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ASSISTÊNCIA AO RECÉM-NASCIDO NA SALA DE PARTO Principais causas de morte neonatal (nascimento ao 28 dias) · Taxa de mortalidade neonatal · Mortalidade neonatal precoce (até 7 dias) e mortalidade neonatal tardia (do 8-28 dias) · Pré-natal adequado: deve ser feito pelo médico · Infecção neonatal: como streptococcus Minuto de ouro · Anamnese materna: antecedentes pessoais, antecedentes gestacionais da mãe; · Preparar sala de parto e EPI: máscara, óculos de proteção, sapato fechado, usar touca, tirar anel, corrente, brinco. Tirar adornos. Luva estéril; · A temperatura da sala do parto tem que ser mais quente, 23-26 graus. Porque o neném imediatamente quando nascer está cheio de líquido amniótico e por estar molhado, perde temperatura muito mais rápido. A criança perde muito calor pela pele e pela cabeça, para evitar hipotermia. · É obrigatório a presença de um pediatra no nascimento de todos os recém nascidos. · Material para se necessário aspirar, ventilar ou intubar o paciente; · Aspirar serve para tirar o excesso de secreção · Medicações: como adrenalina · Preparo para assistência: deve ser feito antes do parto. No pré parto, para conversar com a mãe ou com o acompanhante da mãe 3 perguntas: · O bebe é a termo? Altura uterina, DUM · O tônus do neném é em flexão? · Bebe respira e chora? · Nessa foto o neném está com tônus em flexão, pois as pernas e braços estão dobrados. · Se a resposta for SIM PARA AS TRES PERGUNTAS -> vai entregar o bebê para a mãe; a pele da mãe vai aquecer o bebê. Se nesse momento o bebe já quiser mamar essa hora, pode deixar mamar, mesmo tendo acabado de nascer. · Se uma dessas 3 perguntas a resposta for não, deve fazer o clampeamento precoce do cordão, e clampear assim que nascer, rapidamente e entregar para o neonatologista. · Com o bebê em cima da mãe, deve ser avaliado a vitalidade. Mesmo no colo da mãe, deve avaliar se ele continua chorando e se mantém o tônus em flexão; se ele deixar de chorar e perder o tônus, deve ser tirado da mãe e entregue ao neonatologista. · Pode colocar o bebe em contato com a mãe antes de clampear o cordão umbilical; o correto é fazer o clampeamento tardio do cordão de 1-3 minutos, assim que terminar de bater, sem ordenhar. CLAMPEAMENTO DO CORDÃO: · Quando o bebê nascer, avalia-se se o RN ≥34 semanas começou a respirar ou chorar e se o tônus muscular está em flexão. Se a resposta é “sim” a ambas as perguntas, indicar o clampeamento tardio do cordão, independentemente do aspecto do líquido amniótico; · Recomenda-se, no RN ≥34 semanas com respiração adequada e tônus muscular em flexão ao nascimento, clampear o cordão umbilical 1-3 minutos depois da sua extração completa da cavidade uterina. · Enquanto o recém-nascido aguarda esse tempo necessário para o clampeamento, ele pode ficar posicionado em contato pele-a-pele com a mãe, para evitar a perda de temperatura corporal. · Se a circulação placentária não estiver intacta (descolamento prematuro de placenta, placenta prévia ou rotura ou prolapso ou nó verdadeiro de cordão) ou se o RN ≥34 semanas não inicia a respiração ou não mostra tônus muscular em flexão, recomenda-se o clampeamento imediato do cordão. Pergunta se o bebe tem menos de 34 semanas, mas ta respirando e tônus em flexão, clampea tardiamente? SE O RECÉM NASCIDO TEM BOA VITALIDADE: · Se o RN é de termo (idade gestacional 37-41 semanas), está respirando ou chorando e com tônus muscular em flexão, independentemente do aspecto do líquido amniótico, ele apresenta boa vitalidade e deve continuar junto de sua mãe depois do clampeamento do cordão umbilical. · O contato pele-a-pele do RN com a mãe deve ser realizado imediatamente após o nascimento durante pelo menos por uma hora e as mães devem ser auxiliadas para iniciar a amamentação nos primeiros 30 minutos após o nascimento; · Diante da resposta “não” a pelo menos uma das três perguntas iniciais: gestação a termo, respiração ou choro presente e tônus muscular em flexão, conduzir o RN à mesa de reanimação. · Assim, pacientes com idade gestacional diferente do termo (34-37 semanas - pré-termo tardios ou ≥42 semanas - pós-termo), recém-nascidos que não iniciam movimentos respiratórios regulares e/ou aqueles em que o tônus muscular está flácido precisam ser conduzidos à mesa de reanimação, indicando-se os passos iniciais da estabilização na seguinte sequência: · Prover calor, posicionar a cabeça em leve extensão, aspirar boca e narinas (se necessário) e secar e desprezar os campos úmidos. Tais passos devem ser executados em, no máximo, 30 segundos; · Recomenda-se que a temperatura axilar do RN seja mantida entre 36,5- 37,5ºC (normotermia), desde o nascimento até a admissão no alojamento conjunto ou na unidade neonatal. · O médico deve manter o calor da criança; · Hemoglobina fetal tem maior afinidade ao oxigênio e tem meia vida menor que a hemoglobina normal. · Todo neném vai ter um pequeno grau de icterícia, porque a hemoglobina fetal tem uma meia vida mais curta. · Ordenhar o cordão está relacionado ao aumento de icterícia neonatal (porque vai aumentar a quantidade de hemoglobina fetal). NÃO é recomendado ordenhar em recém nascidos acima de 34 semanas de gestação. · Quando o cordão umbilical para ou diminui a pulsação: significa que o sangue entrou em equilíbrio entre a placenta e o bebe, e nesse momento clampea. · A única exceção é em prematura extremo, que pode ordenhar um pouco. · Toda icterícia neonatal precoce (antes de 24 horas) devem ser investigadas por a maioria das icterícia precoce, tem alguma patologia. · Precisa avaliar se o coto umbilical tem 2 artérias e 1 veia. · Se é prematuro, é obrigatório levar para o berço aquecido para prover calor para o bebe. Aspirar se necessário ou só passar uma gaze para tirar o excesso de secreção. Deve fazer uma leve elevação da cabeça, manter a cabeça em leve extensão, secar e desprezar campos úmidos; (tudo isso em 30 segundos, esses 30 segundos começa a contar a partir do clampeamento do cordão) 1h:52 · Uma vez feitos os passos iniciais, avalia-se a respiração e a frequência cardíaca. · A aspiração está reservada aos pacientes que apresentam obstrução de vias aéreas por excesso de secreções; · Nesses casos, aspirar delicadamente a boca e depois as narinas com sonda traqueal no 8-10 conectada ao aspirador a vácuo, sob pressão máxima de 100 mmHg. Evitar a introdução da sonda de aspiração de maneira brusca ou na faringe posterior, pois pode induzir à resposta vagal e ao espasmo laríngeo, com apneia e bradicardia; · Conta FC por 6 segundos e multiplica por 10, pela ausculta cardíaca; não contar FC pela pulsação do cordão. · Nesse momento, considera-se adequada a FC >100 bpm. APÓS REALIZAR OS PASSOS INICIAIS DA ESTABILIZAÇÃO, A CONDUTA VAI DEPENDER DA RESPOSTA DO RECÉM NASCIDO. · Se paciente estiver com com respiração regular e FC maior que 100, sem desconforto respiratório, pode mandar o bebe com a mãe. · Paciente com desconforto respiratório: primeiro promove ventilação · Paciente com desconforto respiratório: ainda não pode mandar para a mãe; iniciar suporte ventilatório (não oxigênio), com CPAP; · Já, naqueles RN em que foram realizados os passos iniciais da estabilização e a avaliação a seguir mostrou respiração ausente ou irregular ou FC menor que 100, iniciar VPP nos primeiros 60 segundos após o nascimento e acompanhar a FC pelo monitor cardíaco e a saturação de oxigênio (SatO2) pelo oxímetro de pulso. · Quando a VPP é indicada no RN ≥34 semanas, iniciar com ar ambiente (oxigênio a 21%). Uma vez iniciada a ventilação, recomenda-se o uso da oximetria de pulso para monitorar a oferta do oxigênio suplementar. · Quando o RN não melhora e/ou não atinge os valores desejáveis de SatO2 com a VPP em ar ambiente, recomenda-se sempre verificar e corrigir a técnica da ventilação antes de oferecer oxigênio suplementar. · Apneia ou Respiração irregular – além de volume, precisa oferecer frequência: conecta interface de máscara, que vai estar ligada na bolsa valva máscara. · Bolsa valva vai ser dada em paciente com apneia ou respiração irregular– que além de pressão, precisa de frequência. · Para saber se dá ou não oxigênio, tem que dar oxigênio de acordo com o tempo de minuto de vida. https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/DiretrizesSBP-ReanimacaoRN_Maior34semanas-MAIO_2021.pdf · O boletim de Apgar é determinado no 1º e 5º minutos após a extração completa do produto conceptual do corpo da mãe, mas não é utilizado para indicar procedimentos na reanimação neonatal. Sua aplicação permite avaliar a resposta do paciente às manobras realizadas e a sua eficácia. Se o Apgar é menor que 7 no 5º minuto, recomenda-se realizá-lo a cada cinco minutos, até 20 minutos de vida. · Dessa maneira, a massagem cardíaca só é indicada se, após 30 segundos de VPP com técnica adequada, a FC estiver menor que 60. · Frequência cardíaca menor que 60 no recém-nascido é considerado PARADA CARDÍACA. Tem que intubar se não intubou até agora. Quando entra em parada: intubar e iniciar massagem. · Coração pequeno, volume sistólico do bebe é baixo, por isso a frequência cardíaca do bebe deve ser mais alta, para compensar o volume sistólico baixo. · Coloca a mão direita embaixo do bebe e a esquerda com os dois dedos e o braço esticado, faz a a massagem. Ritmo 3 para 1. A cada 3 compressões, 1 ventilação. · Se o paciente está em parada, oferece oxigênio a 100%. · A ventilação e a massagem cardíaca são realizadas de forma sincrônica, mantendo-se uma relação de 3:1, ou seja, 3 movimentos de massagem cardíaca para 1 movimento de ventilação; · Considera-se a falha do procedimento se, após 60 segundos de VPP com cânula traqueal e oxigênio a 100% acompanhada de massagem cardíaca, o RN mantém FC menor que 60. Nesse caso, verificar a posição da cânula, a permeabilidade das vias aéreas e a técnica da ventilação e da massagem, corrigindo o que for necessário · Quando a FC permanece menor que 60 bpm, a despeito de ventilação efetiva por cânula traqueal com oxigênio a 100% e acompanhada de massagem cardíaca adequada, o uso de adrenalina, expansor de volume ou ambos está indicado; · Frequência cardíaca continua abaixo de 60: tem que fazer adrenalina; dilui 1 para 10000. Pega 1 ml de adrenalina pura, e vai diluir com 9 ml de soro fisiológico. · Cateterismo venoso umbilical é o procedimento de eleição para garantir um acesso venoso central, quando as medicações estão indicadas na reanimação neonatal; · Nos casos em que o cateterismo umbilical não é possível ou quando os profissionais que estão reanimando o recém-nascido não estão habilitados a cateterizar a veia umbilical, uma alternativa para a administração de medicações é a via intraóssea; · Quando não há reversão da bradicardia com a adrenalina endovenosa, assegurar que a VPP e a massagem cardíaca estão adequadas, repetir a administração de adrenalina a cada 3-5 minutos (sempre por via endovenosa na dose 0,03 mg/kg) e considerar o uso do expansor de volume. · só faz adrenalina endotraqueal apenas uma vez; pelo risco de pressão, causando hipertensão pulmonar e pode fazer sangramento. · Se não conseguir dar adrenalina endovenosa por não pegar a veia, pode dar pelo cordão, dando adrenalina pela veia umbilical. · É obrigatória fazer apgar de 1 e 5 min. E se tiver menos que 7 no quinto minuto, tem que fazer de novo depois. · Vérnice é o que forma o mecônio do bebe, porque esse vérnice é formado por gordura. · Mecônio quando aspirado causa pneumonite química.
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