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É um ato personalíssimo, unilateral, solene e revogável pelo qual alguém dispõe no todo ou em parte de seu patrimônio para depois de sua morte. É ato unilateral e individual, não podendo ser feito em conjunto com outra pessoa (é nulo o testamento conjuntivo). DIREITO DAS SUCESSÕES T E S T A M E N T O , L E G A D O E C O D I C I L O Testamento Serve também para a nomeação de tutores, reconhecimento de filhos, deserdação de herdeiros, revogação de testamentos anteriores e outras declarações de última vontade. É a capacidade para fazer o testamento. O Código Civil estabelece apenas como incapazes de testar (art. 1.860 CC): os menores de dezesseis anos, os desprovidos de discernimento (ex.: os que não estiverem em perfeito juízo, surdos-mudos, que não puderem manifestar a sua vontade, etc.) e a pessoa jurídica Podem testar o cego, o analfabeto, o pródigo, o falido, etc. Os maiores de 16 anos, mas menores de 18 anos, apesar de relativamente incapazes, podem testar, mesmo sem a assistência de seu representante legal. A incapacidade posterior à elaboração do testamento não o invalida. A capacidade para testar deve existir no momento em que o testamento é feito, pois a incapacidade superveniente não invalida o testamento eficaz. Capacidade Testamentária Ativa: Os indivíduos não concebidos (o nascituro possui capacidade, pois já foi concebido) até a morte do testador, salvo se a disposição deste se referir à prole eventual de pessoas por ele designadas e existentes ao abrir-se a sucessão. É a capacidade para adquirir por testamento. Rege-se pela regra genérica de que são capazes todas as pessoas, físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras, maiores ou menores, existentes ao tempo da morte do testador. Não podem ser contemplados por testamento as coisas inanimadas, os animais e as entidades místicas. Se o beneficiário do testamento já morreu (pré-morto), a cláusula é considerada caduca. Capacidade Testamentária Passiva: É necessária a análise da capacidade testamentária ativa e passiva. São absolutamente incapazes para adquirir por testamento: As pessoas jurídicas de direito público externo relativamente a imóveis situados no Brasil. As pessoas jurídicas de direito público externo relativamente a imóveis situados no Brasil. São relativamente incapazes para adquirir por testamento, proibindo que se nomeiem herdeiros ou legatários: A pessoa que, a rogo, escreveu o testamento, seu cônjuge, seus ascendentes, descendentes, e irmãos. As testemunhas do testamento. O concubinário (amante) do testador casado, salvo se este, sem culpa sua, estiver separado de fato do cônjuge há mais de 05 anos. https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1035419/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10603067/artigo-1860-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1035419/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02 DIREITO DAS SUCESSÕES T E S T A M E N T O , L E G A D O E C O D I C I L O O tabelião, civil ou militar, o comandante, ou escrivão, perante o qual se fizer, assim como o que fizer, ou aprovar o testamento. Enquanto a herança consiste na totalidade ou de uma fração ideal dos bens do de cujus, como uma universalidade de bens, sendo considerada um único bem imóvel, conforme o art. 80, II do CC, o legado é a sucessão que incide sobre uma coisa certa e determinada. A herança é indefinida e o legado é definido. Também pode um crédito de propriedade do de cujus ser objeto de legado, para se transferir ao legatário, de modo que o novo crédito agora seja devido ao mesmo, de modo igual ao que ocorre em uma cessão de crédito. Pode ser transmitida uma quitação de dívida ao legatário, e se transfere pela própria entrega do instrumento de quitação do herdeiro para o legatário. Formas de Testameto Testamento Público (arts. 1.864 a 1.867 CC); Testamento Cerrado (arts. 1.868 a 1.875 CC); Testamento Particular (arts. 1.876 a 1.880 CC). Testamento Ordinário São os de caráter provisório, feitos em situações de emergência; Testamento Marítimo e Aeronáutico; Testamento Militar; Testamentos Especiais Legado É a disposição testamentária a título singular, pela qual o testador deixa a pessoa estranha ou não à sucessão legítima, um ou mais objetos individualizados ou uma certa quantia em dinheiro. É típico de sucessão testamentária, recaindo sobre uma coisa certa e determinada (ex.: deixo a meu amigo minha biblioteca; deixo a meu sobrinho o meu piano, etc.). O conceito jurídico atual de legado é um ato de liberalidade feita em testamento a uma pessoa determinada, chamada de legatário. O legatário não é obrigado a aceitar o legado, podendo renunciar tácita ou expressamente. Os legados podem caducar (ex.: anulação do testamento; alienação, modificação ou perecimento da coisa; falecimento do legatário antes do testador; revogação; indignidade, etc.). Quando o legado é deixado para um herdeiro legítimo, que passa a acumular os papéis de herdeiro e legatário, é chamado de legado precípuo ou prelegado. O legado, quanto ao objeto, pode ser de coisas corpóreas ou incorpóreas, crédito ou de quitação de dívidas, alimentos; usufruto, imóvel, dinheiro; renda ou pensão periódica. O legado de coisas pode se dar sobre uma coisa específica ou genérica, de modo que, nesse último caso, a escolha somente será feita depois, pelo legatário, ou outra pessoa designada pelo testador. Os alimentos podem ser transmitidos por legado. Através dessa modalidade de legado, cria-se uma relação jurídica que obriga o pagamento da pensão alimentícia, como aquela devida aos filhos. (art. 1920, CC). https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10724671/artigo-80-da-lei-n-10406-de-01-de-janeiro-de-2002 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10724559/inciso-ii-do-artigo-80-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1035419/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02 DIREITO DAS SUCESSÕES T E S T A M E N T O , L E G A D O E C O D I C I L O As liberalidades previstas em codicilo devem ter por objeto bens e valores “de pouca monta”. Ocorre, no entanto, que a lei não estabelece critério para determinar-se o que seja esta “pouca monta”. Assim, caberá ao magistrado, em cada caso, determinar se trata-se de pequeno valor ou não. Quanto ao legado de bem imóvel deve-se observar a disposição do art. 1.922, CC. Codicilo Ato de última vontade destinado a tratar de disposições de pequeno valor. Não é exigida grande formalidade na sua constituição, justamente por conter disposições sem conteúdo patrimonial relevante. Será suficiente para considerar-se válido o codicilo que ele tenha a forma escrita, devendo ser inteiramente escrito pelo autor, devendo ser por ele datado e assinado, não havendo necessidade de testemunhas (CC, art. 1.881). pode ser utilizado pelo seu autor para várias finalidades previstas em lei, como por exemplo: É perfeitamente possível existir, concomitantemente, testamento e codicilo, prevalecendo o princípio da autonomia entre tais atos de última vontade. Quanto à revogação do codicilo, esta pode ser feita por outro codicilo, ou pela elaboração de testamento posterior, de qualquer natureza, sem confirmá-lo ou modificá-lo. A falta de referência ao codicilo, no testamento posterior, importa revogação tácita daquele. O testamento, contudo, não pode ser revogado por um codicilo. Outrossim, de acordo com o artigo 1.885, do Código Civil, se o codicilo se encontrar fechado, abrir- se-á do mesmo modo que o testamento cerrado. Pode-se também legar dinheiro. O pagamento deve ser feito logo após a partilha, de forma que os juros correrão a partir do momento em que o herdeiro pagador se constituir em mora, ou seja, no momento em que for feito a partilha e o legatário não receber o dinheiro. Há o legado alternativo quando o testador coloca duas ou mais opções de legado ao herdeiro incumbido de cumprir o legado. Está amparado no art. 1.932 do Código: “No legado alternativo, presume-se deixada ao herdeiro a opção.” Deixar disposições sobre seu enterro; Sufrágiosnos termos do artigo 1.998, CC; Legar jóias, roupas ou móveis de pouco valor, de seu uso pessoal; Nomear e substituir testamenteiros, reconhecer filho havido fora do casamento (art. 1609, II, do CC). Perdão do indigno, nos termos do artigo 1.818, CC; Determinar que a quantia deixada será em favor dos pobres do domicílio do testador quando de sua morte. obedecendo ao artigo 1.902, CC. Particularidade do codicilo que o difere do testamento é a sua forma simplificada, bastando que o autor escreva, date e assine, sem a necessidade de quaisquer testemunhas ou demais formalidades. Não existe disposição expressa a respeito da validade ou não dos codicilos realizados mecanicamente (digitados ou datilografados), admitindo-se, majoritariamente, os instrumentos realizados dessa forma. http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10601451/artigo-1881-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10622271/artigo-1609-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10622200/inciso-ii-do-artigo-1609-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
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