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Estudo dirigido TECIDO CONJUNTIVO (TC)

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Letícia Kariny Teles Deusdará/Odontologia UFPE
Estudo dirigido – Tecido conjuntivo
1. Dê as características gerais do tecido conjuntivo
É um tecido de conexão, com uma grande quantidade de matriz extracelular,
células e fibras
2. Cite os componentes gerais do tecido conjuntivo.
Substância fundamental amorfa: é um complexo viscoso e altamente hidrofílico,
ou seja, que possui grande afinidade pela água (hidro= água / filia= afinidade por),
portanto solúvel. É composto principalmente de macromoléculas aniônicas
como: glicosaminoglicanos, proteoglicanos e glicoproteínas de adesão (como a
laminina, e fibronectina, entre outras). Esta complexa mistura molecular é
incolor e transparente. Estas macromoléculas se ligam a receptores específicos
na superfície das células, preenchendo os espaços entre as células e fibras do
conjuntivo e, sendo viscosa, atua ao mesmo tempo como lubrificante e como
barreira à penetração de microorganismos invasores. As glicosaminoglicanas são
polímeros lineares formado por unidades repetidas dissacarídicas usualmente
compostas de ácido urônico e de uma hexosamina, que se ligam covalentemente
à um eixo protéico, formando a molécula de proteoglicano. Essa molécula é uma
estrutura tridimensional que pode ser imaginada como uma escova de limpar
tubos na qual a haste apresenta o eixo protéico e as cerdas representam a cadeia
de glicosaminoglicano. As proteoglicanas são compostos de um eixo protéico
associados a um ou mais tipos de glicosaminoglicanas. As glicoproteínas de
adesão são moléculas de proteínas globulares as quais se associam
covalentemente aos glicosaminoglicanos. São proteínas não filamentosas que
atuam como mediadoras da interação entre as células e a matriz extracelular.
Células: células mesenquimais indiferenciadas, condroblastos, condrocitos,
fibroblastos, macrófagos, mastocitos, leucocitos(neutrófilos, eosinófilos,
basófilos, monocitos, linfócitos T e B), plasmócitos, adipócitos. As fibras
presentes no tecido conjuntivo são de três tipos: colágenas, elásticas e
reticulares.
3. Cite os tipos e funções do tecido conjuntivo.
Tecido sanguíneo, tecido ósseo, tecido cartilaginoso, tecido adiposo, tecido
conjuntivo propriamente dito (frouxo e denso)
Funções:
-Preenchimento e sustentação (preenche os espaços existentes entre as células e
sustenta outros tecidos
-Armazenamento e transporte (tecido adiposo armazena lipídios, o tecido
conjuntivo frouxo armazena eletrólitos e água)
-Defesa (contém células que protegem o corpo contra antígenos-leucócitos e
macrofágos- e celulas produtoras de anticorpos- plasmócitos)
-Reserva energética- Esse tecido é a maior reserva de energia do organismo na
forma de triglicerídeos.
-Isolamento térmico
Letícia Kariny Teles Deusdará/Odontologia UFPE
-Transporte de gases e nutrientes e catabólitos de reações.
-Elasticidade (devido as fibras elásticas, que são longos fios de uma proteína
chamada elastina, são fibras mais finas que as colágenas)
4.Descreva a biossíntese do colágeno em suas etapas intracelular e
extracelular.
-Etapa Intracelular
Nesta etapa ocorre a síntese de cadeias polipeptídicas com os aminoácidos
prolina e lisina não hidroxiladas. Daí o pró-colágeno é formado por meio de
ligações de hidrogênio e ligações de van der Walls. Depois ocorre a hidroxilação
das prolinas e lisinas com posterior transglicosilação. Ocorre por fim a exocitose
por meio dos microtúbulos e durante o transporte é convertido a tropocolágeno
pela enzima pró-colágeno peptidase.
-Etapa Extracelular
Nesta etapa ocorre o alinhamento das moléculas de tropocolágeno, também
ligações entre os resíduos de lisina e hidroxiprolina para formar lisinaldeído e
hidroxilisinaldeído. Por fim a formação de 3 cadeias apresentando estrutura
tubular com formato de hélice tripla para evitar degradação por proteases.
5.Quais são os principais tipos de colágeno e suas características
Colágeno tipo I
É o mais abundante e é encontrado na pele, tendões, ossos e dentes.
Apresenta-se sob a forma de fibras grossas, sendo o mais resistente a tensões.
Colágeno tipo II
É encontrado nas cartilagens. Associa-se a outras células da matriz extracelular,
ligando-se fortemente à água, por exemplo. Ele funciona como uma esponja,
cedendo água quando pressionado e voltando à forma primitiva quando a
pressão cessa. Funciona como uma espécie de mola, que permite ao joelho, por
exemplo, aguentar o peso do corpo.
Colágeno tipo III
É comumente encontrado nas artérias, no músculo dos intestinos e do útero e
em órgãos como o fígado, o baço e os rins. As fibras deste tipo de colágeno
apresentam certa elasticidade, e por isto são sempre encontradas em órgãos de
forma variável.
Letícia Kariny Teles Deusdará/Odontologia UFPE
Colágeno tipo IV
É formado por moléculas de colágeno que não se associam em fibrilas. Elas se
prendem umas nas outras pelas extremidades e formam uma rede semelhante a
uma tela de arame. Ao se associar a moléculas não fibrosas da matriz
extracelular, formam uma membrana que age como um filtro.
6.Qual é a composição da substância fundamental amorfa? Como diferenciar
proteoglicanas de glicoproteínas?
Composta por glicosaminoglicanos, proteoglicanos, glicoproteínas, água e íons.
As glicoproteínas são proteínas ligadas a oligossacarídeos (cadeias pequenas de
moléculas de açúcar). As proteoglicanas são mais complexas, possuindo um eixo
central (filamento) de proteína ao qual estão ligadas a uma ou várias cadeias de
glicosaminoglicanos.
7.Quais são as principais funções e localizações das glicoproteínas laminina e
fibronectina?(Eduardo)
A glicoproteína laminina tem a função de atuar na adesão de células epiteliais,
sendo encontradas em sua lâmina basal, na qual forma uma rede protéica que
organiza a própria formação dessa matriz extracelular especializada. Já as
fibronectinas são importantes porque, através delas, as células interagem com a
matriz extracelular de vários tecidos, além de poder ligar-se às células, colágeno
e glicosaminoglicanos, por isso, ajuda a intermediar e manter normais as
migrações e adesões celulares. Sua localização é na matriz extracelular.
8.Cite alguns distúrbios hereditários e adquiridos do tecido conjuntivo que
afetam o colágeno, as fibras elásticas e as glicosaminoglicanas.
A síndrome de Ehlers-Danlos é um distúrbio hereditário caracterizado por um
defeito na biossíntese do colágeno, afetando principalmente a pele, as
articulações e as paredes dos vasos sanguíneos. O pseudoxantoma elástico que
enrijece as fibras do tecido conjuntivo que são as que permitem que o tecido se
alongue e depois volte à posição inicial, afeta a pele, olhos, sistema
cardiovascular e desencadeando a fragmentação e calcificação das fibras. As
mucopolissacaridoses são um tipo de distúrbio de depósito lisossômico nas quais
Letícia Kariny Teles Deusdará/Odontologia UFPE
moléculas de açúcar complexas não são decompostas naturalmente e se
acumulam em quantidades nocivas nos tecidos do corpo. O resultado é uma
aparência facial característica e anomalia dos ossos, dos olhos, do fígado e do
baço, às vezes acompanhadas por deficiência intelectual.
9.Como as doenças do tecido conjuntivo podem afetar o tratamento
odontológico?
A polpa dentária é formada por tecido conjuntivo mineralizado, que recobre a
dentina radicular tendo como principal função a inserção das fibras do ligamento
periodontal na raiz do dente. Com isso, no caso de doenças nesse tecido, há a
possibilidade de um tratamento não efetivo, ou até não feito, principalmente no
caso de tratamentos periodontais. O ligamento periodontal, por exemplo, é um
tecido conjuntivo frouxo interposto entre os dois constituintes mineralizados do
periodonto de sustentação (cemento e osso alveolar), estabelecendo, desta
maneira, a articulação entre o dente e seu respectivo alvéolo (Gonfose). No caso
de doenças que afetem isso, não haverá a possibilidade de tratamento, pois o
dente não se fixará no alvéolo, podendo até haver perda do mesmo.
Normalmente isso é corrigido antes do procedimento com um enxerto.10.Cite as funções do tecido ósseo.
É o principal componente do esqueleto. Faz a proteção dos órgãos vitais
(pulmão,coração), armazenamento de íons, como cálcio e fósforo, e sais minerais,
suporte para partes moles, proporciona apoio aos músculos esqueléticos,
sistema de alavancas para músculos (contração), aloja o tecido hematopoiético.
11.Citar fatores que podem afetar a saúde óssea
Idade : Durante a infância e adolescência, o metabolismo do nosso sistema ósseo
trabalha muito rápido, fazendo substituição celular, trocando as mais fracas por
outras mais fortes e produzindo massa óssea constantemente.
Com o passar do tempo, esse processo vai se tornando mais lento e menos
eficiente. A partir dos 30 anos, passamos a experimentar uma perda natural de
massa óssea.
Uso de medicamentos corticoides por um longo período: o uso prolongado de
medicamentos dessa espécie está associado à diminuição do número e da
atividade dos osteoblastos, que são as células responsáveis pela formação dos
ossos e pela absorção de cálcio. No longo prazo, isso pode tornar os ossos mais
frágeis.
Desnutrição e déficit de vitaminas : A falta desses nutrientes prejudica
diretamente a saúde óssea porque: A vitamina D auxilia na absorção do cálcio; a
vitamina K auxilia no processo de formação dos ossos; o magnésio atua no
processo de metabolização do cálcio no organismo e o cálcio auxilia no
fortalecimento dos ossos.
Sedentarismo: A falta de exercícios físicos afeta diretamente o sistema muscular,
resultando em músculos atrofiados, e indiretamente no sistema ósseo,
desestimulando a produção de massa óssea.
Letícia Kariny Teles Deusdará/Odontologia UFPE
Bebida alcoólica em excesso : No sistema esquelético, a sua ação está na
diminuição das reservas de cálcio do corpo, o que consequentemente resulta em
ossos mais fracos.
12.Qual é a importância do processo de remodelagem óssea?
A remodelação permite que os tecidos já gastos ou que tenham sofrido lesões
sejam trocados por tecidos novos e sadios. Ela também permite que o osso sirva
como reserva de cálcio para o corpo.
13.Descreva a composição do tecido ósseo (matriz óssea, células) Leony Kevin
O tecido ósseo é um tipo especializado de tecido conjuntivo formado por células
e material extracelular calcificado, a matriz óssea. A matriz apresenta 50% de
parte orgânica e 50% de material mineral. A mineralização da matriz proporciona
dureza ao tecido, já matriz colágena, concede certa flexibilidade. Já descrevendo
a nível celular, temos:
Células osteoprogenitoras
São células mesenquimatosas com poder de diferenciar-se e proliferar-se em
células formadoras de tecido ósseo, os osteoblastos. Durante a fase de
crescimento dos ossos e reparação de lesões ósseas, são mais ativas e também
aumentam a sua atividade originando novos osteoblastos para o tecido ósseo.
Osteoblastos
Os osteoblastos são células jovens com intensa atividade metabólica e
responsáveis pela produção da parte orgânica da matriz óssea, composta por
colágeno tipo I, glicoproteínas e proteoglicanas. Durante a alta atividade
sintética, os osteoblastos destacam-se por apresentar muita basofilia (afinidade
por corantes básicos). Possuem sistema de comunicação intercelular semelhante
ao existente entre os osteócitos. Os osteócitos inclusive originam-se de
osteoblastos, quando estes são envolvidos completamente por matriz óssea.
Então, sua síntese proteica diminui e o seu citoplasma torna-se menos basófilo.
Osteócitos
Os osteócitos estão localizados em cavidades ou lacunas dentro da matriz óssea.
Destas lacunas formam-se canalículos, onde no seu interior os prolongamentos
dos osteócitos fazem contatos por meio de junções comunicantes, podendo
passar poucas moléculas e íons de um osteócito para o outro. Os osteócitos têm
um papel fundamental na manutenção da integridade da matriz óssea.
Osteoclastos
Os osteoclastos são células muito grandes que resultam da fusão de várias
células do sistema fagocitário mononuclear, têm origem em células que se
originam na medula óssea, e estas por sua vez originam os monócitos e os
macrófagos (várias células fundem-se e dão origem aos osteoclastos). Participam
dos processos de reabsorção e remodelação do tecido ósseo. Nos osteoclastos
Letícia Kariny Teles Deusdará/Odontologia UFPE
jovens, o citoplasma apresenta uma leve basofilia que vai progressivamente
diminuindo com o amadurecimento da célula, até que o citoplasma finalmente se
torna acidófilo.
14.Como ocorre a osteogênese (produção, mineralização e remodelagem óssea)?
Ossificação Intramembranosa: Processo pelo qual são formados os ossos chatos
do crânio, contribuindo também para o crescimento em espessura dos ossos
longos. Ocorre na membrana conjuntiva de revestimento e tem início pela
diferenciação de células osteoprogenitoras (células indiferenciadas) em grupos
de osteoblastos. Os osteoblastos sintetizam a matriz óssea que logo se calcifica,
os aprisionando, sendo chamados agora de osteócitos, formando assim lâminas
ósseas irregulares que gradativamente crescem e se fundem. Na face interna dos
ossos cranianos, tem-se a atividade de osteoclastos, que reabsorvem a matriz
óssea, permitindo o crescimento do cérebro. Ao mesmo tempo, na face externa,
os osteoblastos produzem matriz óssea calcificada, mantendo a espessura do
osso.
Ossificação endocondral: A ossificação endocondral é responsável pela formação
dos ossos curtos e longos. Ocorre sobre uma peça de cartilagem hialina, se
assemelhando ao osso que será formado, porém menor. Este processo é dividido
em duas etapas:
• Primeiro: Ocorrem algumas modificações na cartilagem hialina, como a
hipertrofia dos condrócitos, redução e mineralização da matriz cartilaginosa
e a morte dos condrócitos, deixando cavidades na matriz.
• Segundo: As cavidades deixadas pelos condrócitos são invadidas por
capilares sanguíneos e por células osteoprogenitoras (células indiferenciadas)
provenientes do conjuntivo. As células osteoprogenitoras se diferenciam em
osteoblastos e começam a produzir matriz óssea sobre os restos de
cartilagem calcificada.
Com a produção de matriz óssea, os osteoblastos acabam se “aprisionando”,
originando as lacunas e os canalículos, sendo agora chamado de osteócitos.
Juntamente com a produção da matriz óssea, ocorre a invasão do osso pelos
osteoclastos que pelo processo de reabsorção óssea cria um canal interno,
formando o canal medular.
15.Defina osteoclastogênese. Como os osteoclastos são formados?
Osteoclastogênese é um fenômeno complexo, facilitado pela integração dos
precursores hematopoiéticos dos osteoclastos com as células do estroma da
medula óssea (células estromais). O estroma da medula óssea é
morfologicamente heterogêneo e inclui fibroblastos, células osteogênicas e
adipócitos.
Os osteoclastos são células muito grandes que resultam da fusão de várias
células do sistema fagocitário mononuclear, e têm origem em células que se
Letícia Kariny Teles Deusdará/Odontologia UFPE
originam na medula óssea, e estas por sua vez originam os monócitos e os
macrófagos (várias células fundem-se e dão origem aos osteoclastos).
16.Cite os fatores que afetam a remodelagem óssea.
A remodelação óssea é definida como um processo de aposição no qual há
remoção localizada do osso antigo (reabsorção) e substituição por osso
recentemente formado. Esse evento continua por toda a vida adulta do
indivíduo, sendo responsável pela renovação do esqueleto e mantendo sua
integridade anatômica e estrutural. Além disso, é um processo fisiológico
constante no qual a formação óssea é correspondente à reabsorção, sendo
regulada por diversos fatores, como mecanismos regulatórios intracelulares,
influência hormonal, fatores locais e externos. Alterações nesse processo podem
resultar em diferentes distúrbios, entre eles a osteoporose.
17.Relação da inflamação na doença periodontal com a destruição periodontal?
A degradação do tecido periodontal ocorre de maneira gradual sendo induzida
principalmente por enzimas liberadas por células do sistema imunológico
durante o processo inflamatório. Essasenzimas endógenas desempenham um
importante papel nos processos fisiológicos e patológicos, atuando na
remodelação e degradação da matriz extracelular dos tecidos periodontais.
Pacientes com inflamação periodontal apresentam elevadas concentrações de
TNF-alfa, IL-1, RANKL e MMP-13, podendo indicar presença de periodontite. No
entanto, a presença de altos níveis de MMP-8 na saliva e fluido gengival pode
estar também associada à gravidade da doença. Desta forma, mudanças na
homeostase dessas enzimas estão diretamente envolvidas na degradação
tecidual, assim como, em diferentes estágios da doença periodontal.
18.Qual a participação das metaloproteinases de matriz (MMPs) nos processos
fisiológicos (reparação e cicatrização) e patológicos?
Dentre os processos patológicos que acometem a cavidade bucal e envolvem a
participação das MMPs, destacam-se a destruição tecidual periodontal, as lesões
de cárie radicular, as metástases em alguns tipos de tumores e as desordens da
articulação temporomandibular. Participam no desenvolvimento embriológico,
pós parto do útero e reparação de feridas.
19.Como é regulada a ação das metaloproteinases nos tecidos?
A atividade proteolítica das MMPs pode ser regulada em 3 níveis: pelo controle
da expressão gênica (regulação da transcrição), ativação das pró-enzimas e
inibição direta por inibidores teciduais de metaloproteinases (TIMPs) ou outros
inibidores como a α 2-macroglobulina
20.Cite a importância das substâncias abaixo no tecido ósseo e o que sua
deficiência ou excesso podem causar :
Letícia Kariny Teles Deusdará/Odontologia UFPE
a) Vitamina C: Auxilia na produção de colágeno (hidroxilação) que contribui para
a manutenção das estruturas ósseas. Quando consumida em doses elevadas pode
provocar diarréias, cólicas, dor abdominal e o surgimento de pedra nos rins, uma
vez que ao se ligar com o cálcio, a vitamina C forma o chamado oxalato de cálcio.
Pode promover um aumento excessivo de ferro, o que acarreta em diversas
problemáticas no organismo, como por exemplo dores nas articulações. Em
casos de deficiência, a vitamina C acarreta em algumas doenças tais como a
osteoartrite e osteoporose, uma vez que se mostra fundamental no processo de
biossíntese do colágeno.
b) Vitamina D: É importante para garantir a absorção de cálcio pelo organismo,
metabolismo e manutenção óssea. O excesso de vitamina D aumenta a captação
intestinal de cálcio, reabsorção tubular renal e reabsorção óssea, levando a
hipercalcemia (excesso de cálcio no sangue), podendo provocar problemas renais
(pedra no rim), calcificações de tecidos mole.. A deficiência de vit.D causa
osteomalácia (adulto) e raquitismo (crianças), enfraquecimento e
desmineralização óssea. Na odontologia, a deficiência pode causar a
hipomineralização e má formação do dente e esmalte dentário, sendo um fator
de risco para desenvolvimento de cáries na infância e doenças periodontais.
c) Hormônio de Crescimento ( GH ): O remodelamento ósseo é regulado pelo
balanço entre a reabsorção e a formação óssea. Nesse processo, o GH tem um
papel fundamental. Esse hormônio exerce efeito sobre os osteoclastos e, mais
acentuadamente, sobre os osteoblastos, criando a base teórica para o seu
possível efeito de anabolismo no esqueleto. Esse hormônio afeta o
desenvolvimento de vários órgãos e tecidos como o fígado, os rins, os músculos e
os ossos. O GH tem efeitos cruciais no crescimento longitudinal de crianças e
adolescentes, e sua deficiência em adultos tem sido associada à perda óssea e ao
aumento do risco de fraturas. Ao contrário disso, em pacientes com acromegalia,
um aumento da massa óssea e uma diminuição do risco de fraturas têm sido
observados. Em crianças com retardo de crescimento pré-natal, diagnosticadas
com nanismo de Mulibrey (músculo-fígado-cérebro-olho), observou-se
deficiência parcial de GH. Um estudo comprovou que o tratamento com GH
nesses indivíduos foi seguro e melhorou o crescimento em curto prazo. A
deficiência deste hormônio pode causar o nanismo, doença caracterizada pela
baixa estatura da pessoa. Enquanto que em excesso, o GH pode causar
crescimento exagerado de algumas partes do corpo.
d) Hormônios sexuais esteróides: Aumenta a atividade dos osteoblastos, inibe a
retirada de cálcio do organismo ao interferir e diminuir a formação e atividade
dos osteoclastos, e estimular o crescimento dos ossos longos após a puberdade.
Com a diminuição da secreção desse hormônio sexual, a atividade osteoclástica é
maior do que a osteoblástica, reduzindo potencialmente a formação óssea. Os
principais tipos de androgênios são testosterona e androsterona.
Letícia Kariny Teles Deusdará/Odontologia UFPE
e) Calcitonina e Paratormônio: A calcitonina tem ação contrária ao paratormônio,
hormônio produzido pelos paratireóides. Diminui a concentração de cálcio no
sangue, portanto, contribui na regulação da Calcemia; inibe a atividade dos
osteoclastos e a absorção de Ca+2 nos intestinos; inibe a reabsorção de Ca+ pelas
células dos túbulos renais. A calcitonina tem como principal função regular a
quantidade de cálcio que circula no sangue, pois atua diretamente na atividade
dos osteoclastos, que são as células responsáveis pela destruição óssea. Assim, ao
inibir a atividade dessas células, é possível prevenir o desenvolvimento da
osteoporose, por exemplo.As glândulas paratireoides secretam o paratormônio,
que é essencial para a vida e estimula a reabsorção de cálcio no intestino, nos
ossos e também diminui a eliminação de cálcio pelos rins, aumentando o número
no sangue.

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