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Metabolismo do ferro→ – Absorção intestinal é regulada pela necessidade do elemento nos organismos (se ele não é necessário, sai nas fezes) – Não existe via de excreção de ferro (o que pode ocorrer é perda de ferro) – Proteínas que contêm ferro (ligados a grupo heme = anel porfirínico com ferro ligado) ➢ Hemoglobina ➢ Mioglobina ➢ Citocromos ➢ Catalases – Absorção do ferro ➢ Ligado ao grupo heme: quando há ingestão de hemoglobina, mioglobina. • Entra no enterócito através de um transportador. O ferro2 + anel porfirínico é envaginado formando uma vesícula • Dentro da vesícula há a Heme Oxigenase (enzima que degrada o ferro hêmico e libera Fe+2) • Fe+2 é transportado para fora da vesícula e para dentro do enterócito pelo transportador DMT-1 • Fe+2 (livre) é armazenado em uma proteína chamada de Ferritina. Ferro se liga à ferritina • Se esse Fe+2 já precisar ser usado, o ferro passa por um sistema (ferroportina e hefaestina, duas proteínas) presente na membrana do enterócito. Essas proteínas pegam o Ferro +2 e retiram um elétron, transformando em Ferro +3. O ferro +3 pode ser transportado no sangue por uma proteína chamada de transferrina (proteína responsável pelo transporte de ferro no sangue) ➢ Ferro livre: medicamentos para anemia, por exemplo. • Normalmente os medicamentos têm ferro na forma +2, mas durante a digestão esse ferro é oxidado a ferro +3. Nessa forma, o ferro chega ao intestino, mas ele não consegue absorver o ferro +3 • No enterócito há o citocromo duodenal (DcytB), que é responsável por reduzir o ferro +3 a ferro +2 • O ferro +2 entra no enterócito pelo transportador DMT-1 (transporte simporter, porque há entrada de H+ também) • Depois ocorre o mesmo processo que ocorreu antes com o ferro hêmico Metabolismo de ferro e porfirinas – Como se perde ferro? ➢ Descamação das mucosas intestinais ➢ Menstruação ➢ Outras perdas de sangue como hemorragias Anabolismo de porfirinas→ – 4 anéis pirrólicos formam a porfina (porfirina). Ferro +2 para ser útil é ligado a porfirina. O pirrol não é adquirido pela alimentação, é sintetizado pelo corpo – Grupo heme: ferro no centro da porfina, fazendo 4 ligações – Anabolismo: interior da mitocôndria ➢ Junção da glicina (aminoácido) com o succinil CoA (origem de propil- CoA a partir de lipídios e do ciclo de krebs). Uso da enzima ALA sintase (ácido aminolevulínico sintase) que tem como coenzima o piridoxal fosfato (vitamina B6). Produção de ácido aminolevulínico ➢ Ácido aminolevulínico é transportado para o citosol ➢ No citosol esse ácido sobre ação da enzima ALA deidratase (ela faz a ligação entre dois ácidos aminolevulínicos) formando o Porfobilinogênio (um dos pirróis) ➢ O Porfobilinogênio sofre ação da enzima Porfobilinogênio deaminase (liga 4 moléculas de porfobilinogênio, ficam na forma linear) formando a Hidroximetilbilano ➢ Enzima Uropofirinogênio 3-Cosintase (Uro 3-Cosintase) age no Hidroximetilbilano, desfazendo a estrutura linear. Forma a porfina (porfirina = Uro 3 = uroporfirinogênio 3). Uro = molécula encontrada na urina. Enzima Decarboxilase transforma o Uro 3 em Copro 3 (molécula isolada das fezes) retirando um carbono ➢ A partir do Hidroximetilbilano também pode haver formação de Uroporfirinogênio 1. Enzima Decarboxilase atua e forma Coproporfirinogênio 1 (não forma Heme, é excretado) ➢ Copro 3 é levado para a mitocôndria. Sofre oxidação (enzima Copro oxidase) e alguns grupos Propil formam Vinil, formando a Protoporfirinogênio 9 ➢ Proto-9 (porfina, porfirina) precisa do ferro para formar o Heme. Ferro +3 sofre redução para Ferro +2 e sofre também quelação com uso da enzima ferroquelatase (adiciona o ferro ao grupamento porfirínico) ➢ Hemoglobina: 4 cadeias globinas (parte proteica) ligadas a um grupo Heme (grupo prostético) pela Histidina F8 ➢ Grupo heme é produzido na medula óssea junto com a hemoglobina para ser incorporado a ela. Grupo Heme se liga a globina a partir da Histidina F8. Ferro faz 6 ligações (4 com o anel porfirínico, 1 com a histidina F8, 1 com o oxigênio que será transportado) Catabolismo de porfirinas→ – Grupo preso à proteína (globina) – Hemácia é degradada pelo sistema reticuloendotelial (baço, fígado) quando fica velha – Oxidação. Ferro +2 Ferro +3. Forma Coleglobina, ela não tem função → porque o Ferro +3 não é funcional (não consegue segurar oxigênio) – Globina sai para formar aminoácidos e forma o Verdohemocromo (anel porfirínico com Ferro +3 e sem ligação com globina) – Verdohemocromo oxida e perde o Ferro +3. Com essa perda, a molécula se abre e forma a Biliverdina (estrutura linear, pigmento verde)) – Biliverdina sofre processo de redução e se transforma em Bilirrubina (amarelo) – Bilirrubina formada fora do fígado é chamada de não conjugada (insolúvel, transportada por albumina) e precisa passar por um processo de conjugação ao chegar no fígado para compor a bile – Conjugação: adição de açúcares formando o Glicuronato de Bilirrubina. Torna a bilirrubina solúvel (conjugada), que forma a bile e vai para o intestino – Bilirrubina conjugada, no intestino ocorre uma metabolização bacteriana. Forma o urobilinogênio, que forma o estercobilinogênio, que forma a estercobilina (dá cor às fezes)
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