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TCC Favenii (1)

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FAVENI – FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE 
 
 
 
 
 
 
ELIANE MARTINS GOUVÊA 
 
 
 
 
 
 
 
O PAPEL DA ESCOLA E DO PROFESSOR INCLUSIVO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SERRA/ES 
2020 
GRUPO EDUCACIONAL FAVENI 
 
 
 
 
ELIANE MARTINS GOUVEA 
 
 
 
 
 
O PAPEL DA ESCOLA E DO PROFESSOR INCLUSIVO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SERRA/ES 
2020 
Trabalho de conclusão de cursoapresentado 
como requisito parcial à obtenção do título 
especialista em EDUCAÇÃO ESPECIAL E 
ENSINO RELIGIOSO. 
 
NÃO DEVE COLOCAR NOME DE 
ORIENTADOR, POIS NÃO HÁ UM 
ORIENTADOR ESPECÍFICO PARA 
REALIZAÇÃO DO TRABALHO. 
 
O PAPEL DA ESCOLA E DO PROFESSOR INCLUSIVO. 
 
 
ELIANE MARTINS GOUVÊA¹ 
 
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o 
mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja 
parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e 
corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de 
investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho. 
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e 
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação 
aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). 
 
 
 
 
O PAPEL DA ESCOLA E DO PROFESSOR INCLUSIVO. 
 
 
Resumo. O principal objetivo deste trabalho é enfatizar a Educação como direito de todos 
independentes das diversidades. Neste contexto,e em conformidade com as leis,é matriculado 
diariamente inúmero de discentes em escolas de classes comuns. E nesse ambiente supostamente 
“normal” que,contudo, há algumas barreiras que impedem o verdadeiro significado das palavras 
escola e inclusão. Dentre alguns obstáculos podemos citar o fato de alguns professores terem muitas 
dúvidas e receios, ao receber em suas salas de aula,alunos com necessidades especiais, e a 
precariedade das escolas para acolhê-los.Com intuito de indagar como é feita esta inclusão, e o que 
pode ser feito para que a ação do docente seja prazerosa,e não exaustiva, foi realizada esta pesquisa 
que responde a tais questões, por vezes tão pertinente no ambiente escolar. A metodologia usada foi 
do tipo bibliográfico com uma abordagem qualitativa e descritiva. Como resultado foi constatado que 
as dificuldades podem ser vencidas se tanto o professor, como a escola, deixar para trás as velhas 
práticas pedagógicas, mudando e transformando as ações, para viabilização da valorização e 
aceitamento das diferenças, como sendo algo enriquecedor não só para o aluno protagonista, mas 
para todos os participantes. 
 
 
Palavras chaves: Educação inclusiva, ações docente, valorização. 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
As relações humanas são portas de conhecimento, embora às vezes 
conturbadas, são importantes para o desenvolvimento pessoal de um individuo. 
Durante as interações sociais é que o ser vai adquirindo habilidades cognitivas, 
psicológicas, físicas entre outras. Em se tratando de ambiente escolar há uma 
atenção a mais, pois além dos conteúdos programáticos, a convivência e a 
confiança entre alunos e professores trazem momentos de reciprocidade ao longo 
das etapas escolares, e com esses vínculos os docentes por serem mais 
experientes devem repassar aos discentes os valores morais, éticos e humanos em 
especial, para a construção de saberes mútuos, levando em consideração todo o 
pluralismo existente. 
Neste contexto de algumas oscilações, há várias interferências que impedem 
professores e demais profissionais de exercerem praticas precisa e assertivas em 
relação às diversidades, havendo também os que escondem uma profunda 
preocupação ou ausência de profissionalismo no que se refere a uma ação mais 
competente para lidar com situações atípicas do dia a dia, viabilizando assim a 
pratica da velha pedagogia tradicional e estagnada. 
Ao longo de muitos anos a educação vem se renovando, principalmente na 
área da educação especial, muito se tem falado em inclusão, mas, pouco se tem 
feito para que realmente aconteça. Há casos que são “tapeadas” as verdadeiras 
necessidades de um aluno especial, para que se cumpram as devidas leis, e em 
outras ocasiões a escola tende a impulsiona as responsabilidades para os pais. São 
poucas instituições que se esforçam para que ações de fato aconteçam, mas 
também há as que se esbarram nas dificuldades que o sistema educacional oferece. 
Neste momento é iniciado este estudo que se fundamenta na ideia de que é 
no ambiente escolar que se faz o reconhecimento das diferenças existentes, a 
valorização e aceitação por parte de todos, então mostraremos que a diversidade é 
inerente à construção de toda e qualquer sociedade. 
Partindo do pressuposto, que a educação transforma, e que esta seja a base 
das discussões que nos levarão para a garantia da participação efetiva de todos a 
todas as oportunidades, de forma que professores e demais coadjuvantes da 
educação precisam deixar de lado o medo do diferente, explorando a empatia, e 
estando aptos para fazer essas inserções, negando toda e qualquer tipo de 
exclusão, e disseminando saberes a qualquer um que seja, começaremos nossos 
estudos. 
Foram analisadas algumas concepções de teóricos, pesquisadores e 
estudiosos da área, sobre a importância da inclusão, o papel de todos nesta esfera, 
a maneira que as pessoas com deficiência podem e deve ser inserida ao 
planejamento escolar, aos educadores a utilização de recursos, bem como a 
execução de planos de vivências, a adaptação dos conteúdos a cada caso. 
A realização dessa pesquisa justifica-se pela necessidade de mobilização da 
sociedade em si, e prioritariamente os docentes, que precisam estarseguros ao 
receber alunos não diferentes dos outros, mas com necessidades diferentes de 
aprendizado. 
No primeiro capitulo discorreremos a um breve histórico da pessoa com 
deficiência e a integração social, no segundo partiremos para fundamentos da 
educação inclusiva, no terceiro e ultimo capitulo nortearemos o papel da escola e as 
estratégias do professor inclusivo, a conclusão do trabalho e referências. 
 
 
2 BREVE HISTORICO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA E INTEGRAÇÃO 
SOCIAL. 
 
 
As sociedades ao longo dos tempos definiam as pessoas com necessidades 
especiais de varias maneiras e sob vários enfoques, cada uma á seu tempo, sendo 
que foram consideradas conforme as concepções de indivíduos que ali faziam parte, 
seus valores morais, sociais, religiosos e éticos de cada momento histórico vivido 
por seus povos. Os registros feitos por historiadores, as mensagens deixadas pela 
antiguidade e as manifestações artísticas nos remetem de como eram tratados ao 
longo da trajetória humana. 
Temos alguns exemplos a seguir, como no Antigo Egito, em que pessoas com 
deficiência integrava-se as diferentes afazeres, uns tocavam harpas, outros 
desenhavam, existiam artesãos, entre outros ofícios. Diferente de outros povos, 
alguns destes eram aceitos, dependendo também do grau e dos talentos 
desenvolvidos. 
 
Para Gurgel (2011, p. 1). As obras indicavam uma pessoa com deficiência 
física, como, o guardião de Roma, e um músico anão da V Dinastia. “Já os papiros 
que continha os ensinamentos morais do Egito Antigo diziam que deveriam ser 
respeitadas as pessoas com nanismo e com outras deficiências”.Ainda segundo a 
autora, o Egito era conhecido como a terra dos cegos, pois o povo era 
constantemente atingido por infecções nos olhos que os levavam a cegueira, papiros 
dos médicos apresentavam procedimentos de cura para a cegueira. 
 
Esses dados da antiguidade Egípcia poderiam ser considerados um passo 
importante para uma inclusão social no mundo antigo, porém esses são um dos 
raros e breves momentos de aceitação, pois as pessoas com deficiênciasem vários 
lugares do mundo foram assinaladas com politicas extremas de exclusão em suas 
sociedades, como nos exemplos, a cidade de Esparta na Grécia, onde o culto ao 
corpo e a beleza física faziam parte daqueles que queriam participar da vida social 
daquela época, porém os que nasciam “defeituosos” eram deixados nas montanhas. 
Em Roma, os recém-nascidos eram atirados no rio Tibre. Segundo eles essas 
pessoas deveriam ser exterminadas para que não dessem continuidades a espécie. 
Mesmo com essas praticas, encontramos pessoas que fizeram historias 
sendo deficientes como é o caso de Homero, poeta grego com cegueira. Homero 
criou o personagem Hefesto, que segundo a mitologia era filho de Hera e teria 
nascido com pés atrofiados. 
 
 
Na Idade Antiga, os indivíduos que apresentavam tais comportamentos eram 
associados à imagem do diabo, bruxas e feitiçarias que eram consequências de 
forças malignas. 
 
Na antiguidade clássica as pessoas deficientes eram pessoas possessas de 
demônios e de espíritos maus [...] Os modelos econômicos e sociais 
impuseram a essas pessoas com algum tipo de deficiências uma 
inadaptação geradora de preconceitos, ignorâncias e tabus, que ao longo 
dos séculos foram alimentando os mitos populares da “perigosidade”, 
determinando atitudes de rejeição medo e vergonha. 
VIEIRA;PEREIRA 2003, p.17). 
 
 
No inicio do sec. XIX ocorreu uma tentativa de remodelagem dessas pessoas, 
com objetivo de ajustá-las a sociedade, a fim de eliminar alguns atributos negativos. 
A igreja que pregava a existência do pecado do bem ou mal, assumia formas 
estranhas, como as praticas exorcistas a estas pessoas, mas teve seu papel 
fundamental na acolhida dos que eram abandonados de fato, mesmo assim eram 
tratados de forma excludente da sociedade. A roda dos excluídos foi uma das 
marcas deixada pelo preconceito, não só para os deficientes, mas também para as 
mães solteiras que não poderiam ter seus bebes numa sociedade conservadora e 
hostil. 
 Neste mesmo século, médicos e outros profissionais das ciências 
começavam a se dedicar aos estudos das necessidades especiais, essas mudanças 
resultaram na descoberta de patologias. No entanto as pessoas ainda continuavam 
segregadas em asilos, instituições e hospitais, com objetivo de tratamento clínico. 
 
O modelo médico foi bastante expressivo, estendendo se até o sec. XX, 
levando ao inicio da educação inclusiva, mas de forma a trabalhar numa visão 
clinica, ainda preconceituosa e medicamentosa. 
 
As sociedades desencadeavam em suas culturas diversas fases no que se 
refere às praticas sociais. Em algumas não havia nenhuma tendência em 
mudar a tendência em mudar este quadro. Praticando a exclusão, e a 
eliminação das pessoas por causa de suas condições atípicas – parecia não 
pertencer a maioria da população. Em seguida foram desenvolvendo em 
alguns lugares o atendimento segregado dentro das instituições, passando 
para a pratica da integração social e recentemente adotou a filosofia da 
inclusão social para modificar os sistemas sociais gerais. 
(SASSAKI, 1997, P.16) 
 
No Brasil, na década de 60, houve uma explosão de instituições segregativas 
especializadas, eram as escolas especiais, centros de reabilitações, entre outros. 
Essas escolas tinham um caráter clinico e filantrópicos, em suas atividades. O 
problema na época era visto como o “problema” que deveria ser “concertado” e 
adaptado e ajustado à sociedade. 
 
 
Ao final da década de 60, iniciou-se o movimento pela integração social que 
planejava inserir [...] pessoas com deficiência nos sistemas sociais gerais, 
como educação, trabalho, família e o lazer, sendo vivenciados estes 
processos mais na década de 80. SASSAKI, 1999, p. 31) 
 
Podemos compreender que mesmo com alguns esforços em aceitar 
peculiaridades, a inclusão jamais estava perto de acontecer e estas formas de 
atendimentos nunca chegaria ao patamar de educação para a diversidade. 
Assim, foram dados os primeiros passos a integração social, uma forma de 
inserir pessoas com necessidades especiais à sociedade sem que esta se 
modifique. Para isso recorriam a métodos clínicos e especializado para ensinar a 
esta pessoa a socializa-se de maneira “normal” conforme a organização existente. 
Este processo de integração foi um marco muito forte e decisivo nas novas 
conquistas da educação inclusiva no Brasil e em alguns países, mas, porém não 
satisfazia as premissas dos direitos das pessoas com necessidades especiais, pois 
nada era modificado nas estruturas, nas pessoas, na metodologia, além da crença 
que, somente métodos clínicos, e remédiospoderiam ser eficazes. 
 
“Meu irmão entrou para uma escola. 
Não era uma escola como a minha; 
Parece que lá todos eram um pouco parentes. 
Todos tinham o mesmo jeito esquisito de andar, 
De mover os brações, e eram poucos os que falavam”. 
 (PORTELA,1998,p8) 
Podemos compreender, pelas palavras da autora que não era uma escola 
comum e sim de atendimento especializado, o que nos permite dizer que não era um 
ambiente voltado para a inclusão escolar, e sim para a integração social onde os 
métodos clínicos eram aplicados aos alunos para que estes fossem qualificados a 
voltar à sociedade, mas eram poucos os que voltavam, e quando retornavam as 
suas residências, sempre ficavam “dopados” na maioria dos casos. 
Nesta parte do trabalho podemos ter um olhar critico para a história da 
humanidade, que revela com muita clareza todo tipo de preconceito existente, e que 
nenhuma sociedade se constitui bem sucedida, se não favorecer em todas as áreas 
da convivência humana, e em especial aos mais necessitados, o respeito e a 
preocupação com a diversidade que a constitui, e que cada povo atribuiua sua 
população dita “diferente” o que lhes fora passados de geração em geração. 
3 FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA. 
 
 
Para romper com o paradigma educacional existente, e também com a 
estrutura curricular fechada e com a homogeneidade nas escolas, no começo do 
séc. XX houve várias mobilizações em prol da educação inclusiva,ao longo dos anos 
como vimos no capitulo anterior,as várias tentativas de inserção dessas pessoas, 
mas muitas sem sucesso, pois o que ocorria era somente o sistema querendo aloca-
los,sem comprometer a vida e o ritmo das outras pessoas comuns, então 
começaram a repensar alternativas, surgindo então a Educação Inclusiva iniciada 
com a Declaração dos direitos humanos em 1948, apontando a “igualdade de 
direitos”, no entanto durante toda a sua trajetória esta recebeu varias nomenclatura, 
porém nada mudava, pois o preconceito continuava, mas a preocupação de alguns 
em encontrar o que poderia ser feito e quais métodos usariam, para que a inclusão 
acontecesse, de fato essa luta não se interrompeu. 
 
A Conferência Mundial da Educação Especial ocorrida em 1994, na cidade de 
Salamanca na Espanha, “Declaração de Salamanca” foi uma das principais marcas 
para a expansão deste publico, embora já no final do século , mas teve sua marca 
registrada, que diz: “Ao definir políticas, princípios e práticas da Educação Especial 
nas Políticas Públicas de um pais”, foi um marco para que pessoas depois de tantos 
anos de isolamento e segregações tivessem seus direitos mais garantidos, tendo o 
reconhecimento como cidadãos e aceitos nas escolas comuns e em suas 
comunidades. 
No Brasil apesar de que na Constituição Federal de 1988 já dizia que: 
 
“A educação é um direito de todos e dever do Estado e da família, será 
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno 
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e 
sua qualificação para o trabalho”. 
 
Mesmo assim em diversas instituições eram negados esses direitos, então no 
decorrer dos anos 2000 é que foi implantada uma politica denominada “Educação 
Inclusiva” assim podemos perceber as mudanças que já estãoocorrendo em 
nossos sistemas de ensino, e consequentemente influenciam a sociedade, esta que 
já não está com os mesmos pensamentos e julgamentos, embora aconteça alguma 
atitude preconceituosa, mas a realidade em si tem avançado e chegado a lugares 
jamais antes permitido. 
E ainda segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA – lei 
8069/90, art. 3º diz que: 
“A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais 
inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata 
esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as 
oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, 
mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de 
dignidade.” 
 
Em 1996 no Brasil quando foram instituídas as Leis de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional a LDB, que preconiza em um dos seus artigos que os sistemas 
de ensino devem assegurar aos alunos currículo, métodos, recursos e organização 
específicos para atender ás suas necessidades especiais, e também específicas 
àqueles que não atingiram o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, 
em virtude de suas deficiências, e havendo também a aceleração de estudos aos 
superdotados para a conclusão das séries escolares. Essa lei atribui às redes de 
ensino o dever de disponibilizar todos os recursos necessários para o atendimento 
igualitário entre os estudantes tanto com necessidades educacionais ou não. 
 
Para Mittler: “No campo educacional, envolve um processo dereforma e da 
reestruturação das escolas como um todo, como o objetivo de assegurar 
que todos os alunos possam ter acesso a todos os gamas de oportunidades 
educacionais e sociais oferecidas nos colégios” (2003, pg 25) 
 
Direitos Iguais: A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, 
aprovada pela ONU em 2006, da qual o Brasil é signatário, estabelece que os 
Estados devam assegurar um sistema de educação inclusiva em todos os níveis de 
ensino. 
Esses são alguns dos inúmeros esforços,para que as entidades globais 
reconheçam a necessidade de se criar meios que determinam a participação de 
todos, a todas as ações nas comunidades, e o direito que cabe ao cidadão comum 
de ir e vir além da educação em seus méritos.Nessas novas tentativas, começam a 
serem repensadas atitudes cotidianas consideravelmente discriminatórias, mas que 
com a ajuda da escola, e da sociedade, vários desses pensamentos e ações estão 
sendo descaracterizados. As dificuldades estão nas demoras para que o público 
leigo, e os profissionais, mudam seus comportamentos, raciocínios e conhecimentos 
acerca da verdadeira inclusão, que vai da aceitação da pessoa com deficiência, 
modificação nas estruturas escolares e na sociedade, até mudanças de hábitos em 
relação aos estereótipos existentes, interações e convívio. 
 
 
Para Vygotsky:A deficiência primaria surge como biológica e a secundaria 
como social, neste sentido a primaria são as lesões orgânica, 
malformações, e alterações cromossômicas, e a secundária compreende o 
desenvolvimento que o individuo apresenta baseado em suas interações 
sociais. 
 
 
 Para resumir o tópico a educação inclusiva se fundamenta em que os alunos 
com deficiência sejam tratados de igual para igual, sem algum tipo de preconceito ou 
segregação, que seus direitos sejam aplicados no cotidiano, e que para isso 
existem as leis, ou decretos criados por especialistas em educação e áreas afins, 
baseados em estudos feitos por teóricos, pesquisadores e estudiosos,que testaram 
e atestaram seus estudos, métodos e pesquisas, pressupondo sempre mudanças 
de hábitos e praticas com relação a diversidade,sendo a inclusão o resultado um 
processo de acumulação de necessidades históricas, resultando nas transformações 
que vem ocorrendo na sociedade como um todo. 
 
 
4 O PAPEL DA ESCOLA E AS ESTRATEGIAS DO PROFESSOR 
INCLUSIVO. 
 
O papel da escola inclusiva é educar a todos sem exceção, é ter em suas 
salas de aula de aula, e nas dependências escolares recursos e materiais, para que 
a educação de fato aconteça, independente da situação física ou cognitiva de seus 
alunos, significa que todos tende a receber oportunidades educacionais iguais e 
adequadas. Além disso, o professor e o aluno precisam de todo auxilio que 
necessitarem, para a construção do conhecimento. Podendo assim esta escola ser 
um local em que todos fazem parte, sem discriminação, e com um ensino voltado 
para os valores humanos, para a conscientização de todos sobre a importância da 
valorização da diversidade. 
 
A inclusão escolar visa varias técnicas, que assegura maior participação na 
vida social do aluno com deficiência, em sua comunidade, e também além dos 
muros da escola. Uma das principais estratégias da escola é agregada ao professor, 
pois ele tem a responsabilidade de educar tanto as crianças sem deficiência como 
aquela com deficiência, mesmo tendo um ou mais auxiliares em sua sala, assim a 
referência sempre será o professor regente. O aluno com necessidades especiais 
deve ser visto pelo professor como parte da turma, como qualquer outra criança, 
sendo assegurada pelo mesmo que este seja valorizado e integrado a turma 
sempre. 
Neste sentido, as interações sociais é peça fundamental na hora do ensino e 
aprendizagem em todos os sentidos. Nas abordagens de Vygotsky permite nos 
compreender que, o desenvolvimento da criança está em constante construção e 
transformação, dependendo do ambiente em que estas estão inseridas, e o 
resultado pode ser bem positivo, dependendo também da mediação se esta for 
correta. Então podemos nos atentar como professores, da importância para as 
crianças serem motivadas, e o educador que se propõe a inovar suas práticas dessa 
forma,conseguir com êxito levar a criança a interagir de forma mais dinâmica com 
seu meio, sem prejuízo para ambas às partes e para o conjunto ali presente. 
O professor inclusivo deve preocupar com o contexto curricular e instrucional 
para que sejam iguais para todos, precavendo para que em suas aulas sejam 
disponibilizados materiais adequados, ou adaptados para que os alunos especiais 
se sintam inseridos, satisfazendo os na hora da aprendizagem. Esta é uma das 
regras para o professor que realmente quer sucesso na hora de por em pratica suas 
ações, submetendo se os planos de vivência, e a colaboração de outros 
profissionais, que ali também participam do momento destes alunos na escola, como 
auxiliares de sala, estagiários, cuidadores e etc. 
 
Alguns estudiosos, pensadores, e teóricos se dispuseram de seus tempos e 
força de vontade para modificar algumas situações, como a grande pensadora do 
sec. XX – Maria Montessori (1879-1952) que usou a ludicidade como forma de 
inclusão, ela se preocupou em construir uma pedagogia voltada para crianças com 
deficiências mentais. Sendo encarregada da seção de crianças especiais, produziu 
uma metodologia de ensino no uso e manuseio de materiais apropriados como 
recursos educacionais. Em 1907, foi convidada a organizar uma sala para educação 
de crianças sem deficiências dentro de uma habitação coletiva destinada a famílias 
dos setores populares, experiência que denominou "Casa das Crianças" 
(MONTESSORI, S/D). 
 
Vimos então como é importante reconhecer os métodos usados por grandes 
teóricos, que testaram e avaliaram e tiveram êxito com seus experimentos. Porém, 
em alguns casos, há professores e até outros profissionais da educação que não se 
sentem a vontade diante das diversidades existentes nas escolas, e ainda tem medo 
ou até apatia, na hora de receber os mesmos. Isso nos remete a profissionais que 
não expressa à empatia, talvez não tivesse durante a sua vida convivência com 
pessoas com deficiência, ou ainda a própria personalidade do profissional em não 
ser paciente, pois além de ter que ter um olhar caridoso, a profissão em si exige 
muita paciência. E em outras situações,essa falta de cuidado se dá porque 
dependendo da instituição, os professores, têm que dar conta dos conteúdos com 
data prevista, sufocando-os, como é o caso de colégios particulares e alguns 
públicos, assim o profissional se quer pode parar para dá uma atenção a mais aos 
que necessitam de ajuda, além da falta de auxiliares para apoia-los. Então podemos 
dizer que essas são algumas das situações que levam alguns professores a temer, 
ao receber crianças com necessidades especiais em suas salas. 
 
O que pode ser feito é em primeiro lugar o professor reconhecer a palavra“ 
inclusão” seu significado, sabendo que esta está em vários setores da sociedade 
não somente na escola, ter um olhar pesquisador e carinhoso ao mesmo tempo para 
suprir as necessidades do aluno, conhecendo suas dificuldades e suas habilidades, 
onde este possa ser inserido, testando sempre metodologias diferentes, para que se 
chegue á denominador comum, garantindo o aprendizado desta criança, ou nos 
casos mais específicos fazer com que o discente se sinta confortável perante a 
turma. Além do mais o professor deve sempre esta avaliando os alunos, para saber 
se suas metodologias estão sendo bem aplicada, e se seus objetivos estão sendo 
alcançados. 
“A avaliação é um processo abrangente da existência humana, que implica 
na crítica sobre a prática, no sentido de captar seus avanços, suas 
resistências, suas dificuldades e possibilitar uma tomada de decisão sobre o 
que fazer para superar obstáculos” (VASCONCELLOS, 1995, p. 43). 
 
Concluímos então que, o professor inclusivo é aquele que pratica a empatia, 
tem prazer no que faz, prepara a sala de aula, e os conteúdos para os alunos 
especiais, oferecendo espaço para locomoção, integrando-o ao convívio e 
relacionamento com outros alunos que não possuam deficiência, vencendo 
preconceitos na busca da emancipação de todos, e de um mundo mais igualitário. 
 
A Escola inclusiva então seria aquela que, garante a qualidade de ensino a 
cada um de seus alunos, reconhecendo e respeitando a diversidade, e respondendo 
um a um de acordo com suas potencialidades e necessidades. Adequando seu 
ambiente escolar para que eles tenham as melhores chances de progredir e terem 
sucesso. Isso não se limita apenas à estrutura física da escola. Mas também aos 
treinamentos de todo o corpo da escola que vai dos profissionais da portaria até a 
direção, atentando se a para a compreensão dos demais alunos sobre a importância 
de ter um ambiente verdadeiramente inclusivo. 
 
 
CONCLUSÃO 
 
Esta pesquisa é de grande relevância acadêmica, pois proporciona o 
aprofundamento a um estudo bem conhecido na área educacional, mas pouco 
aplicado no dia-a-dia, que é a reflexão sobre o papel da escola inclusiva e do 
professor inclusivo. Trata-se de um trabalho voltado para o comportamento dos 
professores, que ficam receosos, e até aflitos, ao lidar com alunos que possuem 
necessidades especiais, o que pode ser feito para facilitara adaptação do docente a 
essa nova realidade. E o que a escola tem a oferecer para os professores e alunos, 
para que o ensino seja agradável, comprometendo-se a disponibilizar recursos que 
vá além das Teorias de Aprendizagem, para proporcionar o desenvolvimento social 
e acadêmico das crianças. 
 O professor que planeja suas atividades se baseando no atendimento ao 
discente com necessidades especiais como ponto de partida, possibilita a escola ser 
um local propício para a inclusão, bem como a aquisição de conhecimentos 
diversificando suas ações e atitudes, pois é através das praticas do professor 
inclusivo, da dinâmica da escola, bem como os materiais didáticos e as interações 
com a turma, que se percebe o interesse do aluno e seus avanços, contribuindo 
para a formação e emancipação do mesmo, promovendo então sua cidadania. 
 Entendemos então, que as ações dos professores que buscam autonomia, e 
não se inibem diante do “diferente”, faz toda diferença,bem como uma escola bem 
estruturada para receber seus alunos, e que é nas atividades por este conjunto 
apresentadas que desperta no aluno o desejo de interagir, tornando o momento de 
ensino-aprendizagem satisfatório para todos. . 
 Respondendo então ao questionamento deste estudo, chega-se a conclusão 
que a pesquisa cientifica, as teorias já apresentadas, o aprimoramento profissional, 
a busca por uma escola inclusiva, a renovação das praticas pedagógicas, sãouma 
das ferramentas principais, na hora de mediar e facilitar a aprendizagem na 
educação especial, e é através dessas ações motivadoras e inovadoras, no qual se 
percebe que existem várias possibilidades de desenvolver trabalhos significativos ao 
contexto escolar. 
 Infelizmente ainda é inevitável que exista a falta de interesse, disponibilidade e 
motivações por parte de alguns professores, por fatores externos, falta de estrutura 
dos locais, e as falhas no sistema educacional. Bem como a própria formação 
profissional, que por vezes é feita de maneira precária, não possibilitando ao aluno e 
futuro docente a busca de estudos aprofundados com embasamentos teóricos e 
vivenciados sobre este e outros assuntos. 
Mas para o profissional que realmente quer uma mudança, não há 
impedimentos neste sentido, basta ter força de vontade para mudar uma situação, e 
satisfazer aos anseios de seus alunos, independentemente das condições dele,e da 
escola, associando sua satisfação de lecionar com a vontade deles de serem 
aceitos, valorizados, e ter uma vida digna numa sociedade ainda excludente. 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
CONSTITUIÇÂO FEDERAL – Artigo 205. 
ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei Federal 8069/90, capítulo II, 
artigo 3º. 
GURGEL, Maria Aparecida. A pessoa com deficiência e sua relação com a 
História da humanidade.Disponível em 
http://www.ampid.org.br/ampid/Artigos/PD_Historia.php. Acesso: 20 abr. 2020 
 
LDB - 9394/96 – Capitulo V, Art. 58. 
MITTLER, Peter. Educação Inclusiva: contextos sociais. Tradução de 
WindyzBrazão Ferreira. Porto Alegre: Artmed, 2003. 
 
MONTESSORI, M. A criança. Rio de Janeiro: Ed. Nórdica, s/d. 
PORTELLA, Miriam. Alguém muito Especial. São Paulo, 2008 
 
SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão construindo uma sociedade para 
todos.3.ed. Rio de Janeiro: WVA, 1997. 
 
SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão construindo uma sociedade 
paratodos.3.ed. Rio de Janeiro: WVA, 1999. 
 
VASCONCELLOS, C. S. Planejamento: Plano de Ensino-Aprendizagem e 
Projeto Educativo. São Paulo: Libertat, 1995. 
 
VIEIRA, Fernando David: PEREIRA, Mario do Carmo. “Se houvera quem me 
ensinara...” A Educação de Pessoas com Deficiência Mental.2.ed.Coimbra: 
Fundação CalousteGulbekian, Serviço de Educação Gráfica de Coimbra, 
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VYGOTSKY, Lev S. Psicologia Pedagógica. São Paulo: Artes Médicas, 
2001. 
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