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– ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto Introdução: O conhecimento da anatomia é fundamental para a implantodontia. Na implantodontia, é necessário um bom planejamento, para que se tenha menor risco de acidentes e complicações, o que leva ao sucesso nos procedimentos. Quando se trata da anatomia para os implantes, dois ossos são importantes: a maxila e mandíbula. Esses ossos possuem uma inervação específica, vascularização e algumas peculiaridades anatômicas. Anatomia microscópica: Há dois tipos de osso: Na mandíbula, é possivel perceber que o osso mais periférico é um osso mais denso (1), enquanto o osso mais interno é um osso mais poroso, mais esponjoso (2). A resposta óssea a um implante é diversa, pois depende do tipo de osso, se é cortical ou esponjoso. Lekholm e Zarb (1987) propuseram a classificação do tipo ósseo encontrado na colocação dos implantes, levando em conta a divisão entre osso cortical e esponjoso: → – a maxila é constituído quase exclusivamente por um osso compacto e homogêneo; → – uma camada espessa de osso compacto envolve um núcleo de osso trabecular denso; → – uma fina camada de osso cortical envolve um núcleo de osso trabecular denso; → – uma fina camada de osso cortical envolve um núcleo de osso trabecular de baixa densidade. Esse osso, é recoberto por uma membrana chamada de (membrana de tecido conjuntivo denso). formador de osso. O osso é composto por três células: (fazem osteogênese, presentes na periferia), (responsáveis pela reabsorção óssea – “comem” osso) e – ficam dentro de lacunas (os osteoblastos amadurecem e se tornam osteócitos). Implantodontia – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto Características da maxila: Os ossos maxilares constituem o esqueleto do maxilar superior. O maxilar se articula com todos os outros ossos da face. Contém uma grande cavidade, o seio maxilar, e contribui para limitar as fossas nasais exteriormente, as cavidades orbitárias abaixo e a cavidade oral acima. É suporte para os dentes maxilares. União das duas maxilas. No centro (indicado em verde) está a A maxila possui 4 projeções: frontal, zigomática, palatina e alveolar. → o processo frontal, que limita lateralmente a parte anterior da fossa nasal; → o processo palatino, que constitui a parte anterior do palato ósseo; → o processo alveolar, que se apresenta como uma curva côncava voltada para trás medianamente, suportando os dentes maxilares. 1 – Processos palatinos; 2- Processo alveolar. Essas projeções são levadas em consideração na implantodontia. Esse osso apresenta uma cavidade, chamada , que pertence ao conjunto de seios nasais. O seio maxilar ocupa totalmente a pirâmide maxilar, por vezes emitindo prolongamentos, principalmente no interior do processo palatino. A inervação depende do , segundo ramo do nervo trigêmeo (V2), que é o nervo sensitivo da face. O nervo maxilar, proveniente do gânglio trigeminal (GT) do nervo trigêmeo, passa pelo forame circular da base do crânio, cavado na grande asa do esfenoide. Na fossa pterigopalatina, ele resulta: → no nervo zigmático (Z), que se anastomosa ao nervo lacrimal (A) proveniente do nervo oftálmico V1 ao nível da parede lateral da órbita para resultar em ramos sensitivos para a pele da região zigomática; → no nervo pterigopalatino (PP), que, por sua vez, resulta nos nervos palatinos que se posicionam no grande canal palatino para assegurar a inervação sensitiva do – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto véu do palato e da parte posterior do palato duro; → nos ramos alveolares superiores e posteriores (ASP), que descem em aderência à tuberosidade maxilar e penetram os canais cavados do osso para garantir a inervação sensitiva dos molares maxilares. A partir daí, ele segue o canal orbital, resultando: → no ramo alveolar superior e médio (ASM), que desce pela parede lateral do seio maxilar; → nos ramos alveolares superiores e anteriores (ASA), que se desligam do nervo na extremidade do canal infraorbital e seguem pela parede anterior do seio maxilar para realizar a inervação sensitiva dos dentes anteriores maxilares; → no nervo infraorbital (IO) (o ramo terminal do nervo maxilar), proveniente do forame infraorbital, que resulta em ramos sensitivos destinados à pálpebra inferior, à jugal, ao nariz e ao lábio superior. A vascularização do maxilar depende de determinados ramos da artéria maxilar, como: → a artéria infraorbital (IA), que garante a vascularização: • da face superior orbital; • da face anterior do maxilar e dos dentes anteriores; → a artéria alveolar posterior e superior (APS), que vasculariza a face posterior do maxilar e dos dentes posteriores; da IA e da APS, que são anastomosadas por uma artéria (A) situada entre a mucosa e a parte lateral do seio maxilar. Esta pode tornar-se um obstáculo anatômico nos casos de abordagem lateral do seio maxilar devido à elevação do assoalho do seio maxilar (sinus lift); Esquema da vista lateral da face. A artéria carótida externa (CE) se divide em ramos terminais, denominados artéria temporal superficial (TS) e artéria maxilar (M). Esta última resulta em uma artéria infraorbital (IA), que se desenvolve no assoalho da órbita e sai pelo forame infraorbital. Ela apresenta uma anastomose (A) com a artéria alveolar posterior e superior (APS). → a grande artéria palatina (GP), ramo da artéria palatina descendente, que assegura a vascularização da parte posterior da mucosa palatina → a artéria nasopalatina (NP), ramo da artéria esfenopalatina, que vasculariza a parte anterior da mucosa palatina; a grande artéria – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto palatina é anastomosada à artéria nasopalatina. Esquema da vista inferior do palato ósseo. A vascularização do palato ósseo depende da grande artéria palatina (GP), proveniente da artéria palatina descendente e da artéria nasopalatina (NP), que se origina da artéria esfenopalatina. Os nervos palatino maior e nasopalatino, satélites das artérias de mesmo nome, garantem a inervação sensitiva do palato. As artérias saem de forames. Através de cada forame passa: um nervo, uma artéria e uma veia. A maxila também é o assoalho da cavidade nasal. → Pode haver pacientes que possuem a raiz de um dente se comunicando com essa região (pré-molares ou molar com a raiz muito grande – há chances de a raiz está no assoalho da cavidade nasal); → Por isso, o exame radiográfico é extremamente importante antes da realização de qualquer procedimento. OBS: se um dente que possuía comunicação com o assoalho da cavidade nasal for extraído, cria-se uma (essa comunicação pode fechar ou pode criar uma fístula – nem toda comunicação irá formar uma fístula). Para formar uma fístula, é necessário que se crie epitélio. Se for uma comunicação pequena e o paciente ficar em descanso, ela pode se fechar sem formar fístula. Se houver a formação de fístula, é necessário iniciar tratamento com um bucomaxilofacial. O assoalho do seio maxilar é revestido por uma membrana, chamada de membrana de Schneider. Existe um quadro chamado de (quando a membrana desce mais do que o normal). Esse processo pode ser fisiológico, com o tempo ela tende a descer um pouco. Em pacientes que perderam os dentes, essa membrana acaba pneumatizando (descendo) mais do que o esperado/ normal (nesse caso, é chamadode pneumatização secundária). – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto Nessa radiografia (abaixo), no lado direito, o paciente quase não possui osso. Ocorreu uma grande pneumatização e o osso foi reabsorvido. Para que seja possível a reabilitação com implante, nesse caso, será necessário realizar um procedimento chamado de levantamento de seio maxilar. Isso geralmente acontece nos pacientes mais idosos (desdentados). Nesse caso, é necessário fazer o levantamento do seio maxilar, enxerto ósseo e depois a reabilitação com implantes. → Objetivo da cirurgia: elevação do seio maxilar. → Realizar um enxerto ósseo para preencher a cavidade entre membrana e assoalho. Esse osso passa pelo processo de osseointegração e posteriormente realiza-se a cirurgia de implante no paciente. Há vários tipos de enxerto ósseo e o tipo de enxerto pode influenciar no tratamento: → provém do próprio paciente; ✓ Vantagens: é biocompatível; ✓ Desvantagens: comorbidade para o paciente e custos da equipe; ✓ Podem ser retirados de vários locais: calota craniana, crista ilíaca e ramo/mento da mandíbula. – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto Exemplo de enxerto autógeno retirado do mento, na mandíbula. → provém de outra pessoa; ✓ Vantagens: banco de tecidos humanos (enxertos já prontos); ✓ Desvantagens: verificar compatibilidade de doador. → provém de outra espécie; ✓ É o mais utilizado; ✓ Vem principalmente da espécie bovina e suína; ✓ São enxertos em pó, que são misturados com sangue ou soro para hidratar; ✓ São colocados em posição na cavidade até o preenhimento. Existem dois tipos de levantamento de seio maxilar: → – inclui anestesiar o paciente, rebater o retalho, abrir uma loja cirúrgica, retirar a parede anterior de osso, levantar a membrana e preencher com osso. O osso irá ósseointegrar e depois é possível colocar um implante. Em alguns casos é possível colocar o implante imediatamente, em outros não. Fazer desgaste da parede lateral para acesso à membrana do seio . Afastamento da mebrana com curetas específicas (1). Aspecto da membrana após afastamento (2). Preechimento com biomaterial (3). – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto Depois de colocar o enxerto ósseo, é feito um recobrimento com biomembrana de colágeno (mebrana sintética, é comprada pronta). Por último, é realizado a sutura do retalho. OBS: Exemplo: paciente que possui uma espessura de osso de 2 mm, mas é necessário colocar um implante de 9 mm, então é necessário aumentar 7 mm de osso. Geralmente são os casos de pessoas que perderam o dente há bastante tempo e ocorreu uma grande pneumatização da membrana de Schneider. → A colocação imediata do implante irá depender do remanescente ósseo: • – realiza o enxerto e não coloca o implante imediatamente (SINUS LIFT SEM IMPLANTE). Precisa , para que haja a osseointegração. • – realiza o enxerto e coloca o implante (SINUS LIFT COM IMPLANTE). Se houver 5 mm de osso, é possível travar minimamente o implante no tecido ósseo e o enxerto será para preencher o espaço e afastar a membrana. OBS: Osso menos denso (osso mais esponjoso) – presente na região posterior de maxila) que possui altura óssea, não precisa realizar o levantamento. É necessário fazer uma subfresagem. Para colocar um implante, realiza-se uma perfuração inicial no osso, utilizando de 3 a 4 brocas para aumentar o diâmetro da loja e colocar o implante. No caso do osso muito esponjoso, utiliza-se uma broca a menos (chama-se subfresagem) para que o implante entre apertado e não fique folgado. Exemplo: se deseja-se colocar um implante de 4 mm em um osso esponjoso, pode-se fazer a perfuração até a broca de 3,5, para que o implante fique mais “arrochado”. OBS: Quando o paciente deseja algo imediato e a espessura do osso não permite a instalação do implante, é necessário explicar para ele que não é possível fazer algo tão rápido. Também existe um tempo limite para aguardar a osseointegração (neoformação óssea) colocar o implante (de 6 a 9 meses no máximo). Se o paciente não retornar no tempo certo, iniciará o processo de reabsorção novamente. OBS: Na colocação de um implante deve haver o sangramento, para que a neoformação óssea possa acontecer. Mas, esse sangramento não deve ser exagerado, a ponto de atrapalhar. – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto → Geralmente ocorre nos pacientes que perderam o elemento dentário há pouco tempo; → Essa técnica é realizada por via alveolar (não rebate retalho) – é feito uma incisão supraprestal, afasta a gengiva, perfura e começa a bater com os osteótomos para que ocorra um descolamento e a membrana suba. Assim, é possível colocar o implante no mesmo momento. Características da mandíbula: A mandíbula é um osso ímpar e simétrico que constitui, sozinho, o esqueleto do andar inferior da face. É o único osso móvel da face, articulando-se com os ossos temporais (não tem ligação com o crânio – se liga através da ATM). Esse osso suporta os dentes mandibulares. A mandíbula é composta por um corpo e dois ramos. O corpo é encurvado em forma de ferradura e aberto para trás. O nervo alveolar inferior assegura a inervação sensitiva da mandíbula e dos dentes mandibulares. Trata-se de um ramo terminal do nervo mandibular (V3). O nervo mandibular, após atravessar a base do crânio, valendo-se do forame oval, penetra a fossa infratemporal e divide-se, notoriamente, em: → três nervos motores destinados ao músculo temporal, de trás para frente: • nervo temporal profundo posterior (TPP), que provém do nervo temporomassetérico; • o nervo temporal profundo médio (TPM); • o nervo temporal profundo anterior (TPA), que provém, com o nervo bucal, do nervo temporobucal; → dois ramos terminais: • o nervo lingual (L), que se estende contra a face interna da mandíbula na região molar; • o nervo alveolar inferior (AI), que penetra no canal mandibular. Este canal está geralmente situado sob as raízes dentárias em contato com a cortical interna; contudo, quando situado acima, é lateral em relação às raízes dentárias (Gaudy, 2006). → O nervo alveolar inferior divide-se, em relação aos pré-molares, em: • um nervo incisivo que continua seu trajeto intraósseo no canal incisivo para assegurar a inervação sensitiva dos caninos e dos incisivos mandibulares; – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto • um nervo mentoniano, que sai pelo forame mentoniano, por vezes representando um ângulo, dividindo-se, por sua vez, em múltiplos ramos sensitivos destinados ao lábio inferior e ao queixo. O músculo esternoclidomastóideo (ECM) define um relevo na face lateral do pescoço. Do nervo mandibular, parte o nervo temporobucal, de onde saem o nervo temporal profundo anterior (TPA), o nervo bucal, que inerva o músculo bucinador, o nervo temporal profundo médio (TPM) e o nervo temporomassetérico, de onde, por sua vez, partem os nervos temporal profundo posterior (TPP) e o massetérico (MA), que inerva o músculo massetérico. Os três nervos temporais profundos asseguram a inervação motora do músculo temporal (T). O nervo mandibular (M) passa por dentro dos dois feixes do músculo pterigóideo lateral, e dele partem seus dois ramos terminais: o nervo lingual (L), que passa em contato com a face interna da mandíbula, e o nervo alveolar inferior (AI), que penetra a mandíbula.O nervo lingual nasce da bifurcação do nervo mandibular (M) em nervo alveolar inferior (AI), o qual penetra a mandíbula, e do nervo lingual (L), que apresenta uma relação muito próxima com o canal submandibular (CSM), proveniente da glande submandibular (SM). O assoalho bucal é visto por sua face superior, com o músculo milo- hióideo (MH) e o músculo genio-hióideo (GH). A glande sublingual (SL) situa-se sobre os músculos do assoalho. A mandíbula é vascularizada por uma rede externa perióstea e uma rede interna endóstea. A rede externa é formada: → pela artéria facial (F), que atinge a região submandibular, passando à face medial e, depois, ao bordo superior da glande submandibular (SM). Situa-se contra o periósteo da mandíbula no bordo inferior e sobre a parte inferior da face lateral; depois, torna-se mais superficial na bochecha; → pela artéria submentoniana (ASM), que provém da artéria facial, dirigindo-se obliquamente para frente e atingindo a face inferior da mandíbula, na região anterior. Ela pode ser lesada em caso de perfuração da cortical inferior da mandíbula por um implante, acarretando em um hematoma cervical; – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto Da artéria alveolar inferior, destacam-se ramos destinados a cada ápice dental. A artéria divide-se em dois ramos terminais, uma artéria incisiva, que continua seu trajeto pela mandíbula e fornece ramos ao canino e aos incisivos mandibulares, e uma artéria mentoniana, que sai pelo forame mentoniano e se anastomosa à artéria submentoniana. O assoalho é constituído essencialmente pela união dos dois músculos milo-hióideos (MH), reforçado abaixo pelo ventre anterior do músculo digástrico (D). Na região da glande submandibular (SM), a artéria submentoniana (ASM), cujos ramos terminais situam-se sob o bordo inferior da sínfise mandibular inferior, provém da artéria facial (F). A artéria submentoniana, se divide em artéria labial inferior. O canal mandibular é muito importante e deve- se tomar bastante cuidado com ele, ao trabalhar com implantes. Esse canal contém um feixe vásculo-nervoso: o nervo alveolar inferior e a artéria alveolar inferior. Muitas vezes, esse feixe vásculo-nervoso pode ter uma relação de proximidade com os molares. O número 67 representa o molar e o número 75 representa o canal mandibular. OBS: para procedimentos na região de molares, é de extrema importância realizar um exame de imagem, para verificar a relação desse dente com o canal mandibular. OBS: Quando ocorre reabsorção muito grande em mandíbula (pacientes desdentados totais), o canal mandibular ficará cada vez mais perto e em casos extremos, pode expor até o forame mentual (o paciente terá sensibilidade). Reabsorção extrema do osso mandibular. Exposição do forame mentual. Levando em consideração todas essas peculiaridades, realiza-se o protocolo em mandíbula com 4 implantes interforames (padrão ouro no protocolo de mandíbula). Livra os forames e o canal mandibular. – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto Esse procedimento irá prevenir possíveis complicações. A mandíbula tem uma espessura óssea variável: → Na região anterior – possui uma certa espessura óssea e na região posterior é uma outra espessura; → O conhecimento quanto a diferença de espessura é importante para realizar o posicionamento correto dos instrumentos. Posicionamento inadequado do instrumento. → Também é muito importante fazer o correto posicionamento dos implantes – acompanhando os demais dentes da arcada. Implante posicionado inadequadamente – dificulta a reabilitação (a coroa do implante). Anatomia periodontal e peri-implantar: As mucosas da cavidade oral podem ser de 3 tipos: → Mucosa mastigatória; → Mucosa de revestimento; → Mucosa especializada. A mucosa especializada está presente principalmente na região de dorso da língua (a mucosa das papilas – especializada para sentir o gosto das comidas). Para a implantodontia, essa mucosa não é tão importante. → A mucosa de revestimento é mais elástica; → Revestem a mucosa labial, a mucosa jugal, o ventre de língua; → É uma mucosa mais aderida/fixa aos tecidos; → Exemplos: mucosa da gengiva alveolar e a mucosa do palato duro. Diferencial: → A mucosa da gengiva alveolar possui ceratina e a do palato duro não possui. Um tecido queratinizado apresenta a propriedade de resistência. De todas essas mucosas, a que irá necessitar de mais resistência é a mucosa mastigatória. – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto → Em uma mucosa ceratinizada tem-se as características de impermea- bilidade e imobilidade – isso é importante porque promove uma vedação biológica. Então a camada de ceratina faz com que haja uma maior dificuldade para que as bactérias entrem – facilitando a higienização e diminui a inflamação. Tecido sem mucosa ceratinizada. Com mucosa ceratinizada (foto do meio), após o enxerto – menor chance de inflamação ao redor do implante. Existe uma série de doenças que podem acometer o implante (principalmente mucosite e peri-implantite – inflamação ao redor do implante). Para o tratamento, pode ser feito o enxerto de tecido conjuntivo. Gengiva sem ceratina, sem aderência. O aspecto de escurecido se dá por conta da falta de osso. Foi realizado o enxerto conjuntivo de palato. É retirado uma porção de tecido conjuntivo da região do palato e em seguida suturado. – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto O palato é vascularizado pelas artérias palatina maior e palatina menor. É importante conhecer a anatomia para não realizar incisão próximo ao forame. Deve-se realizar a incisão cerca de 2 mm da coroa do dente. Posicionamento do enxerto e sutura. Resultado final. Do ponto de vista tecidual, com ceratina, será bem mais difícil que se desenvolva alguma inflamação ao redor desse implante. Mas também é necessário que o paciente mantenha todos os cuidados de higienização. Portanto, a mucosa ceratinizada é muito importante para a área peri-implantar. Referências: Aula teórica de Implantodontia. Professora Clarisse Pereira de Brito. Faculdade Maurício de Nassau, Odontologia, 2022. DAVARPANAH, Mirthridate et al. Manual de Implantodontia Clínica: conceitos, protocolos e inovações. 2. ed. Porto Alegre: Artmed Editora Ltda, 2013. 517 p.
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