Buscar

Propagações de infecções odontogênicas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Propagações de infecções odontogênicas:
· Infecção: Invasão de tecidos ou órgãos do corpo por agentes capazes de causar doenças. Nas infecções odontogênicas, são causadas geralmente por bactérias que invadem a polpa dos dentes e seus tecidos de suporte
· Inflamação: As infecções geralmente seguem uma sequência de eventos que começa com uma reação inflamatória de defesa do organismo, que leva a edema (inchaço), vermelhidão, dor e sensação de calor local
· Celulite infeciosa: Na medida em que a infecção progride, ela pode invadir tecidos em torno da área.
· Abcesso: Geralmente dentro de alguns dias, a parte central da área infectada começa a “morrer” (necrose tecidual). Essa área de necrose geralmente se liquefaz dentro do tecido, transformando-se em pus.
 
· Vias de propagação das infecções:
· As infecções podem ficar circunscritas na área de origem, restrita à cavidade bucal, ou podem se disseminar/irradias para regiões extraorais.
· A propagação depende da virulência do microrganismo e defesa do hospedeiro.
· Tipos:
- Propagação por continuidade: Mais frequente das infecções odontogênicas. São atingidos sempre os tecidos adjacentes ao foco infeccioso. Como exemplo, uma infecção odontogênica característica origina-se de um dente, invade o tecido ósseo adjacente, perfura uma cortical e propaga-se por meio do tecido conjuntivo frouxo, invadindo regiões sempre contíguas. Ou seja, pela invasão dos espaços fasciais.
 - Propagação por via linfática: É o tipo de propagação de infecções através de capilares linfáticos.
 - Propagação por via sanguínea. É a propagação de infecções através da corrente sanguínea, principalmente pela via venosa.
 - Propagação ao longo de bainhas nervosas A propagação de infecções pode ocorrer ao longo de bainhas nervosas, alcançando regiões distantes, seguindo seu trajeto. É uma via de propagação pouco frequente.
 
· Origens das infecções odontogênicas: 
· A mais frequente é partir de tecidos periapicais (é formado pela porção terminal da raiz, e o ligamento periodontal e osso alveolar correspondentes), pela necrose pulpar (pela cárie por exemplo). Tende a se espalhar destruindo o osso (progride de maneira concêntrica dentro do osso), procurando aquele que oferece menor resistência, haverá invasão no osso esponjoso da maxila ou da mandíbula até atingir uma cortical óssea, que acaba sendo destruída e a infecção atinge os tecidos moles adjacentes.
· A partir de tecidos periodontais, como resultado de uma bolsa periodontal.
 
· Fatores determinantes da localização inicial das infecções odontogênicas:
Dois fatores puramente anatômicos são determinantes para prever a localização inicial dos abscessos odontogênicos após a perfuração das corticais ósseas, e sempre devem ser levados em consideração: 
a) A espessura óssea em torno dos ápices radiculares:
A parede óssea vestibular, lâmina cortical vestibular da maxila, é bem menos espessa do que a lingual, na Figura A, fato que facilitará a destruição da parede mais fina de maneira a formar um abscesso para os tecidos moles vestibulares, para o fundo do vestíbulo. Na Figura B, observa-se menor espessura óssea da parede óssea palatina, que de forma similar formará um abscesso para os tecidos moles do palato.
 
b) A relação do local de perfuração óssea com as inserções musculares na maxila e na mandíbula:
Na figura A, o abscesso se formou para o interior da cavidade oral no vestíbulo da boca, pois o ápice do dente está abaixo da inserção do músculo bucinador. Já em B, o abscesso se formou para fora da cavidade oral, pois o ápice radicular está acima do músculo, provocando uma infecção do espaço bucal.
 
· Localização dos abscessos iniciais:
Deve especificar os locais primários previsíveis de drenagem das infecções odontogênicas, na maxila e na mandíbula.
 
1. Maxila:
· A maioria das infecções originadas dos dentes superiores tende a perfurar a parede vestibular e ir para o fundo do vestíbulo (incisivos, caninos, pré-molares e 1° molares possuem ápices muito próximos da lâmina vestibular). Já os 2° e 3° molares os ápices ficam mais próximos da cortical lingual, assim tem a maior probabilidade de drenar para a fascia lingual.
· A maioria dos ápices radiculares localiza-se abaixo das inserções musculares. Portanto, a maioria desses abscessos apresenta-se como abscessos vestibulares
· A drenagem para o palato, cavidade nasal e seio maxilar é menos comum.
· A drenagem para o palato é mais comum em incisivos laterais porque frequentemente apresentam uma raiz inclinada para o palato, tornando essa parede mais fina, além da raiz lingual do primeiro molar, bem como a raiz lingual do primeiro pré-molar, porém menos frequentemente.
 
 
· Dentes incisivos anteriores e superiores: relacionam vestibularmente ao músculo orbicular da boca, e seus ápices ficam abaixo deste, favorecendo que a infecção fique circunscrita na cavidade bucal. 
· Dentes incisivos laterais: a infecção pode se propagar para o palato duro, cavidade nasal ou em direção ao sulco nasolabial (apagando o sulco).
*A submucosa do palato é firmemente aderida ao periósteo, então os abcessos que se dirigem ao palato ficam embaixo do periósteo.
 
· Caninos superiores: relacionam-se vestibularmente ao músculo levantador do ângulo da boca, podendo localizar-se acima ou abaixo deste. Caso a raiz seja longa, ela se localizará acima do músculo, causando uma infecção do espaço canino (ou na maxila ou no m. levantador do lábio superior). Existe uma possibilidade de a infecção atingir uma fenda, entre o levantador do lábio superior e da asa do nariz, é uma infecção mais superficial acometendo a região paranasal (ao lado do nariz), apagando o sulco nasolabial, podendo se estender em direção ao ângulo medial do olho e pálpebra inferior.
· Pré-molares e os 1° e 2° molares superiores: relacionam-se com o músculo bucinador, e seus ápices em geral se localizam abaixo deste (exceto o 2° molar), no 2° molares podem existir infecções que perfuram a parede vestibular acima do músculo, o que causa uma infecção do espaço bucal.
 
* Em resumo se tratando de dentes superiores se a infecção drenar acima do m. bucinador, ou se tratando de dentes inferiores se a infecção drenar abaixo da origem do m. bucinador há o acometimento do espaço bucal (pode resultar na necrose da fáscia e da pele). Se tratando de dentes superiores se a infecção drenar para baixo do m. bucinador, ou se tratando de dentes inferiores se a infecção drenar acima da origem do m. bucinador há o acometimento do fundo de vestíbulo. 
 
1. Mandíbula:
 
· Os incisivos inferiores: ápice mais próximo da cortical vestibular. Se o ápice for acima do músculo mentual a drenagem é para o vestíbulo. Se o ápice for abaixo do músculo a drenagem é para o espaço submentual (acima do m. milo-hióideo, abaixo da fáscia cervical elateralmente ao ventre anterior do digástrico), provocando um edema na ponta do mento que pode se estender para o espaço submandibular.
· Pré-molares inferiores: pode acometer e formar abscessos para o espaço sublingual, que perfuram a lâmina cortical acima da origem do músculo milo-hióideo (a raiz do dente acima do músculo, o abscesso irá alcançar o espaço sublingual). Além disso o ápice está acima do m. bucinador, tendo a drenagem para o vestíbulo.
· Molares: infecções tendem a perfurar mais a parede lingual, sobretudo em sentido distal. O 1° molar pode drenar para vestibular ou espaço bucal (ápice acima ou abaixo do m. bucinador, respectivamente) ou lingual, bem como o 2°, apesar de este costumar drenar para a lingual. Ainda o 2° pode dar origens a infecções no espaço mandibular, quando perfura abaixo do músculo milo-hióideo. O 3° molar inferior possui ápices mais próximos da cortical lingual e abaixo da origem do m. milo-hióideo, assim tem uma maior probabilidade de acometimento no espaço submandibular.Também existe a possibilidade de uma infecção desses atingir o espaço pterigomandibular.
 
*Devido à inserção desse músculo na linha milo-hióidea, observa-se que, seguindo para distal/ posterior, aumentam as chances deo abscesso se formar para o espaço submandibular.
 
 
* O seio maxilar pode ser acometido por infecções por continuidade, a partir dos dentes superiores relacionados intimamente com o assoalho deste seio. Em tais casos, a parede perfurada é a superior (assoalho do seio maxilar). Sinusites odontogênicas crônicas podem obliterar quase todo o seio maxilar, pois elas causam um espessamento da mucosa do seio. No caso de infecções de origem odontogênica, os dentes que mais se relacionam com o seio são os principais causadores de tais infecções, ou seja, em ordem o: segundo, primeiro e terceiro molares superiores; e segundo e primeiro pré-molares superiores.

Continue navegando