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o SINTOMA Na infância sINTOMA "É uma formação do inconsciente que, através do processo secundário, faz com que um desejo que não pode emergir na consciência sofra deformação (como nos sonhos). É essa deformação que dá ao sintoma seu caráter enigmático". (Faria, 1998, pp.83). Sintoma ➔ Manifestação do Inconsciente, assim como ato falhos, sonhos, etc. Resumidamente temos que uma situação de perigo, ligada a alguma satisfação pulsional proibida, ocasiona o aparecimento da angústia, e as defesas são acionadas. Perante o conflito entre a satisfação pretendida e o que interdita essa satisfação, surge o sintoma, que busca uma conciliação. Desta forma se satisfaz um pouco a pulsão e um pouco as defesas. O sintoma é, pois, um substituto deslocada, inibido e não reconhecível de uma satisfação, por estranho que isso possa parecer.” (Meira, 2010, pp. 21-22) sINTOMA Essa satisfação não é de felicidade e bem estar - pode incluir dor e desprazer. O sintoma sempre traz um ganho Ics sINTOMA na infância "O sintoma é então o sintoma de um sujeito, diz respeito ao desejo particular daquele sujeito" (Faria, 1998). A criança deve nomear os sintomas e não os pais, pois ela é o sujeito em questão sINTOMA na infância Sintoma na criança: o sintoma que os pais trazem. Sintoma da criança: o sintoma que é apresentado pela criança "Assim, duas condições preliminares se apresentam para que a análise da criança ocorra: a presença do sintoma da criança, ou seja, que a criança tenha uma implicação própria em sua análise, que o construa com o analista, e que é por onde sua análise ira caminhar; e a presença do que chamamos o sintoma na criança, que os pais tenham uma questão que justifique traze-la ao analista, sem o que ela não virá." (Faria, 1998, pp. 87) "Sua mãe vem à primeira entrevista com uma queixa clara: Júlia é excessivamente tímida, tem dificuldade de se expressar, tem apresentado problemas de relacionamento com outras crianças. Esta queixa, por si só, normalmente justificaria o início de um tratamento. No entanto, uma escuta mais atenta nos coloca algumas questões. A mãe nos diz, a respeito da menina: "não quero que ela sofra como eu sofro". Quem é o sujeito que sofre? É Julia? Ainda não sabemos. O que sabemos é que a mãe da Júlia sofre; sofre e vê nos sintomas da filha a possibilidade de que, como ela, Júlia venha sofrer também. Estamos diante da mãe que nos fala de seu sofrimento com o sintoma da filha. Quem fala é a mãe, e não a criança. A mãe fala de um sintoma que sem dúvida remete à criança, mas no qual se nota imediatamente que só é trazido com o viés de sua própria subjetividade: "não quero que ela sofra como eu sofro" (Faria, 1998). caso - júlia "Os pais de Maria me procuraram porque ela tem um diagnóstico de anorexia, isto é, ela não se alimento. Isto tem um sentido para ela: o de não ser comida pela mãe, que a cumulou de cuidados. É como se dissesse: me deixe querer! Assim, ao mesmo tempo em que esse sintoma representa um perigo para sua sobrevivência pessoal, ela tem todo um ganho extra, que é o da preocupação e cuidados constantes da mãe." (Meira, 2010, pp. 23) caso - maria REFERÊNCIAS Obrigada! Faria, M. R. (1998). Introdução à psicanálise de crianças: o lugar dos pais. Hacker Editores. Meira, Y. M. (2010). As estruturas clínicas e a criança. São Paulo: Casa do Psicólogo.
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