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Aline Maria- 04/05 Embriologia Sistema reprodutor feminino Introdução O sistema genital feminino é formado por dois ovários, duas tubas uterinas, o útero, a vagina e a genitália externa. O sistema reprodutor feminino está relacionado com a produção de gametas (oócitos), com a produção de hormônios (controlam o próprio sistema reprodutor e tem influência com outras estruturas do organismo). O sistema reprodutor feminino tem a função de armazenar, conter e gerar um embrião durante o seu desenvolvimento intrauterino. Os embriões passam por um momento chamado de estagio indiferenciado, ou seja, as estruturas que fazem parte do sistema reprodutor feminino e masculino, ainda não podem ser distinguidas por características morfológicas. Mas o sexo cromossômico do embrião vai ser determinado geneticamente no momento da fertilização, os genes que estarão presentes no cromossomo vai determinar o desenvolvimento das características sexuais feminino ou masculino. Durante o desenvolvimento dos embriões não se consegue diferenciar o desenvolvimento das características sexual feminino ou masculino, somente a partir do terceiro mês de gestação. Os oócitos terão obrigatoriamente cromossomo X., nos espermatozoides pode possuir um cromossomo X e um Y. Gônadas As gônadas não adquirem características morfológicas masculinas ou femininas até a sétima semana. Tem-se três origens para as gônadas Surgem a partir do epitélio mesodérmico(mesotelio) que reveste a parede abdominal posterior (região próxima ao desenvolvimento do sistema renal primitivo- mesonefro); do mesênquima subjacente e das células germinativas primordiais(são visualizadas inicialmente na região da vesícula vitelínica, mas migram para região da parede abdominal posterior, ocorrendo o desenvolvimento da gônadas/ dão origem aos gametas masc. e fem.) O desenvolvimento das gônadas ocorre durante a quinta semana de desenvolvimento. Começam a se desenvolver no mesmo período do sistema renal mesonefro. Aparecem inicialmente um par de cristas – Cristas genitais ou gônadais. (se desenvolve na região medial do sistema mesonefro). Surgem como proliferações do mesótelio e do mesênquima subjacente no lado medial dos mesonefros. Células germinativas primordiais Na 3º semana vão residir entre as células endodérmicas na parede da vesícula vitelínica. Na 4º semana – migram por meio de movimento ameboide ao longo do mesentério dorsal do intestino posterior. Na 5º semana- Chegam ás gônadas primitivas Na 6º semana- invadem as cristas genitais. Essas células germinativas primordiais são importantes para o desenvolvimento das gônadas em ovários ou testículos. Por volta da 6º semana as células germinativas invadem as cristas genitais; e o epitélio que forma a região de revestimento da crista gonadal prolifera e forma cordões epiteliais digitiformes (cordões sexuais primitivos ou cordões gonadais) que crescem para dentro do mesênquima subjacente. As gônadas indiferenciadas consistem de um córtex (externo) e uma medula (interna). Ovários Embriões femininos: um complemento cromossômico sexual XX e nenhum cromossomo Y. Os cordões gonadais não são proeminentes no ovário em desenvolvimento. Eles se estendem na medula e formam uma rete ovarii rudimentar Eles desaparecem e são substituídos por um estroma vascular-medula ovariana.. A medula da gônada diferenciada regride enquanto que o córtex continua a se proliferar Conforme tem a regressão dos cordões medulares o epitélio superficial da gônada feminina continua a proliferar 7º semana- cordões corticais, que penetram no mesênquima subjacente, mas permanecem próximo á superfície.. No 3º mês de desenvolvimento esses cordões se rompem em grupos celulares isolados. As células continuam a proliferar e cercam cada oogônia com uma camada de células foliculares. A oogônia e as células foliculares constituem o folículo primordial. Durante o processo de gametogênese tem-se os processos de divisão celulares, onde a mitose ativa das oogônias ocorre durante a vida fetal, produzindo os folículos. Não se formam oogônias após o nascimento. Ductos genitais Possui um estágio indiferenciado (Na 5º e 6º semanas). Onde vai possuir dois pares de ductos genitais: Os ductos mesonéfricos(wolffianos)- representam um sistema de ductos que faz parte do sistema renal primitivo-mesonefro Os ductos paramesonéfricos (mullerianos) – se formam como uma invaginação do mesotélio na região abdominal. Esses ductos bilaterais paramesonéfricos passam por um trajeto até chegar na região do seio urogenital., se encontram em uma região mediana e sofrem fusão. A ponta caudal dos ductos combinados se projeta na parede posterior do seio urogenital, onde tem a formação de uma estrutura chamada tubérculo do seio que é importante para o desenvolvimento da porção inferior da vagina. Os ductos bilaterais mesonéfricos se abrem no seio urogenital em cada lado do tubérculo do seio. –importantes para o desenvolvimento do sexo masculino. Ductos genitais na mulher No embrião do sexo feminino não possui a presença de testosterona(determina o desenvolvimento dos ductos mesonefricos) e AMH(MIS).(promove a regressão dos ductos paramesonefricos) Os ductos mesonéfricos devido a ausência de testosterona regridem, enquanto os paramesonefrico conseguem se desenvolver. A presença do estrogênio contribui para a diferenciação dos ductos paramesonéfricos para seu desenvolvimento nos ductos genitais principais na mulher. As partes vertical cranial e horizontal dos ductos vão dar origem a tuba uterina. Já as partes caudais dos ductos se fusionam para formar o primórdio uterovaginal (útero e parte superior da vagina). O útero e a parte superior da vagina tem origem dos ductos paramesonefricos. A região do seio urogenital tuberculo do seio e a extremidade caudal dos ductos paramesofrénicos vai contribuir para o desenvolvimento da parede inferior da vagina. Os ductos paramesonéfricos se move mediocaudalmente, as cristas urogenitais se aproximam gradualmente em plano transversal. Após a fusão dos ductos na linha média, se estabelece uma prega pélvica transversal larga que dá origem ao Ligamento largo do útero. Tudo isso acaba contribuindo para a formação de duas cavidades na região pélvica. O útero e o ligamento largo dividem a cavidade pélvica em cavidade retouterina e cavidade vesicouterina. O útero é cercado por uma camada de mesênquima que forma o miométrio e perimétrio. Vagina Logo após o primórdio uterovaginal (região dos ductos mesonefricos que sofrem fusão) entrar em contato com o seio urogenital forma-se o tubérculo do seio. Surgem duas evaginações sólidas que crescem para fora da porção pélvica do seio urogenital (bulbos sinovaginais). Os bulbos sinovaginais proliferam e formam uma placa vaginal sólida. No 5º mês a protuberância vaginal está completamente canalizada. A vagina tem origem dupla, com a porção superior originada do canal uterino e a porção inferior derivada do seio urogenital. O hímen e a membrana são responsáveis por separar a cavidade do seio urogenital da região inferior da luz da vagina, essa membrana consiste no revestimento epitelial do seio urogenital A luz da vagina é separada da cavidade do seio urogenital por uma membrana – hímen Consiste no revestimento epitelial do seio e uma camada fina de células vaginais. O hímen geralmente se rompe, deixando uma pequena abertura durante o período perinatal e permanece como uma fina prega de membrana mucosa. A mulher pode reter alguns remanescentesdos túbulos excretórios do mesonefro cranial e caudal no mesovário- epoóforo e paraóforo.(representam remanescente dos túbulos excretórios do mesonefro) Cisto de Gartner: uma pequena porção caudal que é encontrada na parede do útero ou da vagina.(também representa remanescentes do sistema tubulares mesonefros) Glândulas genitais auxiliares Evaginações da uretra formam as glândulas bilaterais parauretrais secretoras de muco.- são importantes pela sua relação de secreção de muco para lubrificar os canais. Evaginações do seio urogenital formam as glândulas vestibulares maiores no terço inferior dos grandes lábios. São formadas pelo endoderma. Genitália externa Até a 7º semana, as genitálias externas são semelhantes. Durante a 9º semana começam a parecer as diferenças, mas as genitálias externas não estão completamente diferenciadas até a 12º semana. Por isso na ultrassonografia só se define o sexo após a 12º de gestação. No exame feito pelo plasma materno(Sexagem fetal) utilizado também para saber o sexo do embrião, pode ser realizado por volta da 9º semana.- O exame tenta detectar o cromossomo Y no plasma materno, se não encontra o cromossomo Y pode dizer que esse bebê é do sexo feminino .Em relação aos gêmeos vitelinos esse exame só consegue detectar o sexo de um bebê. Por volta da 3º semama as células mesênquimais migram ao redor da membrana cloacal e formam um parte de pregas cloacais. Na região mais ventral tem-se o desenvolvimento de uma estrutura chamada de tubérculo genital que representa o primórdio do desenvolvimento do clitóris e do pênis. Na região mais caudal tem- se o desenvolvimento da prega anal. Posteriormente surge um outro par de elevações (protuberâncias genitais) se torna visível de cada lado das pregas uretrais. As protuberâncias formam os grandes lábios nas mulheres. As pregas uretrais dão origem aos pequenos lábios Os estrógenos estimulam o desenvolvimento da genitália externa feminina. O tubérculo genital se alonga apenas um pouco e forma o clitóris. As pregas uretrais se desenvolvem nos pequenos lábios.- não sofrem uma fusão completa As protuberâncias genitais aumentam e formam os grandes lábios.- não sofre a fusão completa O sulco urogenital é aberto e forma o vestíbulo. O tubérculo genital muitas vezes pode resultar duvidas a depender do momento do exame para identificação do sexo . Descida dos ovários Durante o desenvolvimento do sistema reprodutor masculino e feminino tem uma mudança na posição das gônadas. As estruturas sofrem um processo de descida, que é consideravelmente menor nas mulheres. O gubernáculo é uma estrutura fibrosa, fixado no útero perto da inserção da tuba uterina para garantir a descida. Principalmente dos testículos para as regiões. O ligamento genital cranial forma o ligamento suspensor do ovário. O ligamento genital caudal forma o ligamento próprio do ovário e o ligamento redondo do útero. Correlações clínicas Defeitos uterinos e vaginais Duplicação do útero: Resulta da falta de fusão dos ductos paramesonéfricos em uma área especifica ou em toda a sua linha de fusão normal.- duplicação do útero e da vagina Útero arqueado: consequência da endentação. Útero bicorno: Não tem o processo de fusão completa dos ductos paramesonefricos, Mas só teria uma única vagina.- duplicação de útero. Questões sistema reprodutor feminino - Aula 5 1) Sobre o desenvolvimento das gônadas assinale a alternativa incorreta. a) a partir do momento da fecundação é possível observar as diferenças entre as gônadas femininas e masculinas. b) Surgem a partir do mesotélio da parede corporal posterior, do mesênquima subjacente e das células germinativas primordiais. c)O desenvolvimento das gônadas femininas é marcada pela degeneração da região medular da gônada indiferenciada e proliferação da região do córtex. 2) Qual a origem do útero? a) Ductos mesonéfricos e mesênquima circundante b) Ductos metanéfricos e ectoderma circundante c) Ductos paramesonéfricos e mesênquima circundante. 3) Os ductos paramesonéfricos se desenvolvem nos ductos principais no embrião do sexo feminino devido: a) A presença de hormônio antimuleriano. b) A presença de estrogênio c) A presença de testosterona. 4) Sobre o desenvolvimento da vagina qual a alternativa correta: a) A porção superior dos ductos mesonéfricos formam a vagina. b) A vagina se desenvolve exclusivamente a partir do seio urogenital, dessa forma tem origem do endoderma. c) A vagina tem origem dupla, com a porção superior oriunda do canal uterino e a porção inferior derivada do seio urogenital. 5) No embrião do sexo cromossômico XX os cordões sexuais primitivos ou gônadais dão origem ás células germinativas primordiais. ( ) Verdadeiro (X) Falso 6) O útero didelfo origina-se da completa fusão dos ductos paramesonéfricos no período embrionário ( ) Verdadeiro (X) Falso 7) Com relação á embriologia do aparelho genital feminino, é correto afirmar: a) Os ductos mesonefricos formam parte do sistema reprodutor feminino. b) O útero e as tubas uterinas formam-se dos ductos de Muller. c) O útero didelfo ocorre por uma falha na fusão dos ductos mesonéfricos na linha média. 8) Qual a alternativa correta? a) O desenvolvimento das gônadas independe das células germinativas primordiais. Sendo possível o seu desenvolvimento mesmo quando as células germinativas não chegam ás gônadas primitivas. b) Até a quinta semana do desenvolvimento as gônadas adquirem características morfológicas masculinas ou femininas . c) As oogônias se formam apenas durante a vida intrauterina. 9) Nos embriões XX observa-se a fusão completa das protuberâncias genitais. ( ) Verdadeiro (X) Falso
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