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MEDICINA VETERINÁRIA A radiografia é o registro gráfico, portanto visível, produzido pela passagem dos raio x através dos corpos sendo registrado em uma película especial (filme radiográfico onde fica impressa a imagem ao final do exame). Essa imagem pode ser latente (formada pela exposição do filme radiográfico a radiação e não é visível até que o filme passe por um processo químico) ou visível. Os antigos tubos a vácuo são conhecidos hoje como ampolas e hoje são a peça mais importante em equipamentos de radiologia, pois é dentro dessa ampola onde é formada a radiação ionizante. Essa formação da radiação dentro da ampola de dá com uma corrente de elétrons que flui através do tubo, do catodo, onde são produzidos em direção ao anodo, onde os elétrons param bruscamente, sofrendo uma perda abrupta de energia que resulta na produção de um outro tipo de energia, o raio x. O catodo é um eletrodo negativo do tubo. É constituído de duas partes principais: o filamento (pequeno fio em espiral composto por uma liga metálica de tungstênio toriado porque se tratam de componentes químicos com alto ponto de fusão) e o copo focador (estrutura que direciona/foca os elétrons produzidos em direção ao anodo). Sua função é emitir elétrons a partir de um circuito elétrico secundário e focalizá-los em forma de um feixe bem definido apontado para o anodo. O anodo é o eletrodo positivo do tubo e também é formado por tungstênio, que o dá um alto ponto de fusão. Existem dois tipos: fixo e giratório (usado nos equipamentos mais atuais. Nele é possível reduzir a quantidade de elétrons que colidem no mesmo lugar do anodo). O anodo é relativamente resistente ao dano de sua superfície. O raio x é gerado pela conversão da energia dos elétrons dentro da ampola. Na conversão dos elétrons gera a formação de mais de um tipo de energia: o raio x e o calor (subproduto indesejável da radiação x). A cada procedimento de radiação é emitido 10% de raio x e 90% é energia térmica. O tubo de raio x é projetado para maximizar a produção de raios x e dissipar o calor tão rápido quanto possível. Propriedades do raio x Os raio x não apresentam massa ou carga e não são derivados por campos elétricos ou magnéticos, apesar de ser uma energia eletromagnética. Além disso, propagam-se em linha reta e em todas as direções na velocidade da luz. São capazes de penetrar a matéria pois tem comprimentos de onda curtos. Causam fluorescência (cristais terras raras) todas as vezes que colidem com estruturas com componentes fluorescentes. Além disso, podem provocar efeitos somáticos (efeitos agudos quando o paciente recebe uma quantidade grande – queda de pelos, náuseas, diarreias), carcinogênicos (alteração celular que pode desenvolver tumores) e até genéticos (dependendo do dano celular, o paciente pode MEDICINA VETERINÁRIA ter alterações que pode transmitir aos seus descendentes) aos corpos e estruturas expostos a sua radiação. Radiação eletromagnética - estão intrínsecas no dia a dia: celular, sol, micro- ondas, música. A diferença delas entre o raio x é que esses exemplos são de baixa frequência e o raio x, raios ultravioleta são de alta frequência. Miliamperagem (mAs) – é a relação entre o aquecimento do filamento do catodo com o número de elétrons emitidos. De forma geral está associada a quantidade de radiação ionizante desejada para utilizar em determinado exame radiográfico para obter uma imagem no filme radiográfico de qualidade. O ajuste é feito com alguns critérios. Kilovoltagem (kVp) – é a velocidade de aceleração dos elétrons emitidos pelo filamento do catodo. Está relacionada com a capacidade de penetração da radiação ionizante. Tempo de exposição – duração do pulso de liberação do Rx. considerado ponto fundamental para o calculo do raio x. Assim como a mAs deve ser a menor possível para uma imagem de qualidade, o tempo de exposição também deve ser o menor possível. Quanto menos exposto o paciente é a radiação ionizante, melhor é o exame! 1 Espessura do que será radiografado é kV = 2 x E1 + CA2 O espessômetro é utilizado para mensurar a estrutura a se radiografar do paciente em questão. Depois de encontrar kV, pode-se obter valores relativos a mAs. Para o osso, mAs = kV. Para o tórax, mAs = kV/10. Para o abdome, mAs = kV x 2 Além disso, existe uma relação inversamente proporcional entre a Kilovoltagem e a Miliamperagem. kV aumenta e mAs diminui. Todas as vezes que a mAs é diminuída, é necessário reduzir ela pela metade do valor obtido inicialmente e quando isso ocorre é necessário acrescentar 10 unidades no kV. Para calcular a Miliamperagem separado do tempo. mAs = mA x T Tarso: 8 cm | CA = 25 kV = 2 x E + CA kV = 2 x 8 + 25 kV = 16 + 25 kV = 41. mAs = 41, pois foi radiografado o osso. Porém, como na grande maioria dos exames deve sempre buscar utilizar a menor quantidade de radiação possível, assim: mAs = 41 / 2 = 20,5 kV = 41 + 10 = 51. Para ajustar a variável do tempo: mAs = mA x T nesse caso o indivíduo determina o mA. 20,5 = 200 x T T = 20,5/200 T = 0,10 s. 2 Constante do aparelho – geralmente 20/25 Todas as vezes que o cálculo final resultar em uma variável de tempo for maior que 1 segundo, é melhor recalcular, porque o cálculo foi não realizado de forma satisfatória. MEDICINA VETERINÁRIA çã Fixo – é um equipamento que está instalado em uma sala com impossibilidade de deslocamento. Esses aparelhos o colimador, que serve para ajustar o campo que será radiografado durante o exame (pode diminuir e aumentar largura e comprimento). Também é composto pela mesa Bucky onde abaixo dela há uma grade anti difusora ou anti dispersora que é fundamental para diminuir a quantidade de radiação dispersa que chega até o filme radiográfico. A grade é utilizada sempre que o será radiografado uma estrutura que apresente + de 10 cm de espessura, pois ela diminui a quantidade de borrado (radiação dispersa), obtendo uma maior qualidade de imagem. A grade anti difusora corre paralelamente fazendo com que toda a radiação que não desceu em linha reta no sentido do filme radiográfico seja absorvida não chegando ao animal, não manchando e nem diminuindo a nitidez do filme radiográfico. Móvel e portátil – parecem ser semelhantes, mas o móvel apresenta uma capacidade superior em relação ao aparelho portátil, mas ambos podem ser deslocados. O aparelho portátil é menos potente em comparação com os outros dois e ele teoricamente é construído para que seja possível de ser carregado, levantado e posicionado por uma única pessoa. çõ Sempre que o exame há uma estrutura clara o termo aplicado é radiopaco, já estruturas escuras são radioluscente ou radiotransparente. Radiopacidade é o termo que é aplicado ao brilho, a claridade que a imagem apresenta. Ex: osso (branco) e água (cinza claro). A radiopacidade metal é ainda mais clara, mas está presente quando o paciente ingeriu algum corpo estranho ou há alguma placa ou pino de correção cirúrgica. Radiotransparente de coloração mais escura: um exemplo é a gordura (cinza claro) e gases (preto). O escurecimento do exame radiográfico é proporcional a quantidade de raio x que atingiu o filme radiográfico. A chegada da radiação ionizante até o filme é influenciada pela densidade da estrutura radiografada, espessura, o número atômico e energia do fóton que foi utilizado. Para execução do exame radiográfico é necessário o chassis, écrans e os filmes. Filmes radiográficos – é um conversor de luz em diversos tons de cinza composto por uma base plástica contendo uma emulsão de sais de brometo de prata e camada protetora. Os sais que promovem o enegrecimento que confere as diferentes tonalidades de cinza. São sensíveis a luz e a radiação ionizante. Ecrans – compostos por uma base plástica de camada fluorescente (compostapor oxisulfito de terras raras) e camada protetora. Essa camada fluorescente permite que todas as vezes a radiação chega ao écran ela promove a formação de uma luz visível MEDICINA VETERINÁRIA dentro do chassi. 95% da imagem obtida durante o exame radiográfico é proveniente dessa fluorescência promovida pelo écran e 5% do resultado final corresponde a radiação que chegou ao filme. O écran confere uma proteção radiológica, assim, se não há écran é necessário aumentar a quantidade de radiação, aumentando o risco de efeitos colaterais do raio x. Chassis – podem variar de tamanho assim como o filme radiográfico e possuem uma janela para identificação onde se consegue inserir as informações do paciente. O tamanho mais utilizado na rotina de pequenos animais é o chassi 24x30, mas há os tamanhos: 13x18, 18x24, 30x40 e 35x43. Revelação manual/processadora – é composto por técnicas que estão entrando cada vez mais em desuso onde ocorrem etapas que devem ser seguidas para obter uma imagem visível. O filme passa pela revelação (ocorre uma reação de oxirredução que aglomera os sais de aleto de prata que foram sensibilizados pela luz ou raio x), depois é passado pela lavagem e depois pela fixação (fixar os sais que foram aglomerados) e depois ele volta a ser lavado para a retirada de todos os químicos utilizados. Após todas essas etapas, é feita uma secagem. Radiologia computadorizada/digital – apresenta muitas vantagens em relação a convencional tanto na estrutura do equipamento quanto nas imagens. Apresenta alta precisão, maior praticidade, ajustes de técnicas e um custo reduzido. As imagens são disponibilizadas de forma digitalizada. Proteção radiológica – os equipamentos de proteção radiológica são: avental de chumbo, óculos de chumbo de modelos com proteção frontal e lateral, protetor de tireoide e luvas de chumbo. Outras medidas importantes podem ser: utilização de dosímetros (equipamentos pessoais e intransferíveis) que podem ser de peito, anel ou extremidade. Eles são dispositivos com faixas capazes de ler a quantidade de radiação que o profissional de radiologia se expos a radiação durante 1 mês de trabalho. Além disso há o dosímetro de sala, o biombo de chumbo para proteção (cabines onde nelas ficam o controle da radiografia) e também se afastar do foco da radiologia.
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