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10/08/2021 Unidade 2
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O sistema cardiovascular é formado pelo coração, sistema linfático e por
vasos sanguíneos. Esse sistema é responsável por realizar a circulação do
sangue por todas as regiões do organismo, permitindo o transporte e a
distribuição dos nutrientes, contribuindo com as trocas gasosas e
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A-Unidade 2
Introdução
10/08/2021 Unidade 2
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possibilitando a distribuição dos hormônios para as mais diversas células
dos vários órgãos do corpo. Já o sistema linfático compreende os órgãos
responsáveis pela drenagem e �ltração da linfa para a circulação sanguínea,
além de órgãos integrantes do sistema imune. Quanto ao sangue, este
também é responsável pelo transporte e pela eliminação dos resíduos do
metabolismo celular.
Introdução à Anatomia do Sistema
Cardiovascular
O sistema circulatório sanguíneo é formado pelo coração e vasos. Suas
principais funções são: possibilitar a circulação sanguínea pelos tecidos do
corpo viabilizando as trocas gasosas e a nutrição do organismo; coletar os
produtos do metabolismo celular (como o dióxido de carbono para
redistribuição ou eliminação); participar dos mecanismos de defesa do
corpo; manter a temperatura corporal; distribuir hormônios e servir como
via de administração de medicamentos (MIRANDA NETO, 2012).
Coração
Veja, nas Figuras 1 e 2, que o coração é um órgão muscular oco, contrátil,
com formato de cone, com base superior e ápice inferior. Ele está localizado
na cavidade torácica, conforme demonstra a Figura 3, entre os dois
pulmões, de forma superiormente ao músculo diafragma, posteriormente
ao osso esterno e cartilagens costais e anteriormente ao esôfago e à coluna
vertebral torácica, em um espaço denominado de mediastino. Na base do
coração, estão seus vasos, vasos sanguíneos venosos que entram nos átrios
e nas artérias que saem dos ventrículos (DANGELO; FATTINI, 2012).
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A seguir, a �gura representa a anatomia do coração humano.
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Figura 1. Anatomia do coração – vista interna. 
Fonte: Yelena Bushtarenko / 123RF.
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A seguir, a �gura representa onde o coração está localizado.
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Figura 2. Anatomia do coração – vista externa. 
Fonte: Peter Junaidy / 123RF.
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O coração apresenta quatro cavidades: átrios direito e esquerdo; e
ventrículos direito e esquerdo. Externamente, a separação entre átrios e
ventrículos é demarcada pelo sulco coronário e a separação entre
ventrículos, pelos sulcos interventriculares anterior e posterior.
Internamente, os átrios estão separados entre si pelo septo interatrial e os
ventrículos pelo septo interventricular. Assim, a comunicação entre as
cavidades cardíacas pelo óstio atrioventricular direito permite a
comunicação entre átrio direito e ventrículo direito, e pelo óstio
atrioventricular esquerdo possibilita a comunicação entre o átrio esquerdo
e ventrículo esquerdo. Cada um desses óstios é provido de membranas de
tecido conjuntivo �broso revestido por endotélio, constituindo as valvas
cardíacas. Do lado direito, está a valva atrioventricular direita (tricúspide) e,
do lado esquerdo, a valva atrioventricular esquerda (bicúspide). O
ventrículo esquerdo impulsiona o sangue arterial para a artéria aorta por
meio do óstio formado pela valva da aorta, enquanto o ventrículo direito
envia o sangue venoso por meio do óstio do tronco pulmonar formado pela
valva do tronco pulmonar (DANGELO; FATTINI, 2012).
Na superfície externa do coração, em cada um dos átrios há projeções
denominadas aurículas, que amortecem o impacto do sangue que chega até
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Figura 3. Localização do coração. 
Fonte: Leonello Calvetti / 123RF.
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eles. As paredes do coração são constituídas por três camadas de tecidos
com espessuras diferentes: da superfície externa para a interna, temos:
pericárdio, miocárdio e endocárdio. O pericárdio é formado por três
folhetos sobrepostos – pericárdio �broso, lâmina parietal do pericárdio
seroso e lâmina visceral do pericárdio seroso (epicárdio). A parede mais
super�cial do coração, o pericárdio �broso, é constituída por tecido
conjuntivo �broso, que contribui para a �xação do coração nas estruturas
vizinhas à cavidade torácica. Além de proteger o órgão, o pericárdio �broso
reveste também o início dos vasos da base do coração (DANGELO; FATTINI,
2012).
Veja na �gura a seguir a localização do pericárdio e suas subdivisões.
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Figura 4. Pericárdio. 
Fonte: Roberto Biasini / 123RF.
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Internamente ao pericárdio �broso estão as lâminas parietal e visceral,
constituídas de tecido conjuntivo e células mesoteliais do pericárdio seroso.
Entre elas, existe um espaço estreito – cavidade do pericárdio, preenchida
pelo líquido pericárdico, que impede o colabamento entre as lâminas e
facilita o deslizamento entre elas durante a contração e o relaxamento do
coração (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).
O miocárdio é a parede média e mais espessa do coração. É formado por
músculo estriado cardíaco e está presente tanto em átrios quanto em
ventrículos em espessuras diferentes. Na �gura a seguir, é apresentado o
coração humano real. A camada vermelha e muscular é o miocárdio, porém
em vista externa.
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REFLITA
Processo in�amatório do pericárdio
O coração é um órgão do sistema cardiovascular responsável por
fazer a circulação sistêmica do sangue. Ele é revestido por uma
membrana, que externamente apresenta estrutura �brosa e
internamente estrutura serosa. Entre o pericárdio e o coração pode
ocorrer o derrame pericárdico, que consiste em um acúmulo de
�uido nessa região. Como é denominado o processo in�amatório
que origina esse derrame?
Fonte: Zanetti et al. (2020).
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No interior das cavidades cardíacas, o miocárdio forma saliências
irregulares, denominadas trabéculas cárneas. As que emergem das paredes
atriais são denominadas músculos pectíneos e as das paredes ventriculares
são os músculos papilares. Nos ápices desses pilares, prendem-se as cordas
tendíneas, �lamentos delgados �xados em uma das extremidades aos
músculos papilares; na outra, a cada válvula das valvas atrioventriculares. A
camada de tecido conjuntivo e células endoteliais (endotélio) que reveste o
interior das cavidades cardíacas e as superfícies das valvas do coração é o
endocárdio, impermeável ao sangue e contínuo com o endotélio dos vasos
sanguíneos (DANGELO; FATTINI, 2012).
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Figura 5. Coração humana – vista real. 
Fonte: photogra�er / 123RF.
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Como a circulação do sangue acontece por essas e demais estruturas
anatômicas? Leia a seguir.
Circulação Sanguínea
O átrio direito recebe o sangue venoso de todo o corpo que chega ao
coração por meio das aberturas dos vasos – veia cava superior e inferior e
seio coronário, cujo sangue é rico em dióxidode carbono. O sangue venoso
sai do átrio direito e passa para o ventrículo direito por meio do óstio
atrioventricular direito. Do ventrículo direito, o sangue passa para o tronco
pulmonar – que é uma artéria que se bifurca em artéria pulmonar esquerda
e direita – e penetra nos pulmões, rami�cando-se em capilares que, em
contato com os alvéolos pulmonares, possibilitam a hematose (MOORE;
DALLEY; AGUR, 2014).
Após a hematose nos alvéolos pulmonares, o sangue “rico” em oxigênio
(sangue arterial) segue pelos capilares que, por sucessivas con�uências,
originam vênulas (veias de pequeno calibre) que se abrem no átrio
esquerdo, por meio de quatro veias pulmonares, duas oriundas do pulmão
direito – veias pulmonares direitas – e duas do pulmão esquerdo – veias
pulmonares esquerdas. O sangue arterial do átrio esquerdo alcança o
ventrículo esquerdo por meio do óstio atrioventricular esquerdo e deste é
impulsionado para a artéria aorta, que o distribui, por meio de suas
inúmeras rami�cações, a todos os tecidos do corpo (DANGELO; FATTINI,
2012).
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De modo geral, a contração das cavidades cardíacas chama-se sístole e o
relaxamento, diástole. Durante o período de sístole, o sangue é
impulsionado de uma cavidade cardíaca a outra e delas para o interior dos
vasos sanguíneos. Já a diástole é responsável pelo o enchimento das
cavidades cardíacas. As valvas do coração alternam a abertura e o
fechamento dos óstios atrioventriculares direito e esquerdo e dos óstios do
tronco pulmonar, além da aorta nestas fases. As valvas atrioventriculares
direita e esquerda permanecem fechadas no período de enchimento dos
átrios e esvaziamento de ventrículos e vice-versa. As valvas do tronco
pulmonar e da aorta, no período de enchimento dos ventrículos e
esvaziamento dos átrios, permanecem fechadas e vice-versa (LAROSA,
2016).
As artérias coronárias direita e esquerda irrigam o coração. Elas emergem
da aorta ascendente e penetram nos tecidos cardíacos, no qual se rami�cam
intensamente nas paredes do coração. A drenagem venosa, por sua vez, é
feita por veias cardíacas, que con�uem para formar o seio coronário, que se
abre no átrio direito do coração (LAROSA, 2016).
A �gura a seguir ilustra o processo básico de circulação sanguínea humana.
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Você sabia que o coração possui sua própria inervação e funciona, em
partes, isoladamente em relação ao sistema nervoso?
Inervação Cardíaca
O controle da contração do coração é realizado por dois grupos de
estruturas diferentes que representam as inervações extrínseca e
intrínseca. A extrínseca é representada por �bras nervosas do sistema
nervoso autônomo simpático e parassimpático. A estimulação do simpático
atua no coração aumentando as contrações (taquicardia – aumento da
frequência dos batimentos) e as �bras do parassimpático atuam no coração
diminuindo as contrações (bradicardia – diminuição da frequência dos
batimentos) (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).
Os componentes da inervação intrínseca ou complexo estimulante do
coração são �bras musculares estriadas cardíacas denominadas como
tecido nodal (nó sinoatrial, nó atrioventricular, fascículo atrioventricular e
ramos subendocárdicos). Elas são especializadas na geração de impulsos
elétricos que se propagam para as �bras musculares do miocárdio,
determinando a contração. Dessa maneira, os elementos simpáticos e
parassimpáticos da inervação extrínseca atuam no coração, controlando a
quantidade de impulso gerada pelas �bras do tecido nodal em adequação às
exigências do momento e do corpo (DANGELO; FATTINI, 2012).
Vasos Sanguíneos
Os vasos sanguíneos representam uma série de tubos de diferentes
diâmetros, formando extensa e complexa rede que se rami�ca e se distribui
por todos os tecidos do corpo, conduzindo o sangue. Há três tipos de vasos
sanguíneos: as artérias, as veias e os capilares. Esses vasos apresentam
paredes constituídas por epitélio simples pavimentoso, denominado como
endotélio, tecido muscular e tecido conjuntivo. A associação desses tecidos
forma as túnicas da parede dos vasos. A organização das túnicas e a
proporção desses tecidos são in�uenciadas por forças mecânicas como a
pressão sanguínea e fatores metabólicos (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).
O endotélio tem um importante papel na formação de uma barreira
semipermeável, a qual separa o plasma sanguíneo e o �uido intersticial. Esse
epitélio é capaz de monitorar e mediar as trocas de pequenas moléculas
entre o plasma sanguíneo e o �uido intersticial, além de impedir a passagem
de macromoléculas. O músculo liso forma parte da parede de quase todos
os vasos sanguíneos, com exceção dos capilares e das vênulas perifíticas.
Essas células são envolvidas por uma lâmina basal e uma quantidade
variável de tecido conjuntivo (DANGELO; FATTINI, 2012).
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O tecido conjuntivo forma as lâminas basais que se distribuem para formar
as túnicas média e adventícia. Um dos componentes do tecido conjuntivo
são as �bras elásticas, que formam as lâminas elásticas. Importantes
constituintes nas paredes dos grandes vasos, essas lâminas elásticas
permitem a distensão do tecido para a passagem do �uxo sanguíneo. De
acordo com Dangelo e Fattini (2012), de maneira geral, as paredes das
artérias e das veias são compostas por três camadas: a túnica íntima, a
média e a basal.
Aqueles vasos mais calibrosos para serem nutridos apresentam uma
pequena vascularização constituída por arteríolas, capilares e vênulas,
denominadas vasa vasorum (vaso dos vasos). Artérias são vasos que
conduzem sangue a partir do coração para os tecidos do corpo, portanto,
são vasos eferentes.
De modo geral, o sangue que circula pelas artérias possui maior
concentração de oxigênio (sangue arterial), exceto o tronco pulmonar e suas
rami�cações, que transportam sangue com maior concentração de dióxido
de carbono (sangue venoso). De acordo com Moore, Dalley e Agur (2014),
as artérias realizam a irrigação do corpo e são classi�cadas em três tipos de
acordo com o seu calibre e as características da túnica média, quais sejam:
 Artérias de grande calibre ou artérias elásticas: são formadas pela aorta
e seus ramos. Elas contribuem para tornar o �uxo sanguíneo mais
uniforme. O vaso presente nos vasos apresenta a função de fornecer
nutrientes e oxigênio necessários ao metabolismo da parede vascular
devido à sua grande espessura. Além disso, esses vasos têm a função de
remover os produtos do metabolismo.
 Artérias de médio calibre ou artérias musculares: nessas artérias, ocorre
o predomínio das �bras musculares lisas na sua túnica média.
 Arteríolas: apresentam uma ou duas camadas de músculo liso, enquanto
as artérias de pequeno calibre possuem até oito camadas.
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Já os capilares são divididos em quatro grupos:
1) Contínuos ou somáticos: são células endoteliais unidas por junções de
oclusão ou separadas. As vesículas de pinocitose são responsáveis pelo
transporte de substâncias para essas células.
2) Fenestrados ou viscerais: contêm orifícios obstruídos pelo diafragma
mais delgado que a membrana plasmática de sua própria célula. O
diafragma é responsável pela regulação da passagem de macromoléculas. A
lâmina basal desse capilar é contínua, com citoplasma contendo poucas
vesículas. Suas células estão unidas por junções de oclusão.
3) Fenestrados e destituídos de diafragma: na porção próxima aos orifícios,
o sangue não entra em contado direto com os tecidos. Eles são separados
por umalâmina basal contínua e espessa. Esses capilares são encontrados
nos glomérulos renais.
4) Capilar sinusoide: é característico do baço, do fígado e da medula óssea.
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Figura 7. Anatomia da artéria. 
Fonte: guniita / 123RF.
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Nos capilares, é possível a realização de trocas entre o sangue e os tecidos e
vice-versa. Desse modo, o oxigênio do sangue passa para o tecido e o
dióxido de carbono do tecido incorpora-se ao sangue. O mesmo acontece
com os demais compostos químicos presentes no sangue e nos tecidos.
   As veias são vasos sanguíneos responsáveis por conduzir o sangue de volta
para o coração. Esse processo é denominado retorno venoso, no qual
terminam nos átrios. As veias carregam o sangue rico em dióxido de
carbono, com exceção das veias pulmonares, que transportam sangue rico
em oxigênio levado dos pulmões para o átrio esquerdo do coração. As veias
são mais numerosas do que as artérias e têm localização super�cial ou
profunda, com diâmetros que variam em pequenos, médios e grandes.
 As veias do corpo são ligadas sucessivamente, formando as cavas inferior e
superior e o seio coronário. Essas veias desembocam no átrio direito do
coração, constituindo as veias pulmonares que terminam no átrio esquerdo.
Vênulas pós-capilares e veias de pequeno calibre apresentam uma camada
de células endoteliais e células perifíticas com capacidade contrátil. As
junções celulares são frouxas, o que permite a troca de líquidos do plasma
para os tecidos (DANGELO; FATTINI, 2012).
As veias são classi�cadas em: veias de pequeno calibre, veias de médio
calibre e veias de grande calibre.
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Veja a seguir as partes internas entre artérias e veias.
Tipos de Circulação
O sangue circula pelas redes de vasos sanguíneos por dois circuitos
fechados e distintos: circulação pulmonar ou pequena circulação, e
circulação sistêmica ou grande circulação. Na circulação pulmonar, o trajeto
percorrido pelo sangue venoso presente no átrio direito passa pelo
ventrículo direito, tronco pulmonar, por meio das artérias pulmonares
direita e esquerda, sendo conduzido aos pulmões. Destas, após
rami�cações, originam-se os capilares sanguíneos que permitem a
hematose – eliminação do dióxido de carbono e incorporação do oxigênio
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Figura 8. Diferenças internas e externas entre os vasos sanguíneos. 
Fonte: Peter Lamb / 123RF.
Figura 9. Diferentes internas entre artérias e veias. 
Fonte: designua / 123RF.
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ao sangue. O sangue retorna ao átrio esquerdo pelas quatro veias
pulmonares (LAROSA, 2016).
Veja na �gura seguir a diferença entre a circulação sistêmica e pulmonar.
A circulação sistêmica transporta sangue oxigenado para todos os tecidos
do corpo e retorna com o sangue venoso dos tecidos para o átrio direito.
Assim, o sangue oxigenado sai do ventrículo esquerdo pela aorta, que se
rami�ca pelo corpo, originando arteríolas e capilares que permitem as
trocas entre o sangue e os tecidos. À medida que as trocas vão ocorrendo,
os capilares se unem gradativamente, formando vênulas e veias que
retornam o sangue ao coração (LAROSA, 2016).
As veias vão originar as veias cavas superior e inferior, e o seio coronário,
que desembocam no átrio direito. As artérias originam-se direta ou
indiretamente do tronco pulmonar e da aorta. A aorta emerge do ventrículo
e, no seu segmento ascendente – parte ascendente da aorta – na cavidade
torácica, fornece às artérias coronárias direita e esquerda que irrigam o
coração.
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Figura 10. Circulação sistêmica e pulmonar. 
Fonte: stockshoppe / 123RF.
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Após a parte ascendente da aorta, tem-se o arco da aorta, que emite os
ramos do tronco braquiocefálico, artéria carótida comum esquerda e
artéria subclávia esquerda. O tronco braquiocefálico, por sua vez, origina as
artérias subclávia direita e carótida comum direita. As artérias carótidas
comum direita e esquerda originam ramos responsáveis pela irrigação de
estruturas da cabeça e do pescoço, e as artérias subclávias irrigam o
membro superior (LAROSA, 2016).
O trajeto descendente da aorta inicia-se logo após o arco, na cavidade
torácica em direção ao abdome – parte torácica da aorta descendente,
descendo anteriormente à coluna vertebral, atravessa o músculo diafragma
por meio do hiato aórtico e emite uma série de ramos que irrigam
estruturas do tórax, entre os quais as artérias esofágicas, pericárdicas,
mediastínicas, brônquicas, frênica superior e intercostais posteriores. Da
parte abdominal da aorta descendente, originam-se inúmeros ramos: o
tronco celíaco – que origina a artéria gástrica esquerda (para o estômago e
parte inferior do esôfago); a artéria esplênica (para o baço, pâncreas e
estômago) e a artéria hepática comum (para o fígado, estômago, pâncreas e
duodeno); a artéria mesentérica superior (para o intestino delgado e parte
do intestino grosso); as artérias renais direita e esquerda (para os rins); as
artérias ováricas ou testiculares direita e esquerda (para as gônadas); a
artéria mesentérica inferior (para parte do intestino grosso); e, �nalmente,
seus ramos terminais – artérias ilíacas comuns direita e esquerda, ao nível
da quarta vértebra lombar (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).
Cada uma das artérias ilíacas comuns bifurca-se da cavidade pélvica em
artéria ilíaca interna (parede e órgãos pélvicos) e artéria ilíaca externa, que
segue para o membro inferior e passa a se chamar artéria femoral, para
irrigar o membro inferior. No membro inferior, as veias con�uem para
formar a veia femoral e veia ilíaca externa, sucessivamente. Além dessas,
existem veias super�ciais (veias safena magna e safena parva), que
desembocam nas veias femoral e poplítea respectivamente. Na região
pélvica, as veias se unem para formar a veia ilíaca interna que juntamente
com a externa formam a veia ilíaca comum. As veias ilíacas comuns direita e
esquerda formam a veia cava inferior. A veia cava inferior segue na cavidade
abdominal em trajeto ascendente, paralela à parte abdominal da aorta, e
recebe outras veias – como a veia ovárica direita, a veia testicular direita, as
veias renais e veias hepáticas – e atravessa o diafragma pelo óstio da veia
cava inferior para, logo em seguida, abrir-se no átrio direito, drenando,
assim, o sangue venoso do membro inferior, das regiões pélvicas e
abdominal para o átrio direito. Nos membros superiores, as veias se unem
para constituir as veias braquiais. Em cada antímero do corpo, as veias
braquiais constituem a veia axilar, que continua em direção ao manúbrio do
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osso esterno como veia subclávia e recebe sangue do pescoço, tórax e
ombro (DANGELO; FATTINI, 2012).
Além delas, existem as veias super�ciais (veias cefálica, basílica e
intermédia do cotovelo), que desembocam nas veias braquial e axilar. As
veias super�ciais são utilizadas para a punção de sangue destinado a
exames laboratoriais e para administração de medicamentos (injeção
endovenosa). Na cabeça e no pescoço, o sangue é drenado por veias
super�ciais e pelos seios venosos da meninge dura-máter, que con�uem
para formar as veias jugulares no pescoço. A veia jugular interna e a veia
subclávia se unem para formar a veia braquiocefálica, no respectivo
antímero. As veias braquiocefálicas esquerda e direita se unem para formar
a veia cava superior, que desemboca noátrio direito. O sangue venoso do
pâncreas, baço, intestino e estômago é drenado primeiramente pelo fígado
por meio da veia porta.
No fígado, a veia porta rami�ca-se intensamente e origina capilares
sinusoides hepáticos, os quais formam vênulas e veias que con�uem para
originar as veias hepáticas que terminam na veia cava inferior. Esta drena o
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Figura 11. Principais veias e artérias do corpo humano. 
Fonte: stockshoppe / 123RF.
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sangue venoso da veia porta para a circulação sistêmica. Desse modo, os
nutrientes resultantes dos processos de digestão dos alimentos passam
pelo fígado para serem processados antes de retornarem à circulação geral
(LAROSA, 2016).
Sistema Linfático
O sistema linfático compreende os órgãos responsáveis pela drenagem e
�ltração da linfa para a circulação sanguínea, além de órgãos integrantes do
sistema imune. É formado pelos capilares, vasos e ductos linfáticos,
linfonodos, baço, timo e tonsilas (MIRANDA NETO, 2012).
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A linfa é o líquido de composição química semelhante à do plasma
sanguíneo presente nos espaços intersticiais, resultante das trocas entre o
sangue dos capilares e os tecidos. É drenada por uma rede de capilares e
vasos linfáticos paralelos aos vasos sanguíneos. Inicia-se em capilares
linfáticos no tecido conjuntivo frouxo, constituídos por uma camada
endotelial com espaços que permitem a passagem de líquido, pequenas
moléculas e células imunes. Essas células endoteliais repousam sobre uma
lâmina basal descontínua e apresentam �lamentos de ancoragem que os
mantém abertos. Já nos vasos linfáticos, as células endoteliais apresentam
junções celulares e uma lâmina basal contínua. Conforme o calibre do vaso
aumenta, a parede torna-se mais espessa (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).
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Figura 12. Sistema linfático. 
Fonte: Ewelina Kowalska / 123RF.
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Os capilares linfáticos são vasos de diminuto calibre de constituição
semelhante à dos capilares sanguíneos. Iniciam-se como um tubo “cego” e
por con�uências formam vasos linfáticos. Já os vasos linfáticos possuem
paredes semelhantes às das veias na constituição, contudo com paredes
mais delgadas e um sistema de valvas mais numeroso (MIRANDA NETO,
2012).
Ao longo do trajeto dos vasos, existem órgãos ovalados denominados
linfonodos. São revestidos por cápsula de tecido conjuntivo e possuem
tecido linfoide, macrófagos e linfócitos. Estão reunidos em grupos
super�ciais e profundos com os vasos linfáticos penetrando em seu interior
e lançando a linfa para que as impurezas (toxinas, células mortas,
microrganismos etc.) sejam destruídas. Os vasos que chegam ao linfonodo
são vasos linfáticos aferentes, e os que saem, vasos linfáticos eferentes
(LAROSA, 2016).
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Os vasos linfáticos do membro superior direito e das metades direita do
tórax, da cabeça e do pescoço drenam a linfa para o ducto linfático direito,
que desemboca na junção das veias subclávia direita e jugular interna
direita. Já os vasos linfáticos dos membros inferiores, pelve, abdome,
membro superior esquerdo e metades esquerda do tórax, do pescoço e da
cabeça drenam a linfa para o ducto torácico, que desemboca na junção das
veias subclávia esquerda e jugular interna esquerda (MIRANDA NETO,
2012).
O baço é um órgão de formato oval do sistema linfático, localizado na região
superolateral esquerda da cavidade abdominal, inferiormente ao músculo
diafragma, superior ao rim esquerdo, ao nível da décima costela,
relacionado com o processo imune entre outras funções. Possui uma face
visceral (côncava medial), que contém o hilo do baço, e uma face
diafragmática (convexa lateral) (DANGELO; FATTINI, 2012).
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Figura 14. Anatomia do linfonodo. 
Fonte: alila / 123RF.
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Encontra-se envolvido pelo peritônio e, sob esse, por uma cápsula de tecido
conjuntivo contendo �bras musculares e envia septos para o seu interior,
dividindo-o em pequenos compartimentos preenchidos pela polpa branca e
polpa vermelha. O baço atua como reservatório de sangue, como local de
destruição de hemácias velhas e de partículas estranhas. Como local de
maturação de linfócitos B, participa do sistema imune e, no período fetal
inicial, produz células sanguíneas (DANGELO; FATTINI, 2012).
O timo é um órgão do sistema linfático e uma glândula endócrina
encontrada na cavidade torácica, posteriormente ao osso esterno, sobre o
coração. Produz os hormônios timosina e timopoietina e está relacionado
com o sistema imune (maturação dos linfócitos T) (LAROSA, 2016).
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Figura 15. Anatomia do baço. 
Fonte: designua / 123RF.
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As tonsilas são pequenos órgãos do sistema linfático, constituídas de tecido
linfoide e relacionadas à defesa do organismo.
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Figura 16. Anatomia do timo. 
Fonte: Iryna Timonina / 123RF.
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Na região posterior da parte nasal da faringe, situa-se a tonsila faríngea; na
parte nasal da faringe próxima ao óstio faríngeo da tuba auditiva, as tonsilas
tubárias; na fossa tonsilar do istmo das fauces, situam-se as tonsilas
palatinas; e, na face superior da raiz da língua, posteriormente ao sulco
terminal, estão as tonsilas linguais (MIRANDA NETO, 2012).
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Figura 17. Tonsilas – normal e in�amada. 
Fonte: alila / 123RF.
INDICAÇÃO DE LEITURA
Livro: Anatomia e Fisiologia, (Sistema Circulatório: coração, p. 595-
624).
Autor: Elaine N. Marieb e Katja Hoehn
Ano: 2009
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Considerações Finais
Como visto, o sistema cardiovascular é composto pelo coração, sangue, por
vasos sanguíneos e estruturas do sistema linfático (linfa, linfonodos, baço,
timo, tonsilas). Esse sistema é responsável pela circulação sanguínea,
bombeamento do sangue, drenagem e �ltração da linfa, além de participar
da imunidade do organismo. Juntamente com o sistema respiratório, o
sistema cardiovascular é responsável pela distribuição de nutrientes e
medicamentos, essenciais para o ser humano.
Atividade
O sistema circulatório sanguíneo é formado pelo coração e pelos vasos sanguíneos. Sua
principal função é a circulação sanguínea pelos diversos tecidos do corpo para realizar as
trocas gasosas e a nutrição de todo o organismo. Além disso, o sistema circulatório
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Editora: Artmed Editora
ISBN: 8536318090
Sinopse: No capítulo “Sistema Circulatório: Coração” deste livro, você
vai aprofundar o conhecimento sobre a anatomia do coração. Neste
tópico, será possível ter um entendimento maior sobre as
propriedades das �bras musculares cardíacas, como suas estruturas e
funções. Sobre a �siologia cardíaca, são apresentados os
componentes do sistema de condução do coração e como traçar a
rota da condução. Além disso, será possível conhecer o
eletrocardiograma e descrever os eventos do ciclo cardíaco.
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possibilita a eliminação dos resíduos metabólicos para fora do organismo. O coração é o
principal responsável por realizar esses processos. Sobre o coração, assinale a alternativa
correta.
Os óstios são aberturas que proporcionam a comunicação entre as cavidades cardíacas.
O coração �ca localizado logo abaixo do músculo diafragma, na região abdominal.
O coração é formado por duas camadas de tecidos: o pericárdio e o miocárdio.
O coração é um órgão que apresenta duas cavidades: o átrio e o ventrículo.
O miocárdio é a parede mais interna do coração, presente apenas nos átrios.
Atividade
A circulação sanguínea acontece devido ao bombeamento do sangue realizado pelo coração.
Por meio dessa ação, o sangue alcança todas as células do organismo. A circulação sanguínea
se refere a todo o percurso que o sangue faz pelo corpo humano. Esses circuitos são
denominados como pequena e grande circulação. Sobre a circulação sanguínea, assinale a
alternativa correta.
O átrio direito recebe o sangue arterial. Esse sangue é rico em oxigênio.
A artéria pulmonar é responsável por levar o sangue arterial para os tecidos.
O sangue arterial vindo dos pulmões chega no átrio direito pelas veias pulmonares.
O sangue venoso vai para os pulmões por meio das artérias pulmonares.
A contração das cavidades cardíacas consiste na diástole; o relaxamento, na sístole.
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Atividade
O sistema linfático é uma rede complexa de órgãos que são responsáveis pela drenagem e
�ltração da linfa para o sistema circulatório. Esse sistema é formado por uma vasta rede de
capilares, vasos e ductos linfáticos, além dos linfonodos, baço, timo e tonsilas. Sobre o
sistema linfático e seus órgãos, assinale a alternativa correta.
A linfa é drenada pelos capilares e vasos linfáticos que estão ligados continuamente aos
vasos sanguíneos.
Os vasos linfáticos apresentam paredes e sistema de valvas semelhantes às das veias.
O linfonodo é um órgão central pelo qual partem os vasos linfáticos e é revestido pelo
tecido conjuntivo.
Nos linfonodos são encontrados vasos linfáticos aferentes, que são aqueles que saem dos
vasos.
A linfa é um líquido que apresenta composição química semelhante ao plasma sanguíneo.
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