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Embriologia do sistema genital

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Embriologia do sistema genital
O sexo cromossômico de um embrião é determinado no momento da fecundação, contudo, as características morfológicas femininas e masculinas somente surgem a partir da 7ª semana.
Assim, o sistema genital inicial é semelhante aos dois sexos, sendo do tipo indiferenciado.
· Desenvolvimento das gônadas:
As gônadas são os ovários e os testículos, e são órgãos que atuam produzindo células sexuais (ovócitos ou espermatozoides). 
A formação das gônadas deriva de 3 fontes:
a) Mesotélio, que é o epitélio do mesoderma;
b) Mesênquima, que é o tecido conjuntivo embrionário;
c) Células germinativas primordiais, que são as células sexuais em estágio indiferenciado.
O início do desenvolvimento gonadal ocorre na 5ª semana. A gônada surge por um espessamento e desenvolvimento do mesotélio na porção medial do mesonefro (rim primitivo). 
A proliferação desse epitélio e do mesênquima produz uma saliência, chamada de cristas gonadais. E, além dessas cristas, formam-se cordões de células epiteliais com formato digitiforme, chamados de cordões gonadais. As cristas gonadais são consideradas o córtex e os cordões gonadais são considerados a medula das gônadas indiferenciadas.
Em embriões com cromossomos XX, o córtex se diferencia em ovário e a medula regride. Em embriões com cromossomo XY, a medula se diferencia em testículos e o córtex regride.
As células germinativas primordiais são células grandes e esféricas, que se originam das células endodérmicas da vesícula umbilical. Essas células saem da vesícula e migram para as cristas gonadais. Porém, na 6ª semana de desenvolvimento, essas células penetram no mesênquima e passam a ser incorporados nos cordões gonadais.
· Determinação do sexo:
O desenvolvimento do fenótipo masculino requer a presença do cromossomo Y, que é considerado o dominante/determinante. Isso acontece, pois, no cromossomo Y existe o gene SRY (região determinante do sexo no cromossomo Y), que é o fator determinante para desenvolvimento dos testículos.
A testosterona e o hormônio antimileriano (HAM) determinam a diferenciação sexual masculina, que se inicia na 7ª semana. 
A ausência do cromossomo Y e presença do cromossomo X induz o desenvolvimento do fenótipo feminino. E, isso acontece, pois, inúmeros genes estão presentes nesse cromossomo X, induzindo a diferenciação.
A diferenciação sexual feminina ocorre na 12ª semana e surge mesmo na ausência dos hormônios (não sendo dependente da presença de ovários).
· Desenvolvimento de testículos e ovários:
1) Testicular:
O fator determinante dos testículos (FDT) induz os cordões seminíferos a se condensarem e se estenderam para a medula da gônada, onde esses cordões se ramificam e formam a rede testicular, túbulos seminíferos e túbulos retos.
OBS: A conexão dos cordões seminíferos e o epitélio da superfície é perdida por surgimento da túnica albugínea, que é uma cápsula fibrosa espessa.
Os túbulos seminíferos são separados um dos outros pelo mesênquima. É esse mesênquima que dá origem às células intersticiais (células de Leydig), que secretam hormônios androgênicos (testosterona e androstenediona) a partir da 8ª semana. São esses hormônios que induzirão a diferenciação dos ductos mesonéfricos e da genitália externa.
As células de sustentação (células de Sartoli) fazem a produção do HAM, que impede o desenvolvimento dos ductos paramesonéfricos, induzindo a formação do útero e tubas uterinas.
As paredes dos túbulos seminíferos são compostas de células de Sartoli (que fazem a sustentação) e espermatogônias, que são as células espermáticas primordiais.
2) Ovariano:
O desenvolvimento do ovário ocorre lentamente, de forma que só é identificável na 10ª semana. 
Os cordões corticais se estendem do epitélio para o mesênquima e, à medida que os cordões aumentam de tamanho, as células germinativas primordiais são incorporadas a eles. 
Na 16ª semana, os cordões começam a se romper em grupos de células, chamadas de folículos primordiais. Esses folículos são formados de uma ovogônia (célula germinativa primordial) rodeada por uma camada de células foliculares.
Não se formam ovogônias após o nascimento. Por isso, embora muitas sofram atresia, algumas crescem, desenvolvem e formam os ovócitos primários. 
Esses ovócitos são separados do epitélio pela cápsula fibrosa fina, a túnica albugínea.
· Desenvolvimento dos ductos:
Durante a 5 e 6 semanas, o sistema genital está em estado indiferenciado, estando presente dois pares de ductos genitais. O primeiro par é o ducto mesonéfrico ou de Wolf, que está relacionado com o desenvolvimento do sistema reprodutor masculino. O segundo par é o ducto paramesonéfrico ou de Muller, que está relacionado com o desenvolvimento do sistema reprodutor feminino.
O ducto paramesonéfrico é mais lateral às gônadas e aos ductos mesonéfricos. Porém, os ductos são paralelos e se abrem para dentro da cavidade peritoneal, na futura região pélvica do embrião.
É a união dos ductos paramesonéfricos que formará o primórdio uterovaginal, que tem forma de Y.
· Desenvolvimento da vagina:
A vagina apresenta uma origem dupla, de forma que sua parte inferior é formada a partir do seio urogenital e sua parte superior é formada a partir do ducto paramesonéfrico.
O contato do primórdio uterovaginal com o seio urogenital forma o tubérculo do seio. E, esse contato induz a formação de projeções do endoderma, chamada de bulbos sinovaginais.
Esses bulbos se estendem até a extremidade causal do primórdio uterovaginal, onde se fundem e formam a placa vaginal.
As células da placa vaginal originam o epitélio da vagina e, mais tarde, se decompõem, formando a luz da vagina.
OBS: O hímen é uma membrana que separa a luz da vagina da cavidade do seio urogenital. Essa membrana se forma pela invaginação da parede posterior do seio urogenital.
· Anomalias:
Existem vários tipos de anomalias uterinas e vaginais. Elas são resultantes de paradas do desenvolvimento, a nível da 8ª semana.
Os tipos são: desenvolvimento incompleto de um ducto paramesonéfrico; falha de parte de um ou ambos ductos paramesonéfricos; fusão incompleta dos ductos paramesonéfricos; e canalização incompleta da placa vaginal.
O útero duplo surge da falta de fusão das partes inferiores dos ductos paramesonéfricos, podendo estar associado à vagina dupla (A). 
O útero pode parecer normal externamente, mas internamente é dividido por um septo fino (F).
Útero duplo com vagina única
Útero duplo com vagina dupla
Útero bicórneo com corno rudimentar
Útero bicórneo
Útero unicórneo
Caso a duplicação afete apenas a parte superior do corpo do útero, a condição é um útero bicórneo (D).
Se o crescimento de um ducto paramesonéfrico for retardado e esse ducto não se fundir com e segundo, tem-se um útero bicórneo com um corno rudimentar (E).
Pode ocorrer, ainda, de um útero unicórneo se desenvolver, por conta de um ducto paramesonéfrico que não se desenvolve (G).

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