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Farmacocinética: Absorção, Biodisponibilidade e Distribuição

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Farmacocinética
Movimento dos fármacos pelo organismo após sua administração, abrangendo os processos de:
Absorção: transferência do fármaco desde o local de aplicação até a corrente sanguínea
· A administração de fármacos pela via intravenosa (administração direta) não depende da absorção, pois o medicamento é injetado diretamente na corrente sanguínea
· A grandeza dos efeitos de um fármaco no organismo é quase sempre proporcional ao seu grau de absorção, o que determina a escolha da via de administração e a dosagem. 
· Exemplo- penicilina:
Via oral: fenoximetilpenicilina (penicilina V), ampicilina ou amoxicilina
Via parenteral: benzilpenicilinas (penicilinas G). Mesmo em altas doses são inativadas pelos sucos digestórios
Biodisponibilidade: quantidade e a velocidade na qual o princípio ativo de um fármaco é absorvido a partir da forma farmacêutica, tornando-se disponível no local de ação
· Quanto maior for a biodisponibilidade de um fármaco, mais rápida será sua resposta terapêutica.
· Essa propriedade pode ser afetada pelo grau de desintegração ou dissolução das formas farmacêuticas nos líquidos orgânicos.
· Geralmente, a biodisponibilidade é maior e mais previsível quando o fármaco é administrado por via parenteral, que quase sempre é empregada em situações de emergência ou quando o paciente está inconsciente.
Decrescencia de biodisponibilidade conforme as formas farmacêuticas:
solução > emulsão > suspensão > cápsula > comprimido > drágea
Volume ideal de água para acompanhar o medicamento: Em torno de 250 mL, pois volumes maiores acabam diluindo o fármaco, podendo diminuir seu grau de eficácia.
· A água é a melhor parceira para um medicamento ser ingerido, pois o leite, o chá ou o suco de algumas frutas contêm substâncias que podem reagir com determinados fármacos e formar compostos que o organismo não consegue absorver.
Equilíbrio entre o estômago completamente vazio e a “plenitude gástrica”
· Estômago vazio: a passagem do medicamento para o intestino é mais rápida e sua absorção (a qual o local principal é o duodeno), acelerada.
· Estômago está cheio: o bolo alimentar diminui o contato da parede estomacal com o fármaco, reduzindo sua passagem para o intestino e, consequentemente, seu grau de absorção. Ex.: No caso dos antibióticos, é preferível que sejam tomados 1 h antes ou 2 h após as grandes refeições.
Parâmetros farmacocinéticos
Meia vida: Tempo gasto para que a concentração plasmática original de um fármaco no organismo se reduza à metade. A cada intervalo de tempo correspondente a uma meia-vida, a concentração decresce em 50% do valor que tinha no início do período.
Concentração plasmática máxima: A maior concentração sanguínea alcançada pelo fármaco após a administração oral.
· É diretamente proporcional à absorção.
· Depende diretamente da extensão e da velocidade de absorção, mas também da velocidade de eliminação, uma vez que esta se inicia assim que o fármaco é introduzido no organismo.
Tempo para alcançar a concentração máxima no plasma: É alcançado quando a velocidade de eliminação e distribuição excedem a velocidade de entrada do fármaco na circulação.
Área sob a curva da concentração plasmática x tempo: Proporcional à quantidade de fármaco que entra na circulação sistêmica e independe da velocidade. Este parâmetro pode ser considerado representativo da quantidade total de fármaco absorvido, após a administração de uma só dose.
Equivalentes farmacêuticos: Medicamentos que contêm a mesma substância ativa, na mesma quantidade e forma farmacêutica.
Medicamentos bioequivalentes: Equivalentes farmacêuticos que, ao serem administrados na mesma dosagem e condições experimentais, não apresentam diferenças estatisticamente significativas em relação à biodisponibilidade.
Equivalência terapêutica: Dois medicamentos farmaceuticamente equivalentes e, que após sua administração na mesma dose molar, seus efeitos em relação à eficácia e segurança são essencialmente os mesmos.
No Brasil, a intercambialidade do medicamento genérico com o de referência é assegurada por testes de equivalência farmacêutica e de bioequivalência realizados por laboratórios credenciados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Distribuição: Uma vez no sangue, os fármacos distribuem-se aos diferentes tecidos do organismo, onde irão exercer suas ações farmacológicas.
· O teor e a rapidez de distribuição de um fármaco dependem, principalmente, de sua ligação às proteínas plasmáticas e teciduais.
· Após a absorção, os fármacos apresentam-se no plasma na forma livre apenas parcialmente, pois uma proporção maior ou menor do fármaco irá se ligar às proteínas plasmáticas, geralmente à albumina e às alfa-globulinas.
· A fração do fármaco ligada às proteínas plasmáticas não apresenta ação farmacológica, ou seja, somente a fração livre do fármaco é responsável pelo seu efeito.
· Toda vez que a fração livre do fármaco deixa o plasma e se distribui aos tecidos, uma proporção correspondente se desliga das proteínas plasmáticas e torna-se livre.
Importante! A competição de dois fármacos pelos mesmos sítios de ligação às proteínas plasmáticas pode acarretar implicações clínicas na sua prescrição. O fármaco com maior afinidade de ligação tem “preferência” sobre outro com menor afinidade, que é deslocado, aumentando sua fração livre no plasma e seus efeitos farmacológicos. Ex.: A ação hipoglicêmica da clorpropamida (antidiabético oral) pode ser potencializada por fármacos de alta ligação proteica, como é o caso de alguns AINEs.
Biotransformação: Conjunto de reações enzimáticas que transformam o fármaco num composto diferente daquele originalmente administrado para que possa ser eliminado, resultando na metabolização dos fármacos após serem absorvidos e distribuídos aos locais de ação.
· O fígado constitui-se no principal local de ocorrência desse processo farmacocinético, o que também acontece em menores proporções na mucosa intestinal, nos pulmões, na pele, na placenta e no próprio plasma sanguíneo.
Metabolismo de primeira passagem ou metabolismo pré-sistêmico: Alguns fármacos são eliminados com tanta eficácia pelo fígado ou pela parede intestinal que a quantidade que chega à circulação sistêmica é consideravelmente menor do que a absorvida, resultando na diminuição da biodisponibilidade do fármaco. Ex.: lidocaína e ácido acetilsalicílico.
Citocromos P450: Sistema enzimático responsável pela biotransformação de inúmeros fármacos. Certos medicamentos empregados em odontologia podem servir como substratos, indutores ou inibidores desse sistema.
Eliminação: Após serem absorvidos, distribuídos e biotransformados pelo organismo, os fármacos são eliminados para o meio externo.
Vias de eliminação:
· Rins: A idade do paciente, que deve sempre ser levada em consideração no momento da prescrição. Nos idosos, por exemplo, a eliminação de certos medicamentos pela urina pode ser prejudicada, por apresentarem a função renal diminuída. Isso justifica o emprego de doses menores de benzodiazepínicos em idosos (p. ex., lorazepam), para se evitar a maior duração de seus efeitos.
· Leite materno: A excreção pelo leite materno também limita o uso de alguns medicamentos em lactantes, que podem causar diretamente efeitos adversos na criança. Como o leite materno é ligeiramente ácido (pH 6,5), substâncias básicas como a codeína tendem a se acumular neste líquido.
· Bile: Os contraceptivos orais à base de estrogênio (etinilestradiol) são excretados pela bile. Isso poderia justificar a possível interação desses fármacos com alguns antibióticos que, quando empregados de forma concomitante, diminuiriam a eficácia desse método anticoncepcional.
· Pulmões
· Fezes
· Suor
· Lágrimas
· Saliva
Terapêutica medicamentosa em odontologia [recurso eletrônico] / Organizador, Eduardo Dias de Andrade. – Dados eletrônicos. – 3. ed. – São Paulo : Artes Médicas, 2014.

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