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SINALIZAÇÃO CELULAR - TRANSDUÇÃO DE SINAL INTRODUÇÃO Sinalização celular: mecanismo de comunicação entre as células que resulta numa via de reações bioquímicas intracelulares (sinalizações). Pode ser que essa via: I. Estimule uma enzima metabólica, alterando seu metabolismo; II. Atue no genes alterando a transcrição; III. Atue nas proteínas do citoesqueleto. Assim, há vários caminhos que a sinalização pode percorrer, mas todas se baseiam na interação entre um receptor da célula-alvo e um ligante (molécula química sinalizadora). Qual o objetivo da sinalização celular? As células de um organismo pluricelular foram programadas para responder a um conjunto específico de sinais extracelulares produzidos por outras células. A sinalização celular requer, além das moléculas sinalizadoras extracelulares, um conjunto complementar de proteínas receptoras em cada célula que permita a ela responder de uma forma característica. A sinalização celular permitiu a evolução das espécies. Para que haja a correspondência entre o movimento do corpo e o pensamento, é necessário mecanismos complexos de sinalização celular. A sinalização está em diversas áreas do conhecimento dentro da biologia porque permite o funcionamento integrado dos sistemas biológicos. Por quais motivos as células se comunicam? Quase todas as células do nosso organismo libera compostos químicos/moléculas sinalizadoras ou os expressa em suas superfícies. Moléculas químicas sinalizadoras (mensageiros químicos): Lipídeos, proteínas (insulina), hormônios esteróides (testosterona), aminoácidos (glutamato), gases (óxido nítrico). O tipo de célula sinalizadora vai depender da célula e do tecido em questão Algumas células conseguem responder a essas moléculas (possuem receptores específicos para responder a determinado composto químico). O primeiro mensageiro é uma molécula que gera resposta da células-alvo. Uma célula-alvo, portanto, é uma célula que possui receptor da molécula química sinalizadora em questão Receptor quase sempre é uma proteína; é específico à molécula sinalizadora, ocorrendo uma ligação química entre receptor e molécula química sinalizadora Depois da ligação do receptor à molécula sinalizadora, acontecerá o início de uma série/cascata/via de reações bioquímicas intracelulares (sinalizações) que regulam o funcionamento da célula-alvo. Conjunto/cascata/via de reações químicas intracelulares é chamada de transdução de sinal. O segundo mensageiro deve estar no meio intracelular, portanto, será formado dentro da célula-alvo. 1° mensageiro químico = molécula química sinalizadora 2° mensageiro químico = produzido pela célula-alvo Célula sem receptor não responde à molécula sinalizadora porque não possui receptores na membrana plasmática, não havendo ligação receptor-molécula sinalizadora, interrompendo a transdução de sinal. Ex: algumas células tem receptor à hormônio outras não Quais são os tipos de sinalização celular? Descreva suas peculiaridades. Existem 5 tipos de sinalização celular: Sinalização do tipo dependente de contato; Célula rosinha é sinalizadora e azul é célula alvo que responde ao sinal. Molécula sinalizadora permanece ligada na membrana plasmática da célula sinalizadora. Existe contato entre a molécula sinalizadora e receptor. Ex: sistema imunológico - mediar células como linfócitos B e T. Sinalização do tipo parácrina: (para = ao lado/adjacente). Célula sinalizadora fica perto das células-alvo; a sinalizadora libera ligantes reconhecidos por receptores das células-alvo que estão na vizinhança. Esses ligantes são sinalizadores do tipo autacóide, são mediadores/moléculas de sinalização que possuem atuação de forma local, apenas no mesmo tecido ou em locais próximos. Ex: histamina e prostaglandinas são autacóides de uma alergia; Histamina vai atuar de forma local, sensibilizando as células próximas da célula sinalizadora, fazendo com que haja coceira. Sinalização do tipo autócrina: célula sinalizadora libera mensageiro químico e também possui receptores para esse mensageiro. Desse modo, a célula realiza sua auto sinalização. Outra forma seria outra célula idêntica à célula anterior liberar o mesmo mensageiro químico e ocorrer uma “sinalização cruzada”. Sinalização de curta distância. Ex: células neoplásicas se auto estimulam para se multiplicar. Elas liberam continuamente fatores de crescimento, para manter seu metabolismo elevado e ativo. Mas isso também ocorre naturalmente no organismo para que as próprias células se manterem vivas. Sinalização do tipo sináptica: sempre acontece entre um neurônio e uma célula-alvo (outro neurônio, uma célula muscular ou uma célula de uma glândula). Depois que o sinal elétrico (potencial de ação) chega no terminal do axônio, ele estimula a liberação da molécula sinalizadora / mensageiro químico (nessa sinalização denominado neurotransmissor). Ocorre na junção neuromuscular (comunicação entre neurônio e fibra muscular (neurotransmissor=acetilcolina, e na membrana da junção neuromuscular há receptores nicotínicos) Sinalização de longa distância (axônio pode alcançar metros de comprimento) Ocorre em neurônios: Infra Regulação: muita molécula sinalizadora, receptor sai da membrana Supra Regulação: pouca molécula sinalizadora, adiciona-se receptores na membrana Sinalização endócrina: Mensageiro viaja longas distâncias através da corrente sanguínea para encontrar a célula-alvo. Célula sinalizadora é endócrina (célula de alguma grândula). Célula da glândula libera molécula sinalizadora / mensageiro químico (nesse caso denominada hormônio) que cai na corrente sanguínea e consegue viajar por longas distantes, atingindo tecidos distantes da célula endócrina. Sinalização de longa distância e atuação de forma sistêmica, visto que os mensageiros químicos (hormônios) são levados pela corrente sanguínea. Ex: insulina Como uma célula responde aos múltiplos estímulos orgânicos? Vários tipos de moléculas podem atuar em uma mesma célula. 4 processos básicos do ciclo celular controlados por sinalizações: Sobreviver: célula precisa se manter viva Crescer e se dividir - multiplicação Diferenciar-se: diferenciação celular Morte celular: apoptose Depende dos estímulos que ela está sofrendo. Relembrando… CICLO CELULAR - formado por 2 fases: intérfase e mitose Intérfase: maior parte do ciclo, grande atividade metabólica. Subdividida em 3 fases: G1 (primeiro intervalo): ocorre logo após a mitose; ocorre síntese de RNA, proteínas e organelas celulares. A célula recupera seu volume celular, já que há um aumento do tamanho celular É o momento em que se encontra o chamado ponto de restrição, que impede que células com material genético danificado, por exemplo, continuem o ciclo. A fase G1 é curta em tecidos com grande renovação celular (muita mitose). Já em tecidos com pouca renovação, as células saem de G1 e entram numa fase chamada de G0 (exemplo dos neurônios) Mitose: mais curta, divisão da célula em 2 células-filhas. S (fase de síntese de DNA): ocorre a duplicação do material genético (DNA). G2 (segundo intervalo): acúmulo de energia necessária para a realização da divisão celular. Além disso, ocorre a verificação da duplicação dos cromossomos e de possíveis danos no DNA reparados. Nesse momento a tubulina (necessária para a formação dos microtúbulos) é sintetizada Mitose: processo de divisão celular das células somáticas (células germinativas também realizam mitose durante a gametogênese). Nele, uma células-mãe dá origem a duas células-filhas, com mesmo número de cromossomos da células que as originou. Uma mesma molécula sinalizadora pode ter efeitos distintos sobre o mesmo receptor. Exemplo: Acetilcolina: 1. Nas células marca-passo do coração, a acetilcolina se liga aos receptores muscarínicos. Quando ela se liga aos receptores, vai fazer com que haja uma diminuição da frequência cardíaca, com complexos QRS mais espaçados. 2. Nas glândulas secretoras, como na glândula salivar, a acetilcolina se liga aos receptores muscarínicos. Quando a acetilcolina se liga, ela causa a liberaçãodas secreções. Como um mesmo ligante e mesmo receptor geram respostas diferentes? Mais de 1500 genes que codificam moléculas, gerando variabilidade celular muito grande. Células são diferentes, conteúdo intracelular varia, gerando respostas celulares diferentes Acetilcolina se liga a receptores do tipo canal iônico (nicotínico) no músculo liso e promove sua contração. Portanto receptores diferentes causam sinalizações diferentes. Propriedades da interação química entre receptor e ligante: Adaptação induzida: ligante e receptor se adaptam mutuamente à presença um do outro. A interação química é saturável: o aumento de ligante vai fazer com que todos os receptores estejam ocupados pelo ligante. Desse modo, o aumento de ligante não causa, necessariamente, aumento na velocidade da interação, já que todos os sítios estão ocupados. Reversibilidade: interação receptor-ligante se ligam e se desligam de forma reversível. Os receptores iniciam a cascata de sinalização na célula. A célula-alvo sempre irá iniciar sua resposta a partir da proteína receptora. A proteína receptora muda sua forma ou sua atividade, transmitindo um sinal ou produzindo diretamente uma mudança dentro da célula. As células não expressam tantos receptores, a complexidade das respostas estarão nas diferentes formas que as células vão responder aos sinais que chegam a elas. Quanto tempo demora para a célula responder a sinalização? Se na transdução de sinal houver a ativação de proteínas (via vermelha) dentro da célula, isso é rápido (seg ou min). Se a transdução de sinal envolver alteração da transcrição gênica (via verde) então o tempo é de min, horas ou até dias EX: Regulação das vias metabólicas - regulação alostérica: ativação de enzimas endócrina é mais demorada porque pode precisar alterar a transcrição gênica da célula alvo, demorando mais tempo O que é um receptor celular? Uma proteína que permite a interação de determinadas substâncias químicas (moléculas sinalizadoras) com os mecanismos do metabolismo celular. Quais são os tipos de receptores? TIPOS DE RECEPTORES: Canais iônicos ativados por ligante (receptores ionotrópicos): Localizados na membrana plasmática; esses receptores são proteínas-canais ligadas na membrana que reconhecem a molécula sinalizadora, se ligam a ela e se abrem, para que ocorra a passagem de íons. Tempo de realização desse processo: milissegundos. Ex: acetilcolina e receptor ionotrópico para acetilcolina (nicotínico) OBS: Existem muitos tipo de canais iônicos mas nem todos são ionotrópicos Canais mecânicos: o canal iônico se abre por meio de estímulos mecânicos (se machucar, vibração - som e encosta na membrana plasmática). EX: células da pele Canais químicos: ionotrópicos Canais elétricos: despolarização de membrana. A mudança de potencial elétrico, o que causa a abertura dos canais. Receptores acoplados a proteína G (metabotrópicos), localizados na membrana plasmática das células. São complexos. Os receptores estão ligados à proteína G. Essa proteína g pode ser ativada ou inibida que resultará de uma serie de eventos quimicos. Ex: adrenalina (receptores para adrenalina=adrenergicos), presentes no coração por ex (tempo: segundos) Receptores ligados a quinases (catalisam fosforilação). Quinase específica: receptor ligado a tirosina quinase - molécula sinalizadora se liga a ele (tempo: horas) EX: A insulina é a molécula sinalizadora, nas células hepaticas, adipocitos e musculares. Receptores nucleares/citoplasmáticos: podem estar no citoplasma da célula, mas se encaminham para o núcleo, ou ainda sempre ficarão no núcleo. Molécula sinalizadora tem que chegar no receptor que ta no núcleo. A molécula tem que ser muito lipofílica para passar pelas membrana plasmática e nuclear. Ex: hormonios esteroides - estrógeno tempo: horas ------------------------------------------------------- CASO CLÍNICO 1 Miastenia gravis: pessoa desenvolve anticorpos contra os receptores da acetilcolina, encontrado na membrana das fibras musculares. Receptor ionotrópico: canal iônico é uma proteína de 5 subunidades, que se organiza formando um centro preenchido por água. Quando o canal iônico se abre, os íons passam pelo poro. Ele abre com a presença de uma molécula sinalizadora. Ex: acetilcolina se liga no canal, ele abre e o movimento de íons ocorre. O receptor ionotropico da acetilcolina é permeável a sódio (sódio atravessa o receptor nicotínico). Concentação de sódio é maior no extracelular, então o movimento ocorre de fora para dentro. Alguns canais deixam passar apenas ânios ou apenas cátions (apresentam seletividade). Característica do íon para deixá-lo passar: depende da carga e do diâmetro do íon. Na miastenia possui anticorpos que destroem o receptor nicotínico. Acetilcolina é liberada mas não é reconhecida pelo receptor. Fibra muscular esquelética não vai ter influxo de sódio. Quando há despolarização (influxo de íon), não existem segundos mensageiros, apenas uma dinâmica de íon (não há a produção de moléculas sinalizadoras dentro da células ------------------------------------------------------- CASO CLÍNICO 2 Catecolaminas: adrenalina e adrenalina (moléculas sinalizadoras); depois que são metabolizadas surgem metabólitos que também foram quantificados Paciente com muitas catecolaminas e com suas atividades metabólicas aumentadas Tumor é uma proliferação celular de células que também produzem adrenalina e noradrenalina, como as células da medula adrenal (localização do tumor) A adrenalina é reconhecida por receptores metabotrópicos Receptores acoplados a proteína G (metabotrópicos): localizados na membrana plasmática das células. São complexos. Os receptores estão ligados à proteína G. Essa proteína pode ser ativada ou inibida que resultará de uma série de eventos quimicos. Ex: adrenalina (receptores para adrenalina=adrenérgicos), presentes no coração por exemplo (tempo: segundos) Receptor pode ou não ficar ligado à proteína G (tbm ligada na membrana) Proteína G: 3 subunidades: alfa, beta e gama. A alfa tem função enzimática (possui molécula de GDP), as outras não. Quando a proteína G está em repouso, 3 subunidades unidas com a alfa com um GDP. Molécula sinalizadora chega, receptor se liga a ela (é um proteína, muda de conformação) e nessa nova conformação passa a interagir com a proteína G. Esta libera o GDP que estava ali (subunidade alfa estava ligada a ele). Assim a subunidade alfa fica vazia, vindo o GTP que se liga no lugar. GTP (ligações ricas em energia, moeda energética como o ATP); isso faz com que as subunidades beta e gama sejam ativadas; a subunidade alfa se separa da beta e da gama. Subunidades beta e gama não se separam fisiologicamente Subunidade beta e gama ficam juntas e desligadas da alfa Subunidade alfa tem que chegar a um alvo - alvo pode ser adenilato ciclase ou fosfolipase C O que determina se a sub alfa seguirá a via da adenilato ciclase ou da fosfolipase C será o tipo de proteína G Proteína Gs: excitatória; parte alfa ativa, ativa a enzima adenilato ciclase Proteína Gq: excitatória; sua parte α ativa a enzima fosfolipase C Proteína Gi: inibitória; não permite que a parte α ative as enzimas, inibindo adenilato ciclase e fosfolipases C de forma indireta. Subunidade alfa da proteína G pode seguir via com a adenilato ciclase Subunidade alfa anda pela membrana até encontrar a adenilato ciclase (também uma proteína de membrana) Adenilato ciclase ativa cliva ATP em AMPc (segundo mensageiro), liberando 2 fosfatos. Todas vez que a adenilato ciclase está ativa há produção de AMPc. AMPc: 2° mensageiro (é produzido dentro da célula); AMPc irá ativar uma enzima chamada proteína quinase (pka); Apenas quando os níveis de AMPc aumentam, a pka (proteína quinase a - dependente de AMPc) fica ativa. Como essa proteína é uma quinase, ela realiza fosforilação. A pka fosforilam outras enzimas ou canais iônicos (podem se abrir, entrar íons e despolarizar). Sendo uma célula cardíaca, haverá despolarização do coração. No caso clínico, há hipertensão. Subunidade alfa da proteína G podeseguir via com a enzima fosfolipase C Noradrenalina/adrenalina é reconhecida por receptor metabotrópico na membrana das células do vaso sanguíneo (músculo liso - exemplo do caso clínico) Receptor interage com proteína Gq, que será ativada. Separação das sub alfa-GDP e beta-gama. A alfa se encontra com a fosfolipase C (catalisa quebra de fosfolipídeos) Membrana plasmática é feita de bicamada de fosfolipídeos, fosfolipase C vai clivar o fosfolipídeo PiP2 (fosfatidil inositol bifosfato) presente na membrana plasmática. Depois da clivagem, uma parte da molécula é liberada no citoplasma. Permanece na membrana o diacilglicerol (DAG) e vai para o citoplasma o IP3 (inositol trifosfato). DAG é formado e tem como alvo a proteína quinase C. IP3 no citoplasma, possui um receptor na membrana do retículo endoplasmático (cheio de cálcio). Receptor do IP3 é canal iônico, assim o IP3 se liga e promove a abertura do canal iônico, gerando saída de cálcio do retículo para o citoplasma. O cálcio gera a contração muscular. Como resultado há a vasoconstrição. A vasoconstrição causa aumento da PA e da FC. 2° mensageiros: IP3 e DAG 3° mensageiro: cálcio; é considerado molécula sinalizadora, porque causa a contração das fibras musculares ------------------------------------------------------- CASO CLÍNICO 3 Homem, 46 anos, vai à UBS do seu bairro para consulta com seu médico endocrinologista, pois tem apresentado visão turva constante, polidipsia, poliúria e fadiga nos últimos meses. É diabético. Ele pesa 79 kg e tem 1,65 m de altura. Cálculo do IMC: divide o peso (quilogramas) pela altura (metros) ao quadrado. O IMC = 18,5 a 24,99 é considerado normal, mas IMC ≥ 25 indica sobrepeso. Os resultados dos exames de sangue indicam glicemia de jejum em 79 mg/dL (V.R.: 70 – 100 mg/dL) e hemoglobina glicada de 8,7% (V.R.: 4,5 a 7,0 % para normoglicêmicos ou diabéticos controlados). Qual é a relação entre a fisiopatologia deste tipo de diabetes e a sinalização celular? Receptores ligados à tirosina quinase Ex: insulina Receptor é uma proteína que também age como enzima. Os receptores estão na membrana plasmática. 2 sub alfa e 2 sub beta (as beta tem atividade catalítica). Quando inativos, estão separados. Insulina promove a junção das subunidades (ocorre dimerização). A junção levará a uma autofosforilação. Dessa forma, os receptores ligado à tirosina quinase foram ativados. A autofosforilaçao faz com que algumas proteínas do citoplasma interajam com o domínio fosforilado (receptor ativo) Conjunto de proteínas: substrato do receptor de insulina. Via 1: Algumas das proteínas ativas vão para a vesícula que armazena GLUT4. Avisam as vesículas para que liberem a GLUT4, que irá se inserir na MP. Na MP ele permite a passagem de glicose (pode ir para a via glicolítica, resp aeróbia, substrato para produção de gordura, armazenada em glicogênio) Via 2: alguns substratos ativos do receptor de insulina e ativam fatores de transcrição (vai para o núcleo e estimulará ou reprimirá a transcrição de alguns genes. Se estimula, o RNAm é formado, sai do núcleo vai para o citoplasma e serve de molde para a síntese proteica. Essa via ocorre na proliferação celular (células neoplásicas) Diagnóstico: diabetes tipo II - 2 explicações possíveis: Disfunção do receptor ligado a tirosina quinase/receptor de insulina; a ligação da insulina não promove a mudança na conformação, não dando início a transdução de sinal. Transdução do sinal está afetada Fatores ambientais podem servir de gatilho para esse diabetes Insulina é considerada molécula anabólica. Molécula sinalizadora Domínio catalítico inativo Domínio catalítico (quinase) ativo faz fosforilação cruzada ------------------------------------------------------- CASO CLÍNICO 4 Mulher de 37 anos, nuligesta, detectou um nódulo da mama esquerda em autoexame. Tem antecedentes familiares de câncer de mama. A mamografia descreve nódulo suspeito, apresentando microcalcificações em área de condensação (Birads‐4). Foi submetido a biópsia que diagnosticou carcinoma ductal invasivo (CDI). A análise imuno-histoquímica evidenciou presença de câncer com receptores positivos para estrogênios (ER+). Na neoplasia com receptores positivos para estrogênios, como classificamos estes tipos de receptores? O que acontece nas células que os têm? Birads-4: indicador que indica suspeita de malignidade; deve ser realizado a biópsia, que reconheceu um carcinoma ductal invasivo. Tumor possui receptores positivos para estrogênios (ER+) - estrogênio é uma molécula sinalizadora; Tecidos com receptores de estrogênio: mulher adulta possui receptores no útero, no ovário (é produzido no ovário tbm), serve para regular o ciclo ovariano, na mama. Receptores nucleares Primeiro mensageiro é lipofílico. Ex: hormônios esteróides como primeiros mensageiros Estrogênio se difunde pela MP e chega ao citoplasma, seu receptor pode ser nuclear ou citoplasmático. A ligação do estrogênio com seu receptor gera um complexo que se move para o núcleo da célula atravessando a MP nuclear. Esse complexo se liga ao DNA (sequências de nucleotídeos que reconhecem o complexo). O complexo estrogênio-receptor poderá reprimir ou incentivar a transcrição de proteínas, isso dependerá de coativadores ou correpressores (fatores de transcrição) de DNA. Ex: estimulando - RNAm se desloca do núcleo para o citoplasma para a tradução. Isso pode ativar a divisão celular se for o caso de células cancerígenas como no caso clínico. Tratamento: bloquear receptores por meio de fármacos; hormonioterapia seria induzir menopausa, com a diminuição da produção de estrogênio. Isso pode ocorrer também pela progesterona ------------------------------------------------------- Como ocorrerá a ativação(ação) e o efeito decorrente da ativação dos respectivos receptores celulares? Atividade pré-aula: https://forms.gle/tjZMtaShBbSGNbBG8 https://meet.google.com/vzr-vcpu-vth https://forms.gle/tjZMtaShBbSGNbBG8 https://meet.google.com/vzr-vcpu-vth
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