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O músculo esquelético contém um grupo heterogêneo de fibras musculares que têm propriedades contrateis e metabólicas diferentes. A distribuição percentual do tipo de fibra difere muito entre os indivíduos. Essa distribuição é determinada essencialmente pelo código genético, embora possa ocorrer alguma modificação com modos específicos de treinamento. Fibras do tipo I As fibras do tipo I possuem fibras de contração lenta, vermelhas, com maior quantidade de mioglobinas, mitocôndrias e com características adaptadas para exercícios aeróbicos. Elas utilizam o oxigênio como principal fonte de energia e têm resistência prolongada para contrações suaves, permitindo a manutenção da postura. ✓ Sistema de energia utilizado: aeróbio; ✓ São mais apropriadas para exercícios de longa duração; ✓ São mais resistentes a fadiga. Fibras do tipo II As fibras do tipo II possuem fibras de contração mais rápida, que são adaptadas a exercícios de potência. Elas são divididas em tipo IIA e tipo IIB. A fibra do tipo IIA exibe alta velocidade de encurtamento e capacidade moderada para transferência de energia das fontes aeróbias e anaeróbias. Já ́ a fibra IIB apresenta maior potencial anaeróbio e velocidade de encurtamento mais rápida. Elas produzem ATP por meio do sistema anaeróbio, isso contribui para a geração rápida de energia e contrações rápidas dessa fibra. Essas fibras podem também ser denominadas fibras brancas, uma vez que, comparadas as fibras de contração lenta, têm quantidade menor de mioglobina. ✓ Essas fibras são utilizadas em esportes que necessitam de mudanças de ritmos como basquete, futebol ou corridas de curtas distâncias; ✓ Fadigam mais rápido; ✓ Capacidade glicolítica (utiliza a fosfocreatina e glicose). 15 RESISTÊNCIA ✓ O treinamento de resistência, para aumentar VO2, também resulta no aumento de enzimas oxidativas, gerando aumento no tamanho e n° de mitocôndrias. ✓ A capacidade oxidativa aumenta em todos os tipos de fibras ✓ Aumento da atividade anabólica: síntese de proteínas aumentada ✓ Alterações mínimas nas enzimas glicolíticas ✓ Aumento dos substratos armazenados ✓ Aumento do glicogênio muscular em até 2 vezes ✓ Aumento da liberação de oxigênio para o músculo ✓ Fibras I e IIA tornam-se similares pós-treinamento ✓ Fibras II aumentam a capacidade oxidativa ✓ Fibras IIB tornam-se histologicamente semelhantes ao tipo IIA FORÇA ✓ Hipertrofia das fibras ✓ A hipertrofia pode diminuir a atividade enzimática da mitocôndria por diminuir a massa mitocôndria ✓ Pequeno ou nenhum aumento das atividades enzimáticas glicolíticas e oxidativas no treinamento de força, em contração isotônica. ✓ Aumento no número de fibras (hiperplasia) ✓ Aumento na área de secção transversal das fibras musculares de contração rápida VELOCIDADE ✓ Aumento do n° e tamanho das mitocôndrias ✓ Aumenta a capacidade oxidativa nas fibras do tipo II ✓ Aumenta a atividade glicolítica nas fibras do tipo I ✓ Pequeno ou nenhum aumento na capacidade glicolítica das fibras do tipo II A quantidade de fibras musculares inervadas por um único neurônio depende muito do tipo de movimento que aquela região realiza. Na mão, por exemplo, que é um membro que precisa de movimentos precisos, um neurônio motor controla cerca de 300 fibras. Já nos músculos que precisam mais de força, como no gastrocnêmico, chega a ser um neurônio para 3.000 fibras. Para a realização de movimentos precisos e coordenados, necessitamos de um número maior de unidades motoras pequenas. Ao contrário, quando necessitamos de movimento de força, um número maior de grandes unidades motoras deve ser ativado. Os neurônios motores pequenos estão relacionados com unidades motoras de contração lenta ou unidades motoras pequenas que contém fibras musculares de baixa velocidade (tipo I), menor quantidade de fibras musculares e alta resistência à fadiga Por sua vez, os neurônios motores grandes fazem parte das chamadas unidades motoras de contração rápida ou unidades motoras grandes, com fibras musculares de alta velocidade (tipo IIb), maior quantidade de fibras musculares e pouco resistentes a ̀ fadiga. 16
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