Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Células Beta: secretam a insulina, a pró-insulina, o peptídeo C e a proteína amelina ↠ Elas são o tipo mais numeroso dentre as células secretoras da ilhota, distribuídas por toda a ilhota, mas preferencialmente no centro dela Células Alfa: secretam, principalmente, o glucagon. ↠ Estão localizadas na borda das ilhotas Células Delta: secretam a somatostatina. ↠ Estão localizadas entre as células alfa e as células beta Células F: secretam o polipeptídio pancreático (função pouco conhecida). Comunicação entre as Células das Ilhota ↠ As células da ilhota recebem informações de todo o corpo e se comunicam entre si, influenciando as suas secreções 1) Comunicação Humoral: o suprimento sanguíneo, que flui do centro para a periferia, transporta o produto hormonal, produzido por um desses tipos celulares, para um outro tipo de célula da ilhota. 2) Comunicação Célula-Célula através das junções comunicantes 3) Comunicação Neural: ocorre por inervação simpática e parassimpática ↠ Parassimpático: Estimulação Colinérgica aumenta a secreção de insulina, a fim de fazer com que o TGI funcione, ou seja, para que a glicose ingerida seja armazenada ↠ Simpático: Estimulação Adrenérgica A estimulação adrenérgica pode ter efeito estimulador ou inibidor. Isso depende se predomina a neurotransmissão β- adrenérgica (estimula) ou a α-adrenérgica (inibe). Insulina ↠ hormônio peptídico consistindo de duas cadeias lineares, a cadeia A (21 aminoácidos) e a cadeia B (30 aminoácidos). ↠ Essa duas cadeias são unidas por 2 pontes dissulfeto. Além disso, existe uma ponte dissulfeto na própria cadeia A, entre seus aminoácidos inicialmente, é formada como um pré-pró-hormônio. Em seguida, converte-se em pró-hormônio (pró- insulina), o qual é formado pela cadeia A, pela cadeia B e pelo peptídeo C (peptídeo conector). Pâncreas EndócrinoPâncreas Endócrino ↠ βToda vez que as células são estimuladas, ocorre a secreção da insulina junto com o peptídeo C. Pra cada 1 insulina liberada, 1 peptídeo C é liberado. Então, o peptídeo C é um marcador muito importante da secreção pancreática de insulina em pacientes que fazem uso de insulina exógena. Regulação da Insulina ↠ a principal reguladora da secreção de insulina é a Glicose o aumento da concentração de glicose no sangue, rapidamente, estimula a secreção de insulina Obesidade e diabetes do tipo II O excesso de glicose leva a uma maior secreção de insulina e o excesso de insulina crônico leva ao diabetes do tipo II A insulina regula para baixo seu próprio receptor, diminuindo sua síntese e aumentando a degradação do receptor. A regulação para baixo do receptor de insulina é, em parte, responsável pela diminuição da sensibilidade à insulina nos tecidos-alvo, na obesidade e no diabetes mellitus tipo II Efeito do exercício físico sobre a secreção da insulina Quando a pessoa pratica exercícios físicos, ela ativa o αsimpático, que pode ativar tanto a atividade - βadrenérgica (inibitória) quanto a -adrenérgica (estimulatória). αO papel da ativação da via -adrenérgica é evitar a hipoglicemia durante o exercício, pois somente a βativação da via -adrenérgica liberaria muita insulina, não deixando glicose disponível no sangue. Ele faz isso porque se tiver muita insulina vai haver inibição da liberação de ácidos graxos como segunda fonte de energia pro músculo e captação excessiva de glicose pelo músculo todas essas ações tem o intuito de impedir uma hiplogicemia grave e principalmente deixar glicose disponível para tecidos que não armazenam essa substância, como por exemplo, o SNC Secreção de Insulina pelas Células Beta 1) A glicose entra por meio do Glut 2 na membrana da célula beta 2) Glicose fosforilada em glicose-6-fosfato pela Glicoquinase 3) Glicose-6-fosfato é oxidada, e um dos seus produtos é o ATP 4) O ATP fecha canais de potássio que são ATP- dependentes 5) o K+ fica na célula, predominando carga positiva dentro da célula e culminando na despolarização 6) abertura de canais de Cálcio dependentes de voltagem 7) o Cálcio entra e o aumento da concentração de cálcio intracelular aumenta 8) o aumento do Cálcio intracelular provoca a liberação da insulina ↠ A insulina é secretada para o sangue venoso do pâncreas e, em seguida, distribuída para a circulação sistêmica ↠ assim que a insulina é secretada na corrente sanguínea ela vai ligar no Receptor de Tirosina Quinase ↠ O receptor de insulina é um tetrâmero composto α βpor duas subunidades e duas subunidades . As αsubunidades ficam no domínio extracelular, e as βsubunidades atravessam a membrana celular. A αligação dissulfeto liga as duas subunidades , e cada α βsubunidade está ligada a uma subunidade por ligação dissulfeto. α1) A insulina se liga a uma das subunidades do receptor de insulina, produzindo alteração conformacional 2) A alteração conformacional ativa a tirosinocinase βna subunidade , que se autofosforila, em presença de ATP. 3) A tirosinocinase ativada fosforila diversas outras proteínas ou enzimas, envolvidas nas ações fisiológicas da insulina ↠ A fosforilação ativa ou inibe essas proteínas, produzindo as várias ações metabólicas da insulina 4) O complexo insulina-receptor é internalizado por sua célula-alvo por endocitose O número desses receptores, expressos nas células alvo, é muito maior do que o necessário para a resposta biológica máxima da insulina. Em indivíduos saudáveis, a resposta é máxima quando 5% dos receptores estão ocupados. O número de receptores, nas células alvo, é determinado por 3 fatores: ↠ Síntese do receptor. ↠ Endocitose do receptor, seguida de reciclagem dele até a superfície. ↠ Endocitose seguida da degradação desse receptor. As células que ficam muito tempo expostas (cronicamente expostas) a concentrações elevadas de insulina possuem menos receptores quando comparadas com concentrações mais baixas. os receptores para insulina têm uma semelhança muito grande com o receptor das IGFs (somatomedinas). Isso explica a importância da insulina junto do papel do hormônio do crescimento (GH): em doses altas, tanto a insulina pode estimular o receptor das IGFs, quanto as IGFs podem estimular o receptor da insulina. Ações da Insulina 1) Diminui a concentração de glicose sanguínea ↠ Insere Glut 4 nas membranas celulares pra glicose entrar e ser armazenada ↠ estimula a formação de glicogênio a partir de glicose ↠ diminui a glicogenólise ↠ intesifica a glicólise ↠ no fígado, promove o armazenamento de glicogênio, bem como a conversão de glicose em triglicerídeos. ↠ No músculo, estimula a captação de glicose e o armazenamento de glicogênio. ↠ No tecido adiposo, promove a captação de glicose e a sua conversão em triglicerídeo para armazenamento 2) Estimula a deposição de lipídeos ↠ Inibe a lipólise. ↠ Aumenta a lipogênese. ↠ Estimula a formação de glicerol e da enzima ácido graxo sintase. 3) Promove o acúmulo de proteínas em seus tecidos alvos primários ↠ Aumenta a captação de aminoácidos (AA). ↠ Aumenta a síntese proteica. ↠ Diminui a degradação. Fisiopatologia Diabetes Mellitus TIPO 1: ↠ É, frequentemente, uma doença autoimune, que geralmente aparece no início da vida. Ocorre por uma secreção inadequada da insulina devido os βanticorpos atacarem as células do pâncreas. As pessoas com essa doença são insulinodependentes pois precisam fazer uso exógeno de insulina TIPO 2: ↠ nesse tipo, a concentração plasmática de insulina é normal, mas as células alvo apresentam resistência à insulina. Geralmente, esse tipo é adquirido em fases mais tardias da vida Essa resistência, geralmente, é causada pela obesidade, em que a pessoa consome muito carboidrato, então, o excesso de glicose, leva a um aumento da secreção de insulina que, por sua vez, faz um down regulation sobre os próprios receptores nas células alvo Glucagon Promove utilização e mobilização de combustíveis metabólicos↠ tem ação, principalmente, no fígado. Mas, em concentração mais alta pode ter ação no músculo cardíaco e esquelético, além de ação lipolítica no tecido adiposo e de promover proteólise em vários tecidos. ↠ O estímulo para a sua liberação se dá, principalmente, pela ingestão de proteínas. Apesar do estímulo vir das proteínas, as ações do glucagon sobre o fígado se concentram nos carboidratos e nos lipídios. ↠ estimula a via da proteína Gs, ou seja, a via da adenilciclase que tem como segundo mensageiro o AMPc. ↠ βNas células (pâncreas), o glucagon, para estimular a secreção de insulina, ativa a via da proteína Gq, ou seja, a via da fosfolipase C ↠ Possui ações antagônicas à insulina Efeitos do Glucagon ↠ estimulação da glicogenólise, da gliconeogênese e da cetogênese. A cetogênese (converte ácidos graxos em cetona) é importante para liberar energia para o SNC, que não utiliza os ácidos graxos como energia, mas as cetoácidos sim ↠ Inativa a glicogênio sintase. ↠ Aumenta a conversão de aminoácido em glicose (gliconeogênese). ↠ Aumenta a lipólise nas células hepáticas. Regulação do Cálcio Importante para a excitação nervosa e muscular, contração muscular, função enzimática e composição dos ossos o cálcio livre é a forma biológicamente ativa, mas pode ser encontrado no plasma em 3 formas distintas: ↠ Cálcio livre (ionizado) ↠ Cálcio ligado a alguma proteína, especialmente à albumina ↠ Cálcio complexado com outros ânions orgânicos (citrato, oxalato, etc.) ↠ A homeostasia global do cálcio envolve a interação coordenada de 3 sistemas e de 3 hormônios: Sistema ósseo: contém grande quantidade de cálcio Sistema renal: reabsorve o cálcio TGI: absorve o cálcio proveniente da alimentação Vitamina D: sua forma ativa é a 1,25- dihidroxicolecalciferol Paratormônio: produzido pelas paratireoides Calcitonina: produzida pelas células parafoliculares da tireoide Paratormônio (PTH) ↠ é um hormônio peptídico secretado e pelas células principais das paratireóides ↠ Sua função é manter a concentração plasmática de cálcio livre normal. ↠ Tem-se uma secreção basal de paratormônio quando os níveis de cálcio estão normais ou acima de 10mg/dL de sangue ↠ Quando a concentração de cálcio cai, chegando a níveis próximos de 7,0mg/dL, as células da paratireóide detectam pelos seu receptores e há uma ativação quase que imediata do PTH ↠ a via de ativação é a da Fosfolipase C através da proteína Gq ↠ O principal regulador da secreção do PTH é o cálcio plasmático ionizado Regulação do PTH O controle é feito por feedback através da concentração plasmática de cálcio ↠ Concentração Normal/Alta: o cálcio se liga ao seu receptor nas células paratireoides e aciona a via da fosfolipase C. No entanto, o segundo mensageiro (IP3) acaba inibindo a secreção de PTH. ↠ Concentração Baixa: NÃO acontece o estímulo dessa via da fosfolipase C, então, a secreção de PTH é maior. O PTH cai na corrente sanguínea, sendo transportado livremente, uma vez que é um hormônio peptídico. Ele tem suas ações nos ossos, nos rins e, de modo indireto, no intestino. Ações do PTH 1) Reabsorção Óssea: Os osteoblastos tem receptor para PTH. No início, esse hormônio promove a deposição de cálcio nos ossos, mas, logo em seguida, esses osteoblastos produzem citocinas que ativam os osteoclastos, que liberam o fosfato e cálcio combinados para a corrente sanguínea. 2) Nos Rins: o PTH promove o aumento da reabsorção de cálcio nos túbulos distais e inibe a reabsorção de fosfato no túbulo contorcido proximal, com o intuito de conseguir mais Cálcio livre. Dessa forma, mais cálcio vai para o sangue, enquanto que a inibição da reabsorção de fosfato provoca a sua excreção na urina 3) No Intestino: a ação do PTH é indireta, isso quer dizer que nesse órgão não existem células com receptor para esse hormônio.. O PTH participa da ativação da vitamina D αEsse hormônio estimula a 1- -hidroxilase a converter o 25-hidroxicolecalciferol em 1-25- dihidroxicolecalciferol, que corresponde à forma ativa da vitamina D. Essa forma ativa é quem participa da absorção de cálcio no intestino. Vamina D ↠ É o segundo principal hormônio regulador do metabolismo do cálcio e tem um papel muito importante na promoção da mineralização dos ossos ↠ Existem 2 tipos de Vitamina D: Vitamina D3: é formada a partir do 7- dehidrocolesterol que, com a luz ultravioleta, se transforma em colecalciferol (forma inativa da vit. D). Ela pode ser encontrada em fígado de bacalhau, ovos e alguns leites fortificados. Vitamina D2: ela vem exclusivamente da dieta (principalmente de fonte vegetal). Assim como a vit. D3, a D2 também se encontra em sua forma inativa. Portanto, elas precisam ser ativadas Ativação da Vitamina D 1) No fígado, há a hidroxilação no carbono 25 da colecalciferol, resultando na 25-hidroxicolecalciferol (inativa) A ativação, de fato, da vit. D ocorre nos rins. Nos rins, a 25-hidroxicolecalciferol pode seguir 2 caminhos Caminho 1: ↠ ocorre uma hidroxilação no carbono 1 da 25- hidroxicolecalciferol, através da α1- - hidroxilase, formando a 1,25-diidroxicolecalciferol (ativa). A baixa concentração de cálcio plasmático, o aumento do PTH e a diminuição da concentração de fosfato αestimulam a enzima 1- - hidroxilase. Caminho 2: ↠ ocorre hidroxilação no carbono 24 da 25- hidroxicolecalciferol, formando, assim, a 24,25- diidroxicolecalciferol (inativa). Ações da Vitamina D No Intestino: aumenta a absorção de cálcio e fosfato nesse órgão. Nos rins: estimula a reabsorção de cálcio e de fosfato. Nos ossos: atua sinergicamente com o PTH, estimulando a atividade dos osteoclastos e a reabsorção óssea. Primeiro, acontece reabsorção óssea, em que os osteoclastos retiram o osso velho. Com isso, mais cálcio e fosfato são disponibilizados para o líquido extracelular (LEC) que pode, a partir desses íons, mineralizar um novo osso (esse processo é o remodelamento ósseo). Calconina ↠ É um hormônio peptídico produzido pelas células parafoliculares da tireoide ↠ tem uma ação inibitória sobre a reabsorção óssea, logo, o cálcio fica no osso e não vai para a corrente sanguínea. Diminuindo assim, a concentração plasmática de cálcio ↠ não modifica muito o controle metabólico da concentração de cálcio plasmático.
Compartilhar