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Hematologia Clínica - Sistema ABO

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Sistema ABO 
Esses são os quatro grupos sanguíneos
descritos e que permanecem até hoje. Já
em 1940, Landsteiner e Wiener
descobriram o sistema RH, que é o
segundo mais importante dentro da
hemoterapia.
Dentro dos sistemas de grupos
sanguíneos, existem aqueles que são
mais importantes e que causam mais
problemas transfusionais aos
pacientes, sendo esses o sistema ABO
e o sistema RH.
KARL LANDSTEINER (1868–1943) 
1900: descrição dos grupos
sanguíneos A, B, O e mais tarde
AB; 
1940: Landsteiner e Wiener
anunciaram a descoberta do Rh. 
O ABO é o principal sistema de grupo
sanguíneo e foi descrito por Karl
Landsteiner em 1900. Até essa época,
havia uma fase pré-científica
relacionada à hemoterapia, logo,
todos os procedimentos transfusionais
e que envolviam a hemoterapia eram
realizados de forma não científica. Ou
seja, não havia conhecimento
científico que explicasse porque a
maioria das transfusões levavam o
paciente a óbito. Em 1900, Karl
Landsteiner descreveu o grupo
sanguíneo A, o grupo sanguíneo B e o
grupo sanguíneo C. Mais a frente, ele
descobriu que o C, na verdade, era a
ausência de A e B, portanto, foi
nomeado de grupo sanguíneo O. Dois
anos mais tarde, outros pesquisadores
descreveram o grupo AB. 
SISTEMAS DE GRUPOS SANGUÍNEOS 
39 sistemas de grupos sanguíneos –
ISBT; 
Mais de 300 antígenos (367 antígenos
– nov. 2019).
Cada antígeno tem a capacidade de
sensibilizar uma pessoa para
desenvolver um anticorpo contra ele.
Por isso, quando é realizada uma
transfusão de sangue, é possível
sensibilizar a pessoa que recebe o
sangue e a pessoa responder contra a
hemácia, que é uma célula não própria,
respondendo com a produção de
anticorpos.
É de conhecimento que já existem
mais grupos sanguíneos e que são
descritos na literatura, além de novos
grupos que vêm sendo descobertos ao
longo dos últimos anos. É importante
frisar que os sistemas de grupos
sanguíneos são classificados em vários
tipos de acordo com as suas
características genéticas e
características morfológicas. Por
exemplo, na imagem há uma membrana
eritrocitária, há uma hemácia e, na
membrana das hemácias, existem
diversas proteínas que são
caracterizadas de acordo com a sua
função e herança genética. Além
disso, as proteínas são agrupadas em
sistemas de grupos sanguíneos.
A ISBT é a sociedade internacional
responsável pela classificação dessas
proteínas de acordo com a sua
função. Atualmente, existem 39
sistemas de grupos sanguíneos já
descritos. Se contar o número de
antígenos, existem mais de 300
antígenos eritrocitários, ou seja, uma
hemácia é capaz de ter mais de 300
antígenos diferentes na sua membrana
eritrocitária. De acordo com os dados
de 2019, existem 367 antígenos
eritrocitários. 
PRINCIPAIS SISTEMAS DE GRUPOS
SANGUÍNEOS 
ABO; 
Rh; 
Kell;
Kidd; 
Duffy; 
MNS; 
Lewis; 
Diego. 
A imagem apresenta um cartão de
tipagem ABO, com o resultado de um
teste feito em laboratório.
Mais importante na prática
transfusional: 
Descoberto por Karl Landsteiner
em 1900; 
1902 – Alfredo Castello e Adriano
Sturli descreveram o grupo AB; 
Localização cromossômica: 9q34.1-
q34.2; 
Estrutura bioquímica:
CARBOIDRATOS (glicoproteínas e
glicolipídeos).
A característica mais importante é
que o Sistema ABO é formado por
carboidratos, diferente da maioria
dos sistemas de grupos sanguíneos,
que são formados por proteínas. No
caso do Sistema ABO, ele pode estar
relacionado a proteínas ou a lipídios,
esses que irão caracterizar o grupo
sanguíneo daquela pessoa. 
Transfusão ABO incompatível 
Reação hemolítica intravascular; 
Pode levar a óbito em 10-20
minutos (100 ml sangue). 
Os antígenos ABO têm uma
distribuição muito difundida no
organismo, ou seja, vários órgãos do
corpo possuem antígenos ABO. Vale
frisar que o ABO não é importante
apenas na transfusão sanguínea, mas
também nos transplantes. Logo, o
Sistema ABO também deve ser
respeitado nos transplantes,
principalmente de órgãos sólidos, já
que uma incompatibilidade ABO pode
fazer com que haja uma rejeição
àquele órgão transplantado.
Se ministrar uma transfusão ABO
incompatível acontece a chamada
reação hemolítica intravascular, que
é muito grave e ocasiona sérios riscos
de vida para o paciente, podendo
levar a óbito entre 10 a 20 minutos,
apenas com 100 ml de sangue
transfundido.
Destaca-se que a reação hemolítica
intravascular por incompatibilidade
ABO é uma importante causa de óbito
no mundo, sendo a mais letal, pois os
anticorpos ABO são muito bem
formados, logo, há grande quantidade
na circulação do paciente. 
SISTEMA ABO 
Antígenos ABO 
Presentes em tecidos e fluidos:
saliva, urina e leite; 
Linfócitos, plaquetas, endotélio
capilar, venular e arterial, células
sinusoidais do baço, medula óssea,
mucosa gástrica; 
Granulócitos não possuem; 
5ª a 6ª semana de vida
intrauterina.
Além disso, esses anticorpos possuem
capacidade muito alta de causar a
hemólise intravascular, que pode levar
o paciente a óbito em pouco tempo.
É importante ressaltar que também há
a existência do gene O. “O” não é
apenas a ausência de A e B, a
diferença é que o gene "O" codifica
uma enzima que não tem açúcar na
membrana da hemácia. Em razão
disso, ele é chamado de afuncional.
Outra situação é que, no sistema RH
há um gene que irá codificar uma
proteína chamada, por exemplo, RhD.
Isto é, o gene produz diretamente na
membrana da hemácia um antígeno
chamado de D. Já no sistema ABO, por
exemplo, o gene A produzirá uma
enzima A, essa adicionará açúcar à
membrana da hemácia. O processo de
adição de açúcar na hemácia é
conhecido como absorção, logo, o
gene não codifica diretamente a
açúcar, e sim a enzima que atuará
sobre a membrana, adicionando o
açúcar e dando característica do
grupo A para aquela pessoa. Os
grupos B e AB seguem o mesmo
procedimento.
Herança genética ABO 
Herança mendeliana: codominante
autossômica; 
Locus ABO: braço longo do
cromossomo 9;
Cada posição (locus) em
cromossomos homólogos é ocupada
por um gene A, B ou O; 
Produto primário dos genes:
enzimas glicosiltransferases. 
Os antígenos são herdados da mãe e
do pai por meio de uma herança
mendeliana, ou seja, um alelo da mãe
e um alelo do pai. Sendo que esses
alelos não têm dominância um sobre o
outro, portanto, eles são
codominantes autossômicos, onde os
dois são expressos na membrana da
hemácia da pessoa. Supondo que o
sujeito herdou um alelo A e um alelo B,
ele será do grupo AB. 
Sendo assim, essa pessoa pode até
ter o gene A, esse produzirá uma
enzima, mas a enzima não terá onde
absorver o açúcar na membrana da
hemácia. Esse caso é chamado de
fenótipo “Bombay”, descrito na Índia,
sendo muito raro na população. Por
exemplo, por mais que um indivíduo
seja geneticamente do grupo A, B ou
AB, quando realizar a tipagem
sanguínea dele, será tipado como O.
Logo, a tipagem dele pode ser de A,
mas quando fizer o teste, será tipado
como O, porque não tem onde se ligar
na membrana da hemácia. 
SISTEMAS ABO E H 
A substância dará suporte para os
açúcares A e B. Todo o processo inicia
com a substância precursora, que
está presente na hemácia. Nesse
caso, o indivíduo pode ser de dois
tipos HH/Hh, tem o gene h, ou hh, ou
seja, é recessivo e não tem o gene h,
além de não ter o açúcar H
adicionado na membrana da hemácia.
Portanto, o antígeno H com o genótipo
HH/ Hh está presente em 99,99% da
população. 
A pessoa que tiver o H pode ser de
quatro tipos. Se além do H, ele tiver
AA ou AO, terá o antígeno A. Já se ela
tiver o gene A e o gene B, ela terá um
antígeno AB. Porém, se ela tiver o
gene BB ou BO, ela será do tipo B.
Enquanto, se tiver OO, terá apenas o
H na membrana da hemácia, ou seja,
ela será tipada como tipo O.
Lembrando que, quem for hh, não terá
açúcar A, B ou AB na membrana,
porque, nesse caso, não há a
substância de suporte, ou seja, o
antígeno H na membrana da hemácia. 
A imagem apresenta um casal, no qual
o pai é AO e a mãe é BO, portanto,
eles podem ter filhos de todos os tipos
sanguíneos. Lembrando que quando
tiver, por exemplo, AB nenhum irá
sobressair sobre o outros, os dois
serão expressos. Além disso, por mais
que o gene "O"sintetize uma enzima,
ele não irá absorver açúcar na
membrana da hemácia, logo, será
tipado como grupo "O".
GENE H: Fucosyltransferase –
Fucose; 
GENE A: N-acetil galactus
aminotransferase – N-
acetilgalactosamina; 
GENE B: Galactosiltransferase –
Galactose; 
GENE O: Enzima afuncional – Não
adiciona açúcares. 
O gene H sintetiza a enzima
Fucosiltransferase, que irá absorver a
Fucose na membrana da hemácia que
será a característica do grupo H.
Nesse caso, nada mais é do que a
substância do suporte, já que não
existe o grupo H. Ele é o suporte para
o Sistema ABO e seus antígenos. O
gene A sintetiza a enzima chamada de
N-acetil galactosamina transferase,
que irá absorver o açúcar chamado
N-acetilgalactosamina, ou seja, o
antígeno A. 
Já o gene B irá sintetizar uma enzima
chamada de Galactosyltransferase,
que irá adicionar a Galactose na
membrana da hemácia, isto é, o
antígeno B. Por fim o gene O produz
uma enzima, mas ela não tem função,
ou seja, não adiciona açúcares na
membrana da hemácia. Nesse caso, a
pessoa será tipada como antígeno O. 
Na imagem, o quadro em vermelho
representa as pessoas que são
recessivas, ou seja, são hh. Com isso,
por mais que elas tenham genética de
A (AA/AB), não há fenótipo de A, e sim
de O, pois hh não sintetiza o antígeno
H. Dessa forma, os antígenos não
serão absorvidos na membrana da
hemácia.
No Brasil, por exemplo, se tem o
conhecimento que existem 12 famílias
Bombay. Esse é um desafio muito
grande, porque se, caso uma dessas
pessoas nessecite de sangue, ela
precisará receber transfusão de
outra pessoa que também é Bombay.
Há algum tempo, um paciente da
América do Sul era Bombay e
necessitava de sangue. Foi recorrido
aos bancos de sangue do Brasil, onde
conseguiram encontrar um doador que
era Bombay. Houve a doação, o
sangue foi enviado ao paciente e ele
conseguiu se recuperar.
Quando existe AB, há tanto uma
mistura de A quanto de B. Nesse caso, a pessoa será tipada
como A. Há a substância precursora, o
H e, em cima do H, adiciona-se o
antígeno A.
A Transferase B adiciona galactose à
substância precursora, ou seja, à
substância H. Há também o antígeno
B, que dará origem ao grupo B.
Quando a pessoa é do grupo O, ela
tem uma enzima, mas essa enzima é
afuncional, ou seja, não adiciona nada
de diferente à substância precursora
e tem apenas o antígeno H
adicionado. Na prática transfusional,
o paciente será tipado como grupo O.
ANTICORPOS ABO 
3 a 6 meses; 
Produção máxima: 5 a 10 anos; 
Diminuição após os 65 anos; 
Surgimento: 
Anticorpos regulares e naturais; 
Maioria da classe IgM; 
Podem ser da classe IgC e IgA; 
Capazes de ativar complemento e
provocar hemólise intravascular; 
Anti-AB: encontrados em indivíduos
do grupo O (maioria IgC) –
Incompatibilidade materno-fetal
(DHPN geralmente leve)
Formação 
– Mecanismos genéticos; 
– Estímulos antigênicos naturais
(bactérias do trato gastrointestinal); 
– Poeira, alimentos etc. 
Características 
A maioria da população é
considerada normal para fins de
transfusão, sem altos níveis de
anti-A e/ou Anti-B, o que
proporciona transfusões ou
doações sem grandes problemas; 
Nem sempre o doador de sangue
tipo “O” será considerado
obrigatoriamente um doador
universal. Essa característica
também está relacionada a
presença dos anti-A e/ou Anti-B.
Heteroimunização: Substância de
origem animal ou bacteriana.
Exemplo: soroterapia antidiftérica
ou antitetânica. 
Aloimunização: Gestação ou
Transfusão ABO incompatível.
Existem outros anticorpos do sistema
ABO que são chamados de anticorpos
imunes ou hemolisinas. São produzidos
não de forma natural, mas sim a partir
de uma sensibilização externa (um
estímulo). São duas as formas de
produção desses anticorpos: 
O teste tem por objetivo
identificar o doador “O perigoso”.
Esse tipo de doador possui altos
títulos de anti-A e/ou Anti-B, os
quais podem ser perigosos para os
diversos tipos sanguíneos
existentes; 
Uma bolsa de sangue que possui
aproximadamente 300 mL de
hemácias (CH) contém 60-70 mL de
plasma (que concentra os
anticorpos);
Teste da hemolisina: detecta se o
indivíduo possui altos títulos dos
anticorpos ABO os quais podem vir a
causar algum problema transfusional.
Anticorpos ABO Imunes: Hemolisinas 
Transfusão ABO 
Quadro de compatibilidade ABO de
transfusão: 
Obs.: O quadro de compatibilidade
ABO apresentado não está tratando
dos dois tipos de Rh existentes
(positivo e negativo). Caso eles sejam
considerados, o doador universal
seria o de Rh negativo, que por sua
vez não poderia receber nenhum
sangue de Rh positivo, o que
estimularia a produção indesejada de
anticorpos.
Hemácias: Menor quantidade de
açúcares adicionado. Fraca
expressão antigênica dos
antígenos. Exemplo: 
– A1 (Grupo “A” normal): 1 milhão de
sítios por Hm. 
– A2 (Subgrupo de “A”): apenas 300
mil sítios por Hm.
Os subgrupos do sistema ABO são
tipos de grupos “A” ou “B” que não são
considerados normais, sendo frutos de
mutações genéticas ou polimorfismos
do sistema que ocorrem nos
nucleotídeos do DNA, o que resulta em
um antígeno alterado.
Sistema ABO – Subgrupos 
Subgrupos de A 
80% dos indivíduos A ou AB são; 
19% são. Os integrantes do grupo
A2 possuem a capacidade natural
de desenvolver o anti-A1 ; 
1% dos indivíduos pertencem aos
outros subgrupos (A3 , Aint, Ael,
Am, Ax , Ay ...) que correspondem a
expressões fracas do antígeno A.
Polimorfismos ABO: 
Causados por mutações na
sequência de nucleotídeos no DNA; 
Mutações críticas: éxons 6 e 7
(codificam o domínio catalítico das
glicosiltransferases ABO); 
Existem mais de 180 alelos dos
genes ABO.
Surgimento dos subgrupos: 
DNA: Mutações, deleções ou
recombinações. 
Enzimas: Glicosiltransferases A e B
de formação variante, não se
tratando de uma enzima com
sequências normais e que fazem
com que a adsorção na hemácia
seja realizada de maneira
diferente do esperado.
Subgrupos de B 
Muito raros; 
Apresentam-se em B3, Bx, Bel e
Bm. Tratam-se de expressões
fracas do antígeno B.
Lectina anti-H: Ulex europaeus 
Tem por objetivo demonstrar se a
pessoa possui ou não o componente
“H”, substância de suporte que dá
toda a sustentação para os antígenos
A e B na superfície da hemácia. 
Em um teste laboratorial comum, ao
constatar que certo indivíduo A possui
Anti-A não é possível afirmar por meio
de testes tradicionais se a pessoa é
ou não um integrante de subgrupo.
Isso ocorre pois os reagentes
utilizados em testes de rotina não
realizam tal diferenciação. A
identificação dos subgrupos somente
é possível por meio da utilização de
reagentes complementares, que são
extraídos das seguintes plantas: 
Identificação de subgrupos: 
Incidência dos grupos sanguíneos
ABO no Brasil: 
Lectina anti-A1: Dolichos biflorus
Aplicação somente para indivíduos “A”
que possuam o anti-A. Identifica se o
sujeito é do tipo A1 ou se pertence a
algum subgrupo de A.
Em geral, o grupo sanguíneo “O” é
o mais frequente entre todas as
etnias, chegando a estar presente
em 100% da população de
ameríndios; 
Em segundo encontra-se o fenótipo
“A” (), também bastante presente
na população de maneira geral; 
O grupo “B” concentra-se
principalmente entre os negros e
asiáticos; 
Finalmente, o grupo AB é o mais
raro e por consequência encontra-
se presente na minoria da
população.
Considerações: 
Prova direta: pesquisa antígenos
na membrana da hemácia; 
Prova reversa: pesquisa
anticorpos livres no plasma. 
Métodos: tubo, microplaca ou
cartão gel-teste. 
Em geral, a tipagem sanguínea é
um método simples, rápido e de
“fácil interpretação”.
Para recém-nascidos (até 4
meses), não se faz necessária a
prova reversa, uma vez que a
criança ainda não produziu seus
anticorpos naturais
A tipagem é dividida em duas provas: 
Considerações: 
Tipagem ABO/Rh 
Soro anti-A; 
Soro anti-B; 
Soro anti-AB (opcional).
Reagente de hemácias A1; 
Reagente de hemácias B.
Reagentes necessários – ABO 
Prova direta: promove a pesquisa de
antígenos utilizando soros que
apresentam anticorpos específicos.
Prova Reversa: Pesquisa de
anticorpos utilizando reagentes
(antígenos). As hemácias utilizadassão produzidas especificamente para
a testagem dos anticorpos. 
REAGENTES NECESSÁRIOS – RH 
Soro anti-D;
Soro controle: sempre deve
apresentar resultado negativo. Um
resultado positivo indica que a
amostra deve ser tratada por
algum reagente químico ou outros
artifícios; 
Ambos os soros devem ser de uma
mesma marca (fabricante),
requerimento instituído por
legislação
Tipagem Rh 
Armazenar os reagentes entre 2-8
ºC; 
Retirar os reagentes da geladeira; 
Identificar os tubos; 
Prova direta – antissoros: A, B,
AB, D, C (controle); 
Prova reversa – hemácias: RA, RB.
Prova direta: adicionar uma gota da
suspensão de hemácias do paciente +
uma gota dos antissoros reagentes (A,
B, AB, D, C). 
Prova reversa: adicionar uma gota de
soro/plasma do paciente + uma gota
da hemácia reagente.
Técnica em tubo 
Homogeneização e centrifugação 
Rotação: 3.400 rpm por 15 seg. 
Leitura
Tubos A, B e AB após centrifugação.
Leitura no aglutinoscópio. 
Interpretação
Positivo 4+: reação positiva
máxima, identificada por meio da
presença de um botão único no
recipiente; 
Positivo 3+: presença de botões
grandes agrupados; 
Positivo 2+: presença de botões
homogêneos de forma regular; 
Positivo 1+: presença de um
“farelo” de difícil identificação; 
Negativa: ausência de qualquer
componente observável.
As intensidades observadas podem
variar de acordo com a genética do
paciente. Assim, indivíduos que sejam
de subgrupos podem apresentar
reações mais fracas como a 2+.
A tipagem em cartão utiliza os
mesmos reagentes da técnica em
tubo, dispondo em pequenas
quantidades os soros Anti-A, Anti-B e
Anti-D, o controle e as hemácias A e B
(ambas para fins de prova reversa).
Dessa forma, o teste se organiza em
parte direta (de A até CTL) e em
reversa (representada pelas
hemácias A e B). 
Após a centrifugação, se as hemácias
foram até o fundo dos recipientes,
significa que não houve qualquer
ligação antígeno-anticorpo. Se houver
a presença de uma “barreira” acima
da coluna de gel, significa que o
antígeno se ligou à hemácia testada
(que não conseguirá penetrar a
substância abaixo).
Tipagem ABO/Rh em cartão A prova reversa serve como um
confirmatório (validador) da prova
direta. Devendo sempre apresentar
resultado contrário a tipagem
manifestada na parte direta! Por
exemplo, se uma pessoa for do tipo
“B”, automaticamente deve haver a
presença do Anti-A, que deverá
reagir com a hemácia e
automaticamente não reagirá junto a
hemácia B, uma vez que o indivíduo da
tipagem B não deve possuir Anti-B.
Exemplos:
Para fins de exemplo, a tipagem
apresentada no teste da imagem seria
B rH +, reação validada pelo controle
que se apresenta negativo
Interpretação: resultados negativos
nos Anti-A, B e AB, apresentando
resultado positivo somente no Anti-D,
que indica o rH +. A prova reversa
apresentou dois resultados positivos.
O conjunto dos testes tem por
conclusão uma tipagem O +.
Interpetação: Resultados positivos no
Anti-A e Anti-AB, o que indica que a
tipagem é do tipo “A” (que reage com
ambos os antígenos de A) e de rH +
devido à reação positiva junto ao
Anti-D. O teste reverso confirma a
presença de Anti-B, resultando em
uma tipagem A+.
Interpretação: o paciente reagiu a
todos os antígenos do teste de prova
direta, o que indica uma tipagem AB.
Não houve qualquer reação junto ao
Anti-D, o que tem por resultado um rH
negativo. AB-.

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