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2- Anatomia aplicada à implantodontia (resumo)

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– ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
 
 
 
 
 
Introdução: 
O conhecimento da anatomia é 
fundamental para a implantodontia. Na 
implantodontia, é necessário um bom 
planejamento, para que se tenha menor 
risco de acidentes e complicações, o que 
leva ao sucesso nos procedimentos. 
Quando se trata da anatomia para os 
implantes, dois ossos são importantes: a 
maxila e mandíbula. Esses ossos possuem 
uma inervação específica, vascularização e 
algumas peculiaridades anatômicas. 
Anatomia microscópica: 
Há dois tipos de osso: 
Na mandíbula, é possivel 
perceber que o osso mais periférico é um 
osso mais denso (1), enquanto o osso mais 
interno é um osso mais poroso, mais 
esponjoso (2). 
 
A resposta óssea a um implante é diversa, 
pois depende do tipo de osso, se é cortical 
ou esponjoso. Lekholm e Zarb (1987) 
propuseram a classificação do tipo ósseo 
encontrado na colocação dos implantes, 
levando em conta a divisão entre osso 
cortical e esponjoso: 
→ – a maxila é constituído 
quase exclusivamente por um osso 
compacto e homogêneo; 
→ – uma camada espessa 
de osso compacto envolve um núcleo 
de osso trabecular denso; 
 
 
 
 
 
 
→ – uma fina camada de 
osso cortical envolve um núcleo de 
osso trabecular denso; 
→ – uma fina camada de 
osso cortical envolve um núcleo de 
osso trabecular de baixa densidade. 
 
 
 
 
 
 
 
Esse osso, é recoberto por uma 
membrana chamada de 
(membrana de tecido conjuntivo denso). 
 
 
 
 
 
 
 
formador de 
osso. O osso é composto por três células: 
 (fazem osteogênese, 
presentes na periferia), 
(responsáveis pela reabsorção óssea – 
“comem” osso) e – ficam dentro 
de lacunas (os osteoblastos 
amadurecem e se tornam osteócitos). 
Implantodontia 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Características da maxila: 
Os ossos maxilares constituem o esqueleto 
do maxilar superior. O maxilar se articula com 
todos os outros ossos da face. Contém uma 
grande cavidade, o seio maxilar, e contribui 
para limitar as fossas nasais exteriormente, as 
cavidades orbitárias abaixo e a cavidade 
oral acima. É suporte para os dentes 
maxilares. 
 
 
 
 
 
 
União das duas maxilas. No centro (indicado 
em verde) está a 
A maxila possui 4 projeções: frontal, 
zigomática, palatina e alveolar. 
→ o processo frontal, que limita 
lateralmente a parte anterior da fossa 
nasal; 
 
 
→ o processo palatino, que constitui a 
parte anterior do palato ósseo; 
→ o processo alveolar, que se 
apresenta como uma curva côncava 
voltada para trás medianamente, 
suportando os dentes maxilares. 
 
 
 
 
 
 
1 – Processos palatinos; 2- Processo 
alveolar. Essas projeções são levadas em 
consideração na implantodontia. 
Esse osso apresenta uma cavidade, 
chamada , que pertence ao 
conjunto de seios nasais. O seio maxilar 
ocupa totalmente a pirâmide maxilar, por 
vezes emitindo prolongamentos, 
principalmente no interior do processo 
palatino. 
A inervação depende do , 
segundo ramo do nervo trigêmeo (V2), que 
é o nervo sensitivo da face. 
O nervo maxilar, proveniente do gânglio 
trigeminal (GT) do nervo trigêmeo, passa 
pelo forame circular da base do crânio, 
cavado na grande asa do esfenoide. Na 
fossa pterigopalatina, ele resulta: 
→ no nervo zigmático (Z), que se 
anastomosa ao nervo lacrimal (A) 
proveniente do nervo oftálmico V1 ao 
nível da parede lateral da órbita 
para resultar em ramos sensitivos para 
a pele da região zigomática; 
→ no nervo pterigopalatino (PP), que, 
por sua vez, resulta nos nervos 
palatinos que se posicionam no 
grande canal palatino para 
assegurar a inervação sensitiva do 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
véu do palato e da parte posterior 
do palato duro; 
→ nos ramos alveolares superiores e 
posteriores (ASP), que descem em 
aderência à tuberosidade maxilar e 
penetram os canais cavados do osso 
para garantir a inervação sensitiva 
dos molares maxilares. 
A partir daí, ele segue o canal orbital, 
resultando: 
→ no ramo alveolar superior e médio 
(ASM), que desce pela parede lateral 
do seio maxilar; 
→ nos ramos alveolares superiores e 
anteriores (ASA), que se desligam do 
nervo na extremidade do canal 
infraorbital e seguem pela parede 
anterior do seio maxilar para realizar 
a inervação sensitiva dos dentes 
anteriores maxilares; 
→ no nervo infraorbital (IO) (o ramo 
terminal do nervo maxilar), 
proveniente do forame infraorbital, 
que resulta em ramos sensitivos 
destinados à pálpebra inferior, à 
jugal, ao nariz e ao lábio superior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A vascularização do maxilar depende de 
determinados ramos da artéria maxilar, 
como: 
→ a artéria infraorbital (IA), que garante 
a vascularização: 
• da face superior orbital; 
• da face anterior do maxilar e 
dos dentes anteriores; 
→ a artéria alveolar posterior e superior 
(APS), que vasculariza a face 
posterior do maxilar e dos dentes 
posteriores; da IA e da APS, que são 
anastomosadas por uma artéria (A) 
situada entre a mucosa e a parte 
lateral do seio maxilar. Esta pode 
tornar-se um obstáculo anatômico 
nos casos de abordagem lateral do 
seio maxilar devido à elevação do 
assoalho do seio maxilar (sinus lift); 
 
 
 
 
 
 
 
Esquema da vista lateral da face. A artéria carótida 
externa (CE) se divide em ramos terminais, 
denominados artéria temporal superficial (TS) e 
artéria maxilar (M). Esta última resulta em uma artéria 
infraorbital (IA), que se desenvolve no assoalho da 
órbita e sai pelo forame infraorbital. Ela apresenta 
uma anastomose (A) com a artéria alveolar posterior 
e superior (APS). 
→ a grande artéria palatina (GP), ramo 
da artéria palatina descendente, que 
assegura a vascularização da parte 
posterior da mucosa palatina 
→ a artéria nasopalatina (NP), ramo da 
artéria esfenopalatina, que 
vasculariza a parte anterior da 
mucosa palatina; a grande artéria 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
palatina é anastomosada à artéria 
nasopalatina. 
 
 
 
 
 
 
 
Esquema da vista inferior do palato ósseo. A 
vascularização do palato ósseo depende da 
grande artéria palatina (GP), proveniente da artéria 
palatina descendente e da artéria nasopalatina 
(NP), que se origina da artéria esfenopalatina. Os 
nervos palatino maior e nasopalatino, satélites das 
artérias de mesmo nome, garantem a inervação 
sensitiva do palato. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As artérias saem de forames. Através de 
cada forame passa: um nervo, uma artéria e 
uma veia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A maxila também é o assoalho da cavidade 
nasal. 
→ Pode haver pacientes que possuem a 
raiz de um dente se comunicando 
com essa região (pré-molares ou 
molar com a raiz muito grande – há 
chances de a raiz está no assoalho 
da cavidade nasal); 
→ Por isso, o exame radiográfico é 
extremamente importante antes da 
realização de qualquer 
procedimento. 
OBS: se um dente que possuía comunicação 
com o assoalho da cavidade nasal for 
extraído, cria-se uma 
 (essa comunicação pode 
fechar ou pode criar uma fístula – nem toda 
comunicação irá formar uma fístula). Para 
formar uma fístula, é necessário que se crie 
epitélio. Se for uma comunicação pequena 
e o paciente ficar em descanso, ela pode 
se fechar sem formar fístula. Se houver a 
formação de fístula, é necessário iniciar 
tratamento com um bucomaxilofacial. 
O assoalho do seio maxilar é revestido por 
uma membrana, chamada de membrana de 
Schneider. 
 
 
 
 
 
Existe um quadro chamado de 
(quando a membrana desce mais do que o 
normal). Esse processo pode ser fisiológico, 
com o tempo ela tende a descer um pouco. 
Em pacientes que perderam os dentes, essa 
membrana acaba pneumatizando 
(descendo) mais do que o esperado/ normal 
(nesse caso, é chamadode pneumatização 
secundária). 
 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nessa radiografia (abaixo), no lado direito, 
o paciente quase não possui osso. Ocorreu 
uma grande pneumatização e o osso foi 
reabsorvido. Para que seja possível a 
reabilitação com implante, nesse caso, será 
necessário realizar um procedimento 
chamado de levantamento de seio maxilar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Isso geralmente acontece nos pacientes 
mais idosos (desdentados). Nesse caso, é 
necessário fazer o levantamento do seio 
maxilar, enxerto ósseo e depois a 
reabilitação com implantes. 
→ Objetivo da cirurgia: elevação do 
seio maxilar. 
 
 
 
 
 
 
 
→ Realizar um enxerto ósseo para 
preencher a cavidade entre 
membrana e assoalho. Esse osso 
passa pelo processo de 
osseointegração e posteriormente 
realiza-se a cirurgia de implante no 
paciente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Há vários tipos de enxerto ósseo e o tipo de 
enxerto pode influenciar no tratamento: 
→ provém do 
próprio paciente; 
✓ Vantagens: é biocompatível; 
✓ Desvantagens: comorbidade 
para o paciente e custos da 
equipe; 
✓ Podem ser retirados de vários 
locais: calota craniana, crista 
ilíaca e ramo/mento da 
mandíbula. 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
 
 
Exemplo de enxerto autógeno retirado do 
mento, na mandíbula. 
→ provém de 
outra pessoa; 
✓ Vantagens: banco de tecidos 
humanos (enxertos já prontos); 
✓ Desvantagens: verificar 
compatibilidade de doador. 
→ provém de 
outra espécie; 
✓ É o mais utilizado; 
✓ Vem principalmente da espécie 
bovina e suína; 
✓ São enxertos em pó, que são 
misturados com sangue ou soro 
para hidratar; 
✓ São colocados em posição na 
cavidade até o preenhimento. 
 
Existem dois tipos de levantamento de seio 
maxilar: 
→ – inclui 
anestesiar o paciente, rebater o 
retalho, abrir uma loja cirúrgica, retirar 
a parede anterior de osso, levantar a 
membrana e preencher com osso. O 
osso irá ósseointegrar e depois é 
possível colocar um implante. Em 
alguns casos é possível colocar o 
implante imediatamente, em outros 
não. 
 
Fazer desgaste da parede lateral para 
acesso à membrana do seio . Afastamento 
da mebrana com curetas específicas (1). 
Aspecto da membrana após afastamento 
(2). Preechimento com biomaterial (3). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
Depois de colocar o enxerto ósseo, é feito 
um recobrimento com biomembrana de 
colágeno (mebrana sintética, é comprada 
pronta). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por último, é realizado a sutura do retalho. 
OBS: 
Exemplo: paciente que possui uma 
espessura de osso de 2 mm, mas é necessário 
colocar um implante de 9 mm, então é 
necessário aumentar 7 mm de osso. 
Geralmente são os casos de pessoas que 
perderam o dente há bastante tempo e 
ocorreu uma grande pneumatização da 
membrana de Schneider. 
→ A colocação imediata do implante irá 
depender do remanescente ósseo: 
• 
– realiza o 
enxerto e não coloca o 
implante imediatamente (SINUS 
LIFT SEM IMPLANTE). Precisa 
, para que haja a 
osseointegração. 
• 
 – realiza o 
enxerto e coloca o implante 
(SINUS LIFT COM IMPLANTE). 
Se houver 5 mm de osso, é possível travar 
minimamente o implante no tecido ósseo e o 
enxerto será para preencher o espaço e 
afastar a membrana. 
OBS: Osso menos denso (osso mais 
esponjoso) – presente na região posterior de 
maxila) que possui altura óssea, não precisa 
realizar o levantamento. É necessário fazer 
uma subfresagem. Para colocar um implante, 
realiza-se uma perfuração inicial no osso, 
utilizando de 3 a 4 brocas para aumentar 
o diâmetro da loja e colocar o implante. No 
caso do osso muito esponjoso, utiliza-se uma 
broca a menos (chama-se subfresagem) 
para que o implante entre apertado e não 
fique folgado. Exemplo: se deseja-se 
colocar um implante de 4 mm em um osso 
esponjoso, pode-se fazer a perfuração até 
a broca de 3,5, para que o implante fique 
mais “arrochado”. 
OBS: Quando o paciente deseja algo 
imediato e a espessura do osso não permite 
a instalação do implante, é necessário 
explicar para ele que não é possível fazer 
algo tão rápido. Também existe um tempo 
limite para aguardar a osseointegração 
(neoformação óssea) colocar o implante (de 
6 a 9 meses no máximo). Se o paciente não 
retornar no tempo certo, iniciará o processo 
de reabsorção novamente. 
OBS: Na colocação de um implante deve 
haver o sangramento, para que a 
neoformação óssea possa acontecer. Mas, 
esse sangramento não deve ser exagerado, 
a ponto de atrapalhar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
→ Geralmente ocorre nos pacientes que 
perderam o elemento dentário há 
pouco tempo; 
 
 
 
 
 
 
 
→ Essa técnica é realizada por via 
alveolar (não rebate retalho) – é feito 
uma incisão supraprestal, afasta a 
gengiva, perfura e começa a bater 
com os osteótomos para que ocorra 
um descolamento e a membrana suba. 
Assim, é possível colocar o implante no 
mesmo momento. 
Características da mandíbula: 
A mandíbula é um osso ímpar e simétrico que 
constitui, sozinho, o esqueleto do andar 
inferior da face. É o único osso móvel da 
face, articulando-se com os ossos temporais 
(não tem ligação com o crânio – se liga 
através da ATM). Esse osso suporta os 
dentes mandibulares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
A mandíbula é composta por um corpo e 
dois ramos. O corpo é encurvado em forma 
de ferradura e aberto para trás. 
O nervo alveolar inferior assegura a 
inervação sensitiva da mandíbula e dos 
dentes mandibulares. Trata-se de um ramo 
terminal do nervo mandibular (V3). O nervo 
mandibular, após atravessar a base do 
crânio, valendo-se do forame oval, penetra 
a fossa infratemporal e divide-se, 
notoriamente, em: 
→ três nervos motores destinados ao 
músculo temporal, de trás para frente: 
• nervo temporal profundo 
posterior (TPP), que provém do 
nervo temporomassetérico; 
• o nervo temporal profundo 
médio (TPM); 
• o nervo temporal profundo 
anterior (TPA), que provém, com 
o nervo bucal, do nervo 
temporobucal; 
→ dois ramos terminais: 
• o nervo lingual (L), que se 
estende contra a face interna 
da mandíbula na região molar; 
• o nervo alveolar inferior (AI), 
que penetra no canal 
mandibular. 
Este canal está geralmente situado sob as 
raízes dentárias em contato com a cortical 
interna; contudo, quando situado acima, é 
lateral em relação às raízes dentárias 
(Gaudy, 2006). 
→ O nervo alveolar inferior divide-se, em 
relação aos pré-molares, em: 
• um nervo incisivo que continua 
seu trajeto intraósseo no canal 
incisivo para assegurar a 
inervação sensitiva dos 
caninos e dos incisivos 
mandibulares; 
 
 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
• um nervo mentoniano, que sai 
pelo forame mentoniano, por 
vezes representando um 
ângulo, dividindo-se, por sua 
vez, em múltiplos ramos 
sensitivos destinados ao lábio 
inferior e ao queixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O músculo esternoclidomastóideo (ECM) define 
um relevo na face lateral do pescoço. Do nervo 
mandibular, parte o nervo temporobucal, de 
onde saem o nervo temporal profundo anterior 
(TPA), o nervo bucal, que inerva o músculo 
bucinador, o nervo temporal profundo médio 
(TPM) e o nervo temporomassetérico, de onde, 
por sua vez, partem os nervos temporal profundo 
posterior (TPP) e o massetérico (MA), que inerva 
o músculo massetérico. Os três nervos temporais 
profundos asseguram a inervação motora do 
músculo temporal (T). O nervo mandibular (M) 
passa por dentro dos dois feixes do músculo 
pterigóideo lateral, e dele partem seus dois 
ramos terminais: o nervo lingual (L), que passa em 
contato com a face interna da mandíbula, e o 
nervo alveolar inferior (AI), que penetra a 
mandíbula.O nervo lingual nasce da bifurcação do nervo 
mandibular (M) em nervo alveolar inferior (AI), o 
qual penetra a mandíbula, e do nervo lingual (L), 
que apresenta uma relação muito próxima com 
o canal submandibular (CSM), proveniente da 
glande submandibular (SM). O assoalho bucal é 
visto por sua face superior, com o músculo milo-
hióideo (MH) e o músculo genio-hióideo (GH). A 
glande sublingual (SL) situa-se sobre os músculos 
do assoalho. 
 
A mandíbula é vascularizada por uma rede 
externa perióstea e uma rede interna 
endóstea. A rede externa é formada: 
→ pela artéria facial (F), que atinge a 
região submandibular, passando à 
face medial e, depois, ao bordo 
superior da glande submandibular 
(SM). Situa-se contra o periósteo da 
mandíbula no bordo inferior e sobre a 
parte inferior da face lateral; depois, 
torna-se mais superficial na 
bochecha; 
→ pela artéria submentoniana (ASM), 
que provém da artéria facial, 
dirigindo-se obliquamente para frente 
e atingindo a face inferior da 
mandíbula, na região anterior. Ela 
pode ser lesada em caso de 
perfuração da cortical inferior da 
mandíbula por um implante, 
acarretando em um hematoma 
cervical; 
 
 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
Da artéria alveolar inferior, destacam-se 
ramos destinados a cada ápice dental. A 
artéria divide-se em dois ramos terminais, 
uma artéria incisiva, que continua seu trajeto 
pela mandíbula e fornece ramos ao canino 
e aos incisivos mandibulares, e uma artéria 
mentoniana, que sai pelo forame mentoniano 
e se anastomosa à artéria submentoniana. 
 
 
 
 
 
 
 
 
O assoalho é constituído essencialmente pela 
união dos dois músculos milo-hióideos (MH), 
reforçado abaixo pelo ventre anterior do 
músculo digástrico (D). Na região da glande 
submandibular (SM), a artéria submentoniana 
(ASM), cujos ramos terminais situam-se sob o 
bordo inferior da sínfise mandibular inferior, 
provém da artéria facial (F). 
 
 
 
 
 
 
 
 
A artéria submentoniana, se divide em artéria 
labial inferior. 
O canal mandibular é muito importante e deve-
se tomar bastante cuidado com ele, ao 
trabalhar com implantes. Esse canal contém um 
feixe vásculo-nervoso: o nervo alveolar inferior e 
a artéria alveolar inferior. Muitas vezes, esse feixe 
vásculo-nervoso pode ter uma relação de 
proximidade com os molares. 
 
 
 
 
 
 
 
O número 67 representa o molar e o número 75 
representa o canal mandibular. 
OBS: para procedimentos na região de molares, 
é de extrema importância realizar um exame de 
imagem, para verificar a relação desse dente 
com o canal mandibular. 
OBS: Quando ocorre reabsorção muito grande 
em mandíbula (pacientes desdentados totais), o 
canal mandibular ficará cada vez mais perto e 
em casos extremos, pode expor até o forame 
mentual (o paciente terá sensibilidade). 
 
Reabsorção extrema do osso mandibular. 
 
Exposição do forame mentual. 
Levando em consideração todas essas 
peculiaridades, realiza-se o protocolo em 
mandíbula com 4 implantes interforames (padrão 
ouro no protocolo de mandíbula). Livra os 
forames e o canal mandibular. 
 
 
 
 
 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
Esse procedimento irá prevenir possíveis 
complicações. 
A mandíbula tem uma espessura óssea variável: 
→ Na região anterior – possui uma certa 
espessura óssea e na região posterior é 
uma outra espessura; 
→ O conhecimento quanto a diferença de 
espessura é importante para realizar o 
posicionamento correto dos instrumentos. 
 
 
 
 
 Posicionamento inadequado 
 do instrumento. 
 
 
 
→ Também é muito importante fazer o 
correto posicionamento dos implantes – 
acompanhando os demais dentes da 
arcada. 
 
 
 
 
 
 
 
Implante posicionado inadequadamente – 
dificulta a reabilitação (a coroa do implante). 
 
Anatomia periodontal e peri-implantar: 
As mucosas da cavidade oral podem ser de 
3 tipos: 
→ Mucosa mastigatória; 
→ Mucosa de revestimento; 
→ Mucosa especializada. 
 
 
A mucosa especializada está presente 
principalmente na região de dorso da 
língua (a mucosa das papilas – 
especializada para sentir o gosto das 
comidas). Para a implantodontia, essa 
mucosa não é tão importante. 
→ A mucosa de revestimento é mais 
elástica; 
→ Revestem a mucosa labial, a mucosa 
jugal, o ventre de língua; 
 
 
 
 
 
 
→ É uma mucosa mais aderida/fixa aos 
tecidos; 
→ Exemplos: mucosa da gengiva 
alveolar e a mucosa do palato duro. 
 
 
 
 
 
 
Diferencial: 
→ A mucosa da gengiva alveolar possui 
ceratina e a do palato duro não 
possui. 
Um tecido queratinizado apresenta a 
propriedade de resistência. De todas essas 
mucosas, a que irá necessitar de mais 
resistência é a mucosa mastigatória. 
 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
→ Em uma mucosa ceratinizada tem-se 
as características de impermea-
bilidade e imobilidade – isso é 
importante porque promove uma 
vedação biológica. Então a camada 
de ceratina faz com que haja uma 
maior dificuldade para que as 
bactérias entrem – facilitando a 
higienização e diminui a inflamação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tecido sem mucosa ceratinizada. 
 
 
 
 
 
 
Com mucosa ceratinizada (foto do meio), 
após o enxerto – menor chance de 
inflamação ao redor do implante. 
 
 
Existe uma série de doenças que podem 
acometer o implante (principalmente 
mucosite e peri-implantite – inflamação ao 
redor do implante). Para o tratamento, pode 
ser feito o enxerto de tecido conjuntivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gengiva sem ceratina, sem aderência. O 
aspecto de escurecido se dá por conta da 
falta de osso. 
 
Foi realizado o enxerto conjuntivo de 
palato. É retirado uma porção de tecido 
conjuntivo da região do palato e em 
seguida suturado. 
 
 
 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O palato é vascularizado pelas artérias 
palatina maior e palatina menor. É 
importante conhecer a anatomia para não 
realizar incisão próximo ao forame. Deve-se 
realizar a incisão cerca de 2 mm da coroa 
do dente. 
 
Posicionamento do enxerto e sutura. 
 
Resultado final. 
Do ponto de vista tecidual, com ceratina, 
será bem mais difícil que se desenvolva 
alguma inflamação ao redor desse implante. 
Mas também é necessário que o paciente 
mantenha todos os cuidados de 
higienização. Portanto, a mucosa 
ceratinizada é muito importante para a 
área peri-implantar. 
 
Referências: 
Aula teórica de Implantodontia. Professora Clarisse 
Pereira de Brito. Faculdade Maurício de Nassau, 
Odontologia, 2022. 
DAVARPANAH, Mirthridate et al. Manual de 
Implantodontia Clínica: conceitos, protocolos e 
inovações. 2. ed. Porto Alegre: Artmed Editora Ltda, 
2013. 517 p.

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