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Rayssa Oliveira Santos – P2 – Medicina Unit/SE O termo ciclo cardíaco refere-se ao processo de contrações repetitivas que começam com o início da contração do músculo cardíaco e termina com o início da contração seguinte As metades direita e esquerda do coração podem ser vistas como duas bombas, mas que trabalham em conjunto. Cada uma consiste em uma “bomba de explosão” – os átrios – e uma “bomba poderosa” – os ventrículos. Cada uma das bombas de explosão completa o volume ventricular com sangue, já os ventrículos geram uma grande pressão que tem como função manter o fluxo sanguíneo por meio das artérias pulmonares e sistêmicas. As alterações de pressão produzidas no interior das câmaras cardíacas pela contração do músculo cardíaco, movimentam o sangue, movimentam o sangue de áreas de maior pressão para áreas de baixa pressão. A duração do ciclo cardíaco varia consideravelmente entre os humanos e durante a vida de um indivíduo. O ciclo cardíaco normalmente varia entre 0,7-0,8 segundos, dependendo da capacidade contrátil do músculo cardíaco e da integridade funcional do sistema de condução. No início do ciclo cardíaco, os átrios e ventrículos estão relaxados, as valvas AV estão abertas e as válvulas semilunares estão fechadas. Antes do ciclo cardíaco começar, todas câmaras estão relaxadas e o sangue flui das veias em direção aos átrios e passivamente para os ventrículos. A despolarização do nó SA gera potenciais de ação que se espalham pelos átrios e estimulando ambos a se contrair – sístole atrial. Os átrios se contraem durante o último terço da diástole ventricular, completando o enchimento ventricular. A pressão ventricular aumenta rapidamente, resultando no fechamento das valvas AV. Durante a diástole ventricular anterior, os ventrículos foram preenchidos com 120-130 mL de sangue, é o chamado volume diastólico final. O volume ventricular não muda durante o período de contração isovolumétrica porque todas as valvas cardíacas estão fechadas. Assim que as pressões ventriculares excedem as pressões na aorta e no tronco pulmonar, as válvulas semilunares são abertas. Com o fluxo de sangue dos ventrículos em direção as artérias durante o período de ejeção. A pressão ventricular esquerda faz o sangue fluir ao longo do corpo, enquanto a pressão do ventrículo direito faz o sangue fluir pelos pulmões. Durante a primeira parte da ejeção, o sangue flui rapidamente para fora dos ventrículos. Já ao fim do período de ejeção, a pressão ventricular diminui devido à redução do fluxo sanguíneo, apesar da contração ventricular continuar. No final da ejeção, o volume é reduzido para 50-60 mL, o que é chamado de volume sistólico final. A pressão ventricular, que já estava caindo, cai ainda mais rápido com o relaxamento ventricular. Quando as pressões ventriculares caem abaixo das pressões na aorta e no tronco cardiovascular Rayssa Oliveira Santos – P2 – Medicina Unit/SE pulmonar, o recolhimento das paredes arteriais, que foram estiradas durante o período de ejeção, força o sangue a fluir de volta aos ventrículos, fechando assim as válvulas semilunares. . O volume ventricular não muda durante o período de relaxamento isovolumétrico porque todas as válvulas cardíacas estão fechadas. Durante a sístole ventricular e o período de relaxamento isovolumétrico, os átrios relaxados se enchem de sangue. Com a pressão ventricular caindo abaixo da pressão atrial, as válvulas atrioventriculares são abertas e permitem que o sangue flua dos átrios para os ventrículos. No fim do enchimento ventricular passivo, os ventrículos estão quase cheios, a cerca de 70% do volume diastólico final. Rayssa Oliveira Santos – P2 – Medicina Unit/SE O sistema de condução transmite os potenciais de ação pelo coração. Esse sistema é composto por células musculares cardíacas modificadas que formam dois nós e um feixe de condução. Os dois nós estão dentro das paredes do átrio direito e são nomeados de acordo com a sua posição anatômica. O nó sinoatrial está localizado medialmente na abertura da veia cava superior, já o nó atrioventricular está localizado medialmente à valva atrioventricular direita. O nó AV origina um feixe de condução do coração, o feixe atrioventricular. Esse feixe atravessa abertura do esqueleto fibroso e alcança o septo interventricular, onde se divide e forma os ramos direito e esquerdo do feixe. Os ramos terminais inferiores do feixe, as Fibras de Purkinje, são fibras musculares cardíacas de grande diâmetro. Elas têm menos miofibrilas do que a maioria das células musculares cardíacas e não têm a capacidade de contrair com a mesma força. Os discos intercalares são bem desenvolvidos nas fibras de Purkinje e, além disso, contém numerosas junções comunicantes. Ao contrário das células musculares esqueléticas que necessitam de estimulação neural para a contração, as células musculares cardíacas têm a capacidade intrínseca de gerar espontaneamente potenciais de ac ̧ão para contrair. O nó SA é composto por células musculares cardíacas especializadas de pequeno diâmetro que se fundem com as outras células musculares do átrio direito. Assim que são gerados, os potenciais de ação se espalham a partir do nó SA rumo às fibras musculares cardíacas atriais adjacentes. No nó AV, os potenciais de ação são propagados lentamente, em comparac ̧ão com o restante do sistema de conduc ̧ão. O ritmo lento de conduc ̧ão dos potenciais de ação no nó AV deve-se, em parte, ao menor diâmetro das fibras musculares e da menor quantidade de junc ̧ões comunicantes nos seus discos intercalares. Devido ao arranjo do sistema de conduc ̧ão nos ventrículos, a primeira parte do miocárdio ventricular a ser estimulada é a parede interna dos ventrículos, região próxima ao ápice cardíaco. Assim, a contrac ̧ão dos ventrículos começa no ápice e progride ao longo da massa ventricular em direção à base do coração. O arranjo em espiral das camadas de músculo da parede do corac ̧ão resulta em uma ac ̧ão de torc ̧ão. Durante esse processo, a distância entre o ápi- ce e a base diminui e o sangue é forc ̧ado para cima, em direc ̧ão aos grandes vasos da base do corac ̧ão. Rayssa Oliveira Santos – P2 – Medicina Unit/SE No músculo cardíaco, o potencial de ação consiste em uma rápida fase de despolarizac ̧ão, seguida por uma rápida, mas parcial, fase de repolarizac ̧ão precoce. Em seguida, ocorre um período prolongado e lento de repolarizac ̧ão, chamado de fase de plato ̂. No final da fase de plato ̂, ocorre uma rápida fase de repo- larizac ̧ão final, durante a qual o potencial de membrana retorna ao seu valor de repouso. A despolarização é o resultado das alterações na permeabilidade da membrana para o Na+ e K+ e Ca2+. Canais de membrana – canais de Na+, abrem-se e iniciam a fase de despolarização do potencial de ação. Com a abertura dos canais de Na+ dependentes de voltagem. o Na+ difunde-se para dentro da célula, causando a sua despolarização rápida. A despolarizac ̧ão provoca também a abertura dos canais de Ca2+ dependentes de voltagem. Essas modificac ̧ões contribuem para a despolarizac ̧ão. A repolarização inicial ocorre quando canais de Na+ dependentes de voltagem e alguns canais de Ca2+ se fecham, no mesmo momento em que se abre um pequeno número de canais de K+ dependentes de voltagem. O movimento de íons de sódio na célula diminui, e alguns ions potássio se movem em direção ao LEC. A fase de platô ocorre quando os canais de Ca2+ neutraliza a mudança de potencial criado pela saída de potássio. A fase Rayssa Oliveira Santos – P2 – Medicina Unit/SE platô se encerra e a repolarização final começa como o fechamento dos canais de Ca2+ dependentes de voltagem e com a abertura da maioria dos canais de potássio. Assim, tanto o Ca2+ quantoo Na+ param de se difundir para dentro da ce ́lula, e a tende ̂ncia de difusão para o líquido extracelular do K+ aumenta. Essas alterac ̧ões de permea- bilidade levam o potencial de repouso da membrana em direc ̧ão ao valor de repouso. Liberação de cálcio induzida pelo cálcio Quando um potencial de ac ̧ão é desencadeado em uma célula do músculo cardíaco, o Ca2+ entra na célula e liga-se a receptores nas membranas do retículo sarcoplasmático, resultando na abertura de canais de Ca2+. Os íons cálcio, em seguida, movem-se para fora do retículo sarcoplasmático e promovem a interac ̧ão entre a actina e a mio- sina, estimulando a contrac ̧ão das células do músculo cardíaco. Autorritmicidade do músculo cardíaco Quando um potencial local de desenvolvimento espontâneo, chamado de potencial marca-passo, alcanc ̧a o limiar, então os potenciais de ac ̧ão são gerados no nó SA. Quando um potencial local de desenvolvimento espontâneo, chamado de potencial marca-passo, alcanc ̧a o limiar, então os potenciais de ac ̧ão são gerados no nó AS. Em razão dessa despolarizac ̧ão, canais de Ca2 de- pendentes de voltagem são abertos, e o movimento de Ca2 para dentro das ce ́lulas marca-passo acentua a despolarização. Nas ce ́lulas marca-passo, o movimento de Ca2 para dentro das ce ́lulas e ́ o principal res- ponsável pela fase de despolarização do potencial de ação. A repolarizac ̧ão ocorre, como em outras células do músculo cardíaco, quando os canais de Ca2 dependentes de voltagem são fechados e o canais de K são abertos. Após o restabelecimento do potencial de repouso da membrana, a gera- ção de outro potencial marca-passo inicia a gerac ̧ão do próximo potencial de ação. Devido à fase de platô prolon- gada e ao atraso da repolarizac ̧ão do potencial de ação no músculo cardíaco, o período refratário nessas células é prolongado. O período refratário prolongado assegura que a contrac ̧ão e a maior parte do relaxamento estejam completos antes que outro potencial de ação possa ser iniciado. Os potenciais de ac ̧ão que se propagam pelo miocárdio durante o ciclo cardíaco produzem correntes eléctricas que podem ser medidas na superfície do corpo. Os eletrodos colocados na superfície do corpo e ligados a um dispositivo de gravac ̧ão adequado podem detectar pequenas mudanc ̧as de voltagem resultante dos potenciais de ação no músculo cardíaco. Os eletrodos não detectam potenciais de ação individuais; em vez disso, eles detectam um somatório de todos os potenciais de ac ̧ão transmitidos pelas células musculares cardíacas em determinado momento. O so- matório do registro da atividade elétrica do coração é chamado de eletrocardiograma (ECG; Fig. 20.16). Rayssa Oliveira Santos – P2 – Medicina Unit/SE O ECG não é uma técnica que serve para a medic ̧ão direta de eventos mecânicos no corac ̧ão; a forc ̧a de contrac ̧ão e a pressão arterial não podem ser determinadas a partir dele. No entanto, cada deflexão no registo de ECG indica um evento elétrico do co- ração, ao qual está correlacionado com um evento mecânico posterior. Por isso, a eletrocardiografia é extremamente valiosa para o diagnóstico de uma série de anormalidades no ritmo cardíaco (arritmias; Tab. 20.1) e outras anormalidades, principalmente por ser indolor, de fácil realizac ̧ão e não invasiva (não requer cirurgia). Além da análise da freque ̂ncia cardíaca e dos ritmos cardía- cos anormais, a análise do ECG pode nos dar informac ̧o ̃es sobre as vias de conduc ̧ão anormais, hipertrofia ou atrofia do corac ̧ão, e a localização aproximada de lesões cardíacas (Tab. 20.1). O ECG normal consiste em uma onda P, um complexo QRS e uma onda T (Fig. 20.16). A onda P, que é o resultado dos po- tenciais de ac ̧ão que causam a despolarizac ̧ão do miocárdio atrial, sinaliza o início da contrac ̧ão atrial. O complexo QRS é composto por três ondas individuais: as ondas Q, R e S. O complexo QRS resulta da despolarização ventricular e sinaliza o início da contra- c ̧ão dos ventrículos. A onda T precede o relaxamento ventricular e representa a repolarizac ̧ão dos ventrículos. Uma onda repre- sentando a repolarizac ̧ão dos átrios não pode ser vista porque ela ocorre durante o complexo QRS. O tempo entre o início da onda P e o início do complexo QRS é chamado de intervalo PQ, comumente chamado de intervalo PR, devido ao tamanho da onda Q. Durante o intervalo PR, que dura cerca de 0,16 s, os átrios se contraem e começam a relaxar. Os ventrículos começam a despolarizar ao final do intervalo PR. O intervalo QT estende-se ao início do complexo QRS até o final da onda T, durando aproximadamente 0,36 segundos. O intervalo QT representa o tempo aproximado que é necessário para a contrac ̧ão ventricular até o início do seu relaxamento. Rayssa Oliveira Santos – P2 – Medicina Unit/SE A regulac ̧ão intrínseca depende resulta na manutenc ̧ão das características funcionais normais do corac ̧ão e não depende tanto da regulac ̧ão neural ou hormonal. A regulac ̧ão extrínseca envolve um sistema de controle neural e hormonal. A regulac ̧ão neural e ́ dependente do sistema nervoso simpático e parassimpático, entretanto, a maior regula- c ̧ão hormonal vem de adrenalina e noradrenalina secretadas pela medula suprarrenal. A força de contração produzida pelo musculo cardíaco relacionada ao grau de estiramento das fibras musculares cardíacas. À medida que aumenta o retorno venoso, o volume diastólico final também aumenta, promovendo um estiramento das paredes ventriculares. A extensão do estiramento das paredes ventriculares é chamada de pré-carga, havendo uma relação direta entre a pré-carga e débito cardíaco. Essa relação entre a pré-carga e o débito cardíaco é normalmente conhecida como lei de Starling, e descreve a relação entre as alterações na eficiência cardíaca e as alterações na pré-carga. A pós-carga é a pressão no ventrículo esquerdo que deve ser alcançada pela contração cardíaca com o objetivo de vencer a pressão na aorta e promover o movimento de sangue para essa artéria. O coração é inervado por fibras do sistema nervoso simpático e parassimpático. Elas influenciam o bombeamento do coração, afetando tanto a frequência cardíaca como o volume sistólico. A regulação extrínseca do coração mantém a pressão arterial, os níveis de oxigênio, os níveis de dióxido de carbono e o pH do sangue dentro das suas faixas de normalidade. • Controle parassimpático As fibras do sistema nervoso parassimpático estão distribuídas pelo nervo vago. As fibras Pré-ganglionares no nervo vago se estendem do tronco encefálico para os gânglios terminais dentro das paredes do coração, e as fibras pós-ganglionares estendem-se dos gânglios diretamente para o nó AS, nó AV, coronários e para miocárdio atrial. A estimulac ̧ão parassimpática exerce uma influe ̂ncia inibitória sobre o coração, principalmente por meio da reduc ̧ão da freque ̂ncia cardíaca. Entrentanto, o sistema nervoso parassimpático exerce pouco efeito sobre o volume de ejeção. A acetilcolina, neurotransmissor sintetizado pelos neurónios pós-ganglionares parassimpáticos, liga-se a canais dependentes de ligantes, aumentando a permeabilidade das membranas plasmáticas card íacas ao K. Como conseque ̂ncia, a membrana hiperpolariza. • Controle simpático As fibras nervosa simpáticas se originam na região torácica da medulo espinal como neurônios pré-ganglionares. Esses neurônios fazem sinapse como neurônios pós-ganglionares do gânglio cervical inferior e da cadeia simpática torácica superior, que se projetam para o coração como nervos cardíacos. Rayssa Oliveira Santos – P2 – Medicina Unit/SE As fibras nervosas simpáticas pós-ganglionares inervam o nó AS, AV, as coronárias e o miocárdioatrial e ventricular. A estimulação simpática aumenta tanto a frequência cardíaca quanto a força de contração. Um aumento na forc ̧a de contração pode gerar aumento no volume de ejeção. O aumento da forc ̧a de contrac ̧ão resultante da estimulac ̧ão sim- pática promove diminuic ̧ão no volume sistólico final; portanto, o coração torna-se mais vazio ao final da sístole. A estimulac ̧ão simpática ventricular desempenha um papel fundamental na regulac ̧ão da força de contração quando um indivíduo se encontra em repouso. A noradrenalina, o neurotransmissor dos neuro ̂nios pós- -ganglionares simpáticos, aumenta a freque ̂ncia e a intensidade da despolarização do músculo cardíaco. . Os efeitos da noradrenalina no corac ̧ão são alcanc ̧ados por meio da sua associac ̧ão com os receptores beta adrenérgicos da superfície celular. Isso desencadeia uma resposta que aumenta a permeabilidade da membrana ao Ca2+, principalmente pela abertura de canais de cálcio n membrana plasmática. • Controle hormonal A adrenalina e a noradrenalina liberadas pela medula da suprarrenal influenciam significativamente o bombeamento cardíaco. A secreção de adrenalina e noradrenalina é controlada pela estimulac ̧ão simpática da medula suprarrenal; que pode ocorrer em resposta a um aumento da atividade física, excitação emocional, ou outras condic ̧ões de estresse. Muitos estímulos que au- mentam a influe ̂ncia simpática sobre o corac ̧ão também aumentam a liberac ̧ão de adrenalina e noradrenalina a partir da medula suprarrenal. A pressão arterial é necessária para mover o sangue e, crucial para a manutenção da homeostase. O sangue flui das zonas de maior pressão para zonas de pressão mais baixa. A pressão arterial média (PAM) é ligeiramente menor do que a média das pressões sistólica e diastólica na artéria aorta. A pressão é diretamente proporcional ao débito cardíaco e à resiste ̂ncia periférica. O débito cardíaco (DC), ou o volume por minu- to, é a quantidade de sangue bombeada pelo corac ̧ão em um mi- nuto, e a resiste ̂ncia periférica (RP), é a resiste ̂ncia total contra a qual o sangue deve ser bombeado. O débito cardíaco é igual à frequência cardíaca multipilicada pelo volume sistólico. A frequência cardíaca (FC) é o número Rayssa Oliveira Santos – P2 – Medicina Unit/SE de vezes que o coração contrai por minuto. O volume sisto ́lico (VS) é o volume de sangue bombeado em cada contrac ̧ão do coração. Durante a diástole, o sangue flui dos átrios para os ventrículos, e o volume diastólico final aumenta até aproximadamente 125 mL. Após os ventrículos se esvaziarem parcialmente durante a sístole, volume sistólico final diminui para cerca de 55 mL Os barorreflexos detectam alterações na pressão arterial e promovem alterações na freque ̂ncia cardíaca e na forc ̧a de contrac ̧ão. Os receptores de estiramento, receptores sensoriais do barorreflexo, estão nas paredes das arte ́rias carótidas interna e da aorta. Esses receptores são sensíveis a mudanc ̧as na pressão arterial. Uma elevação na pressão arterial nas artérias carótidas internas e na aorta promove um estiramento das suas paredes, estimulando assim um aumento na freque ̂ncia dos potenciais de ac ̧ão nos barorreceptores. O barorreflexo age para manter a homeostase devido a sua capacidade em manter a pressão arterial dentro de uma faixa estreita de valores, promovendo assim a manutenc ̧ão de um fluxo adequado para os tecidos. O quimiorreflexo ajuda a regular a func ̧ão do corac ̧ão. Os quimiorreceptores que são sensíveis a alterações de pH e de dióxido de carbono estão localizados no bulbo. A queda no pH e um aumento do dióxido de carbono diminui a influe ̂ncia parassimpática e aumenta a influe ̂ncia simpática no corac ̧ão, resultando no aumento da freque ̂ncia cardíaca e da força de contrac ̧ão. Os quimiorreceptores que são principalmente sensíveis ao oxigênio no sangue são encontrados nas carótidas e na aorta. Essas pequenas estruturas estão localizadas perto das grandes artérias do cérebro e do corac ̧ão, e são responsáveis por monitorar o sangue que flui para o cérebro e para o resto do corpo. A diminuic ̧ão drástica dos níveis de oxige ̂nio no sangue, como ocorre durante a asfixia, ativa o quimiorreflexo carotídeo e aórtico. Os quimiorreflexos aórtico e carotídeo podem proteger o coração por um curto período de tempo, diminuindo a freque ̂ncia cardíaca, e reduzindo assim a sua necessidade de oxigênio.
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