Buscar

Docencia Educação Física

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Docência e Formação Cultural na Educação Física Escolar
Módulo 3.1: Princípios de Ensino para a Educação Física na Escola
3.1.3. Elaborem em grupo uma síntese escrita sobre os dois materiais estudados.
	O texto Princípios de Ensino para a Educação Física na Escola, de Suraya Darido, busca retratar maneiras que o professor de Educação Física deveria ensinar seus alunos, de modo que possa evitar algumas falhas que prejudique o andamento da aula e a aprendizagem dos mesmos. Além disso, também é citado no texto metodologias de ensino, de como o professor deve, segundo autores, relacionar o conteúdo da aula com o objetivo da mesma, as ações a serem feitas do professor e dos alunos atingindo determinado objetivo. Para outros autores, porém, os conteúdos podem ter métodos distintos.
	Logo após, dividem-se em dois tópicos as metodologias, o primeiro seria o princípio de ensino que está presente em todas as aulas e, o segundo, são os aspectos mais pontuais que aparecem em algumas aulas, como por exemplo, nos festivais. De acordo com Suraya, deve ser discutidos tais princípios: Ponto de partida para conhecer os alunos; Inclusão; Contextualização; Participação ativa dos alunos; Integração da Educação Física; Diversificação das aulas; Coeducação e por fim as regras, os acordos estabelecidos e a indisciplina dos alunos.
	No primeiro princípio, que é sobre o ponto de partida para conhecer os alunos, é necessário que o professor busque saber a bagagem de conhecimento que seus alunos trazem consigo, de modo que é possível descobrir o que sabem sobre as práticas corporais, o que sentem, quais são suas experiências com as aulas de Educação Física. O professor e a escola devem considerar todo o conhecimento do aluno, de modo que possa relacionar seus saberes com a sociedade em que vive, sendo assim, os alunos terão uma melhor formação como indivíduo.
	Sobre a inclusão o texto traz um ponto importante a ser observado de que a educação física perdeu seu valor por excluir alguns indivíduos da prática, sendo que só os hábeis poderiam praticá-la. Neste caso, o professor deve ter o trabalho de incluir a todos, de modo que sintam a experiência das atividades, desenraizando o que as práticas corporais traziam ao decorrer dos anos. Cabe também ao professor despertar o interesse de todos e também fazer com que os alunos parem de ter olhares “maldosos” sobre quem tem menos habilidade, deixando-os errar e aprender com erros, motivando, estimulando para que continue dando espaço para todos na sua construção. 
As estratégias escolhidas devem não apenas favorecer a inclusão, como também discuti-la e torná-la clara para os alunos, no caso os métodos devem ser ouvidos dos mesmos e não somente o professor aplicar esperando o sucesso. Lembrando também que mesmo com atitudes ou métodos os alunos auto se excluem, não participando. E por fim o professor deve deixar claro aos alunos que as atividades propostas não são para ter finalidade de rendimento, mas sim de poderem experimentar ou entender assuntos das práticas corporais, respeitando uns aos outros e suas formas de expressão.
O tema da contextualização consiste em o professor tornar as suas aulas com uma participação maior de seus alunos e associá-las com as experiências vividas no cotidiano. Relacionar as aulas com os problemas atuais que os jovens costumam se preocupar, como a aparência, o uso de drogas, a sexualidade, reprodução e outros. De modo que ajude estes alunos a se inserirem no mundo e nos problemas do cotidiano. Os dados, informações, ideias e teorias precisam ser passadas juntas para a maior compreensão dos assuntos na aula.
Já no princípio de participação ativa dos alunos: roda, modificação das atividades e das regras dos jogos, a autora aconselha que os professores trabalhem com a roda no começo e no final das aulas. Visto que no início os alunos irão relembrar o que foi passado nas aulas anteriores e o professor também mostra o conteúdo que será passado naquela aula. Já no final da aula, o professor reúne seus alunos em roda para que reflitam e discutam sobre o que aprenderam, seus erros e acertos e as opiniões que quiserem dar. É notório que a roda é importante já que assegura a participação de todos os alunos, além de possibilitar que saibam ouvir o próximo, esperar sua vez e respeitar opiniões diferentes, podendo também argumentar concordando ou discordando. Uma outra forma de assegurar a participação de seus alunos é pedir para que ajudem a ressignificar as aulas ou alterar as regras do jogo, de modo que estudante fique mais ativo e não se autoexclui.
As práticas corporais praticadas nas escolas também fazem parte da contribuição no projeto pedagógico contido no ensino escolar. A aula de Educação Física tais como as outras, tem como um papel também de aproximar seus alunos, com a sua família e com a comunidade num todo, mostrando o papel delas em sua vida, através de oficinas, palestras abertas, campeonatos, gincanas, festivais com os pais das crianças. A ausência de conhecimento sobre os objetivos da Educação Física pela comunidade em geral, podem contribuir para a desvalorização das aulas, de modo que os pais dos alunos não enxerguem os benefícios da prática da Educação Física, por exemplo. 
A diversificação das aulas, dos espaços, dos materiais e das atividades deve ser pensada para que os alunos ao chegarem às aulas de Educação Física não pensem que será sempre a mesma atividade todos os dias, porque assim, as atividades se tornam repetitivas, gerando uma certa exclusão por alguns não quererem participar. A inclusão fica fácil quando se tem diversas propostas, de modo que o aluno se encaixe em alguma e também pelo professor dar autonomia dentro das atividades realizadas, estimulando seus alunos para que mudem as regras, pensem em outras estratégias, produzem materiais e etc. Para pensar na flexibilização do ambiente a ser utilizado na aula, irá depender de onde se localiza a escola, porém temos que ponderar que é possível ter aulas fora da escola, como em campos, praças, na natureza em si e entre outros. De modo que possa fugir um pouco das quadras, pensando também em atividades complementares, e até mesmo em laboratórios de informática, salas específicas de vídeo, com intuito de estimular o aluno a praticar os conteúdos vistos em aula, não somente na escola, mas também fora dela.
A coeducação se trata como uma forma para os meninos e as meninas praticarem as mesmas atividades na Educação Física, juntos, sem distinção. Antigamente com os hábitos culturais sempre existia um certo preconceito de que ambos não deveriam praticar a mesma aula, no mesmo horário. Este preconceito fez com que as meninas não tivessem as mesmas experiências esportivas como a dos meninos, fazendo com que estas fiquem desmotivadas e não queiram participar das aulas. É notório como a infância de ambos é diferente, já que os meninos brincam com coisas mais “agressivas” e as meninas são vistas com “maus olhos” se praticarem as mesmas brincadeiras. 
Apesar de ter uma certa diferença entre garotos e garotas, o professor pode dar práticas mostrando a importância desta inclusão, apresentando outros modos de jogar, além de ensinar a respeitar o outro gênero e também ao próximo. Procurando assim, evitar atitudes sexistas e deixar as aulas mais didáticas entre ambos, fazendo com que não tenha exclusão e que as meninas também possam escolher o time, por exemplo, evitando assim, que os meninos sempre façam esta escolha. O professor deve lembrar seus alunos que todos, sem distinção, têm características próprias e individuais.
O último princípio é sobre as regras, e caberia lembrar da indisciplina dos alunos na escola e em casa. Onde muitas vezes ou na maioria delas, os alunos já estão em crise com seus pais, discutindo principalmente por causa da influência da mídia na sua vida social ou por causa da televisão ou da tecnologia, como os jogos eletrônicos, fazendo com que os alunos criem percepções diferentes. Segundo La Taille (1996) apud Darido (2012), este assunto é tratado de uma forma delicadaporque a disciplina é feita por um conjunto de normas a ser seguida e com isso, a indisciplina é reproduzida ou pelos alunos não respeitarem tais normas, ou por falta de conhecimento delas. No primeiro ponto se contêm a desobediência e no segundo a desorganização das relações, causando a bagunça ou desrespeito propriamente dito. 
De acordo com Alves (2002) apud Darido (2012), o aluno também não deve ser o principal culpado disso, pois existem outras relações que envolvem a indisciplina. A autora ressalta que a indisciplina parece ser causada pela soma de diversas razões, distribuídas igualmente entre escola, família, desigualdade social, aluno e professor. Por fim essas regras devem ser construídas junto aos alunos, pelo motivo de todos saberem o que é pra ser seguido, e as “punições” do não cumprimento das mesmas, além disso, também deve saber o porquê da definição de tal regra, o porquê deve seguir. Caso algum aluno, ainda assim desobedecer em algum momento, cabe ao professor questionar o que está acontecendo, se o aluno não estiver satisfeito com tal norma, é necessário que reflitam sobre ela em conjunto.
O vídeo sobre Corporeidade e Movimento, apresentado pelo professor Hajime Nozaki é dividido em três partes e busca tratar sobre a corporeidade e movimento engajando assuntos que relacionam com a educação. No primeiro vídeo diz sobre a história do capitalismo, incluindo as crises que estruturaram o mundo do trabalho. Sendo entre elas: a primeira crise dos anos 70 que se inicia um reordenamento nesse mundo e logo após retorna outra crise nos anos 90. Existem fenômenos que desencadeiam essas crises, dois deles mais citados no vídeo foram o neoliberalismo e a restruturação produtiva. 
Na época pós 2° guerra mundial existia o estado do bem estar social que proporcionava benefícios aos trabalhadores e de ordem social, isso com o interesse do governo para gerar a economia, a consolidação do neoliberalismo começa em alguns países em 1980, com a retirada dos direitos, a educação e a saúde sofreram com isso, pois antes eram somente públicas, e com isso ocorreram aberturas de planos privados, afetando assim, a classe trabalhadora com os processos de sucateamento.
A restruturação se dá pelo Taylorismo e Fordismo, caracterizando-se pela produção em massa de automóveis na época, pois as pessoas não tinham carros e ele então funda a empresa no sentido de socializar o produto para todos. O Fordismo é a base produtiva para o bem estar social, trabalhando as racionalizações das operações, levando a questão da divisão de tarefas relacionando com a educação formal dos trabalhadores, e esse modelo se generaliza por outras empresas. Porém na década de 70 entra em crise e acabando falindo, por exigir um emprego e fábricas maiores. 
Logo após vem uma troca de modelos, entra o Toyotismo diferindo a produção, não fabricando em massas, e sim em bases de demandas, que é um modelo seguido por outras empresas administrativas chamado de produção flexível e com isso ocorreu uma redução das máquinas. Basicamente no Taylorismo existia o emprego massivo e funcionários apertando parafusos, já no Toyotismo existe um processo grande de terceirização do trabalho e um avanço tecnológico de máquinas com funcionários em coletivo gerenciando-as. Sendo assim, para a classe dos trabalhadores há um desemprego em massa, uma precarização do trabalho, gerando uma desigualdade e pobreza.
O segundo vídeo tem um foco principal em mostrar as demandas para a formação humana com o ponto de vista do capitalismo. A escola que veio com o capitalismo discute demandas criadas pelo seu modo de produção. No mundo contemporâneo, com o capitalismo existem dois grupos de formação profissional, pelo lado capitalista um novo tipo de trabalhador que necessita suprir o mercado do mundo capital e pelo outro lado um homem que trabalha para sobreviver e tentar superar o estilo capitalista com o enfrentamento do sistema. 
A formação no estilo capital tem como objetivo formar um novo padrão produtivo e para o desemprego, tendo em vista que não terá trabalho para todos, o trabalhador vai trabalhar em todos os setores exigindo muito mais que apertar somente um parafuso, como no fordismo. Essa é uma base da formação da competência, ou seja, habilidades que são fundamentais para a formação dos trabalhadores. Há três tipos de formações são elas: a polivalente, as competências e a pedagogia das competências. A formação para o desemprego começa a colocar na cabeça das pessoas que estão desempregadas, que não servem ou não sabem certo tipo de função, fazendo com que entrem no empreendedorismo pela necessidade. A escola também é uma das formas que a classe trabalhadora tem acesso com as práticas corporais como a aula de Educação Física. 
A partir dos anos 80 as academias privadas tiveram um aumento em seu número, fazendo com que as pessoas cuidassem mais da sua saúde, mas com isso ela deveria ser aberta para todos e não somente para pessoas que tivessem condições de pagar. O acesso para essas práticas é restrito, fazendo com que sobrassem somente as escolas para as crianças, filhos da classe trabalhadora, praticarem as atividades corporais. 
Com o relaxamento dos cuidados nas escolas públicas, faz com que aulas como a de Educação Física seja tratada como segundo plano, ou seja, desvalorizada. Sendo que estas poderiam ser os únicos momentos que as crianças poderiam ter acesso às vivências das práticas corporais. Já nas escolas particulares, a Educação Física se torna uma aula com um bom aproveitamento, deixando seus alunos mais saudáveis e com mais acessos as práticas e experiências corporais, sendo então bem valorizada.
No terceiro vídeo, Nozaki procura discutir sobre os projetos pedagógicos históricos, mostrando a visão contrária ao capitalismo, buscando apresentar também a pedagogia histórico crítica que se fundamenta em duas concepções: a omnilateralidade e a politecnia. A omnilateralidade vai formar um novo tipo de homem, que garante uma formação completa da pessoa.
O princípio da omnilateralidade é resultante do aspecto ontológico, que na sua formação, os homens deveriam retomar a sua essência. No vídeo, mostra que o homem é o único ser da natureza que é apto para produzir trabalho e modificar os seus afazeres, a sua forma de trabalhar. Paralelamente se fala da abelha, que trabalha na colmeia, mas elas só têm um só trabalho, não altera, visto que seu objetivo é somente construir colmeias. Cabe lembrar que no capitalismo há a divisão do trabalho, indo então contra o princípio da omnilateralidade. Esta divisão do trabalho, separa dois grupos de pessoas: aqueles que conduzem as empresas e os que são conduzidos, que seria a classe dos trabalhadores. 
Para atender ao capitalismo há o princípio da politecnia, que necessita da estrutura da escola unitária, sendo então uma formação continuada que busca relacionar o trabalho com as diversas capacidades: pensar, estudar, criticar e indagar as pessoas. É notório que este tipo de escola não existe, porque nas atuais, só ensinam como trabalhar e não como ter um pensamento crítico, político e coletivo.
Nos conteúdos da politecnia, há a tentativa de associar o conhecimento com as relações sociais e o trabalho, por meio de uma visão histórico-crítica. A politecnia tem como método a dialética, que irá conduzir seu princípio e é dividida em quatro tipos: a totalidade, historicidade, provisoriedade e a contradição do conhecimento.
Referências:
DARIDO, Suraya Cristina. Caderno de formação: Princípios de Ensino para a Educação Física na escola. Universidade Estadual Paulista. Pró-reitoria de graduação, Universidade Virtual do Estado de São Paulo, São Paulo, Cultura Acadêmica, v.6, 2012.
UAB PEDAGOGIA UFJF. Corporeidade e Movimento – Parte I. 2015 (26min 19s). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=HaxGTqKUqUY&feature=emb_logo.
UAB PEDAGOGIA UFJF. Corporeidade e Movimento – Parte II. 2015 (19min 19s). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=BtS7uGz5Pss&feature=emb_logo.
UAB PEDAGOGIA UFJF. Corporeidade e Movimento – ParteIII. 2015 (12min 39s). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?time_continue=6&v=uKxRjrpDfFE&feature=emb_logo.

Continue navegando