidade luminosa. As unidades do SI referidas a tais grandezas e seus símbolos,respectivamente: metro (m), segundo (s), quilograma (kg), ampére (A),mol (mol), kelvin (K) e candela (cd). Além dessas unidades básicas, existem outras 22 unidades derivadas, como o newton (N = kg.m/s²), o joule (kg.m²/s2) e o coulomb (A.s). Para cada unidade do SI, básica ou derivada, pode-se aplicar prefixos de unidade. (6.73) (6.74) As Eqs. (6.72) a (6.74) são equivalentes, formas exatas da equação de Clapeyron para a vaporização de espécies puras. Resumo: Equação de Capeyron: ou Equação Clausius-Clayperon: A equação de Clapeyron para a vaporização pode ser simplificada pela introdução de aproximações aceitáveis, a saber: que a fase vapor é um gás ideal: Δ Zlv= 1 e que o volume molar do líquido é desprezível quando comparado ao volume molar do vapor: ΔVlv=Vv= RT/Psat Se a fase vapor é ideal e 𝑉𝑉≫𝑉𝐿 a equação anterior reduz se a: OBS sobre Clausius/Clapeyron relaciona diretamente o calor latente de vaporização a curva da pressão de vapor diminui monotonicamente com o aumento da temperatura do ponto triplo ao ponto crítico, quando ela se torna igual a zero. As hipóteses nas quais a equação de Clausius/Clapeyron está baseada possuem validade aproximada somente a baixas pressões. Equação de Antoine Se Δ𝐻𝐿𝑉for independente da temperatura, a equação anterior pode ser integrada Essa equação fornece um comportamento aproximado da relação da pressão de vapor na faixa de temperaturas, do ponto triplo ao ponto crítico. A equação de Antoine, que é mais adequada para o uso geral, possui a forma: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/fisica/o-que-e-massa.htm https://brasilescola.uol.com.br/fisica/corrente-eletrica.htm https://brasilescola.uol.com.br/fisica/corrente-eletrica.htm https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/fisica/o-que-e-temperatura.htm https://brasilescola.uol.com.br/fisica/termodinamica.htm https://brasilescola.uol.com.br/quimica/mol-numero-avogadro-qual-relacao.htm https://brasilescola.uol.com.br/fisica/prefixos-sistema-internacional-unidades.htm https://brasilescola.uol.com.br/fisica/prefixos-sistema-internacional-unidades.htm Referência: SMITH, J. M.; VAN NESS, H. C.; ABBOTT, M. M. Introdução à termodinâmica da engenharia química. 7. ed. Rio de Janeiro, RJ: LTC, 2007, p. 21-22. SMITH, J. M.; VAN NESS, H. C.; ABBOTT, M. M. Introdução à termodinâmica da engenharia química. 7. ed. Rio de Janeiro, RJ: LTC, 2007, p. 252-275. SMITH, J. M.; VAN NESS, H. C.; ABBOTT, M. M. Introdução à termodinâmica da engenharia química. 7. ed. Rio de Janeiro, RJ: LTC, 2007, p. 165-167.
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