Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Lista de Exercícios 2 Nome: José Wagner Lopes Agostinho 1.1 Descreva Lacunas e Defeitos Intersticiais; O defeito pontual mais simples é a lacuna, ou um sítio vago na rede cristalina que normalmente deveria estar ocupado, mas no qual está faltando um átomo (Figura 4.1). Todos os sólidos cristalinos contêm lacunas e, na realidade, não é possível criar um material que esteja livre desse tipo de defeito. A necessidade da existência das lacunas é explicada considerando os princípios da termodinâmica; essencialmente, a presença das lacunas aumenta a entropia (isto é, a aleatoriedade) do cristal. Um defeito intersticial é um átomo do cristal que se encontra comprimido em um sítio intersticial, que é um pequeno espaço vazio que sob circunstâncias normais não estaria ocupado. Esse tipo de defeito também está representado na Figura 4.1 Figura 4.1 4.1 - A fração em equilíbrio dos sítios da rede cristalina que estão vazios na prata (Ag) a 700ºC é de 2 × 10–6. Calcule o número de lacunas (por metro cúbico) a 700ºC. Considere uma massa específica de 10,35 g/cm3 para a Ag. 4.3 - (a) Calcule a fração dos sítios atômicos que estão vagos para o cobre (Cu) na sua temperatura de fusão de 1084°C (1357 K). Suponha uma energia para a formação de lacunas de 0,90 eV/átomo. (b) Repita esse cálculo para a temperatura ambiente (298 K). (c) Qual é a razão de Nl /N (1357 K) e Nl /N (298 K)? 4.5 - Calcule a energia para a formação de lacunas no níquel (Ni), sabendo que o número de lacunas em equilíbrio a 850°C (1123 K) é de 4,7 × 1022 m–3. O peso atômico e a massa específica (a 850°C) para o Ni são, respectivamente, 58,69 g/mol e 8,80 g/cm3. 2.1 – Descreva os tipos de impurezas substitucional e intersticial; Defeitos pontuais, em razão da presença de impurezas, são encontrados nas soluções sólidas, e podem ser de dois tipos: substitucional e intersticial. Nos defeitos substitucionais, os átomos de soluto ou átomos de impurezas repõem ou substituem os átomos hospedeiros (Figura 4.2). Várias características dos átomos do soluto e do solvente determinam o grau no qual os primeiros se dissolvem nos segundos. Um exemplo de solução sólida substitucional é encontrado para o cobre e o níquel. Esses dois elementos são completamente solúveis um no outro, em todas as proporções. Em relação às regras mencionadas anteriormente, que governam o grau de solubilidade. 2.2 - Descreva as diferenças entre as soluções sólidas intersticial e substitucional; Nas soluções sólidas intersticiais, os átomos de impureza preenchem os espaços vazios ou interstícios entre os átomos hospedeiros (veja a Figura 4.2). Para as estruturas cristalinas CFC e CCC, existem dois tipos de sítios intersticiais: tetraédrico e octaédrico. Esses são distinguidos pelo número de átomos hospedeiros vizinhos mais próximos, isto é, pelo número de coordenação. Os sítios tetraédricos possuem um número de coordenação, que é de 4; as linhas retas traçadas a partir dos centros dos átomos hospedeiros vizinhos formam um tetraedro de quatro lados. Contudo, nos sítios octaédricos, o número de coordenação é 6; um octaedro é produzido quando se unem esses seis centros de esferas. Consequentemente, o diâmetro atômico de uma impureza intersticial deve ser substancialmente menor que aquele dos átomos hospedeiros. Normalmente, a concentração máxima permissível de átomos de impureza intersticial é baixa (inferior a 10%). Mesmo os átomos de impurezas muito pequenos são geralmente maiores que os sítios intersticiais, e, como consequência, eles introduzem algumas deformações na rede dos átomos hospedeiros adjacentes. Figura 4.2 2.3 – Quais as regras de Hume-Rothery Essas características são expressas como quatro regras de Hume-Rothery, quais sejam: 1- Fator do tamanho atômico. Quantidades apreciáveis de um soluto podem ser acomodadas nesse tipo de solução sólida apenas quando a diferença entre os raios atômicos dos dois tipos de átomos é menor que aproximadamente ±15%. De outra forma, os átomos do soluto criarão distorções significativas na rede, e uma nova fase se formará. 2- Estrutura cristalina. Para que a solubilidade sólida seja viável, as estruturas cristalinas dos metais de ambos os tipos de átomos devem ser as mesmas. 3- Fator de eletronegatividade. Quanto mais eletropositivo for um elemento e mais eletronegativo for o outro, maior será a probabilidade de eles formarem um composto intermetálico em vez de uma solução sólida substitucional. 4- Valências. Sendo iguais os demais fatores, um metal terá maior tendência a se dissolver em outro metal de maior valência que em um metal de menor valência. 4.6 - Na tabela a seguir estão tabulados o raio atômico, a estrutura cristalina, a eletronegatividade e a valência mais comum para vários elementos; para os ametais, apenas os raios atômicos estão indicados. Com quais desses elementos seria esperada a formação do seguinte tipo de composto com o níquel? (a) Uma solução sólida substitucional com solubilidade total. A maior probidade envolver o elemento Pt e Al devido a menor diferença em termos de raio atômico menor 15%, havendo ainda semelhança em termo de eletronegatividade, tipo de estrutura cristalina e valência. (b) Uma solução sólida substitucional com solubilidade parcial. Os elementos com estrutura cristalinas diferentes, porem com o raio atômicos semelhantes: Ag, Co, Cr, Fe e Zn (c) Uma solução sólida intersticial. Os elementos com raios atômicos inferiores: C, H e O 4.7 - Quais dos seguintes sistemas (isto é, par de metais) você esperaria exibir uma solubilidade sólida total? Explique suas respostas. (a) Cr-V (b) Mg-Zn (c) Al-Zr (d) Ag-Au (e) Pb-Pt A maior probidade envolver o elemento Ag e Au devido a menor diferença em termos de raio atômico menor 15%, havendo ainda semelhança em termo de eletronegatividade, tipo de estrutura cristalina e valência. 4.8 - (a) Calcule o raio r de um átomo de impureza que irá se ajustar exatamente no interior de um sítio octaédrico CFC em termos do raio atômico R do átomo hospedeiro (sem introduzir deformações na rede cristalina). (b) Repita a parte (a) para o sítio tetraédrico na estrutura cristalina CFC. (Nota: Você pode consultar a Figura 4.3a.) 3.1 - Descreva a percentagem em peso e percentagem atômica; As duas maneiras mais comuns para especificar a composição são pela porcentagem em peso (ou massa) e pela porcentagem atômica. A base para a porcentagem em peso (%p) é o peso de um elemento específico em relação ao peso total da liga. A base para os cálculos da porcentagem atômica (%a) é o número de mols de um elemento em relação ao número total de mols de todos os elementos na liga. O número de mols em uma dada massa de um elemento hipotético 1, nm1. 4.13 - Qual é a composição, em porcentagem atômica, de uma liga composta de 92,5 %p Ag e 7,5 %p Cu? 4.15 - Qual é a composição, em porcentagem em peso, de uma liga composta de 5 %a Cu e 95 %a Pt? 4.37 - Tanto o ferro quanto o vanádio possuem estrutura cristalina CCC, e o V forma uma solução sólida substitucional para concentrações até aproximadamente 20 %p V à temperatura ambiente. Calcule o comprimento da aresta da célula unitária para uma liga com 90 %p Fe-10 %p V. 4.1 – Descreva o processo de formação de materiais policristalinos. A estrutura policristalina pode ser formada durante o resfriamento de uma liga metálica, quando pequenos grãos se formam aleatoriamente em uma região bifásica (líquido-sólido), ganham volume e se agregam na fase sólida. Os grãos são separados uns dos outros pelos contornos de grão. 4.2 - Descreva os Defeitos Interfaciais, incluindo a direção do vetor de Burgers para cada um deles. Os defeitos interfaciais são contornos que possuem duas dimensões e que normalmente separam regiõesdos materiais que possuem estruturas cristalinas e/ou orientações cristalográficas diferentes. Essas imperfeições incluem as superfícies externas, os contornos de grão, os contornos de fases, os contornos de maclas e as falhas de empilhamento. Os vetores de Burgers associados respectivamente às discordâncias em cunha e helicoidal estão indicados nas Figuras 4.4. Além disso, a natureza de uma discordância (isto é, em cunha, helicoidal ou mista) é definida pelas orientações relativas da linha da discordância e do vetor de Burgers. https://pt.wikipedia.org/wiki/Liga_met%C3%A1lica https://pt.wikipedia.org/wiki/Liga_met%C3%A1lica https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Contorno_de_gr%C3%A3o&action=edit&redlink=1 Figura 4.4 4.42 - (a) Para um dado material, você esperaria que a energia de superfície fosse maior que, igual a, ou menor que a energia do contorno de grão? Por quê? A energia da superfície será maior que a energia do limite de grão. Para limites de grão, alguns átomos de um lado de um limite se ligam a átomos do outro lado; esse não é o caso dos átomos da superfície. Portanto, haverá menos títulos insatisfeitos ao longo de um limite de grãos. (b) A energia do contorno de grão para um contorno de grão de baixo ângulo é menor que aquela para um contorno de grão de alto ângulo. Por que isso acontece? A energia de limite de grão de ângulo pequeno é mais baixa que a de ângulo alto, porque mais átomos se ligam através do limite para o ângulo pequeno e, portanto, há menos ligações insatisfeitas. 4.43 - (a) Descreva sucintamente uma macla e um contorno de macla. O contorno de macla é uma interface de modo que os átomos de um lado estão espelhados em relação aos átomos do outro lado. Já a macla é a região compreendida entre os dois contornos de macla, ou seja, a região entre as duas interfaces. (b) Cite a diferença entre as maclas de deformação e as maclas de recozimento. Gêmeos mecânicos (ou maclas de deformação) são produzidos como resultado de deformação mecânica e geralmente ocorrem em metais CCC e HCP. Gêmeos de recozimento (ou maclas de recozimento) se formam durante tratamentos térmicos de recozimento, mais frequentemente em metais FCC. 4.4 – Como o tamanho do grão pode ser determinado? O tamanho de grão é determinado quando as propriedades de materiais policristalinos e monofásicos estão sendo consideradas. Nesse sentido, é importante observar que para cada material os grãos constituintes possuem uma variedade de formas e uma distribuição de tamanhos. O tamanho de grão pode ser especificado em termos do diâmetro médio de grão, e uma variedade de técnicas foi desenvolvida para medir esse parâmetro. Antes do advento da era digital, as determinações do tamanho de grão eram realizadas manualmente, usando micrografias. Contudo, atualmente, a maioria das técnicas é automatizada e utiliza imagens digitais e analisadores de imagens com a capacidade de registrar, detectar e medir, de maneira precisa, as características da estrutura do grão (isto é, contagens de interseção de grãos, comprimentos de contornos de grãos, e áreas de grãos). 4.48 - Determine o número do tamanho de grão ASTM se são medidos 30 grãos por polegada quadrada sob uma ampliação de 250×
Compartilhar